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História Flawless - Kian


Escrita por: AryaStarkdeWint

Notas do Autor


Capítulo único ~ fdlfsmdfsl aproveitem ~ fdldmadçomad

Capítulo 32 - Kian


 

Sábado era um dia incrível.

Na sexta-feira, por melhor que fosse, você ainda tinha que acordar cedo e ir pra aula – ver todas aquelas pessoas com cara de insônia fingindo ouvir ao professor com expressão de buldogue. Agora no sábado, era o dia onde as festas aconteciam; não tinham provas; não tínhamos que olhar para a cara das mesmas pessoas desnecessárias.

Sábado era incrível.

E naquele sábado em particular, seria ainda melhor. A escola sempre nos permitia fazer uma festa antes das provas – e dos jogos. Eu estava um pouco nervoso por conta dos treinos, mas acabava encontrando a maneira perfeita de relaxar. Jenny.

Aquela maluca sabia como me fazer esquecer qualquer coisa a minha volta.

No dia da festa, Logan, Johnny e eu – além do resto do time de basquete – acordamos cedo para treinar antes dos jogos. O primeiro seria na quinta-feira, acho. O reitor dissera que poderíamos até voltar para casa um dia antes se quiséssemos. Eu até voltaria, mas meus pais moravam no Vale do Silício – e além do mais, eles meio que seguiam a risca esse negócio de ser judeu.

Não que eu não respeitasse as tradições, coisa e tal, mas é só que apesar de tudo, acho que as pessoas têm o direito de ser o que quiserem e fazer o que quiserem – contanto que não matassem, roubassem, dessem spoiler de séries e nem dedurassem as minhas colas, claro. De resto, eu não tinha nada a ver com isso.

Ainda estávamos no vestiário, minhas costas doíam intensamente enquanto eu ouvia Johnny e Logan falarem sobre suas paixões. Podem falar o que quiserem mas quando eu me apaixono por alguém, eu simplesmente FALO PRA PESSOA. Você acha que eu fico falando pros meus amigos e enchendo o saco deles? Não. Eu não era esse tipo de pessoa.

Logan contava sobre o beijo que roubara de Katherine. Ele parecia um trouxa de tão feliz, mas no fundo eu sabia que ele estava ferrado. Ele não era uma pessoa ruim, mas não conseguia ver as coisas de outra maneira que não fosse aquela, a órbita do Planeta Logan, onde as pessoas eram diferentes dele. Contanto que ele ouvisse a mãe dele (que era uma ótima pessoa por sinal. E fala árabe), e não o pai, ele podia muito bem “mudar”. Mas quem tinha que entender isso era Katherine e não eu.

Suponho que ela tinha uma visão mais arcaica das coisas.

Já Johnny estava completamente ferrado, porque, diferente de Logan, ele primeiro demonstrara que gostava de Chelsea, mas agora tentava fingir que não tinha tanto interesse assim. “Ela é só uma garota”, dissera ele. Claro. Eu com certeza cairia nessa.

Eu, por minha vez, estava feliz com Jenny. Ela era engraçada, bonita e inteligente. Eu podia muito bem ter uma conversa com ela sem ter que explicar cada palavra que dizia.

[...]

 

Pouco antes de começar a festa, Jenny e eu combinamos de nos encontrar em meu dormitório. Os outros dois iriam sair e, bem, eu estava exausto por conta do treino.

Ela entrou no cômodo pouco tempo depois de eu terminar de me vestir – o que era bem irônico ao meu ver.

- E aí, pronto pra festa? – perguntara ela. Jenny usava uma saia no tamanho que eu julgava exato, e sua blusa fina e clara revelava apenas o suficiente para me deixar ainda mais curioso.

- Você está linda – falei, dando um passo em sua direção. – Você realmente quer ir para a festa agora? – perguntei.

- Na verdade, não – disse ela. Seus lábios se aproximaram do meu ouvido, e então ouvi: - Eu já tranquei a porta.

Ela me beijou com volúpia, descendo sua boca ao meu pescoço. Minhas mãos desceram até sua cintura, onde deslizei os dedos afim de tirar sua blusa. Quando o fiz, ela rapidamente encaminhou suas mãos até minha calça, descendo o zíper e retirando-a o mais depressa que pôde.

- Sabe que não faz muito sentido se arrumar e logo depois tirar a roupa? – falei, rindo em seu ouvido.

