História Flirting With The Dark Side - Status Asthmaticus

Ele estava fechando as portas e deixando o circo pegar fogo!

Como eu fui trouxa, achar que havia alguma coisa de bom naquele canalha, sabia que eu ia me foder, mas sempre eu tenho que acreditar em quem não devo e confiar em quem não merece. Sempre eu sou a burra da história.

 O Liam e o Scott se engalfinhando na biblioteca e eu estava parada com uma cara de tacho olhando o garoto  que estava na porta da biblioteca. Ele estava com uma face culpada.

Culpada? Culpa? Ele não sabe o que é isso. Ele não presta e eu sabia só não queria acreditar, eu sabia que ele estava aprontando alguma, mas tentei. Eu tentei confiar em uma pessoa que não merece nem um olhar, quanto mais confiança.

- Luna! O que você está fazendo aí? – ele fala desesperado do lado de fora – saia daí agora.

- Saia daí você, seu vagabundo! – eu falo com os olhos ardendo, querendo expulsar as lágrimas, mas eu não iria me deixar chorar. Não hoje. – Seu canalha! Eu achei que poderia acreditar em você, mas como sempre você acabou com tudo. TUDO.

- Calma, Luna! – ele fala querendo se aproximar de mim. Eu já estava saindo da biblioteca, já que eu consigo passar pela barreira de acônito.

- Calma é o cacete, você vai ver a calma! – eu falo dando um chute no mesmo. – Seu cafajeste de uma figa, saí daqui! Xô! Sai de perto de mim que eu não consigo nem olhar para essa sua cara falsa. – eu falo empurrando o mesmo com uma força sobrenatural.

- Luna, eu preciso falar com você, preciso explicar! – ele tenta chegar perto de mim de novo.

- Vai se foder! – eu falo com nojo. – sai daqui, eu vou ajudar os meu amigos e você vai sair daqui, porque quando o Scott descobrir que foi você quem armou tudo isso, ele vai querer te matar.

- Você acha realmente que o Scott vai sobreviver a essa? – ele fala com deboche – se eu fosse você eu iria embora. O Scott já está morto.

- Ele é um alfa genuíno, não é você. Sua cópia barata. – eu falo com raiva.

- Sabe qual é o seu maior defeito? – ele pergunta com um sorriso irônico – é se importar demais com os outros, você vai acabar morrendo por isso, e eu não vou ficar aqui para ver. Tenho coisas para fazer.

- Ah é? – eu falo cínica – tem outra garota para iludir? Pois bem! Vá! Ninguém está te prendendo aqui.

Quando eu termino de falar ele se vira com toda a sua raiva em direção ao carro e vai embora, cantando pneu. Eu entro rapidamente na biblioteca e vejo que o Liam ainda está por cima do Scott, ele está tentando enfiar as garras no peito do Scott.

- Para, Liam! Você não quer fazer isso – eu falo já em frente aos dois, tentando de alguma maneira tirar o Liam de cima do Scott. Quando olho para trás vejo que o Mason está retirando a barreira de acônito.

- Parar? Eu não vou parar, Luna! Ele quer deixar a Hayden morrer! – ele fala ainda batendo no Scott.

- Para agora Liam! – eu digo com uma raiva imensa. O Scott estava quase fechando os olhos, eu junto toda a força que consigo e dou um chute no Liam arrancando ele de cima do Scott.

Ele vai parar longe com o meu chute e começa a perceber o que fez, parece estar confuso, ele se vira e sai da biblioteca. Deixando-me só com o Scott e o Mason lá dentro.

O Scott está com uma respiração fraca e perdendo muito sangue. Ele provavelmente está com um ferimento muito grave, a única coisa que eu sei é que ele está quase fechando os olhos e se ele fechar pode ser o fim.

- Ei, Scott! Não dorme agora. Eu estou aqui – eu falo tentando manter o garoto acordado, mas está difícil, ele mal consegue respirar quanto mais continuar com os olhos abertos.

- Não dá, Luna! Eu tô cansado – ele fala com dificuldade.

- Você vai descansar, mas não agora. Tenta olhar para mim, olha. Eu estou aqui com você, tudo vai ficar bem! – eu tento acalmar o mesmo enquanto percebo que o Mason está ligando para a Melissa.

Enquanto o Mason está correndo de um lado para o outro na biblioteca, esperando a Melissa chegar, eu estou afagando o cabelo do Scott, ele está cada vez mais cansado e com a respiração falha, não consigo nem olhar direito para ele, estou me sentindo muito culpada por tudo o que aconteceu, talvez se eu tivesse alertado ao Scott isso não teria acontecido.

Eu deveria ter falado, deveria ter confiado no Scott, mas como sempre eu confiei na pessoa errada e agora estou aqui com meu amigo no meu colo, agonizando. Com os meu amigos correndo perigo, pois não se sabe até onde a maldade do Theo vai. Provavelmente é como o Buzz Lightyear, a maldade dele vai ao infinito e além.

* * *

Passaram-se alguns minutos, que pareciam horas, até que a Melissa chega com o cabelo desgrenhado e uma face bastante preocupada. Não é pra menos, né? O filho dela tá quase morrendo aqui.

Ela logo senta ao meu lado e tenta falar com o Scott, mas esse vai fechando os olhos devagar e acaba perdendo o pulso completamente. Eu não aguento e desabo, chorando tudo o que eu havia prendido e me culpando por tudo o que aconteceu, afinal toda culpa é minha. Eu deveria ter contado ao Scott que o Theo não é flor que se cheire, eu deveria ter feito isso. Era eu quem deveria morrer não o Scott.

- Não Scott, você não vai morrer – fala a Melissa enquanto faz massagem cardíaca no Scott. – você é um alfa, tem que rugir. Ruja, Scott. Ruja – ela fala e no mesmo instante ela dá uma batida forte no peito do Scott fazendo o mesmo voltar à vida.

