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História Flores no Inverno - Another Walk About After Dark


Escrita por: Binah

Notas do Autor


Olha eu aqui. Again.

Espero que gostem. Mais um personagem será apresentado. Prestem atenção, ele vai ser importante mais para a frente. Desculpem qualquer erro e bora lá.

Capítulo 4 - Another Walk About After Dark


Fanfic / Fanfiction Flores no Inverno - Another Walk About After Dark


          Mais uma caminhada após anoitecer

É o meu ponto de vista

Porque alguém pode quebrar o seu pescoço

Vindo por trás de você, sempre vindo e você nunca notaria

 - Oblivion - Grimes

- O que você vai fazer? - Temari perguntou. Os olhos focados na amiga que tomava um sorvete despreocupada, olhando para o nada em particular. Ela também tinha o seu, mas estava curiosa sobre os próximos passos da amiga, que havia passado a semana fazendo planos mas não lhe contando nada.

- Sobre o que, exatamente? - Mais uma lambida. Um casal com uma menina de 5 anos passou em frete a mesa delas, a criança sorrindo para as estranhas e acenando. Sakura Acenou de volta. Temari continuou concentrada na atitude descontraída de Sakura. Sentiu o sorvete derretido descer por seus dedos. Limpou com um guardanapo e voltou a comer encarando Sakura.

- Hinata. Karin. Sua vida. Não sei. Você não me fala nada. - Sakura terminou o sorvete e suspirou. Olhou ao redor como quem busca respostas no ambiente. Estavam sentadas em uma mesa de madeira do lado de fora de uma sorveteria, numa calçada movimentada. Um lugar simpático que gostavam de ir de vez em quando conversar, passar o tempo. Geralmente depois das aulas. Seu olhar vagou nos pedestres, principalmente turistas com suas câmeras andando eufóricos pela cidade.

- Isso não é bem verdade, mas de qualquer forma ainda estou decidindo. Karin nunca se meteu comigo antes. É surpreendente que agora eu seja seu alvo. Ela nunca foi uma ameaça antes. Nem acredito que eu seja para ela.

- Verdade. Mas ela deve está mesmo afim do Sasuke, para querer te enfrentar assim do nada.

- Ou ela está muito entendiada depois que sua última vítima está oficialmente fora de combate. - Levantou a sobrancelha. Temari maneou a cabeça terminado o seu sorvete. Colocou o corpinho na mesa e relaxou na cadeira, cruzando os braços fazendo seus seios saltarem do decote.

- Pode ser. Coitada da menina. Vi os vídeos. Me mandaram tantos que tive que dá uma olhada no porque de tanto alvoroço. Aquilo foi muita crueldade. E o que deu na Hinata para agir assim de repente. Ela era tão tímida, quietinha e na dela. Karin e o trio mexiam tanto com ela que não parecia nem surtir mais efeito. Aí do nada ela chega na festa toda like a boss. Muito estranho.

- Também achei estranho. Até a questionei sobre isso quando ela ficou lá em casa. Mas ela não quis dizer nada. Pelo que eu percebi foi algo sério. Muito sério. Ela parecia alguém quebrada, perdida.

- Ela teve um aborto, era de se esperar. - Temari frizou, um pouco brusca. Sakura negou com a cabeça.

- Não. Mesmo antes. O que quebrou ela foi o que deu aquela coragem toda. Só não sei o que foi. Mas pretendo descobrir.

- Confesso que isso é estranho. - Temari olhou estranho a amiga.

- O que é estranho?

- Seu interesse todo na Hyuuga. - Sakura franziu o cenho, depois fez um ar entediado.

- Sério mesmo. Você não consegue pensar em nada que tenha me motivado a querer ajudar ela? - Compreensão brilhou nos olhos da loira, que balançou a cabeça devagar.

- Ah. Entendo. Tinha esquecido. Obrigado por não fazer. - Sakura fez um gesto como que não se importava e tirou um cigarro da bolsa. Temari o tomou dela. - E o que é isso? Sabe que isso vai te fazer mal. A médica disse que não pode.

- Também disse que parar de repente não faz bem. Tô parando aos poucos, lembra? Esse é o primeiro do dia. - Tomou o cigarro de volta, irritada.

