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História Flores no Escuro - A Escalada


Escrita por: 4RQUITETA

Notas do Autor


Ta tenso...

Capítulo 12 - A Escalada


 

POV ALEX

          As 05:00 horas da manhã o som despertador fez com que eu acordasse, o perfume dos seus cabelos me embriagava, suas mãos pousavam sobre minha cintura, me agarrando como se quisesse que eu ficasse ali para sempre. Tentei me desvencilhar de seus braços, mas quanto mais tentava, mais ela me apertava contra si.

          - Anjo... – Beijei sua testa como um tipo de contato para acorda-la. – Temos que acordar...

          - Hmmm... – Pegou o travesseiro e botou em cima da cabeça. – Por que a gente tem que sair tão cedo assim?

          - Por que é meio longe, meu anjo... – Tirei o travesseiro de cima de sua cabeça e pude ver finalmente seu sorriso e seus olhos. – E por que... – Subi em cima dela e lhe dei um beijo. – Tem uma bela paisagem.

          - Ok... – Me beijou. Levantou-se e foi ao banheiro. – Você vem? – Ela estava apoiada na porta me chamando com aquele olhar nada inocente. Levantei e fui correndo em sua direção...

 

 

06:45 – Em algum lugar...

 

- Amor falta muito? – Estávamos dirigindo a mais ou menos 1h e Piper estava ansiosa demais para chegar.

- Não. Falta só alguns quilômetros... – Olhei ao meu lado e ela apreciava a paisagem.

- Você tinha razão... – Olhava admirada para as planícies cobertas de campos verdes. – É incrível... – Ri levemente do seu comentário como se concordasse.

Percorremos mais 10Km até chegarmos ao nosso destino: O rancho da minha família. Ao chegarmos nos deparamos com um enorme portão de ferro que possuía a letra “V” em destaque. Piper não perguntou nada, pois não sabia que esse lugar me pertencia. Na verdade, ela não sabia nada sobre mim e isso me entristecia. Eu queria compartilhar cada segunda da minha vida com ela. Mas para fazer isso, eu tinha que romper algo que eu julgava ser importante em nosso relacionamento: A confiança.

Eu tenho medo, muito medo.

Mas eu preciso.

          Eu tinha que protegê-la, de tudo. Até de mim.

- Alex onde a gente está? – Seu olhar percorria o local como se procurasse algo que a ajudasse a descobrir. Fiquei em silêncio até estacionar na frente de uma enorme casa de campo que ficava no centro da propriedade. A olhei nos olhos...

- Piper... – Eu tinha planejado o que falar, mas por incrível que pareça, eu não conseguia. O medo de perde-la era gigantesco. - .... Eu... – Respira vamos lá, um passo de cada vez. – Esse rancho é meu.

- Ahh... – Levou à mão ao peito. - E precisava dessa tensão toda para me contar... – Ela me deu um leve tapa no ombro. – Você me assustou...

- Senhorita Alex... – Um homem veio em nossa direção.

- Devon... – Sai do carro e fui ao seu encontro. – Que bom te ver... – O abracei. – E não me chame de Senhorita... só Alex.

- Ok... Alex. – Piper se aproximou de nós, com uma cara de: “ O que está acontecendo aqui? ”

- Ah Devon... – Abracei-a. – Essa é a Piper de que te falei. – Estendeu o braço para cumprimenta-la.

- É um prazer conhece-la, a Alex fala muito da Senhorita.

- É prazer também Devon... E pode me chamar de Piper. – Os dois sorriram.

- Então.... Vou ajuda-las com as malas. – Antes de ir para o carro virou-se para mim. – Ah....os cavalos estão como pediu Alex. – Assenti e levei Piper comigo em direção a casa.

 

 

POV PIPER

 

É um lugar encantador, o rancho da Alex. Rodeado de árvores e campos verdes, a casa então, é deslumbrante e aconchegante, toda trabalhada em madeira e pedra. Mas faltava uma peça nesse quebra-cabeça, algo que Alex me omitia, não podia chamar de mentira, por que ela nada me contava sobra sua vida, família ou amigos.

- Eu vou te mostrar a casa... – Ela pegou minha mão e me  apresentou cada canto da casa, me contando detalhadamente cada momento vivido ali ao lado de sua família. Mas ainda assim, contando sobre sua infância, medos e alegrias, ainda faltava aquela peça.

O tema Alex Vause pode ser escrito como um assunto que se assemelha a uma escalada. A cada pedra que agarro é como se tentasse descobrir se é firme ou é apenas uma pista falça, e que a consequência será o meu fracasso. O fracasso de nunca conseguir subir a montanha.

O que você esconde?

Por que você tem esse medo de me perder?

O que é tão ruim em sua vida capaz de afastar você de mim?

 

Depois de longos minutos mostrando a casa, Alex me levou ao meu quarto, ou ao nosso sei direito. Ela me pediu que eu botasse roupas confortáveis pois faríamos um passeio a cavalo.

Ao chegar no quarto meu telefone toca, era Nick.

