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História Flawless - Logan


Escrita por: AryaStarkdeWint

Notas do Autor


Se preparem para o próximo capítulo fmikodfnasop ~ Katherine finalmente vai fazer alguma coisa direito nessa história =))

Capítulo 33 - Logan


 

 

Kian fizera muita merda na festa. Muita mesma.

Mas não comigo. Com Johnny.

De qualquer forma, isso não era importante. Talvez eu devesse narrar tudo desde o começo da festa.

Katherine e eu nos encontramos na entrada da escola, no sábado, já que estávamos voltando para escola. Ela caminhava distraída, atravessando pelo gramado do Colégio. Então me aproximei, casualmente, perguntando se ela ia para a festa.

- Hã... Sim, claro – disse Katherine. – Nem preciso perguntar se você vai, não é? – sorriu. Ela parecia tentar agir naturalmente, mas não podia. Estava feliz demais para isso. O beijo causara nela o mesmo efeito que em mim. Eu sabia disso, mas, desde ontem à noite, decidi não insistir mais. Eu gostava dela mas se ela não queria, pelo motivo que fosse, ou se não queria aceitar que queria (tô confuso), eu não ia falar mais nada.

O que não significava, obviamente, que eu iria sair de perto dela. Até porque, afinal de contas, eu ainda precisava passar nas provas.

- Eu vou sim – afirmei. – A gente podia ir junto, não é?

- Logan...

- Achei que você quisesse esquecer o que aconteceu ontem, não? Então, aja como se nada tivesse acontecido – acrescentei, de uma forma meio fria. Ela molhou os lábios e então, disse:

- Tudo bem. Que horas é a festa, de qualquer forma?

- Começa às oito.

[...]

Uma meia hora antes das oito, levantei do sofá, tomei banho e me vesti. Johnny a essa hora já estava pronto – tão rápido se vestindo quanto lerdo com qualquer outra coisa. Nós dois saímos já que Kian ficou enrolando – sabíamos bem o porquê. Johnny fora até o dormitório de Chelsea e Katherine. Esta eu encontrei no meio do corredor a caminho da festa.

- Ah, aí está você – falei.

- E aí?- ela falou. As coisas estavam estranhas entre nós, claro. Ficamos em silêncio por um tempo.

- Bem, eu fiz outra lição de casa – lembrei. – Sozinho.

- Isso é um avanço – disse ela.

Katherine estava usando um vestido azul, e seus olhos chamavam atenção mesmo por trás dos óculos. Estava estonteante, o que fez eu me perguntar mais uma vez porque as coisas tinham que ser tão complicadas. Por que ela tinha que ser tão complicada.

E, mesmo que as coisas estivessem estranhas a início, a conversa começou a fluir naturalmente – ela estava até mesmo sorrindo, não-sarcasticamente, o que me fez perceber que estava acontecendo. Ela estava amolecendo.

[...]

Parecia que só havíamos nós dois naquela festa. Eu estava bebendo uma cerveja barata e ela também, mas não nos importamos. Começamos a conversar sobre algumas das matérias da prova – suponho que o nosso único assunto em comum – e ela falava alguma coisa engraçada relacionada a isso. Não lembro direito o que era, mas ela ria e eu também. Então, Lily Jensen – a líder de torcida tamanho pequeno – aparecera do nada. Não que fosse fácil vê-la, mas ela simplesmente entrou na conversa. Katherine parou de falar – deve ter achado que era algum “caso antigo” ou coisa do tipo, então tratei de dispensá-la assim que tive a chance.

Quando a garota saiu, com as veias saltando sobre as veias, Katherine me olhou com as sobrancelhas erguidas:

- Você acabou de dispensar aquela garota? – perguntou ela. – Uma líder de torcida?

- Acho que sim – falei. – Prefiro garotas... Mais altas – era maravilhoso vê-la enrubescer.

[...]

Eu poderia te descrever sobre Kian, e sobre a grande merda que ele fez em relação a Johnny, já que Chelsea realmente deu um pé nele e pegou o primeiro que apareceu – eu já estava até vendo o climão na hora do jogo, já que Carl James é do nosso time. Mesmo assim, depois de tudo que Kian dissera (além de ter saído super bêbado da festa com uma Jenny cheia de tequila), Katherine parecia estar pensando no que ele disse.

- Kian é maluco – disse ela, rindo. – Entendo por que ele e Jenny juntos.

[...]

Como nossa conversa passou a se desenvolver, saímos da festa e fomos conversar nos corredores. Eu havia lhe contado sobre a minha mãe, e meu pai, e esse tipo de coisa que eu nunca falava com ninguém. Ela então me contou da mãe, Martha Hoffmann. Pela forma como falava, parecia ter algum ressentimento ou qualquer coisa do tipo sobre isso, e percebi que talvez esse fosse o motivo dessa coisa toda.

[...]

No dia seguinte, encontrei Johnny caído no corredor, com uma ressaca dos infernos – eu teria que lidar com DOIS de ressaca, e, acredite em mim, eles estavam ferrados comigo.

 

Puxei Johnny pelos ombros e levei-o até o dormitório, onde Kian jazia no chão, ao lado do sofá, onde Jenny dormia serena. Pelo menos eles estavam de roupa.

 Levei Johnny até o banheiro, e coloquei-o embaixo do chuveiro, ligando a água gelada.

Enquanto ele acordava, achei melhor que Kian e Jenny fossem embora. Eu não queria ver aquela briga.

