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História Flores no Inverno - You're Just A Heart To Break


Escrita por: Binah

Notas do Autor


Olha eu aqui \o/

Espero que gostem do capítulo e desde já, desculpem qualquer erro ortográfico. Escrevo pelo celular ^.^

Capítulo 3 - You're Just A Heart To Break


Fanfic / Fanfiction Flores no Inverno - You're Just A Heart To Break

 Você é apenas um coração para quebrar

Fáceis de manipular

Quero cuidar muito mais

Mas eu estou me sentindo cada vez menos

   - Empress Of - Water, Water

Sakura bateu levemente na porta entreaberta do quarto de hóspedes. Hinata autorizou baixo de dentro. Sakura abriu a porta, se encostou no batente e cruzou os braços. Hinata arrumava a enorme cama metodicamente.

- O que está fazendo? - Perguntou quando Hinata continuou calada. Trabalhando minuciosa em cada dobra do lençol, ajeitando o hedredom.

- Pensando. - Parou um instante e a olhou de canto de olho.

- E você faz isso arrumando a cama? Sabe que temos empregados que podem fazer isso, né.

- Sei. Mas me ajuda a concentrar em algo, mantém meu corpo ocupado enquanto minha mente trabalha. - Murmurou arrumando um dos travesseiros. Suspirou quando terminou. A cama impecável.

- Você é boa. - Elogiou, sincera. Depois ironizou. - Daria uma ótima camareira.

- É. - Sorriu sem vontade. Sentou na beira da cama e olhou para baixo.

Ficaram um longo tempo em silêncio. Hinata pensativa, melancólica enquanto Sakura a observava.

- Por que você não revida? -  Perguntou abruptamente. Hinata levou um momento para compreender sobre o que Sakura falava. Depois soltou um riso amargo.

- E o que você acha que eu fiz antes de parar no hospital? - Seus olhos continuavam no chão, distraída.

- Não. - Sakura tinha uma expressão curiosa. Se afastou um pouco da porta descruzando os braços. - O que você fez foi outra coisa. Voce queria provar algo, não é? Por isso aquela coragem toda. Era só um teste.

Hinata demorou a responder, sua expressão limpa, mas seus olhos brilhavam. Se de lágrimas ou outra coisa Sakura não sabia dizer.

- Sim.

- E o que você consegiu com tudo isso?

- Um bebê morto e a certeza de que as pessoas são adeptas do ódio gratuito. - Hinata foi ácida, rancorosa. Sakura balançou a cabeça. Ainda não era a resposta que ela queria.

- Por que exatamente você foi lá naquela noite? Depois de anos sofrendo na mão daquelas meninas e do nada você cria essa coragem do nada. Alguma coisa te impulsionou. O que? - Sakura agora se encontrava muito próxima de Hinata. Não havia percebido que caminhou enquanto falava. Mas a ânsia por respostas era muita. Havia passado o dia anterior inteiro pensando sobre isso.  Muitas dúvidas pairavam sobre sua cabeça e ela precisava sana-las. Hinata parecia acuada, mas a expressão de raiva fez Sakura recuar um pouco. Talvez houvesse passado dos limites. Hinata levantou de supetão.

- Quer saber o que aconteceu? - Cuspiu. Lágrimas brotando de seus olhos. - Existe uma quantidade de coisas que uma pessoa consegue suportar. E elas, elas ultrapassaram o meu limite.

- O que elas fizeram que pode ser tão ruim do que o que elas já faziam antes? - Sakura estava preocupada. A compreensão disso a fez recuar um pouco, surpresa consigo mesma. Ela não se importava com picuinhas idiotas da escola. Mas ali estava ela querendo saber. Hinata não percebeu seu pequeno lapso. Muito abalada apenas balançou a cabeça.

- Não importa. - Enxugou as lágrimas com as costas das mãos. - Por que você quer tanto saber? Nem falava comigo antes.

Sakura se calou. Era verdade. Não tinha gastado mais que um olhar com Hinata. Não que ela prestasse atenção em alguma coisa. Seu interesse repentino na garota era estranho até para si mesma. Tentou outra abordagem. Hinata não parecia disposta a compartilhar seus sentimentos com ela. Mas talvez outra coisa.