- Bom. - Temari não estava cem por cento segura. Mas resolveu acreditar na amiga. Mas garantir era sempre bom. - Posso ver o maço?

Revirando os olhos Sakura vasculhou a bolsa. Pegou o maço e jogou com um pouco mais de força na amiga. Temari conferiu e percebeu que a contagem estava certa, os cigarros faltando batiam com os dias correspondentes da semana. Sakura havia cumprido sua parte, fumando apenas um cigarro por dia. Devolveu o maço quando Sakura soltava a fumaça de olhos fechados.

- Sabe, tenho muitas coisas com o que me preocupar para ficar tendo que lidar com fiscais da nicotina. - Murmurou ainda de olhos fechados. Fumaça saindo por entre seus lábios a cada palavra proferida. Temari bufou.

- Como se eu gostasse de fazer isso. Faço isso pela sua saúde. Não só a sua... - Sakura levantou uma mão a interrompendo. Temari suspirou. Depois continuou, cansada. - Mas amiga é para essas coisas. Ser chata quando necessário.

- Sei que me ama. Não precisa continuar o discurso brega. - Sakura sorriu de lado.

- Vai se danar. - Resmungou mal humorada. Odiava ser interrompida ou contrariada. Principalmente que zombassem da sua cara.

- Ai, que ela se zangou. Que fofa. - Brincou rindo do olhar carrancudo de Temari, que lhe jogou um guardanapo. Sakura pegou ainda rindo, jogando de volta.

- Para com isso. - Mas sorriu a contra gosto.

Conversaram mais um pouco e depois foram embora. Temari deixou Sakura em casa no começo da noite em frente a mansão Haruno e foi para casa, perdendo toda a leveza no caminho.

Havia recebido uma mensagem do irmão mais velho avisando que Gaara ainda não havia aparecido em casa. Temari podia até imaginar o que o irmão andava fazendo. Fazendo uma curva abrupta seguiu para a parte mais perigosa da cidade, seus olhos observando a mudança radical de cenário. A parte brilhante e bonita da cidade ficando para trás, dando margem para um lugar decadente, ruas mal iluminadas, lixo nas calçadas, prédios abandonados ou em mal estado, prostitutas e fumantes nas esquinas. Mendigos catando sucata.

Estacionou o carro em frente à um enorme galpão, aparentemente abandonado, e desceu. Se carro de luxo chamando a atenção das poucas pessoas na rua. Estava preocupado, aquele lugar era território das gangues. Andar por ali de dia ja era perigoso, a noite era praticamente suicídio. Mas a preocupação com o irmão era maior. Andou rapidamente para a lateral do lugar onde sabia que existia uma entrada lateral. O beco era escuro e silencioso, tinha um mal cheiro que Temari não pode distinguir. O caminho estava vazio, sua respiração um pouco acelerada era uma das poucas fontes de som, e seus saltos fazendo barulho no concreto.

Temari pode ouvir barulho de vozes e pessoas gritando quando se aproximou da porta lateral. Era de madeira antiga, a tinta descascando. O barulho de dentro mesmo abafado era alto. Bateu três vezes na porta e depois duas seguidas. Um homem grande e mal encarado abriu, olhou ao redor e depois encarou Temari dos pés a cabeça. Provavelmente se perguntando o que uma patricinha como aquela estava fazendo ali. Era novo, ela notou não o reconhecendo. Os outros seguranças já eram acostumados com sua presença ali pelo menos uma vez por semana.

- Senha. - O homem quase rosnou. Temari não se intimidou. Já estava acostumada com aquele tipo de tratamento quando ia aquela parte da cidade.

- Elmos prateados, capas vermelhas. A morte vem lenta para quem batalha nas sombras. - Disse. Achava aquela frase tão mórbida. Mas era a da vez. A senha mudava pelo menos uma vez por semana para evitar a presença de convidados indesejados. As vezes era só uma palavra, outras frases inteiras. Aquele lugar era o gueto, mas tinha que admitir, eles sabiam se precaver.

