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História Flores no Escuro - Permanecemos juntos, para sempre.


Escrita por: 4RQUITETA

Notas do Autor


Voltei...

Capítulo 16 - Permanecemos juntos, para sempre.


Fanfic / Fanfiction Flores no Escuro - Permanecemos juntos, para sempre.

 

 

“Mais um dependendo de uma oração
E todos nós desviamos o olhar
Pessoas fingindo em todo o lugar
É apenas mais um dia”

 

         

 

Jamais aquela manhã será esquecida.

Depois de acordar nos braços de Alex, tudo parecia se encaminhar para um “Lindo final”. Só parecia.

 

Após um café da manhã maravilhoso, repleto de beijos e caricias, podemos ouvir o barulho da porta que nos separava do laboratório se abrir. De lá, saíram 6 homens vestidos totalmente de branco. Dois empurravam duas macas e mais dois empunhavam seringas. Fiquei assustada tanto quanto Alex, que me envolvia em seus braços.

 

- O que vocês querem aqui? – Os homens que empunhavam seringas se aproximaram, mas nada responderam. – O QUE VOCÊS QUEREM? – Pelo medo eu estava paralisada, e por amor ela me protegia. – NÃO OUSEM APONTAR ESSA MERDA PRA ELA! -Alex dava passos lentos para trás e me levava junto ao seu corpo. Quando atingimos a porta da biblioteca e sua mão estava prestes a gira-la, um homem de terno cinza e expressão vazia, fez-se presente... era seu “Pai”, o Dr. Alexander Vause, um velho doente e Lunático.

- Hora, hora! – Deu uma risada debochada. – Eu esperava mais de você Alexandra, muito mais...

- O que você faz aqui? – As palavras de Alex soavam ásperas.

- Bem... – Olhou em volta. – Essa é minha casa...

- NÃO! – Sua voz rasgou o ar. – Essa é a casa da minha mãe... é a casa da minha família.

- Eu sou sua família... querida. – Ele era calmo e cauteloso em suas palavras.

- Não, você não é meu pai a muito tempo... – O homem a nossa frente fez-se de surpreso, levando a mão ao peito.

- Não seja malcriada... – Fez um gesto em negativo com a cabeça e o dedo indicador. – Você nem me agradeceu pelo presente e apontou em minha direção. - Presente? Eu era um presente para Alex?

- O que...? – Alex mal compreendia suas palavras assim como eu.

- Veja bem Alexandra... – Andou até a poltrona da sala e sentou-se sobre ela, cruzando as pernas e levando os braços aos apoios da mesma. – Como você pode observar... – Olhou fixamente para mim – Estou desenvolvendo um novo gene, um gene capaz de mudar a humanidade, um gene para... protege-la. – Levantou-se e andou em nossa direção, a mão de Alex ainda sobre a maçaneta. – Então, quando percebi que um recipiente não seria o suficiente, resolvi fazer uma pequena pesquisa... – Cruzou os braços. – Mas várias crianças não resistiram e acabaram sucumbindo... a morte. – Descruzou os braços. – Mas então... – Se aproximou de nós. – Eu encontrei essa bela jovem... – Acariciou o meu rosto, sua mão era extremamente gelada.

- NÃO ENCOSTE NELA... – E o empurrou. – Nunca mais encoste essas mãos imundas nela...

- Ai está! Essa é a minha filha... – Sua risada ecoou pelas paredes. – Vamos Alexandra, me mostre do que é capaz... – Ele abriu os braços rindo feito um lunático, com os homens de branco a sua volta. A expressão de Alex era de pura raiva, seu foco era apenas seu “Pai”... Então com um leve toque em seu braço pude desperta-la do transe e fazer com que me notasse ali.

- Alex... – Sua expressão tinha mudado, pude ver o amor em seu olhar. – Fica comigo... - Ela levou a mão direita ao meu rosto enquanto a esquerda permanecia na maçaneta da porta.

- Sempre... – Ela me sorriu. Em um movimento rápido ela girou a maçaneta e abriu a porta da biblioteca. Quando viramos para entrar na sala nos deparamos com mais dois de seus capangas vestidos de branco, e desabamos as duas juntas ao chão.

E as palavras que ecoaram da boca do Doutor, na nossa cabeça se tornaram eternas.

 

“Má escolha Alexandra, muito má... Levem-nas...”

 

 

“Há balas voando pelo ar
E elas ainda continuam
Nós vemos isso acontecer ali
E depois esquecemos...”

“Hey, yeah, yeah, hey, yeah
Nós devemos ficar juntos
Hey, yeah, yeah, hey, yeah
Não podemos desistir
Hey, yeah, yeah, hey, yeah
De mãos dadas para sempre
Hey, yeah, yeah, hey, yeah
É assim que todos nós ganhamos
Hey, yeah, yeah, hey, yeah
É aí, é aí, é aí que todos nós ganhamos
É aí, é aí, é aí que todos nós ganhamos...”

 

 

POV ALEX

 

Abri os olhos e o teto branco muitas vezes visitado se tornou meu pesadelo mais uma vez. Sentei na maca e pude ver que não estava sozinha ali.

Piper, desacordada estava ao meu lado. Tão perfeita e tão indefesa, eu teria que protege-la.

-Pipes... – Toquei em seu braço e ela abriu seus olhos.

- O que... – A confusão já se fazia presente em suas palavras. – Aonde a gente tá?

- Em alguma das salas de isolamento daquele maluco... – Olhei em volta em busca de algum tipo de fuga, mas era em vão.

- Alex... O que ele quer conosco? – Seu olhar era de medo.

- Ele vive falando em... criar um ser perfeito, um ser... Indestrutível. Ele deve estar fazendo isso conosco. – Abaixei a cabeça. – Maluco... ele pode nos matar...

