História Flores no sótão - Prólogo

Numa noite encantadora em que se comemorava um aniversário com bolo,doces e salgados com amigos e vizinhos a familia Dollanganger encontrava-se de fato feliz e satisfeita trocando gentilezas sorrindo,cantando,arrumados de maneira elegante à espera do aniversariante que acabaria por chegar e festejar... Mas o destino tem uma mão implacável que se introduz a frente das coisas tornando uma festa alegre em um inacreditável funeral. 

A maioria das festas acabam de forma demasiada alegre com um sentimento de "Quero mais",essa não. Teve um fim tóxico funesto.

Após alguns dias Corrine,viúva de Christopher Garland Dollanganger, estava mais sóbria devido ao choque de realidade que atingira de modo bruto seu lugar mais vulnerável.

Em pedaços juntou coragem de onde não tinha e recorreu aos pais que a ajudaram prontamente com condições arrasadoras.  

Perdeu tudo, casa, carros, móveis, jóias e o amor de sua vida o mesmo pai de seus filhos e calor das estações.

 As bonecas de dresdén ( como eram chamadas) deixaram com relutância a agora fúnebre e sem vida casa Doll para viverem  aos cuidados de  uma cruel avó sem terem direito nem a olhar um para o outro praticamente pois foram impostas regras severas que tinham que ser seguidas e obedecidas à risca.

Belos e fortes as quatro crianças têm que sobreviver sem luz do sol e ar fresco e ainda assim cuidar uns dos outros num lugar fechado e esquecido com a companhia de ratos de sótão onde esconden-se verdades aterradoras   e fantasmas sibilantes em torno de móveis valiosos e absurdamente antigos e empoeirados com piso de madeira podre e cheiro de velho sem amor, carinho ou afeto sem ter a que ou quem se voltar e confiar.

Nasce com dor e remorso um sentimento maior que paixão mas não obstante hesito em dizer que é amor pois é muito triste afirmar que eternizou.