- Alô branquela...

- Oi Nick.

- Chegou bem?

- Sim, estou viva... Ainda escrevendo?

- Sim, o doutor Alexander e suas crianças me tomam muito tempo...

- Então é sobre um doutor e suas crianças? Interessante...

- Não é nada disso, sua idiota...

- Ok, depois você me conta essa história melhor...

- Nada disso, vai esperar o livro ser publicado como todo ser humano...

- Ok.

- Vou desligar, a Lorna tá me chamando...

- O que ela ta fazendo ai?

- Ahh... Tchau Chapmam... – E desligou o telefone.

Tomei um banho rápido na ducha do banheiro do quarto onde arrumei minhas coisas, vesti um pequeno short, botas e uma camiseta xadres. Desci as escadas da casa e Alex me esperava na entrada da casa com dois cavalos. Me ajudou a subir e logo começamos o passeio sobre os campos de sua propriedade. Devo admitir era tudo tão lindo, tão puro. Diferente de Nova York, ali podíamos sentir a brisa, o perfume da natureza e a paz do lugar. Alguns minutos depois de voltas recheadas de conversas sobre o lugar, paramos no topo de um morro onde tinha a presença de apenas uma árvore. Uma árvore grande e majestosa, fazia uma grande sombra sobre sua base.

Amarramos os cavalos a uma estaca e Alex começou a falar.

- Aqui é o meu lugar de refúgio quando algo me atormenta... – Ela bufou e olhou para o chão com olhar muito sério.

- E o que te aflige Al? – Tentei decifrar sua expressão, mas parecia impossível, então fui direta.

- Você... – Seu olhar mudou para um olhar triste. – Não só você.... Eu também e o que eu estou fazendo com você, isso me dói tanto Piper.

- Então fala pra mim Alex. Se abre comigo... – Tentei me aproximar, mas ela deu dois passos para traz.

- Tá bom... – Como se tentasse achar palavras para o que estava prestes a fazer, ela me olhou. – Quando eu tinha 17 anos eu não sabia bem o que eu queria da minha vida, eu vivia em caos com meu pai, brigas eram bem comuns entre eu e ele, não sabia por que eu guardava tanto ódio dele, mas era presente todos os dias. Eu participava de rodas de “Amigos” que me incentivavam a me dro... drogar, dizendo que aquilo me ajudaria, mas nunca ajudou, eu tentava preencher um vazio que não conhecia. Um vazio que eu queria lembrar o que era. Mas nada me ajudava a lembrar, mas eu sabia que tinha algo... – Suspirou e continuou. – Depois de dois anos de sessões com analistas e psicólogos eu consegui superar um pouco essa dor, então quando eu completei 20 anos me alistei no programa de jovens recrutas do FBI. – Ali eu estremeci. – Treinei meu corpo e minha mente pra virar uma arma de combate mortal, ainda odiava meu pai e muito. – Eu tentava ver aonde ela queria chegar. – Então a dois meses atrás meu pai se matou, eu e Stella encontramos ele desacordado com um tiro na cabeça e uma pistola na mão.... Eu me condenei naquele momento por não sentir nada ao ver aquela cena, eu só senti um alivio... como uma pessoa sente alivio ao ver o pai morto? – A história que ela me contava parecia um filme de terror. – Então... Ao lado do seu corpo eu encontrei uma carta, uma caixa e... esse crucifixo. – Ela puxou a carta e mostrou seu crucifixo que sempre estava com ela. - O que eu achei estranho, por que meu pai era ateu. Mas então eu abri a carta e a li... – Ela me entregou a carta para que eu a lê- se.

 

 

Alexandra,

 

Eles estão vindo, eles me querem e querem minhas obras primas.

Eles vão atrás de você filha, por favor, se salve.

 Desculpe por tudo que lhe fiz, por tudo que lhe tirei, eu queria que soubesse que você foi meu maior sucesso. Mas eu te tirei tanta coisa...

Desculpe por todos esses anos, desculpe por ser um péssimo pai, um pai que eu nem fui. Mas aqui tenho um presente, eu tenho o pedaço que lhe faltava, melhor, eu tenho suas lembranças Alexandra. Com a seringa que está dentro dessa caixa você poderá lembrar de tudo que te tirei, a mais dessas dentro do deposito. Esse liquido eu inventei para caso um dia precisar. Desculpe, eu fiz isso para protege-la.

Ao tomar o soro por favor, procure-a, ache-a e nunca a deixe. JAMAIS A DEIXE.

 

Com amor, Alexander Vause.

 

 

          - O que é isso Alex? – Não tive o tempo de revidar, pois ela me atingiu com uma seringa no braço me fazendo tombar em seus braços.

          - Desculpe... desculpe... – Lágrimas saiam aos montes de seus olhos - ..., mas eu preciso de você... inteira. – E tudo ficou escuro.


Notas Finais


Não me matem, no próximo a gente descobre mais...
Obs: Próximo capitulo focará nas memórias perdidas de Piper e Alex.


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