- Você devia revidar, sabe. - Disse simplesmente. Hinata a olhou incrédula, soltando uma risada de escárnio.

- Igual a sexta? - Debochou. - Não, obrigada.

- Não. Uma vingança de verdade e não aquela tentativa de homicídio social que você fez. Foi muito corajoso da sua parte, devo admitir. Mas muito mal planejado e sem muito efeito. Se quiser algo melhor que aquilo, fale comigo. - Sakura caminhou para a porta. Antes de sair ainda pode ouvir Hinata murmurar.

- Não vou.

Sakura não viu Hinata o resto do dia. A garota jantou no quarto e no outro dia cedo havia ido embora para casa quando Sakura levantou para ir a escola. Não ligou muito. Daria um tempo para ela. Havia passado por muita coisa ultimamente.

Temari estacionou seu conversível prata as sete e quarenta e ponto na frente da mansão Haruno. A parte de cima aberta fazendo seus cabelos voarem. Mascava chiclete e usava óculos escuros, estilo aviador. Sem abrir a porta Sakura pulou direto no banco do carona.

- Vadia cabeluda, acho que vi sua calcinha. - Abaixou um pouco os óculos para olhar o vestido creme esvoaçante da amiga. - Parece moça de família.

- Vai se feder Temari. - Reclamou dando o dedo a amiga. Rindo ela acelerou ganhando as ruas de Los Angeles. A escola era perto, menos de dez minutos em alta velocidade, porque Temari dirigia como se estivesse em um racha, e estavam na escola.

- Cade nosso amigo Dark? - Perguntou trocando a música do rádio, um quarteirão da escola.

- Você sabe que ele odeia quando chama ele assim.

- Por isso eu chamo. - Sorriu maliciosa. Sakura revirou os olhos.

- Concessionária. Vai trocar de carro.

- Finalmente ele vai trocar aquele carro de tiazona. Aquilo era uma agressão aos meus lindos olhos. - Brincou estacionado o carro em uma das vagas da escola em que estudavam.

- Exagerada. Eu gostava. Grande e preto. Até que tinha personalidade. - Soltou o sinto e desceu pegando a bolsa por último.

- Seu gosto é questionável. Fala sério. Aquele carro gritava ' Sou Uma Mãe  Solteira Suburbana'. - Riu. Sakura a empurrou com o ombro a fazendo rir mais ainda.

A semana transcorreu tranquila. Sem sinal de Hinata. Os vídeos da festa haviam bombado durante a semana e as quatro amigas agiam como se não tivessem feito nada de errado. Bem, pelo menos três delas. Sakura ainda pegava Tenten a observando de longe, um pouco dispersa das risadas na mesa das amigas.

Elas duas haviam sido amigas no jardim de infância. Quando Tenten ainda usava dois conques e não ligava para o que as pessoas pensavam dela. Era uma boa menina de coração imenso. Sakura lembrava daquela época com carinho. Mas não lembrava o que havia transformado Tenten no que era hoje. Mimada e superficial. Talvez fosse as novas amigas. Sakura não sabia bem, havia se passado muito tempo e com ele o afastamento das duas.

Lembrou do dia da festa. O olhar de Tenten. Sakura sabia que aquela menina que ela conheceu a muito tempo ainda habitava em Tenten, escondia sob a pele, tentando sair. A culpa devia está corroendo a Mitsashi por dentro, mesmo não tendo feito nada com Hinata ela tinha assistido e não feito nada. E se Sakura ainda se lembrava era exatamente assim que ele estava se sentindo. Por isso os constantes olhares para a Haruno. Ela queria saber como Hinata estava, mas não possuía coragem de perguntar. Seja por vergonha das amigas ou medo. Medo de se mostrar. Sem máscaras, apenas como era.

A semana teria passado em branco para Sakura não fosse uma terça feira em especial em que ela havia cabulado o último período e se trancado em um dos banheiros para fumar escondida. Um grupo de meninas entrou pouco depois dela, mas não haviam percebido sua presença.

Pode ouvir vozes e logo depois reconheceu Karin, Mei e Ino conversando.

- Tenten anda tão estranha. - Ino comentou. Pode ouvir um barulho de reprovação.