Ele está de volta. Ele conseguiu.

Quando o Scott volta a respirar a Melissa nos tira da biblioteca rapidamente e me avisa que já deixou o meu irmão em casa com a minha mãe. Eu agradeço a mesma rapidamente e saio atônita da biblioteca. Vou em direção a floresta com a vista embaçada pelas lágrimas de alivio. Quando sinto um tremor na minha calça. É uma mensagem.

“ Luna, eu sinto muito te dizer, mas o Corey morreu. Eu tentei parar o Parrish, mas ele acabou levando o corpo do Corey para o Nemeton” de Stiles ás 21:45

“ Onde fica esse local, Stiles?” enviado ás 21:46

“Na floresta, não tente achar, vá direto para casa! É sério, Luna” de Stiles ás 21:46.

Eu já estou na floresta porque não tentar achar isso, eu preciso me despedir do Corey, mesmo que seja só do corpo dele. Preciso falar, me desculpar. Eu falhei, sempre falho e esse foi o meu pior erro.

Já estou perdida no meio da floresta, não sei nem mais onde estou, quando escuto uma voz. É o Theo ele está aqui e está bem perto. Consigo ouvir as passadas e ele está gritando alguma coisa.

- Vamos Lydia! Você vai assistir isso – ele fala e eu escuto alguma coisa cair no chão. Ele está com a Lydia.

Quando olho para frente vejo um tronco, abarrotado de corpos e o Theo está na frente dele. A Lydia está a poucos metros de mim, em um estado catatônico no chão, enquanto o Theo está colocando algum tipo de liquido nos garotos que estão mortos.

- Olhe Lydia, veja  - ele continua falando enquanto injeta o liquido no último que se levanta.

São a Tracy, o Josh, a Hayden e o Corey. Então é isso, ele estava querendo formar uma alcateia de Quimeras, foi por isso que ele me perguntou quem eu escolheria. Ele vai usar essas pessoas para conseguir poder.

- Quem é você? – pergunta a Tracy para o Theo.

- Eu sou seu novo alfa – o Garoto fala todo cheio de si – vocês me pertencem agora.

Na hora em que ele acaba de falar isso, ele anda e os garotos o seguem, como se devessem algo ao Theo, mas eles estão bem equivocados. Eles não devem nada, quem acabou com a vida deles foi o Theo que a todo momento estava comandando aquilo tudo, sem nenhum remorso enquanto pessoas achavam que ele era inocente. Eu achava que ele era inocente.

Eles passam do lado da Lydia, que ainda está de olhos abertos mas parece que está perdida em pensamentos e atônita demais para levantar. Quando percebo que eles se foram completamente eu começo a tentar chamar a Lydia.

- Lydia, levanta. Preciso te tirar daqui – eu falo enquanto puxo a garota. Ela não consegue me responder é como se estivesse inerte na sua própria mente, perdida em pensamentos e ainda assim continua com os olhos abertos, como se ainda precisasse lutar contra algo, mas não tivesse força.

Eu saio arrastando a Lydia, pelo meio da floresta até conseguir achar a estrada, quando chego lá envio uma mensagem de texto para o Stiles avisando que nós estamos na estrada e que preciso levar a Lydia para o Hospital, já que a mesma não consegue nem mesmo fechar os olhos.

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Quando o Stiles chega, ele logo coloca a Lydia dentro do carro e segue em alta velocidade a caminho do hospital. Na hora em que chegamos no Hospital o Stiles tira a Lydia de dentro do carro e a leva em direção á recepção, enquanto ele faz a ficha de entrada da Lydia, eu acompanho a maca que vai até uma sala onde uma doutora vai atender a mesma.

O Pessoal não me deixa entrar mais e eu fico apreensiva. O que será que vai acontecer com a Lydia?, como o Corey está? Será que os garotos estão bem?

Eu vi em vários filmes que quando você ressuscita, você nunca é o mesmo, muda a sua forma de pensar e o seu jeito de agir. Eu estou bem preocupada em relação á isso.

Eu e o Stiles estamos há algum tempo um ao lado do outro, mas eu não consigo falar uma palavra e nem ele. É como se nós não conseguíssemos falar, mas nossos olhares fazem isso e a cada vez que ele lança um olhar preocupado em minha direção, eu me sinto pior. Querendo ou não, eu ajudei o Theo a fazer isso. Eu sabia que ele não estava fazendo coisas boas e sabia também que ele era uma quimera, mas eu não impedi. Eu sou uma fraca.

A mãe da Lydia chega como uma flecha no hospital, alegando que precisa ver a filha e eu me afundo  mais na cadeira quando ela vem em nossa direção. Ela pergunta várias coisas, mas o Stiles consegue contornar a situação e ela logo se acalma ao receber a noticia de que a filha está bem e está tomando soro.

O Stiles me manda para casa, alegando que eu preciso descansar pois estou com uma cara de acabada e eu sigo o conselho dele e vou em direção á minha casa, pelas noites escuras de Beacon Hills.

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Chego em casa e todos já estão dormindo, como sempre. Imagino que a minha mãe vá estar uma fera quando acordar de manhã, mas o que eu posso fazer? Eu tentei de tudo para que pudesse salvar os meus amigos, mas como sempre eu falhei na missão. Eu nunca consigo fazer nada certo, é como se tivesse um bloqueio me impedindo de fazer algo útil. Nem salvar os meus amigos eu consegui hoje, como vou fazer algo útil amanhã? É a pergunta que não quer calar.

Ás vezes me pego pensando “Porque eu?” mas é como a minha avó sempre dizia tudo vem por uma razão e eu iria descobrir a razão de estar aqui.