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História Flowers - Two


Escrita por: rudymaybank e johnsoI

Notas do Autor


boa leitura <3

Capítulo 2 - Two


Hansol não apareceu na floricultura no outro dia.

Pensei em ligar ou mandar mensagem, mas não tive coragem. Eu tinha guardado as flores, mas não havia como plantar de novo. Acácias vinham de uma árvore e a Gloxinia estava sem a raiz.

Eu tinha entendido o recado. Ele fez como eu sempre fiz, usou flores para passar uma mensagem. E eu estava disposto a respondê-lo da mesma maneira.

Fechamos a floricultura no horário certo e eu estava sentindo que faltava alguma coisa, e óbvio, faltava ele. Ele havia me acostumado com a sua presença todos os dias, e ficar um dia sem vê-lo fazia o mesmo ficar incompleto.

Já estava a caminho de casa com minha mãe quando ela resolve puxar assunto. E hoje eu não estava muito a fim de papo.

— Está calado hoje – Fez uma pausa – Foi por que ele não apareceu?
Mesmo que eu não estivesse a fim de conversar, minha mãe sabia como tirar alguma coisa de mim.

— Como sabe? – Querendo ou não, eu precisava colocar minhas frustrações pra fora.

— Você nunca fica em silêncio à toa. –Sorri fraco. – Sabe o porquê dele não ter ido?

— Não... Ontem ele agiu estranho. – Disse ao lembrar o acontecimento da lanchonete.

— Estranho como?

— Ele falou que amava algumas coisas que eu fazia e colocou umas flores com significados suspeitos na mesa... Depois saiu. – Levantei a cabeça, até então eu estava andando olhando para o chão.

— Explique melhor, por favor.

— Uma significava amor secreto e a outra, amor à primeira vista.

— Ah, meu filho, você não consegue enxergar o óbvio? – Minha mãe perguntou cruzando os braços.

— Eu entendi o que ele quis dizer, só não sei o porquê saiu daquele jeito e não apareceu hoje. – Passei a mão nos cabelos em sinal de impaciência.

— Talvez ele tenha ficado inseguro ou com medo de você não sentir o mesmo. – Realmente nisso ela tinha razão. – Mas me deixe perguntar, você sente o mesmo?

— Sinto, e disso eu não tenho dúvidas...

Na verdade nunca tive.

   [...]

Eu estava exausto. Fisicamente e psicologicamente.

Nem ao menos brinquei com meu irmão mais novo quando cheguei em casa. Eu tinha o costume de brincar com Jeno antes de ir dormir, mas hoje eu realmente não consegui. Depois que a babá foi embora, minha mãe brincou sozinha com ele. A culpa viria depois, já que no momento eu só queria dormir.

Tomei um banho rápido, não fiz nada da escola, nem ao menos jantei. Minha mãe nem fez questão de me chamar, afinal ela já sabia como eu estava, e quando Nakamoto Yuta não desce para jantar é melhor não incomodar em hipótese alguma.

A única coisa que eu fiz foi regar algumas flores que tinha na minha janela, e isso até me deixou um pouco melhor. Mudei algumas flores de posição e fiquei olhando a rua durante um tempo antes de deitar com certa pessoa na cabeça.

   [...]

Acordei em plena 3h30 da manhã com um barulho esquisito na minha janela. Era um atrás do outro, um estalo parecido com "track".

Resolvi abrir a cortina mesmo com medo de ser algum ladrão querendo entrar na minha casa pelo meu quarto.

Mas estava longe de ser um ladrão querendo assaltar minha casa, na verdade era um ladrão de corações.

Eu e minhas frases clichês.

Enfim, era Hansol que estava com várias pedras na mão, a ponto de quebrar o vidro da minha janela.

Quando ele me viu abrir a cortina jogou todas as pedras no chão na hora. Abri a janela e sussurrei um "Você ‘tá doido?" na esperança que ele fosse bom em leitura labial e entendesse. Hansol apontou para a porta da minha casa e eu entendi o que ele queria dizer com aquilo.

Troquei de roupa o mais rápido possível. Coloquei a primeira blusa que achei e uma bermuda qualquer.
Desci tentando fazer o mínimo barulho.

