Florescência
1. Ação ou efeito de florescer; florescimento.
Os dedos do mais velho percorreram meu corpo e suas unhas cravaram-se em minhas costas a medida em que arquejava sobre a cama e um gemido rouco deixava sua garganta.
Inconsequente.
— Jeongguk… — Meu nome saia de seus lábios de forma manhosa, me fazendo ir cada vez mais fundo, mais forte.
Até que pudéssemos perder o ritmo novamente.
Mantendo minhas mãos entrelaçadas, plantei um beijo sobre sua testa suada com alguns fios ali grudados. Seus olhos fechados e a boca aberta inconsciente demais para dizer uma palavra concreta.
Eloquente.
O nosso perfume e o suor misturado trazendo aquilo que podíamos chamar de aroma único.
Diminuindo as investidas contra seu corpo apenas para traçar um caminho de beijos em seu maxilar e sentir a pele sensível se arrepiar com tanta autonomia. Seu corpo veio em direção ao meu pedindo mais contato no mesmo tempo em que um resmungo baixo deixava seus lábios.
— Hyung, pra que tanta pressa?
Posso escutá-lo me xingar e logo em seguida tentar me estapear, mas em questão de segundos suas mãos agarram forte o lençol da cama parecendo perder o ar. Era ali onde eu queria chegar.
Invisto mais forte num ponto onde nós dois já não podíamos mais aguentar.
Seu corpo tremia e pedia por mais, meu corpo ansiava e fazia com que a cama involuntariamente encontrasse a parede trazendo o som oco que se juntava aos nossos gemidos já descontrolados.
Querendo fielmente acreditar; eternizar, aquele momento que nos fazia vulnerável para qualquer acontecimento.
Sem o medo de errar.
Sinto seu corpo arquear e meu nome é proferido com mais frequência, suas unhas deslizaram por minhas costas fazendo a pele arder, e com mais uma investida seu líquido atinge meu abdômen de imediato. Você me aperta, me sufoca, e sem forças eu desabo sobre seu corpo também cansado.
Propositalmente.
Nossas respirações aceleradas se encontram no mesmo ritmo em que posso sentir seu coração bater forte contra meu peito.
Com a pouca força que ainda me restava eu te vejo.
Os olhos pequenos e sonolentos, o sorriso mínimo e cansado. Deixo um carinho leve em seus cabelos e posso ver fechar os olhos em agrado.
Seu orgasmo, sempre seria o mais lindo em até seus mínimos traços.
— Hyung… — A luz da rua que adentrava a janela era suficiente para iluminar o rosto que parecia já dormir. — Você acha possível alguém morrer de amor? — Pude ver seu olhos abrirem e um sorriso tímido contornar os lábios. — Porque eu juro! Basta um mínimo ato seu, dos mais simples como sua mania chata de sempre vir manhoso me pedir carinho, ou a maneira de sempre se entregar gemendo meu nome como se parecesse me amar. E por mais que eu não tenha certeza de nada, você se torna suficiente para eu sentir meu coração se rasgar…
— Aonde está querendo chegar, garoto?
— Você pode me xingar, ir embora e ficar dias sem aparecer, mas por favor, pelo menos essa noite, Hoseok. Seja meu e aceite o amor que sempre quis te proporcionar.
Quando na mesma hora acreditei que iria partir, fui pego de surpresa por mais um de seus paradigmas.
— Vamos dormir.
Você me puxou e se encaixou em meu corpo; escondendo o rosto em meu pescoço.
E assim dormimos ainda emendados de maneira subsequente.
Eu não sabia, eu não o via.
Eu apenas te sentia.
Florescência.
E como determinado por todas as consequências que arrisquei quando me entreguei, eu senti ali florir algo muito mais forte.
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