História Flirting With The Dark Side - Dreamcatchers - part 2

Ainda estávamos na clínica veterinária, o Deaton ainda estava examinando o corpo da garota enquanto nós estávamos aflitos para saber o que estava acontecendo.

- Ela é uma espécie de kanima, com garras de lobisomem. – diz o Deaton com uma cara bem espantada.

O Scott e o Stiles tentam tirar mais algumas informações, já que é impossível acontecer uma coisa assim e eu e a Malia continuamos no círculo de acônito enquanto a mesma fica colocando e tirando a mão após aparecer uma coloração roxa.

“Nova mensagem de desconhecido” o meu celular pisca com essa frase e eu resolvo olhar o que está acontecendo.

“ Oi, Luna! Aqui é a Lydia. Eu e a Kira estávamos vasculhando a casa da Tracy e percebemos que ela não tem noção do que está acontecendo, e todas as pessoas que tentam ajudá-la, ela quer matar, pois provavelmente está achando que está em um sonho. Avisa ao Scott Rápido e manda ele ir para a delegacia, pois a próxima vítima é a minha mãe.”

Eu leio a mensagem de Lydia e fico assustada. Rapidamente chamo o Scott para nós sairmos do local rapidamente e irmos onde a Lydia falou, mas no momento em que nós estamos saindo, olhamos em direção a maca e não vemos ninguém, rapidamente escuto o barulho de um corpo caído no chão. É o Stiles. Logo depois o Scott cai também e na hora em que a Tracy vai acertar a Malia o Stiles me diz sussurrando: “ saí daqui rápido e vai para a delegacia” depois de dizer isso eu corro e me surpreendo a constatar que o circulo de acônito não me prendeu, quando vou em direção a recepção vejo que a chave da moto do Scott está logo no balcão, pego a pequena chave e vou em direção ao estacionamento mas antes que eu consiga passar pela porta da frente, uma Tracy totalmente descabelada passa antes de mim e eu corro logo atrás.

Enquanto ela vai correndo eu pego a chave e ligo a moto do Scott subindo logo depois. Mas logo me lembro de um pequeno detalhe, eu não sei dirigir moto. Todo mundo diz que é mais fácil até do que andar de bicicleta, piso na embreagem e escuto o ronco do motor, quando eu estou prestes a sair uma Malia desesperada chega por trás de mim e sobe na moto e eu arranco com força do estacionamento sem fazer nenhuma pergunta a mais. Um pouco depois de sairmos do estacionamento nós perdemos a Tracy de vista já que quando ela nos viu, a mesma adentrou na mata.

Chegamos na delegacia, depois de muitas estancadas e muitas freadas bruscas. Nós logo chegamos na recepção e encontramos a Lydia nervosa.

- Oi, demorou mas a gente chegou – eu falo, e olho o meu reflexo no vidro da porta. Eu estou completamente descabelada e com a cara suada. E eu alego que dirigir moto é bem difícil.

- Até que enfim! – diz uma Lydia aflita.

- Como vocês chegaram antes da Tracy? – pergunta a ching ling, vulgo Kira.

- Essa louca subiu na moto do Scott e nos trouxe aqui – diz a Malia e todas nós rimos.

Elas já haviam avisado ao xerife Stilinski para tirar a maior parte dos funcionários da delegacia e explicaram que a mãe da Lydia está saindo com o xerife e é por isso que estamos aqui.

“Nova mensagem de desconhecido” o meu celular apita novamente e eu abro a mensagem.

“ Luna, aqui é o Liam. O Scott não atende as minhas ligações então resolvi te enviar essa mensagem! Nós perguntamos ao Brett se a Tracy é da alcateia dele e ele disse que não. Ai eu e o Mason fomos até a floresta, no local onde eu tinha achado o colar da Tracy, e o Mason falou na possibilidade de ela não ter caído no buraco e sim ter sido enterrada lá. Por favor avisa aos outros!”

Depois que leio a mensagem do Liam e eu mostro para as meninas, escutamos um barulho e vemos a Tracy com a maior cara de assassina vindo em nossa direção. Ela pula em cima da Lydia e paralisa a mesma com a sua calda com veneno do Kanima, a policial Clark, que estava na recepção, vem ver a causa do barulho e é paralisada também e logo o xerife Stilinski está no meio enquanto a mãe da Lydia se esconde na sala dele. Ele logo é paralisado também e só resta eu, a Kira e a Malia.