O homem a olhou um momento, depois deu passagem para que ela entrasse. A luz baixa e gritos zangados foram sua recepção. Não olhou para os lados sabendo o que ia encontrar. Caminhou até onde a multidão estava reunida, gritando e se empurrando ao redor de um ring. Um homem com o rosto todo coberto de sangue e muitos machucados no rosto lutava quase sem forças. Temari se aproximou empurrando pessoa até chegar bem na frente do ring. Gaara era o outro lutador. Com bem menos machucados lutava com agressividade, sem da chances ao adversário, dando socos e mais socos fazendo sangue espirrar na platéia que ficava cada vez mais eufórica. Com uma joelhada no queixo do outro homem Gaara o nocauteou.

Ignorando a comemoração das pessoas Temari gritou o nome do seu irmão. Gaara a encarou um momento, chateado com sua presença. Desceu do ring e seguiu até a irmã quando o juiz anunciou a próxima luta, a tirando dali até um lugar mais calmo.

- O que está fazendo aqui? - Perguntou agressivo.

- Eu que te pergunto. Faz dois dias que não volta para casa. O que você está pensando? Quer que o papai perceba? - Gritou, irritada com a atitude do irmão e principalmente pelo seu sumiço.

- Foda-se o papai. - Cuspiu. - Como se ele se importasse com algo além daquela maldita empresa dele.

- Olha, eu não vim aqui para brigar. Vim te levar para casa. Faz dois dias que não aparece. Eu estava preocupada. - Seu tom foi mais ameno. Realmente estava preocupada com o irmão. Gaara anuiu. Suspirou.

- Desculpa. Depois do que houve eu precisava de um tempo para esfriar a cabeça. Da uma respirada. - Poucas pessoas na vida mereciam suas desculpa e Temari era uma delas. Amava a irmã e odiava a deixar preocupada. Era a única que ainda se importava com ele.

- Eu sei. Entendo. Mas avisa da próxima vez, estava tão preocupada que vim aqui. -Deu de ombros indicando o lugar. Gaara fez careta quando percebeu o contraste da irmã com o lugar. Ela claramente não pertencia aquele ambiente.

- Você não devia ter vindo. É muito perigoso. Principalmente para você. - A puxou pela mão até uma sala pequena com um sofá velho e mofado onde guardava suas coisas quando ia lutar.

- Eu sei me defender. - Ele estava sem camisa, usando apenas um shots. Procurou na bolsa a roupa para se arrumar.

- Claro que sabe. - Murmurou. Aconversa terminou ali. O clima entre os irmãos pesado, mas não falaram nada. Era sempre assim. Uma briga em casa com o pai e Gaara sumia por dias. Fazendo sabe Deus o que. Pelo menos nos últimos meses Temari sempre sabia onde encontrar o irmão, já que ele havia aderido a prática de vale-tudo para extravasar a raiva contida. O irmão era impulsivo e agressivo e a única forma menos prejudicial que ele havia achado para sanar isso era através das lutas. Temari amava o irmão e se preocupava, mas tirá-lo dali, ela odiava admitir, não sabia como.

Depois de se vestir saíram do local por um lugar diferente pelo qual Temari entrou. Tiveram que andar um pouco até chegar ao carro. Garra fez careta quando viu o carro da irmã.

- Você veio nesse carro? - Ela deu de ombros destravando as portas. Surpresa por na terem roubado ou pichado.

- A pé é que não foi. Cadê sua moto?

- Deixei em casa. - Balançou a cabeça.  Nao havia reparado,  distraída achou que o irmão tinha levado ela. Pisou no acelerador quando já estavam acomodados no interior do carro.

- Que bom.

                           ***

- Acorda, acorda, acorda. - Misaki pulava enquanto cantava. Sakura cobriu a cabeça com o travesseiro. - Vamos, Sakura, levanta logo.

- Sai da minha cama, peste. - Resmungou abafada pelo travesseiro. Misaki continuou pulando fazendo Sakura sacudir na cama.

- Mamãe mandou te chamar para irmos ao Shopping. - Sakura desistiu de tentar voltar a dormir. Misaki simplesmente não parava de pular. Pegou o travesseiro e jogou na irmã que caiu gargalhando.

- Hoje é sábado, pequeno tormento. Me deixa dormir.

- Mas já é quase onze. Quero almoçar no Shopping. - A menina resmungou se sentando na cama de braços cruzandos. A irmã ficava tão engraçadinha quando ficava zangada que Sakura riu.