- As melhores coisas da vida não têm muito sentido, Kian – rebatera ela. Deitamos no sofá, e eu fiquei por cima, para logo tirar sua saia, beijar suas pernas e apertá-las no processo. Suas mãos cravaram-se em meus cabelos, puxando-os devagar. Ela começara a gemer meu nome, o que me deixou ainda mais animado. Beijamos-nos novamente, com ainda mais intensidade do que da primeira vez. Dei uma pequena mordida em seu lábio inferior, enquanto minhas mãos seguiam para suas costas, livrando-a do sutiã que usava.

Comecei a massagear seus seios devagar, enquanto ela pedia por mais. Sua mão esquerda logo tratou de me livrar da última peça que faltava. Enterrei meu rosto entre seus seios, beijando-os e lambendo-os enquanto ela enfiava suas unhas em minhas costas.

[...]

- Kian... É melhor não irmos a essa festa – ela disse. Mordia o lábio inferior, tentando conter os gemidos altos enquanto eu a possuía sem conseguir parar. Suas unhas então deslizaram pelo meu peito, me dando um arrepio.

- Você é maluca garota.

- Eu diria que é a minha melhor qualidade – ela disse, então beijei-a em seguida, concordando plenamente.

[...]

Quando finalmente conseguimos sair do quarto – o que, acredite em mim, levou MUITAS tentativas -, parecíamos quase dois seres humanos iguais. Sua roupa estava levemente amarrotada.

Passei a mão em seu cabelo, ajeitando-o, pois ela estava descabelada. Sorri ao pensar que a culpa era minha.

- Agora aja naturalmente – disse ela em meu ouvido, quando chegamos ao local onde a festa iria ocorrer. – E não como se fossemos dois malucos que acabaram de transar como coelhos.

- Então você quer que eu minta? – perguntei.

Assim que corri os olhos pela festa, encontrei Johnny e Chelsea conversando. Ela falava e, bem, ele não parecia muito interessado. Ou talvez estivesse fingindo, o que era mais provável.

Logan e Katherine chegaram juntos na festa, o que me fez pensar “esse é o meu garoto”. Ela estava séria, então sua expressão mudou para sarcástica num segundo. Logan tinha esse poder quando falava merda.

Eu até entendia o lado dela, mas esses dois tinham que ficar juntos logo.

Jenny e eu arranjamos um lugar para sentar ao lado da mesa de bebidas – os dois cachaceiros da festa, sim, que desgosto – e ela logo me serviu um copo de tequila. Meu braço estava em volta de seu ombro quando disse:

- Sério, isso? Depois do que a gente fez no quarto eu preciso é de água, Jenny – falei, beijando-a antes de tomar um gole.

- Vou te mostrar do que você precisa quando a gente sair daqui – ela disse sorrindo, maliciosa.

Suspirei.

- Sua pervertida – comentei.

Nós começamos a observar Logan e Katherine, e senti um impulso de falar tudo o que pensava daqueles dois. Que inferno, custava não serem tão cabeças-duras? Eu sempre digo a Logan que o mais difícil de conseguir é sempre o que mais vale à pena – lembro que para Jenny e eu ficarmos juntos pela primeira vez nós bebemos vodka demais.

Senti a queimação da bebida na garganta, e logo me servi de um pouco mais.

- Então, você acha que sai aqueles dois? – perguntou Jenny apontando para Logan e Katherine.

- Se ela der uma aliviada – falei. – Eu fiquei até impressionado com ele. Cara, ele perguntou até pra empregada se ela achava que ele podia mudar. Será que ele teve uma epifania?

- Sei lá. E o quê ela disse?

- Que sim. Mas eu sei que ele não é uma pessoa ruim. Só é um babacão. A única coisa que ele precisa é de convivência com as pessoas certas – comentei.

- Concordo. Mas não tem ninguém mais certo no mundo do que você pra... – terminou a frase no meu ouvido. Suas unhas apertaram meu queixo quando ela foi terminar de falar. Já estava ficando bêbada.

E foi então que aconteceu. Eu vi. Com meus próprios olhos. (Vou fazer um drama só pra narrar a situação). Logan estava levemente inclinado em direção a Katherine, um truque velho, e ela falava. Os dois pareciam conversar como pessoas normais, embora ela ainda parecesse brava.