- Deve ser frescura. Ela está assim desde o final de semana. -Mei supôs. Pode ouvir barulho de frascos.

Ficaram um momento caladas. Talvez arrumando os trocentos quilos de maquiagem que usavam, até a voz de Karin ser ouvida.

- Vocês viram o carro novo do Sasuke?

- Unrum. Quente como ele. - Mei suspirou rindo.

- Ouvi dizer que foi uma fortuna. - Ino informou animada. Sakura revirou os olhos as chamando de vadias sem emitir som.

- Vou dizer uma coisa para vocês. Até o final do ano vou ter Sasuke Uchiha em minha cama. - Karin anunciou convencida. Nem no inferno. Sakura reprimiu a vontade de dizer isso em voz alta.

- E como você vai conseguir isso? Ele namora a Sakura. Aquela garota me dá arrepios. - Ino perguntou. Karin sorriu.

- Não vai ser aquela cabelo de chiclete que vai me impedir. Em dois tempos consigo fazer ele babar aos meus pés.

- Isso eu quero ver. - Mei ria alto.

- Acha que eu não consigo? - Karin perguntou irritada.

- Não que eu duvide do seu poder de sedução. Mas estamos falando de Sasuke Uchiha. Aquele garoto nem olha na nossa direção. Não fica com garotas da escola. Quase não fala com ninguém a não ser do grupinhos deles, sem falar na Sakura. Aquela garota destrói tudo que atravessa o caminho dela. - Mei explicou. Sakura ouviu uma bufada.

- Vocês endeusam demais a Sakura. Até parece que não me conhecem. Do que eu sou capaz. Ela? Nada além de lendas, vocês nunca viram Sakura fazer mais do que ser arrogante com alguém. Então não venham me falar que é tudo isso.

- Você que sabe. - Mei respondeu. Sakura pode perceber os passos indo em direção a porta.

- Podem escrever o que eu digo, até o final do ano Sasuke Uchiha é meu. E a doce Sakura não vai poder fazer nada.

As vozes sumiram quando a porta bateu. Sakura sentou na tampa do vaso, tirou um cigarro da bolsa, acendeu, deu uma tragada e soltou a fumaça enquanto ria. Um riso maldoso, divertido e cruel.

- Quero ver você tentar.

                            ***

- Que porra de música é essa? Ela tá gemendo, parece que tá morrendo. - Karin reclamou deitada na enorme cama de casal. Sua cabeça pendia fora, e ela olhava para as amigas de cabeça para baixo enquanto fazia movimentos com as mãos imitando um regente.

- Ela começa assim, mas depois que ela começa a cantar é maravilhoso. - Tenten explicou sorrindo, olhando pela janela. As luzes da cidade brilhando lá em baixo. Viva e quente.

- Você tem um péssimo gosto musical. - Karin desdenhou. Tenten sentiu o pequeno incomodo que andava sentido ultimamente aumentar mais um pouco. Mas não respondeu nada.

As quatro garotas haviam se reunido na casa de Mei, um apartamento de luxo no centro da cidade, para decidir qual seria o cronograma da noite e até do final de semana. Era uma pequena tradição entre elas. Nas noites de sexta ir na casa Mei para apenas fazer nada durante toda a noite ou se arrumarem para ir a algum lugar.

- Ainda tá de pé a festa do Kenny? - Ino perguntou para as amigas, pintando as unhas de um rosa claro.

- Sim. Preciso de um tapinha hoje. - Mei se jogou ao lado de Karin, fazendo a ruiva pular levemente no coxão, mas longe o suficiente para nenhum atrito entre elas, já que a cama era enorme.

- Claro. - Karin confirmou. Tenten se manteve calada um instante.

- Acho que eu não estou afim. - Murmurou a morena. Karin olhou para ela de rabo de olho.

- Como assim não está afim? - A ruiva perguntou devagar.

- Só não estou afim.

- Que merda é essa agora, Tenten. Você adora ir nessas festas. - Karin sentou.

- Vocês não casam disso, não? - Se virou as amigas agora, um pouco exasperada. - Festas e mais festas. Bebidas, drogas, caras. A gente faz isso toda semana, até mais de uma vez. Cansa. Quero ficar em casa dessa vez.

