História Flores no Escuro - A realidade é tão ruim assim?

“Eu estou aqui e aqui ficarei... Piper”

“Eu sei...”

               A luz do sol iluminava todo o quarto naquela manhã, percorriam cada curva do corpo nu da morena que estava ao meu lado, ia da ponta do seu pé até ir de encontro ao um crucifixo dourado que ela levava no pescoço. Um lindo crucifixo que possui mínimos detalhes em prata, nunca achei que Alex fizesse o estilo religioso.

 Fiquei acariciando aquele objeto dourado por longos minutos até que seus olhos me despertassem do transe que me encontrava.

- Bom dia... – Bocejou e depositou um longo beijo em minha testa me trazendo mais para seus braços enquanto minha mão se repousava sobre o crucifixo.

- Bom dia. Nunca te imaginei como alguém religiosa... – Seu olhar trazia um ar distante.

- Não sou... – O olhar triste continuava mesmo ela tentando disfarçar.

- Então por que...

- Uma coisa de cada vez, está bem?! – Ela sentou sobre a cama, tirando o abraço que me envolvia.

- Desculpa, eu não queria... Te aborrecer Al.

- Você não me aborreceu, é só que... – Voltou a posição ao meu lado sobre a cama, me envolvendo em seus braços. - ...não é o momento certo...

- LOIRRRAAAAA...

- Droga! – Me esqueci da Nick, agora sim que ela não me deixa em paz.

- Quem é? – Perguntou uma Alex assustada se cobrindo com o lençol branco da cama.

- É a Nick... – Me levantei e comecei a me vestir. – JÁ VOU... – Terminei de vestir. – Pode ficar à vontade, vou preparar o café da manhã... – Me inclinei sobre a cama e depositei um beijo em seus lábios. Sai do quarto e me direcionei até a Cozinha, onde todas as manhãs Nick se encontrava... – Serio Nick, tenho que tirar essa chave de você... – Falei adentrando a cozinha e pegando a frigideira no armário acima da minha cabeça.

- Não faça isso... – Ela aninhou a chave. – Você quebraria o ritual... – Bufou – E então dormiu bem...? – Eu sabia o que esse olhar indicava, mas resolvi mudar de assunto, adiando essa conversa que logo desceria as escadas.

- Estranho... foi a primeira noite em anos que não tive pesadelo algum... – Realmente, essa noite nada me atormentou, nem ventos frios, doutores malucos com agulhas, nada...

- E posso saber o motivo...

- Motivo do que? – A resposta entra a cozinha ficando ao meu lado. – Bom dia Nick...

- Bom dia Alex. – Seu olhar condenava nos duas. – Não preciso comentar ou perguntar mais nada, só quero minhas panquecas...

- Panquecas? Eu adoro panquecas... – O olhar malicioso de Alex me fez corar.

- Então você tem que provar as da Pipes, são as melhores...

- Tudo nela é... – Ela beijou minha nuca me fazendo arrepiar todo corpo.

- Ai meu Deus, parem com isso... – Apontou para nós fazendo cara de nojo. – Arrumem um quarto...

- A gente estava..., mas você apareceu... – Despejei algumas panquecas sobre o prato da Nick – E estragou tudo...

- Ainda bem que não subi no seu quarto... – Suspirou pesadamente – Imagine que cena de terror...

- Credo Nick...

- Credo nada, imagina só eu encontrar vocês lá... – Fez gestos com as mãos tentando explicar alguma posição que na mente pervertida da Nick, eu e Alex estávamos fazendo – Todas engalfinhadas. – Alex gargalhava enquanto eu corava mais ainda.

- Realmente... um horror... – Ria descontrolável, Alex. Me puxando e beijando minha têmpora. – Então Nick, você está trabalhando em alguma matéria especifica?

- Não, só escrevendo sobre a velha ciência.... Nada de novo.

- Nick, mas e o livro que você está escrevendo? – Me lembrei, pois, um dia peguei ela na frente do computador escrevendo sem parar.

- Desculpe, mas é ainda confidencial... nada pessoal Alex. – Falou com um pedaço de panqueca na boca. – Mas gosto de manter... o mistério.

- O que não se remete a sua boca.... Já que todo mundo está vendo o que tem dentro dela... – A reprendi com o olhar.

- Para de ser ranzinza.... Parece minha mãe. – Falou dando mais uma garfada na panqueca. – Ok, moças, chegou minha hora.... Tchau para vocês. – Se levantou, pegando as chaves e a sua mochila na bancada.

- Tchau Nick...

- Até a próxima. - Respondeu a Alex.

               Terminei de lavar a louça enquanto a Alex terminava o café.

- Pipes...
- Hm... – Ela se aproximava de mim.
- Se você... – Me virou e me prensou na bancada, fazendo assim, a água que estava na frigideira que eu lavava molhar toda minha camiseta. -...me desculp... – Seu ar preocupado mudou para um olhar de pura malicia.
- Droga... O que foi? – Olhei para a minha blusa e foi ali que percebi o porquê da sua mudança, eu estava sem sutiã. – Gosta do que vê?! – Eu estava disposta a atiça-la.
- Muito... – Em um movimento rápido suas mãos agarraram meus seios, os massageando sobre a roupa molhada. – Como você é gostosa... – Seus lábios percorriam meu rosto, beijando cada parte dele. Agarrei seu corpo envolvendo minhas pernas na sua cintura, ficando praticamente em seu colo enquanto ela me colocava sobre a bancada. – Seu perfume é uma delícia... – Ri do seu comentário enquanto ela tirava a minha blusa expondo meus seios. – Tão lindos... – Seus polegares faziam círculos sobre os bicos dos seios já rijos de excitação. – Tão macios... – Passou a língua sobre cada um deles. – Tão doces... – Seu olhar era puro amor.
- Alexxx... – Eu delirava sobre seu domínio, sobre seu toque suave. Sua mão deslizou sobre minha cintura, adentrando meu short. – Ahhh... Alex. – Sua mão fazia movimentos circulares sobre meu centro latejante. – Por favor... – Enquanto sua boca mantinha-se ocupada, saboreando meus seios. – Me fode... – Ela introduziu dois dedos fazendo-me gritar de prazer. – AHHHH... Simm... – Seus movimentos tornavam-se rápidos e precisos, alcançavam aquele ponto especial do meu corpo. – Eu vouu... Alll... – Gozei sobre seus dedos e então ela me abraçou, ficando ali, me envolvendo em seus braços por longos minutos.
- Eu... – Engoliu suas palavras e apenas permaneceu naquele abraço.