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História Flawless - Logan


Escrita por: AryaStarkdeWint

Capítulo 8 - Logan


 

Irritado, já que a tal Katherine Hoffmann decidira fazer a palhaçada de não me ajudar, passei o resto das aulas sem prestar atenção em nada – dessa vez, determinado a não entender mesmo.

Qualquer garota teria aceitado na mesma hora. O que fazia dela “tão diferente”? O fato de ter um cérebro?

Quando contei o que acontecera à Kian e Johnny, os dois idiotas riram. Kian porque sabia que eu estava ferrado; e Johnny por saber que eu não era do tipo de cara que era ‘chutado’ por uma garota daquele jeito.

De qualquer forma, dane-se essa Katherine. Eu arranjo outra pessoa pra me ajudar. Ela não é insubstituível.

Eu estava tenso. Era difícil dizer se eu estava mais preocupado com os jogos de basquete ou com as minhas notas. Nosso time era bom; mas o time do EF era provavelmente melhor. Ainda tinha um tal chamado Joshua Smith que era o “super incrível” que jogava “super bem” e todo mundo falava dele. Na hora do intervalo, meus amigos comentavam o quanto ele podia estragar as nossas chances de ganhar esse ano.

Confesso que pensei em pedir ajuda para algum outro nerd com esse assunto das notas; mas 1) eu não me dava bem com eles, então provavelmente não daria certo e 2) fiquei curioso com o porquê aquela garota simplesmente não me ajudou. Será que ela estava tentando bancar a difícil? Porque não iria funcionar, acredite. Tudo para que eu não tenho paciência no momento é uma gêniazinha metida a especial que acha que eu vou implorar. Se era isso que ela estava querendo, podia desistir.

Meu pai um dia me disse para pedir desculpas a ele, caso contrário eu jamais teria meu celular novamente.

Bem, eu fiquei sem ligar pra ninguém naquele ano.

...

Já no nosso dormitório, às cinco da tarde, depois de um treino – do qual eu não consegui me concentrar – Johnny e Kian repassavam algumas matérias na beliche de baixo, enquanto eu jogava um pouco de videogame no sofá.

- Será que dá pra você falar devagar, cacete? – exclamou Johnny; pelo que ouvi os dois estudavam Álgebra, e, Kian tentava mostrar que quanto mais ele decorasse as fórmulas, mais fácil era de colar.

- Você é muito lerdo, Johnny, eu desisto – disse Kian.

- Peraí, cara...

E eles continuaram nesse lenga-lenga por mais meia-hora, quando decidiram dar uma pausa. Johnny se juntou à mim no videogame e Kian deitou na cama de cima do beliche – era com ele que eu dividia o dormitório.

Comecei a contar aos dois o quanto eu estava irritado com a Katherine; quer dizer, quanto custa ajudar um pobre coitado (nem tão pobre, mas certamente coitado) que precisa jogar basquete?

- Bem, pelos boatos que eu ouvi – Kian era o nosso Agente 007, que conhecia e sabia tudo de todo mundo – ela não é como as Garotas da Mesa da Frente. – falou, com certa ironia. Ele não gostava muito da “divisão”. – Talvez você devesse, você sabe, mexer com o instinto competitivo dela.

- Como assim? – perguntei, explodindo a cabeça de alguém.

- Sei lá. Ela já participou de várias competições de Matemática, e, enfim, ganhou todas. Todo mundo sabe que ela é competitiva.

- Eu não sabia.

- Você nunca sabe de nada, Logan. – comentou ele.

- Não sei. Ela é muito metida; não tenho paciência pra isso.

- Falou o Sr. Modesto – disse Johnny.

Bem, uma segunda tentativa não mataria ninguém. O que eu poderia perder? A minha paciência? Ela já estava perdida. Assim como a minha dignidade, orgulho, respeito próprio, enfim, tudo.

Kian então, começou a contar que faltavam duas semanas para o fim dos treinos e A Festa de Boas-Vindas pro pessoal de Nova York. Eu estava super ansioso – principalmente porque as líderes de torcida de NY viriam junto. Essa era exatamente o tipo de oportunidade que eu só tinha uma vez no ano.

Johnny e eu esperávamos por essa festa como uma criança espera por um presente na noite de Natal. Kian, por outro lado, não era tão parecido com a gente nesse aspecto. Ele era rico – seu pai trabalhava com alguma coisa ligada à tecnologia no Vale do Silício, mas às vezes parecia fazer as coisas do jeito mais difícil. Em vez de conseguir as notas como nós, ele preferia colar ou até mesmo “entender” a matéria (tipo hã); e, também não era tão “simpático” com as garotas como nós. Parecia que ele se importava se elas eram inteligentes ou não, legais ou não. Era difícil dizer porque éramos tão amigos.

Sem decidir se ainda falaria com Katherine ou não, acabei desligando o videogame e me juntei aos outros dois. Não que eu fosse absorver alguma coisa, mas tempos desesperados pedem medidas desesperadas. E eu estudando era uma delas.



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