Abri a porta dando de cara com um Hansol apreciando a grama da entrada da minha casa. Saí e fechei a porta com cuidado.

— O que diabos você esta fazendo na minha casa? Ainda mais essa hora? Como você descobriu onde eu moro? Pelo amor de deus como você...  – Fui interrompido.

— Calma, amor. – Amor... – Uma coisa de cada vez.

— Então comece.

— Eu não aguentei ficar um dia todo sem te ver, desculpa por não ter aparecido hoje. – Fiz sinal para que ele continuasse. – Como eu ia dizendo, não aguentei ficar sem te ver e... Acabei vindo essa hora por impulso, desculpa de novo. E por último, sua mãe me deu o endereço e me disse que sua janela era a que ficava de frente pra rua. Mais alguma pergunta?

— Você é maluco...

Ficamos em silêncio durante um tempo.

— Seu cabelo ‘tá bonito. – Disse apontando para meus fios todos bagunçados.

— Aish! Eu estava dormindo. – Passo a mão nos cabelos a fim de dar um jeito neles.

— ‘Tava fofinho. – Sorriu. – Desculpa ter te acordado e te feito descer aqui essa hora.

O silêncio reinou durante mais um tempo, e aquilo estava me incomodando profundamente.

— Eu quero te dar umas coisas. - Falei baixo.

— Pode me dar o que você quiser. – Uma frase cheia de duplo sentido.

— Idiota. Vem aqui. – Peguei na mão de Hansol e o levei até o jardim que eu tinha no fundo de casa.

Tive que ir sem fazer nenhum barulho para não acordar a vizinhança.

Liguei uma lâmpada que havia no local para achar o que eu queria. O que não demorou já que estava bem visível.

Peguei uma pequena Dália Amarela e fui até Hansol.

— Toma. Dália Amarela significa...

— União recíproca. – Dissemos juntos.
Hansol pegou a flor e ficou em silêncio por um tempo.

— Isso quer dizer...

— Sim, Hansol, isso quer dizer que o meu sentimento por você é recíproco. – Era a primeira vez que eu via Hansol sorrir totalmente, sem ser um meio sorriso ou um sorriso de canto. – Você tem um sorriso lindo.

— Agora você vai sempre ver meu sorriso. – Foi a última coisa que ele disse antes de me beijar enquanto segurava aquela Dália.

Foi o melhor beijo da minha vida até agora. Não que eu já tenha beijado várias bocas por ai, muito pelo contrário. Foi calmo e o típico beijo apaixonado. Bem diferente daqueles beijos loucos e cheio de amassos. A ocasião também pedia um beijo assim, então, juntando tudo foi melhor do que eu podia imaginar.

Meu Deus, eu preciso parar de ser tão clichê...

— Como você sabia o significado da Dália? – Perguntei depois que aquele beijo lindo foi encerrado por causa do fôlego.

— Eu comecei a aprender os significados pra que você gostasse de mim. – Hansol riu e eu também. – Mas não decorei nem a metade.

— Hansol, acho que prefiro você sem saber os significados por agora. E eu iria gostar de você assim mesmo. Não iria querer namorar outro maluco obcecado por flores. E mais uma coisa, não decore os significados, aprenda. Quando se decora mais tarde se esquece. Já quando você aprende é uma coisa para a vida toda.

— Você sempre muito inteligente. Mas eu quero que você me ensine os significados delas. – Riu baixo, mas logo sua expressão tornou-se séria. – Você disse... Namorar?

— Sim Hansol, quer namorar comigo? – Me deu um frio na barriga quando ele demorou a responder.

— Pensei que eu faria o pedido...

— Tarde demais. Aceita ou não? – Eu já estava agoniado.

— Preciso responder? – Perguntou como se a resposta fosse óbvia.

— Se a resposta for o que eu estou pensando, quer dizer que agora eu tenho um namorado?

— Sim, você tem um namorado. – Me controlei para não gritar e acabar acordando todo mundo.

No fim, era isso, Hansol teria todo o tempo do mundo para aprender o significado das flores e eu teria toda a paciência para ensiná-lo.


Notas Finais


foi isso. desculpa se eu causei diabetes em alguem, não foi minha intenção, juro jskajdksjxzj ♡


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