A Kira pega a sua Katana e vai por trás da Tracy tentar cortar o Rabo venenoso da mesma, mas antes de Kira conseguir cortar a calda venenosa a acerta e ela cai no chão sem os movimentos. Quando a espada da mesma cai no chão eu a pego com toda a minha força e acerto a calda da Tracy fazendo a mesma cair. Na mesma hora a Malia avança em cima da garota e tenta fazer a mesma “acordar” e perceber o que está acontecendo, mas quando ela está prensando a Tracy na parede, ela joga rapidamente a Malia para um lado e avança para cima de mim enfiando as suas garras na minha barriga e logo depois tira.

Estava sentindo uma dor terrível na minha barriga e a minha respiração estava acelerada, quando olho para a porta principal da delegacia, estão três homens com armaduras e mascaras de aço, um deles está com uma seringa e vão em direção a Tracy enquanto eu e a Malia estamos paralisadas, eles enfiam a seringa na Tracy e logo a garota cai no chão.

Quando eles estão indo embora eles se viram em minha direção e me veem ficar invisível com a adrenalina do momento e logo eles passam pela porta e vão embora. A Malia se levanta e vem na minha direção, mas ela não consegue me ver e acaba tropeçando em cima de mim, eu me esforço para voltar ao normal enquanto sinto uma dor horrível. Na hora em que volto ao normal o Scott e o Stiles aparecem, o Scott vem em minha direção e me carrega para o carro do Stiles enquanto eu vejo tudo em câmera lenta.

                                     ***

O Stiles estava dirigindo e eu estava com a cabeça no colo do Scott enquanto a Malia segurava a minha mão, a Kira havia ficado na delegacia para ajudar os outros que estavam lá e eu estava indo em direção a casa do Scott, já que o mesmo disse que a sua mãe poderia me ajudar.

A dor estava mais suportável mas ainda sangrava muito, vejo que o Stiles para o carro na frente da casa do Scott e ele sai do carro e abre a porta para que o Scott consiga me tirar do carro. Logo entramos na casa com a Malia e o Stiles logo atrás de mim.

- Ah meu Deus! O que é isso Scott? – pergunta a mãe dele espantada.

- Mãe eu preciso que você ajude a Luna! Depois eu te explico prometo! – ele fala desesperado e me coloca na mesa da cozinha para que a sua mãe me examine.

Ela começa a me examinar e passa alguns minutos assim enquanto os garotos esperam impacientes na sala. Logo a Melissa, que eu descobri ser o nome da mãe do Scott, me explica que o meu ferimento está se curando e que eu daqui a algumas horas vou ficar bem, ela faz um curativo onde a Tracy me feriu e me dá uma nova blusa já que a minha tinha ficado completamente manchada com o meu sangue.

- Virem de costas garotos – diz a Melissa depois de me dar a blusa e um remédio para a dor, que eu rapidamente tomo. Quando os meninos viram de costas eu tiro rapidamente a minha blusa e coloco a que Melissa me emprestou e nós vamos para a sala com uma Melissa curiosa pela explicação sobre o que aconteceu comigo.

Depois se ter explicado a história completa, eu resolvo ir para casa pois já está bastante tarde e a minha mãe já deve estar bem preocupada.

- Gente obrigada por tudo mas eu vou indo! – eu falo.

- Você não quer que a gente te leve em casa, - pergunta a Malia preocupada, ela é um amorzinho, mesmo com aquele jeito casca grossa.

- Não precisa! Eu moro duas casas depois dessa, em dois minutos no máximo estou em casa – eu digo e eles assentem com a cabeça.

- Você é filha da doutora Josy? – questiona Melissa.

- Sim, você a conhece? – eu pergunto curiosa.

- Claro, ela trabalha lá no hospital onde eu trabalho e é um amor de pessoa, bem parecida com você – ela elogia.

- Nossa, obrigada! Obrigada mesmo Melissa, amanhã mesmo eu venho entregar a blusa – eu garanto.

- Claro, meu amor. Não precisa de pressa! – ela diz e logo eu me despeço de todos e digo que vou vê-los amanhã na escola.

Saio da casa do Scott ainda com alguma dificuldade de andar, e começo a me lembrar das coisas que aconteceram hoje, realmente houve muita coisa. O Theo me beijou. A Tracy me feriu. Eu dirigi uma moto. E já estou pronta para adicionar outra coisa na minha lista. Uma bronca da minha mãe, já que era pra eu ter chegado em casa de cinco horas da tarde mas aqui estou eu exatamente de oito horas da noite entrando em casa.