- Kian... Kian, acorda cara – falei. Como é que eu ia tirar Jenny dali? – KIAN CACETE, LEVANTA SEU JUDEU NÃO-PRATICANTE – berrei em seu ouvido. Ele fez uma careta, contorcendo o rosto.

- Filho... da... Não, espera, sua mãe é legal.

- Vai embora. Johnny daqui a pouco acorda.

- E?

- Depois eu explico. Você tem que tirar Jenny daqui.

Ele se levantou devagar, se desequilibrando e quase caindo pra trás. Puxou os braços de Jenny e ela, depois de muito custo, acabou se levantando. Os dois andaram como tartarugas até a porta.

Pronto. Pelo menos de um problema eu estava livre.

[...]

No domingo, quando a ressaca deles já havia passado, os dois acabaram se esbarrando no dormitório.

- Olha quem chegou – disse Johnny. – O bêbado filho da puta destruidor de relacionamentos.

- Johnny, cara, foi mal. Olha...

- MAL NADA, KIAN. VOCÊ SE ACHA O BONZÃO SÓ PORQUE SABE COLAR, MAS PORRA, TU ESTRAGOU TUDO ONTEM – berrou Johnny. – A CHELSEA FICOU COM OUTRO CARA NA MINHA FRENTE. TODO MUNDO TÁ FALANDO DISSO, SABIA?

- Eu sei. Porra, Johnny, a culpa também não é só minha. Você também fez merda.

- FODA-SE, KIAN, ISSO ERA PROBLEMA MEU. SABE O QUE ELA ME DISSE? QUE NÃO PRECISAVA DE MIM. QUE NÃO PRECISAVA QUE EU “ESCOLHESSE” FICAR COM ELA. Tá, tudo bem, eu realmente sentia falta de pegar outras garotas, mas caralho, não precisava disso.

- A CULPA NÃO É MINHA SE VOCÊ NÃO SABE FICAR COM UMA GAROTA SÓ, MESMO QUE SEJA A QUE VOCÊ GOSTA – berrou Kian, nervoso. Suas veias estavam saltadas, e ele estava vermelho.

Johnny estava muito bravo, e percebi isso porque quando ele fica MUITO nervoso, ele não consegue nem gritar.

- Vai... Se foder, Kian – falou ele, antes de sair pela porta e batê-la.

Kian me olhou como se dissesse não diga nada.

Os dois não se falaram até a semana seguinte.

...

Peguei um livro de Química, a primeira prova, e li os assuntos principais. Eu precisava muito passar naquela prova. Eu tinha que continuar jogando.

 

 

Segunda-feira – Café da Manhã antes da prova

Com o clima pesado que estava entre os dois, me senti um tipo de vela. Tentei falar com Johnny e dizer que Kian não fez por mal, que estava bêbado, e que de certa forma ele tinha razão. Mas ele não queria saber. A verdade é que Johnny gostava de Chelsea, mas queria ficar com outras. Não era o suficiente pra ele e, isso iria dar muita merda.

Então, por algum tipo de experiência que eu obviamente nunca tinha tido, na hora do café da manhã, em vez de me sentar à Mesa do Meio, segui até o fundo, onde encontrei um grupo de garotos e garotas conversando, normalmente. Pareciam como nós, exceto pelo fato de que talvez tivessem assuntos mais interessantes do que o restante de nós.

- Será que eu posso sentar aqui? – perguntei.

Um garoto me olhou confuso.

- Por que, exatamente, Logan Watson se sentaria conosco? – perguntou ele.

- Bem, eu meio que me cansei dessa coisa de só falar sobre as mesmas coisas, sobre o mesmo mundo – falei. – Eu preciso de pessoas mais interessantes.

- E você achou que nós seríamos as pessoas adequadas? – perguntou uma garota.

- Exato – falei sorrindo.

Tudo bem que eu não os conhecia, e eles não me conheciam, e que pareciam falar outra língua, mas apesar de tudo, foi legal. Eu não tinha muita idéia do que eles falavam, mas acabei entrando no assunto no final de tudo, e também expliquei por que estava fazendo aquilo.

Todo mundo no café me encarou quando segui até a mesa – ouvi algumas risadas, alguns sussurros e vi algumas sobrancelhas levantadas. Principalmente a de Katherine. Sua cara de surpresa fora impagável. Jenny e Chelsea mexiam em seu braço para ter certeza de que ela estava vendo. Tentei ignorar,já que, eu não estava fazendo aquilo só por ela.

 

Depois do café, pouco antes da primeira aula começar, Kian me arrastou para a sala onde faríamos a prova.

- Por que estamos aqui? – perguntei.

 - Fica na porta, se vir alguém me avisa – falou.

Seguiu até uma mesa no fundo, onde ele costumava ficar, e com um lápis, esfregou-o pela mesa. Estaria ele desenhando, pintando? Não sei. Mas depois de riscar o suficiente para que nada se visse, ele sentou-se na cadeira e, tirando um papel do bolso, começou a escrever lentamente. Imaginei que fosse o hebraico.

- Ninguém? – questionara ele.

- Ninguém.

Ele riscara mais algumas mesas, suponho que para disfarçar, e então saímos da sala.

Na hora da prova, acabei esquecendo de várias coisas, mas acho que lembrei do essencial – pelo menos o bastante pra passar.

E não é que o bilíngüe conseguiu? Tempos depois, enquanto fazíamos a prova, ele respondera tudo em cinco minutos.

Será que a minha mãe me ensinaria árabe?

 

 



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