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História Flor de Lótus - Capítulo XI


Escrita por: MrsChappy

Notas do Autor


☞ Sⓤnflⓞwⓔr ☜
Olá, pessoas! ●‿●
Estamos aqui reunidos para ler mais um capítulo de Flor de Lótus! ♡ Não tenho muito a dizer, apenas que este capítulo é relativamente curto, mas com certeza é impactante... Bem, boa leitura, meus doces! ♡

Capítulo 13 - Capítulo XI


Seriam vilões os heróis de suas próprias histórias?
— Desconhecido
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Contos de fadas são irritantes. Os protagonistas sempre encontram um caminho em que as adversidades explodem sobrenaturalmente, convertendo-se no felizes para sempre. Sem dor, sem sacrifício, sem luta… basta sonhar. Ridículo isso, não?

Como obter algo sem combater? Um guerreiro não consegue a paz sem a guerra, sem destruir seus oponentes de ideais divergentes… sem matá-los.

A morte não era um paraíso. Rukongai estava longe de ser um campo florido ou um castelo encantado. A amizade não tapava as cavidades profundas do desespero e medo do passado, do presente e, inclusive, do futuro. Tudo era horripilante, todas as almas eram abandonadas para o esquecimento. Sem poder, não se destacavam ou diferenciavam… Eram todos iguais. Lixo.

— Gingestu-sama.

Por vezes, ele esquecia que tinha um nome. Haiko Gingestu. Não que ele desse um significado profundo a essas palavras, ninguém de nobre as conhecia afinal.

O nome fazia jus às madeixas cinza peculiares, aquelas que escondiam uma beleza maior que o cabelo prateado… o tom lilás incomum que nadava por suas íris.

— Novidades?

— Uma reaitsu poderosa invadiu o distrito 80 de Rukongai. Mas os capitães adiantaram-se a levá-la para Seireitei. Não era uma das nossas.

— Algum novato, interessante.

Por um instante, a face serena de Haiko rasgara-se num sorriso lunático. Uma presença inesperada e desconhecida, com poder espiritual significativo, alimentara sua diversão sádica. As melhores personagens dos contos reais não eram princesinhas fracas ou cavaleiros cheios de altruísmo disfarçado de amor egoísta… eram aquelas que apareciam do nada, sem demonstrar interesses em salvar outros. Vagueando e vagueando, sem rumo.

As maiores forças da Natureza não tem motivo para agir segundo seu curso natural, ainda assim, mesmo que após décadas adormeçam no esquecimento, sempre renascem com o auge de sua força. Seireitei era inclusive uma vítima desse facto. Durante anos, a água dos céus secara, no entanto, durante semanas a chuva não dava tréguas, inundando várias ruas. No mundo humano, o mar recua deixando conchas brilhantes sobre os grãos de areia sobre a luz solar, contudo durante a calada da noite, volta para recuperar tudo o que dera aos humanos.

Em alguns casos, demora anos. E quando seu aparecimento não se torna mais previsível, as ondas derrubam as cidades construídas sobre seu território. Um cenário de destruição ideal. A água era encantadoramente misteriosa.

— Gingestu-sama…? — Seu seguidor o encarava confuso, não entendeu o súbito silêncio que demonstrava o interesse de seu mestre pela reiatsu mencionada. Apesar de forte, não encontrava-se de nível de capitão, no máximo apenas de terceiro oficial. Que importância poderia ela ter, afinal?

— Procure essa reaitsu. Quero saber tudo sobre ela.

Os vilões também podiam procurar e resgatar as princesas. Eles podiam ser heróis… E era isso que ele faria: roubaria a princesa dos shinigamis. No fim de analisar todas as perspectivas, ele ainda era o mau da história.

Não que lhe fizesse a diferença, logo mais.

Encarou os papéis em sua mesa, com gráficos e detalhes dos últimos ataques da rebelião. Os Shinigamis estavam fracos pela guerra, e tinham tantas aberturas que seria uma tolice não aproveitar. Vingança e justiça.

Crescera em Rukongai com uma vida miserável, igual a todos. Nunca havia descoberto a diferença entre o Inferno e a parte menos louvável da Soul Society. Ambos serviam de purgatório, ambos continham as almas amarguradas. E nenhum Shinigami se importava. Nenhum deles faria nada para mudar o estado insalubre que se encontrava os distritos. Havia, de fato, alguns distritos bons, como o primeiro, de onde um dos capitães do Gotei 13  e uma das tenentes viera, porém estes eram raros. Nenhum deles iria abrigar todas as almas insatisfeitas.

Atirando os papéis na superfície mais próxima, Haiko não conseguiu conter a ânsia ao imaginar o dono da reiatsu que causou tal comoção na Seireitei. Se perguntou quem era tal criatura, afinal. Se estava viva e a execução fora cancelada, era porque tinha ligações importantes lá dentro. Quem sabe um status? Mas tinha absoluta certeza da peculiaridade da mesma.

Se permitiu imaginar um pouco. Talvez possuísse cabelos azuis como o céu de verão, rosa como as pétalas, dourado como ouro, marrom como chocolate, branco como as nuvens ou, quem sabe, prateado como o próprio cabelo dele… Não importava como fosse, agora não mais pertencia aos Shinigamis. Ainda não sabia, o pobre desavisado, mas seu destino já estava traçado.

Um sorriso macabro despontou nas belas feições do Gingetsu. Ah, como almejava descobrir logo quem a mesma era. Sabia que seus informantes e rastreadores eram habilidosos, entretanto, a ansiedade estava corroendo-lhe o peito, enchendo-o de vontade de descobri-la.

Entre todas as peças de seu tabuleiro, o dono daquela reiatsu era, oficialmente, sua Rainha. Nenhum dos outros meros peões chegaria aos pés dele.

Suspirou pesaroso ao checar o horário. Tinha que treinar os novos recrutas que possuíam poder espiritual. Além do mais, os Ceifeiros sempre acabavam por esquecer de onde vieram. E de que não eram os único com capacidades lá. Se levantou, começando a se dirigir para a área aberta que servia de campo de treinamento. Os cabelos cinza flutuando atrás de si magnificamente.

A luta de verdade estava prestes a começar. E a única peça que estava faltando… Finalmente chegara ao tabuleiro.



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