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História Flowers - The girl floriculture


Escrita por: nouwaay

Notas do Autor


Essa ideia foi basicamente dada pelo Kevin, ou no twitter @ KingdomOfBad
Realmente espero que gostem, é uma ideia diferente e eu pelo menos ainda não vi nenhuma história assim...ok, não é tão inovadora, mas realmente acho que as coisas vão ficar interessantes.

Eu também tenho outra fanfic para os interessados em Camren desde o início e sabendo a história real desde o começo...enfim, é isso...boa leitura! (a outra fanfic estará nas notas finais)

Capítulo 1 - The girl floriculture


POV’s Lauren Jauregui

 

  Eu não sei em que momento da minha vida eu comecei a me questionar sobre a possibilidade de existir vidas passadas, mas devido ao tanto de merdas que vem acontecendo no meu dia-a-dia, não vejo outra explicação além de que estou pagando todos os pecados de meus antepassados. Parece que na última semana tudo dava errado, desde a porra do trabalho de legislação, até o motor do meu carro que resolveu dar problema, aí você me pergunta porque ele deu problema e eu respondo: mandei para o lava-jato que eu sempre mando, então mais uma vez Deus resolveu me castigar e entrou água no motor. Quais as possibilidades disso acontecer? Não faço ideia.

 

 Por conta do meu carro estar no mecânico, eu comecei a sair mais cedo todos os dias antes de ir para a faculdade, era sempre a mesma rotina, sair de casa, parar na cafeteria, sentar-se na mesma mesa de sempre, observar a garota da floricultura, dar o meu horário de aula, eu seguir até de fato a universidade. Sim, você leu certo, garota da floricultura. Eu a descobri justamente por causa do bendito carro que havia dado problema, antes eu tomava meu café dentro do veículo estacionado na esquina, até que fui obrigada a me sentar na tal mesa em frente à floricultura “Cabello’s Flowers”,  e acreditem este era o ponto mais alto de meu dia. A tal garota que trabalhava lá era uma linda jovem de estatura mediana, cabelos longos e castanhos que combinavam com seus olhos, e dona de um corpo invejável e desejável. Infelizmente ela sempre parecia tão concentrada e convicta cuidando das flores que enfeitavam a entrada que eu não tinha a audácia de ir perturba-la. Contudo, o problema começou quando meu carro voltou do conserto e eu continuei indo a pé apenas para desfrutar da imagem da desconhecida. Foi aí que eu vi que estava completamente viciada na garota da floricultura.

 

POV’s Camila Cabello

 

 Mais uma segunda-feira chegou, eu tinha tanta coisa pra fazer que estava pensando seriamente em não levantar da cama e vegetar por ali mesmo, infelizmente ficou só num pensamento. Tive de levantar cedo para abrir e cuidar da floricultura. Eu fazia psicologia na parte da tarde em uma das melhores universidades de Nova York, é óbvio que eu não tinha dinheiro para pagar e só estava lá por causa de minha bolsa, afinal meus pais tinham duas pequenas lojas de flores, convenhamos isso não é devidamente valorizado hoje em dia.  

 

 Entretanto eles, eu e minha irmã conseguíamos sobreviver com o dinheiro retirado das duas filiais, cujo a do centro era cuidada por mim e minha melhor amiga. Eu ter ficado responsável pela floricultura do centro havia sido justamente calculado pra facilitar minha vida ao ir para a universidade. Definitivamente eu tinha os melhores pais do mundo. Dinah Jane era uma de minhas melhores amigas, nós morávamos em um apartamento em cima da tal loja, fazíamos faculdade em horários separados, ela estudava arquitetura de manhã. Tínhamos também outra amiga que morava no apartamento de cima, Allyson Brooke, fazia odontologia no mesmo horário que eu. E havia também uma outra garota que eu não sabia o nome e me observava todos os dias a cerca de duas semanas, o que posso dizer, eu a observava também...e pensava todos os dias em atravessar a rua enquanto a dona dos mais lindos olhos tomava seu café. Mas confesso que seu ar sério me deixava um tanto quanto intimidada, então na maior parte do tempo eu só a via pelo reflexo da faixada da loja.