Chego na sala e vejo a minha mãe no sofá ensinando a atividade de casa do Lucas, quando ela me vê faz uma cara de brava e depois rapidamente a desfaz.

- Porque você demorou tanto? – ela me fala e eu tento inventar uma desculpa plausível, já que não posso falar para a minha mãe que estava lutando contra uma garota com uma calda de lagarto. – Responde. Luna Ferraz Nolasco. Me responda!

- Calma mãe! Eu estava na casa do Scott, a mãe dele é a Melissa que trabalha com você no hospital! A gente estava fazendo um trabalho de biologia e nós perdemos a noção do tempo, meu celular tinha descarregado. – eu invento na mesma hora e ela logo relaxa ao ouvir que o Scott é filho da Melissa.

- Ah, tudo bem. Mas na próxima vez tente ligar do celular de alguém. -  Ela me diz e depois nós vamos jantar.

Quando subo para o meu quarto constato que esqueci a minha bolsa na sala de Biologia, em cima da mesa. Espero que alguém tenha guardado. Tomo banho e me preparo para dormir, caio feito uma pedra na cama e adormeço. Mas antes relembro tudo o que aconteceu hoje e solto um sorriso.

                                                    ***

Acordo de manhã, tomo banho, faço minha higiene e desço para tomar café. Como uma boa quantidade de comida a minha mãe diz que eu vou ter que ir a pé para a escola e ainda vou ter que levar o Lucas na escola dele, pois a mesma vai ter que sair. Depois que ela comunica isso ela sai de casa e vai para o hospital.

Saio de casa, junto com o mala-sem-alça do meu irmão, vou arrastando o mesmo pela rua, vejo que um carro preto para do meu lado e eu logo me assusto. Mas a pessoa dentro do carro abre o vidro e vejo que é o Theo e solto um sorrisinho sem graça.

- Entra aí que eu te dou uma carona – ele fala.

- Eu tenho que levar o meu irmão na escola, antes de ir – eu digo

- Vem entra aí que eu levo ele também – Theo fala e eu me assusto. Gente ele está sendo legal!

Eu coloco o meu irmão no banco de trás e entro no banco do carona enquanto o Theo tamborila os dedos no volante impaciente. Ele logo dá partida no carro enquanto eu vou guiando o mesmo pelo caminho até a escola do meu irmão.

- E aí carinha, tudo bem? – fala o Theo querendo ser simpático com o meu irmão e eu dou uma gargalhada, sabendo que o meu irmão não vai entender. – o que foi? Ele é mudo? – o Theo pergunta confuso e eu rio ainda mais.

- Não, seu besta! Ele não fala inglês – eu falo e ele faz uma cara de dúvida – eu vou explicar a ele o que você disse – eu complemento rapidamente. Explico ao meu irmão o que o Theo tinha falado e o meu irmão responde um oi tímido em inglês. Acho que é a única coisa que ele aprendeu a falar até agora.

Depois de deixar o meu irmão na escola, vamos para a Beacon Hills High School, e no caminho eu pergunto para o garoto ao meu lado:

- Porque você está sendo tão legal? – eu pergunto estranhando a atitude do mesmo, já que ele só finge ser legal.

- Eu só sou realmente legal com quem eu gosto – ele responde e eu fico vermelha. Ai meu Jesus Cristinho, ele disse mesmo que indiretamente que gosta de mim.

Depois disso a viagem foi calma. Ele diz que guardou a minha bolsa que eu tinha deixado na aula de biologia e me entregou a mesma, chegamos na escola e eu desço do carro junto com o garoto e todos os olhares vão para nós dois, já que nunca o Theo Raeken veio com ninguém na escola. Avisto logo o grupinho e aceno para eles, a Lydia me olha com uma cara de safada e depois olha na direção do Theo. Quando estou indo em direção dos outros o Theo me puxa pelo braço.

- Ei, parece que esqueceu de alguma coisa – ele diz com aqueles olhos penetrantes.

- Ah, é mesmo. Obrigada pela carona Theo! – eu agradeço

- Resposta errada! – ele fala e me puxa pelo braço de novo e me dá um beijo, segurando na minha cintura enquanto eu fico de ponta de pé. Ele aprofunda mais o beijo e pede passagem para a língua e eu logo cedo. Depois de alguns beijos nós nos despedimos e ele entra na escola, dizendo que precisa fazer uma ligação e eu vou e direção ao grupo que me olham com um olhar zombeteiro e começam a tiram onda que que eu estou pegando o Theo.