- Isso é frescura. Tá inventando desculpa para as suas merdas. - Karin cuspiu. Ino levantou os olhos, preocupada com o rumo da conversa. - Você vai a festa e ponto.

- Não.

- Você vai. - Karin se levantou. Desafiando Tenten a contrariar sua vontade. Sempre funcionava quando ela queria obrigar uma delas a fazer  que ela queria. Mas não dessa vez. Tenten empinou  o nariz.

- Não vou. E você não manda em mim Karin. - Disse simplesmente. Depois se aproximou da amiga. - Você fica aqui brincando de reinado as nossas custas. Mandando e demandando o que você quer. Somos apenas bibêlos chiques que você usa quando lhe convém. Suas lacaias pessoais...

- Tenten. - Ino chamou, surpresa com as palavras da amiga.

- Quieta Ino. - Karin vociferou. Depois sorriu, indicando Tenten com um gesto grandioso de deboche. - Não está vendo que nossa "amiga" está falando? Continue.

- Você é e sempre vai ser assim né? - Havia certo tipo de curiosidade em sua pergunta, mas sabia que a ruiva nunca a responderia com sinceridade nada. - Usando as pessoas e pisando em quem fica no seu caminho.

- E você é quem para falar assim comigo Tenten. Você. A menina que até cinco minutos atrás era uma das minhas fiéis companheiras. Não venha agora da uma de Santa. Porque você não é. - Sua voz era agressiva, mas sua postura era uma estranha mistura de calma pré combustão.

- É. Posso não ser uma santa. Mas nunca humilhei alguém como você faz com as pessoas. Impondo seu poder coercitivo sobre elas. Olha a Hinata. As pessoas ainda compartilham aquelas imagens horríveis da festa. - Tenten suspirou, um tanto cansada. Mas ainda zangada, o tom de voz se elevando. - Ela não aparece na escola há uma semana. Uma semana. Não estão preocupadas?

- Notícia ruim chega rápido. Nada aconteceu. Se tivesse, todos nós saberíamos. - Mei comentou despreocupada, sentada com as penas esticadas e as costas no doessel da cama. Nenhum pouco preocupada com o embate a sua frente.

- Ainda. - Tenten frizou. Karin bufou.

- Hipócrita! E o que você fez? Nada. Pode não ter atacado, mas também não ajudou. Então, não venha agora com esse heroísmo atrasado para o meu lado que não cola. Pelo menos sou sincera quando ao que eu sinto sobre ela. Não fico fingindo ser boazinha para me sentir melhor.

- Eu estava bêbada. - Exclamou.

- Todas as outras vezes também? - Debochou. Tenten se calou sem argumentos. - Vê. Você nunca fez nada. É tão ruim quanto o que você diz que eu sou. Talvez pior. Sua putinha fingida.

Antes que Tenten pudesse controlar sua mão já havia batido com força na face da ruiva. ! mãos a levaram por trás, a segurando, enquanto Karin com uma mão no rosto era amparada por Mei.

- Já que você me acha tão ruim assim porque ainda anda comigo? - Gritou segurando o rosto. Ódio brilhando em seus olhos. - Fora! Nunca mais quero você perto de mim. Não é mais minha amiga. Não somos mais nada.

- Karin... - Ino tentou surpresa.

- Se quiser ir com ela pode ir. - Ino se calou submissa. Tenten esperou que ela a acompanhasse ou defendesse, mas a loira apenas baixou os olhos. Decepcionada balançou a cabeça. Mei, sabia que era igual a Karin, não esperava nada dela que não fosse distância.

- Quer saber. Não sei mesmo o que eu ainda faço aqui. - Se soltou bruscamente de Ino, que nem a olhava mais nos olhos e caminhou para a porta.

- Vai se arrepender disso, Tenten. - Pode ouvir a voz zangada de Karin a ameaçando, mas já estava perto das escadas.

- Acredite, essa é uma coisa que eu não vou. - Disse enquanto descia aquelas escadas pela última vez. Estranhamente leve. Calma. Calma até demais para quem acaba de perder as melhores amigas.


Notas Finais


Gostaram? Um, as coisas estão esquentando... kkkkk

Qualquer dúvida pode perguntar nos comentários. Também estou aberta a idéias.

Até o next! Beijo, beijo o/


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