- Alex e se isso acontecer... eu não quero morrer... – A abracei.

- Você não vai morrer está me ouvindo? – A apertei mais em uma tentativa de tirar seu medo.

- Que Deus nos ajude... – Uma lágrima escorreu sobre seu rosto.

- Pipes... – Me afastei e olhei em seus olhos. - Desculpe, mas... Deus não está aqui...

- Ele me falou a mesma coisa... – Seu olhar buscava algo em mim.

- Uma vez eu acreditava... minha mãe acreditava que ele estava em tudo... – Me lembrei do rosto de minha mãe. – Mas ele não estava...

Piper levou as mãos ao crucifixo e o tirou.

- Eu quero que fique com isso... – Me estendeu o pingente dourado.

- Eu não posso, ele é seu... – Não podia aceitar aquilo.

- Eu quero, que toda vez que se sentir sozinha ou angustiada. Olhe para isso e lembre de mim e lembre que sempre... – Lágrimas já inundavam seu rosto. – Sempre lembre-se que eu estarei com você. Não importa o quão distante esteja de mim... – Enlacei minha mão a dela junto ao crucifixo. Me aproximei e juntei nossos lábios. – Não se esqueça de mim Alexandra.

- Nunca. – As lágrimas também banhavam meu rosto. – Eu sempre irei lembrar de você, meu anjo... Eu te amo.  

 

“Eles nos dizem que está tudo bem
E nós simplesmente vamos na onda
Como nós podemos dormir à noite
Quando algo está claramente errado

Nós poderíamos alimentar o mundo faminto
Com tudo que jogamos fora
Mas tudo que servimos são palavras vazias
Que sempre têm o mesmo gosto...”

 

Os olhos pesaram mais uma vez, como se uma droga atingisse nosso organismo repetidas vezes. Não conseguia ficar acordada, eu não tinha forças para protege-la e aquilo me ruía por dentro. Mais uma vez eu falhei com a minha doce Pipes.

 

“Hey, sim, sim, hey, sim
Nós devemos ficar juntos
Hey, sim, sim, hey, sim
Não podemos desistir
Hey, sim, sim, hey, sim
De mãos dadas para sempre
Hey, sim, sim, hey, sim
É assim que todos nós ganhamos
Hey, sim, sim, hey, sim
É aí, é aí, é aí que todos nós ganhamos
É aí, é aí, é aí que todos nós ganhamos...”

 

 

- Vejo que finalmente se juntou a nós Alexandra... – Abri os olhos ainda fraca por causa da droga. Mal podia me mover.

       

Olhei ao meu arredor procurando a voz e então senti a cama se reclinar me deixando de frente para o lunático e a minha doce Piper.

- O que... você... vai fazer... com ela? – Minha voz saia fraca.

- Eu vou apenas apagar você da memória dela... – Suas palavras me atingiram como facas, entrando lentamente em meu corpo.

- Você... não pode! – Tentei me soltar das amarras.

- Não se esforce querida... – Sorriu. – Você também vai esquece-la e tudo que aconteceu nesse um ano e meio... vai ser como se nunca tivessem se conhecido, vai ser como antes, tudo vai ser como antes... – Seu olhar vagava pelo ar, alucinado.

- Não... eu não quero isso... – Mais uma vez ouvi sua risada.

- Querida... – Ele se aproximou de mim pegando meu queixo, fazendo assim com que o olhasse nos olhos. – Você não tem escolha.

- Não... por favor... – Minhas lágrimas surgiram, pela simples ameaça de perde-la. – Não tire ela de mim, por favor...

- Desculpe querida, mas é preciso... é muito perigoso que saibam quem são vocês... – Se virou caminhando em direção a Piper, que levava uma mordaça na boca, a impedindo de falar. – Minhas Obras primas...

        “Vai ficar tudo bem” eu falava para Piper sem emitir som algum. E ela me afirmava com a cabeça. “Vai ficar tudo bem”. E então o primeiro choque atingiu sua cabeça. Por causa da mordaça não pude ouvir o seu grito, só gemidos de agonia eram ouvidos, gemidos de dor.

 

 

POV PIPER

 

        Extinguir Alex Vause da minha memória, era isso que estava acontecendo. Uma parte da minha alma estava sendo arrancada a força.

        - SEU MALUCO... NÃO MACHUQUE ELA... – Borrões eu so via borrões, mas ainda ouvia sua voz. – POR FAVOR... PIPES, EU TE AMO. POR FAVOR...

        - Alex...

        - POR FAVOR... – Gritos e mais gritos. – NÃO MACHUQUE ELA... PARAAA... POR FAVOR. – A sua voz cada vez mais longe.

 

 

“Piper, eu te amo...”

 

 

“Vai ficar tudo bem”

 

 

“Eu te amo, pra sempre...”

 

 

 

 

“A coisa certa que pode nos guiar
Está bem aqui, dentro de nós
Ninguém pode nos dividir
Quando a luz está liderando
Mas como o pulsar de um coração
A batida continua”

“E a batida continua
Como o pulsar de um coração”

 

 

 

Presente.

 

- Oi Pipes... – Seu sorriso, que saudade dele.

 

 

“Hey, sim, sim, hey, sim
Nós devemos ficar juntos
Hey, sim, sim, hey, sim
Não podemos desistir
Hey, sim, sim, hey, sim
De mãos dadas para sempre
Hey, sim, sim, hey, sim
É assim que todos nós ganhamos
Hey, sim, sim, hey, sim
É aí, é aí, é aí que todos nós ganhamos
É aí, é aí, é aí que todos nós ganhamos...”

 

                                                                                                                                       - Nickelback – When We stand Together


Notas Finais


E agora? O que vai acontecer com Piper e Alex? Como será esse "reencontro" ?


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