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História Flowers - Prólogo


Escrita por: CogumelosJay e LuMaximo

Capítulo 1 - Prólogo


Fanfic / Fanfiction Flowers - Prólogo

Cidade de Nova York, 06:39 da manhã.

Assim como em todas as cidades, Nova York tem todos os tipos de pessoas; os adolescentes, os médicos, os jornalistas, os advogados, os policiais. Eu me encaixo no contexto de adolescentes floristas.
Deixe-me apresentar, sou Lisa Smoak, tenho dezenove anos de idade. Trabalho vendendo flores e também na cafetaria mais famosa de NY, a White Cake Bakery, que fica no Long Island City; para ir eu pego o metrô ou vou à pé mesmo para continuar sempre amando minha cidade de Nova York.

-Bom dia, Lisa -minha mãe me depositou um beijo na bochecha-

-Bom dia, mamãe -ajeitei a gola da minha camiseta-

-Estou cheia de trabalho lá na floricultura. -ela sentou-se na minha cama- Vou fazer arranjos para um casamento -disse ela animada-

-Isso é fantástico, mãe -a olhei- Vamos conseguir pagar as contas.

-E pagar a sua faculdade.

-Mãe, -fui até ela- não precisa pagar. Eu tô ganhando bem para pagar o primeiro semestre.

-Eu não vou deixar minha filha pagar os estudos sozinha. Primeiro sua educação, depois o resto. Quero ver minha filha formada.

-E a senhora vai. -a beijei- Preciso ir.

-Bom trabalho, querida.

-Obrigada, mãe.

(...)

-Eu quero batata doce frita -escutei uma voz fina-

-Às 07:30 da manhã, Maggie? Pode tirar essa idéia louca da cabeça.

Peguei meu bloco junto com minha caneta e fui até eles. Eu os conhecia de algum lugar.

-Bom dia, sejam bem vindos ao White Cake Bakery. Posso anotar seus pedidos? -perguntei-

-Vocês têm batata doce frita? -a menina perguntou de novo-

-Temos sim. -sorri-

-O papai não deixa eu comer. -cruzei meus braços-

-Deixe-me ver. -peguei o cardápio- Tem uma salada de fruta que vem moldada em um desenho, o que acha?

-Que desenho? -ela me olhou desconfiada-

-Um cachorro?

-Você não teria uma princesa?

-Olha só, vou te contar um segredo; -me curvei a ela- o cozinheiro mal sabe fazer um café.

Ela soltou uma gargalhadas alta e eu sorri.

-Eu vou querer um café forte, sem açúcar.

Ajeitei meu corpo e olhei para o moço de terno e com a cara fechada. Ele era o pai daquela menina doce? Anotei seu pedido.

-Eu vou querer uma salada de fruta do cachorro.

-É para já.

Voltei para a cozinha e pendurei o papel do pedido, senti alguém me puxando e tomei um susto.

-Você sabe quem você acabou de atender? -Amy me perguntou-

Amy tinha no máximo 35 anos, herdou essa cafetaria do pai. Não tenho muita opinião formada para ela, mas sei que já foi casada três vezes, com maridos ricos e todos morreram. Talvez ela não foi feita para o amor, talvez ela só traga dor.

-Não. -abracei a bandeja-

Ela revirou os olhos e me entregou uma revista.

-Você sabe ler né? -ela perguntou-

Revirei os olhos e peguei a revista lendo. "Playboy, milionário e mulherengo, Justin Bieber assumiu as empresas de sua família aos 19 anos", tinha uma página ou duas falando da vida dele mas resolvi não ler.

-Você atendeu o executivo chefe das empresas Bieber's.

-LISA! -o cozinheiro me gritou- Que droga é essa de salada de frutas em formato de cachorro?

-Eu já vou, Seu Tobias. -me virei- Da licença.

Cheguei perto dele e o mesmo começou a falar sem parar.

-Deixa que eu faço, só faz o café do senhor.

Comecei a preparar a salada de frutas da menina e coloquei em cima da bandeja, junto com o café. Levei para eles e coloquei em cima da mesa.

-Olha, papai, -a menina chamou a atenção do pai- um cachorrinho.

-Muito bonito. -não tirou os olhos do celular-

(...)

-Qual é o seu nome? -a menina perguntou, enquanto eu tirava os pratos sujos da mesa-

-Lisa.

-Eu me chamo Maggie -coloquei a conta em cima da mesa-

-Prazer, Maggie.

-Oi, tia Lisa -sorri-

Seu pai tirou a carteira do bolso e me entregou o dinheiro.

-Da "tchau" para a sua nova amiga, Maggie, ou sei lá quem ela for.

O olhei de rabo de olho e travei o maxilar, Maggie não merecia um pai tão frio assim.

-Tchau, tia Lisa.

-Tchau, Maggie.

[...]

-O que temos hoje, mãe?

-Lisa, hoje é sexta feira. Está  anoitecendo, vai se divertir.

-Prefiro trabalhar.

-Você é tão cabeça dura.

Sorri e peguei a cesta com rosas vermelhas. Coloquei meu casaco e sai da floricultura. Eram 18:00, não tem hora melhor para ver casais apaixonados em Nova York.

-Tia Lisa -alguém me chamou-

Me virei para trás e vi a mesma menina da cafetaria hoje de manhã.

-Você anda me perseguindo, Maggie?

-O que é perseguindo? -ela disse-

-Nada não.

-Maggie! -seu pai a repreendeu- Não saia correndo assim de novo, nunca mais.

-Desculpa, papai. Mas é a tia Lisa.

-Quem? -ele perguntou-

-A da salada de frutas -sorri pra ela- Você vende flores.

Peguei uma rosa e dei para ela.

-Pra você.

-Obrigada. -ela sorri- Eu também tenho uma coisa pra te dar.

Ela abriu a mochila das princesas e me entregou uma bala.

-Pra você.

-Obrigada. -soltei um riso-

-É de morango.

-Como você sabia que eu gostava de morango?

-Eu sou vidente.

-Então você pode prever meu futuro?

-Desliguei meus poderes. -rimos-

-Vamos, Maggie, tenho muita coisa
ainda pra fazer. -seu pai disse-

-Tchau, tia Lisa.

-Tchau, Maggie.

[...]

-Que cara é essa, filha? -minha mãe perguntou-

-Aconteceu uma coisa hoje.

-O que?

-Eu conheci uma menina, era uma
criança.

-Ah, só isso? -ajeitou a caixa
registradora-

-Não, mãe, ela é tão especial. Tem uma luz própria. Se você ver ela, vai se encantar.

-Quantos anos essa garota tem?

-Eu acho que uns três. Mas com três anos eu ainda estava nas chupetas.

-O que você está querendo dizer, Lisa? Sabe que nunca mais deve ver aquela garotinha de novo na sua vida mesmo.

-Não sei, eu sinto que vou ver ela de novo, e que vai ser muito em breve.

[...]


Notas Finais




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