- Tá bom, vai. Agora vaza de meu quarto.

- Ebah! - Gritou pulando da cama. - Mamãe a Sakura já acordou!

Depois de um banho relaxante para despertar o sono Sakura desceu para o primeiro andar da casa. Konan e Mei já a esperavam perto da porta, claramente entediadas. A pequena sentada na elevação do piso com as mãos juntas em baixo do queixo. Konan mexia no celular, distraída, já que ainda não havia mandado Misaki levantar. Misaki levantou assim que a viu descendo as escadas, as mãos na cintura.

- Que demora. Quase morri esperando aqui. - Reclamou já caminhando para a porta. Konan sorriu para Sakura, olhando a Haruno mais nova dos pés a cabeça e aprovando o visual.

- Vai quebrar muitos corações por aí hoje. - Sakura revirou os olhos sorrindo.

- Obrigado. - Fez uma reverência.

- Vamos logo, gente. Tô com fome. - Misaki chamou já do lado de fora da porta aberta. Rindo as outras duas saíram.

O dia estava perfeito. Depois de almoçar em um restaurante japonês passaram horas batendo perna pelo Shopping, comprando de tudo um pouco. Terminaram a tarde no cinema assistindo um filme bobo de desenho escolhido por Misaki.

- Ela era tão bonita. Quando crescer quero ser igual a ela. - Misaki não parava de falar e pular enquanto voltavam para o carro. Ainda era umas sete e meia da noite e o lugar estava cheio.

- Vai ser mais bonita que ela. Já é. - Konan dizia para a pequena que ficou exultante depois disso. Correu para o motorista a uns cinquenta metros de distância toda feliz, para contar sobre o dia.

- Pronto. Agora vai se achar para o resto da vida. - Sakura resmungou. Konan riu.

- Amor próprio é a melhor coisa que alguém pode ter.

Sakura foi poupada de responder quando três figuras conhecidas cruzaram seu caminho.

- Sakura. - Karin disse que com surpresa, tentando ser simpática.

- Karin. - Respondeu. Mas por reconhecimento do que por educação.

- Sua irmã? - Indicou Konan ao seu lado. Sakura levantou uma sobrancelha ponderando se respondia ou não a pergunta. Sua vida não era da conta daquelas três, entao ficou calada.

- Mãe. - Konan quebrou o silêncio constrangedor. - Vocês são amigas?

- Não. - Sakura respondeu tranquila. O clima ficou cada vez mais estranho. Ela sequer olhou para as outras duas, mas percebeu que o quarteto estava incompleto. Resolveu sondar. - Onde está o quarto membro? A do cabelinho castanho.

- Bom. Foi bom te ver. Nos vemos na escola. - Karin desconversou já caminhando para sair dali. Sakura percebeu a mudança no comportamento das três. O nervosismo de Ino. Os olhares raivosos das ruivas e ao mesmo tempo sem saber o que fazer. Sakura riu lento. Uma a menos. As coisas só melhoravam. 

- O que foi isso? Por que as tratou assim? - Konan perguntou quando o grupo já estava a uma boa distância. Dali podiam ver Misaki parada ao lado do motorista em frente ao Shopping. A criança pulava e fazia gestos com as mãos enquanto o homem de idade ria concordando.

- Nem queria saber. - Voltaram a caminhar para o carro. - A ruiva que falou conosco, ouvi ela dizendo que iria roubar o Uchiha de mim. Uma graça a ingenuidade dela.

- Ah. Briga por namorado. - Konan riu. - Ela sabe que vocês são amigos?

- Não. Todo mundo acha que namoramos. O que é um saco. Mas tecnicamente não estamos mentindo. Namoramos, mas nada sério. E além do mas, eu odeio perder.

- Ah, essa juventude. Na minha época não tinha essas coisas. Tenho pena dessa garota nas suas mãos. - Konan suspirou , meio rindo, abrindo a porta do carro.

- Como se você fosse tão mais velha assim. - Riram.

 - Eu sei.


Notas Finais


Gostaram? Hahahaha
Espero ter sanado algumas dúvidas por aqui. Ou não. Logo tem mais.

Leiam minhas outras fic ( eu recomendo kkkkkkk).

Beijo, beijo e até next.


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