 

POV’s Lauren Jauregui

 

 Lá estava eu sentada na mesa com meu cappuccino, sim eu mudei o conteúdo do copo, enquanto esperava minha musa inspiradora de todas as manhãs abrir a loja. Pode parecer doentio, mas eu havia decorado o horário, e pontualmente como sempre ela aparecia sorrindo abrindo a porta e colocando as flores pra fora. Hoje ela usava uma calça jeans detonada, uma blusa vermelha que deixava uma pequena parte de sua barriga exposta, e um par de tênis preto. Simples e bonita. Eu praguejava mentalmente o fato de ela não ter um crachá com seu nome, seria muito mais fácil encontrar a garota no Facebook, Twitter ou Instagram. Nunca tive problemas em chegar em algum homem ou mulher, mas confesso que era difícil me aproximar da garota, muitas vezes eu usava apenas como desculpa o fato dela estar cuidando das flores.

 O toque do meu celular interrompeu  minha linha de pensamento, olhei para o visor do aparelho em cima da mesa e logo identifiquei o contato de Normani que me ligava. Atendi calmamente, mesmo que por dentro eu quisesse xingar minha amiga por me interromper enquanto observava a desconhecida.

 

 — Alô Manibear… — Levei o copo devagar até minha boca provando um pouco de meu cappuccino que ainda estava bem quente.

 

 — Bom dia Laur, já chegou na faculdade? — Ela respondeu do outro lado da linha.

 

 — Não...você sabe muito bem que não.

 

 — Pelo amor de Deus, Lauren! Você está de novo observando a maldita garota da floricultura? Por que você não toma uma atitude e vai falar com ela? — Normani me atormentava todos os dias insistindo que eu deveria me apresentar para a menina, ou procurar um psicólogo. Eu estava cogitando a segunda opção.

 

 — Me deixa, eu disse que algum dia eu vou falar com ela, mas já parou pra pensar que pode ser que ela namore? Ou pior, seja hétero? — Revirei os olhos como se aquilo fosse óbvio, e de fato era, só que aparentemente apenas em minha cabeça.

 

 — Não diga “hétero” como se fosse uma ofensa.

 

 — Mas você nem é hétero, Normani!

 

 — Mesmo assim, gosto deles e vou protegê-los. Agora, venha logo para a merda dessa universidade antes que eu resolva te buscar e de quebra ainda lhe jogue em cima da sua crush secreta. — Não tive o tempo de argumentar que ela não era minha crush e apenas mais uma garota que eu gostaria de ficar. Mas eu mesma me questionava isso de vez enquanto.

 

 Guardei o aparelho telefônico no bolso de minha jaqueta e levantei-me da mesa, lançando um último olhar para a floricultura. Desejei não tê-lo feito. Senti minhas bochechas se esquentarem no mesmo momento em que meus olhos cruzaram brevemente os da outra jovem, ela sorriu levemente enquanto sustentava nossos olhares e minha coordenação motora falhou miseravelmente quando resolvi pegar minha bolsa e ir embora, derrubando então o líquido do copo para todo quanto é lado, felizmente Deus teve piedade de mim e minha roupa ficou salva de uma bela mancha. A outra garota parecia preocupada, mas começou a rir um pouco, eu deveria estar deprimente. O mais rápido que eu pude, atravessei minha bolsa no corpo, abaixei a cabeça e segui quase correndo para a faculdade. Porra, eu estava agindo como uma adolescente de dezessete anos.

 

~*~*~

 

 — Ela sorriu e você derrubou o café? — Normani perguntou incrédula e eu revirei os olhos apenas assentindo com a cabeça. — Você tem certeza que tem vinte e um anos? Eu acho que deve ter quinze. Cadê aquela mulher que até algumas semanas dizia “eu não tenho problema para chegar em ninguém, nem homem nem mulher, nunca tomei um fora, Mani. Você sabe, maioria das vezes é só sexo o que eu quero com essas pessoas.” — Foi uma imitação ridícula, mas eu reprimi a vontade de rir da voz que minha amiga fez. — Agora você tá toda idiota e não consegue nem perguntar o nome da garota. Não acredito num absurdo desses.