“Esquece... Isso” disse ela. Eu estava tentando ler seus lábios – outra técnica de cola – mas os malditos bêbados não conseguiam parar de passar na frente. Supus que ela falava do beijo.

“Eu não... Seja algo para esquecer” disse ele. Cara, ela tava MUITO na dele. Então, uma garota baixa, ruiva, com uma roupa decotada que estragava todo o mistério do “o-que-será-que-tem-embaixo” aparecera. Era Lily Jensen, uma líder de torcida que por dois centímetros conseguira passar no limite de altura para sua posição. Provavelmente iria se jogar pra cima dele.

Não cara. Não faça isso.

NÃO OTÁRIO – ELA É SÓ UMA LÍDER DE TORCIDA QUE VOCÊ PODERIA TER PEGO NUMA SEXTA-FEIRA CASUAL.

Mas então Loguinho me surpreendeu, falando algo que, mesmo que eu não soubesse o que era, mostrara que ele DISPENSOU a garota. Surtando muito naquele momento – e imaginando vários Caps Lock na parte lingüística do meu cérebro – puxei Jenny, já bêbada, para que visse.

- UOU, CARA – exclamou ela. – Nossa, Loguinho tá que tá hoje – era melhor eu ficar bêbado junto com ela.  Dei um gole na vodka.

[...]

Foi tudo tão rápido que eu nem me lembro direito – o que, tecnicamente prova, que não foi minha culpa.

Minha visão estava turva, e minha cabeça girando. Só lembro de ver Chelsea se afastando de Johnny, parecendo brava mas não magoada. Ele, no entanto, parecia arrependido. Tinha um copo na minha mão.

Comecei a andar, passo por passo a risco de cair no chão, me aproximando de Logan e Katherine. Eles estavam discutindo, mesmo que não desse para ouvir muito por conta da música.

- CARA – falei, alto demais. – VOCÊ TEM QUE PARAR COM ISSO. O MUNDO NÃO É SÓ A PORRA DO DINHEIRO E... – esqueci o que ia falar – DAS GAROTAS, CARA. TEM UM MUNDO TODO LÁ... LÁ, NO, como é a palavra, parceiro?

- Você tá bem? – perguntou Logan, dando risada com Katherine.

- ISSO. LÁ FORA – berrei. – A KATHERINE É UMA GAROTA LEGAL – falei, passando a mão no ombro da garota. – Embora você pudesse facilitar um pouco, né querida? – falei, dessa vez baixo. – MAS VOCÊS TEM QUE PARAR COM ESSA PALHAÇADA. VOCÊ TEM UM BOM... BOM CORAÇÃO – continuei, batendo no peito.

- E VOCÊ JOHNNY! – gritei, fazendo a festa toda me olhar. Ele estava do outro lado, bebendo, e assim que me viu, fez uma expressão de ponto de interrogação: - TEM QUE PARAR COM ISSO TAMBÉM, MANO. SE VOCÊ LARGAR A CHELSEA...

Logan me puxou, tentando me tirar de lá, mas eu resisti.

-  NÃO VAI ENCONTRAR OUTRA GAROTA LEGAL E COM CÉREBRO. ISSO TÁ MEIO QUE EM FALTA, ENTENDE?

- Cala boca, Kian.

- É SÉRIO. DEIXA DE SER OTÁRIO. PRA QUÊ FICAR PEGANDO VÁRIAS, SE VOCÊ PODE...

- Fica na tua, Kian – disse Jenny ao meu lado, gargalhando alto. – Vai dar merda.

- Ficar com aquela... Aquela... Como é o nome dela, Jen?

- Chelsea.

- ISSO. CHELSEA. SE VOCÊ NÃO MUDAR ELA VAI TE DAR UM PÉ NA BUNDA, HEIN? Pelo menos, é o que eu ACHO QUE ELA DEVERIA FAZER – falei, e todo mundo em volta riu. Até Katherine, que há poucos minutos antes parecia estarrecida.

Não lembro de muito do resto, mas Chelsea fez uma cara vitoriosa e se atracou com o primeiro que apareceu – Carl James, jogador de basquete – e Johnny me xingou antes de sair da festa.

Depois disso, só lembro de mim e Jenny abraçados no corredor, aos tropeços, tentando encontrar nosso dormitório.

Embora, não tenha sido lá que nós fomos encontrados no dia seguinte.



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