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História Flowerfell - Ser útil para alguém - Suicídio


Escrita por: LaurenS2docete

Notas do Autor


Aqui estou eu nesse mundo estranho xD
Tudo bem com vocês? Eu espero que sim. Sou meio nova nesse mundo de Undertale, mas espero muito que vocês gostem da minha história <3 Me deixaria feliz! ^^
Boa leitura!

Capítulo 1 - Suicídio


A chuva caía

E ela corria

 

O medo pairava em seu coração atordoado, mas ao mesmo tempo, um sentimento mínimo de culpa era visível. Corria enquanto tropeçava um pouco. Daquela vez havia sido pior. Sua perna estava doendo, corpo repleto de feridas e arranhões, olhos inchados e chorosos se misturavam com as gotas da chuva... mas por alguma razão, já não se importava mais.

 

“Você está fugindo? Por que será? Cuidamos tão bem de você, minha flor. Isso não é justo conosco não é?

 

As vozes em sua mente repetiam a mesma frase diversas vezes a medida em que atravessava uma floresta escura. Estava cansada, faminta, assustada. Quantas vezes já não tinha esta mesma vontade de ser livre? Esta resposta era tão simples de se responder... mas então por  que estava tão hesitante? Por que sentia culpa? Remorso? Por que não conseguia ir adiante?

 

“É por que você precisa de nós para sobreviver”

 

- Continue andando... – Falou para si mesma.

 

“Não viveria um dia”

 

- Continue andando...

 

“Só uma imprestável se sentiria amada”

 

- Continue... andando...

 

“Não abra-os. Sentimos dor de cabeça ao ver esses olhos imundos”

 

- Continue... Continue... – A garota começou a chorar em prantos pedindo para que aquele pesadelo terminasse.

 

Mas para sua infelicidade, aquilo nunca foi um pesadelo.

 

A tempestade tornou-se mais forte. Os ventos puxavam aquele pequeno corpo em sua direção contrária, mas mesmo assim ela fez um esforço para prosseguir. Não fazia a menor ideia para aonde estava indo, mas qualquer lugar longe o bastante daquela casa seria uma ótima opção.

Mas nenhum simples humano conseguiria aguentar o frio por tanto tempo.

Se rendeu, caindo de joelhos em uma poça d’água. Respirou fundo, tentando conter os tremeliques que seus dentes faziam e abraçando seu pequeno corpo como uma forma de aquecer-se. Era estranho...! Nunca em toda a sua vida imaginou estar naquela situação, mas como sempre dizia: Já não mais se importava com qualquer abominação que a natureza poderia lhe oferecer.

Abriu seus olhos um pouco, tentando identificar aonde estava. Rodeou sua cabeça para todos os lugares, percebendo que aquele já era o fim da floresta. Seria ruim ficar perto das árvores por muito tempo, visto que com aquela chuva derrubaria fácil cada uma delas. Para seu azar não avistou nenhuma caverna por perto. Apenas um enorme despenhadeiro no fim do monte.

 

“É isso que ganha por nos abandonar”

 

Pôs as duas mãos na cabeça, enquanto a balançava. Queria arrancar aquelas vozes de sua mente. Queria não se sentir culpada por ter fugido. Por que tinha que ser tão boa a este ponto?

Sentiu cócegas nas mãos, pondo-se a encará-las de encontro com a grama. Não sabia o que a deixara mais surpresa naquela noite: Suas mãos não terem virado completos picolés vivos, ou uma pequena flor amarela ter nascido no solo, sem nem ao menos ser época de primavera.

Por algum estranho motivo, aquilo a encheu de determinação.

Levantou-se e encarou mais uma vez o monte Ebott. Aquele era um adeus de seu lugar. Um adeus, ao seu refúgio. Suspirou e andou com dificuldades até o despenhadeiro. Um enorme buraco escuro, no qual nunca soube o rumo que tomaria. Ficou até a sua beira, e então parou, olhando para o céu cinzento. Chorou mais uma vez.

 

“Nós vamos te achar, onde quer que você esteja”

 

Eles sempre a achavam. Não foi a primeira vez que ela tentou fugir.

Mas daquela vez, seria diferente.

- Não mais...! – Sussurrou ela – Não mais!

Olhou para baixo, encontrando a escuridão profunda daquele buraco. Será que a queda seria o suficiente? Mas não importa o quanto ela tentasse, tinha que ser suficiente.

 

“Você não tem coragem”

“Nós vamos te achar”

“E quando acharmos”

“Vamos ter que te punir pela sua malcriação”

 

E ela olhou para o céu novamente, pedindo perdão pelo pecado que cometeria nesse exato momento.

- Eu não aguento mais. – Fechou os olhos, deixando as lágrimas tomarem conta de seu rosto, enquanto inclinava-se para frente.

 

“Suicídio nunca será uma opção, minha querida”

 

Mas agora, era.

E então caiu para a escuridão.

No entanto, ela não gritava, mas sorria. A queda seria o suficiente, tinha certeza disso. Quem sabe, Deus lhe perdoaria por ter cometido tal atrocidade. E se não perdoasse, estaria feliz também.

 

"É apenas uma inútil querendo ter atenção"

 

- Mesmo se for atenção... Mesmo se for carinho... – Falou ela sorrindo, sentindo sua hora se aproximar – Eu queria ao menos ser útil para alguém.

Com essa última frase, Frisk sentiu suas costas irem de encontro ao chão.


Notas Finais


Se você leu até aqui, desde já agradeço, e se resolveu acompanhar esta fanfic, nos vemos no próximo capítulo!
Ja nee! ^^


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