 

 — Obrigada pelo apoio moral...você é dez. Quem precisa de um inimigo pra ter colocar pra baixo quando se é amiga de Normani Kordei?

 

 — Continua com esse seu sarcasmo aí. Eu tô falando sério Lauren, você precisa de tomar uma atitude, antes que eu mesma faça isso em seu nome. — A morena deu um último gole em seu suco e levantou-se da mesa verificando seu celular. — Acabou o intervalo, te vejo na saída. Ah, e você tem até amanhã pra resolver essa situação, ou eu te arrasto até essa maldita floricultura. — Ela me abraçou e depositou um beijo em minha bochecha esquerda, mesmo contrariada eu retribui o abraço e me levantei também, seguindo um caminho totalmente contrário do dela.

 Normani estudava arquitetura, e eu direito, então infelizmente as únicas aulas que tínhamos juntas eram as disciplinas extras, não eram muitas, apenas teatro, dança e música. Sim, éramos completamente obcecadas por essa área artística em nossa vida, mas infelizmente era apenas um hobbie nosso, mesmo que quiséssemos o levar mais a sério. Parece completamente estranho, mas mesmo com vinte e um anos eu morava com meus pais, entendam meu lado, eles só iam para a casa nos finais de semana. Meu irmão mais velho se mudaria muito em breve já que uma das filiais de advocacia da família ficaria na responsabilidade dele. Era quase uma tradição que ao terminar a faculdade de direito, um Jauregui continuasse com o negócio e expandisse a empresa. Não éramos advogados mundialmente conhecidos, mas em boa parte dos Estados Unidos, você tinha quase a obrigação de saber quem éramos. Jauregui’s são em geral ótimos advogados. Mesmo que eu ache que talvez não tenha dom pra coisa igual os outros. Bom, fora isso, a única pessoa que parava em casa todos os dias era minha irmã Taylor que ainda estava no ensino médio, e estudávamos em horários diferentes então não era como se de fato eu morasse com minha família. Vez ou outra eu ainda tinha que ir resolver algum problema em alguma filial quando nenhum outro representante podia resove-lo. Minha família, especialmente minha mãe, era muito tradicional então logo que eu me assumi bissexual tive alguns problemas, já hoje em dia estes eram bem mais raros, até porque eu devo ter apresentado somente uma namorada á eles. Mesmo assim, ainda ouço represarias e implicâncias vindas de miha mãe, mas nada que me incomode muito.

 

 A manhã passou-se como uma morte lenta e dolorosa, o fato de ser segunda-feira talvez tenha ajudado nisso. Quando a última aula terminou eu nem se quer esperei Normani, não estava disposta a ouvir mais um sermão sobre como eu deveria tomar uma atitude de mulher, que sou, e ir falar com a musa da floricultura. Eu tinha prometido me apresentar no dia seguinte, mas eu a enrolaria o máximo que pudesse, não me perguntem o porquê disso, apenas entrem para a seita que dói menos.
 Cheguei em casa e como sempre estava tudo num perfeito e absoluto silêncio, aproveitei para verificar meu celular, uma mensagem em especial chamou minha atenção.

 

[08:35, 02/02/2016] Troye: Festa na minha casa hoje às 20:00, não me interessa que é segunda-feira, te espero aqui!

[12:58, 02/02/2016] Você: Até parece que Lauren Michelle Jauregui Morgado vai perder uma festa, seja ela segunda ou não. Ainda mais sua!

 

 Era tudo o que eu precisava, uma festa, e se os deuses permitissem eu finalmente acabaria com a tensão sexual, sim toda essa falta de coragem pra falar com a garota na floricultura com certeza devia ser fruto de uma tensão sexual porque eu a desejava muito. Ninguém em perfeito estado mental teria a capacidade de não desejar ela. E mesmo que fosse alguma outra coisa, seria bom me distrair com alguns amigos, de qualquer forma não poderia ser um tempo perdido.

 

~*~*~ 


Notas Finais




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