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História Flowers - Descobrindo a verdade


Escrita por: CogumelosJay e LuMaximo

Capítulo 11 - Descobrindo a verdade


Fanfic / Fanfiction Flowers - Descobrindo a verdade

[...]

—Como foi lá? —falei enquanto colocava meu pijama e equilibrava o celular.

A noite estava um pouco mais fria do que o normal e também ventava bastante, fazendo as cortinas balançaram; deixando-me ver a cidade iluminada enquanto falava ao celular com Justin.

—Não foi nada demais, ela só se cortou e precisou de alguns pontos.

—Drámatica ela, hein —me deitei na cama e rapidamente me cobri, realmente estava bem frio.

—Eu queria que você estivesse aqui. —ele disse, fazendo com que um sorriso largo se espalhasse pelo meu rosto— Não quer passar a noite comigo hoje?

—Já são quase 02:00 da manhã, Justin.

—Eu peço para o meu motorista te buscar, vem.

—Amor, é sério, não precisa. E amanhã eu tenho que acordar cedo para procurar um emprego.

—Tudo bem, boa noite —ele falou em um tom triste.

—Não fica assim não, tá? Eu te amo, diz para Mag que eu também amo ela.

—Eu também te amo, pode deixar.

Desliguei a ligação, depois coloquei meu celular para carregar e fui dormir, enquanto pensava em Justin.

[...]

—Bom dia, mãe.

—Bom dia, Lisa. Acordada tão cedo, pensei que tava cansada e iria dormir até tarde.

—Não, eu estou cansada mas dá para aguentar sim. —falei enquanto colocava um pouco de café em uma caneca —Eu preciso de um emprego, mãe.

—Ah, eu vi você conversando com o seu namorado até as 02:00 da manhã. E falando em emprego, chegou uma carta da Bieber & Company Corporation.

—A empresa do Justin? —peguei a carta com euforia, por que teria uma carta da empresa dele na minha casa— O que será?

—Não sei, estava no tapete hoje de manhã. Abre logo, estou curiosa.

Abri a carta e comecei a ler calmamente com a caneca em minha outra mão.

—O que é? —minha mãe perguntou animada.

—Tá me chamando pra ir em uma reunião.

—Voce vai?

—Tenho que ir né, mãe. Vou me arrumar logo.

Assim que terminei meu café me levantei rapidamente, colocando a caneca na pia e dando um rápido beijo na minha mãe; enquanto seguia pelo corredor para meu quarto.

(...)

A empresa de Justin era o triplo do prédio onde eu morava. Eu queria saber mais sobre a história dele, de como isso começou, de como seu pai fundou isso, deve ser bem interessante. Assim que cheguei ao último andar, fui até a secretária que estava ali.

—Bom dia —falei sorrindo animada.

—Bom dia —sorriu de volta.

Ela era bem bonita, tinha a boca marcada por um batom com contorno impecável e devia ter em média uns trinta anos.

—Eu tenho um horário marcado com o Justin... bom, eu acho, é que me chamaram aqui.

—Nome, por favor.

—Lisa Smoak.

—Sim, ele está lhe aguardando. Só um minuto que já vou anunciar a senhorita.

Agradeci com um sorriso e me sentei em uma das cadeiras que tinham ali. Era uma recepção bem bonita e chique, aquelas cadeiras pareciam tão caras que deviam pagar o meu salário por mês.

—Senhorita Smoak? —olhei para a moça— Já pode entrar.

Agradeci e empurrei a porta pesada de vidro, assim que vi Justin em pé fui até ele.

—Justin...

—Bom dia, senhorita Lisa —disse todo formal me cumprimentando.

Desde quando ele me chama de senhorita? Justin não é assim; isso está ficando estranho.

—Por que me chamou aqui? E por que está me tratando formalmente?

—Sente-se, por favor.

Eu vou voar no pescoço dele agora, se não me falar agora o que está acontecendo.

—Então, —ele começou a dizer— vi o seu currículo, se formou ontem em administração e quero saber se a senhorita aceita um trabalho aqui.

—Como é que é?

—Isso mesmo.

—Você está fazendo isso só por que somos namorados?

— Nós somos namorados? —ele perguntou.

Eu já entendi tudo, comecei a rir.

—Tudo bem, quando eu começo?

—Só precisa assinar esse contrato —ele disse enquanto me entregava um papel.

—Tem caneta, senhor Bieber?

Ele me entregou a caneta e eu assinei meu nome.

—Pronto —sorri.

—Você começa amanhã. Agora... —ele se levantou— Como passou a noite? —pegou a minha mão, fazendo carinho nos meu dedos, isso é bom.

—Muito bem —me levantei.

Ele se encostou na mesa e puxou minha cintura me abraçando.

—Eu dormi muito mal.

—Por que? —brinquei com o cabelo dele, enrolando os fios loiros e lisos.

Porque eu não dormi com você.

—Bobo! —dei um tapa de leve nele.

—Dorme lá em casa hoje?

—Vou pensar.

—Por favor, Maggie está morrendo de saudades.

—Só a Maggie? —dei um sorriso brincalhão.

—E eu também —ele riu.

—Tudo bem.

[...]

—Tia Lisa —Maggie disse animada enquanto abria a porta para mim.

—Oi, meu amor —dei um beijo em sua bochecha.

—O papai não está.

—Eu sei, princesa. Daqui a pouco ele chega, já falei com ele.

—Vai dormir aqui hoje?

—Como você sabe?

—Por causa da mochila, você vai me contar histórias para dormir?

—Eu vou sim.

—Eu estou assistindo desenho, vem assistir comigo.

Ela me puxou até o sofá e eu me sentei. Assim que deitou, colocou a cabeça na minha perna.

Ela era muito parecida com Justin, o contorno de seus olhos, a boca...

Eu gosto de você com o papai —Mag disse interrompendo meus pensamentos.

—Eu também gosto.

—Macaquinha, o papai chegou —a voz de Justin ecoando pela enorme sala.

Maggie se levantou em pulo rápido e correu até Justin o abraçando.

—Oi, meu amor —Justin a beijou— O que fez a tarde toda?

—Eu fui pra aula de balé, depois fiquei brincando e fui no shopping.

—Foi no shopping com quem, minha princesa?

—Com a Rac... O nome dela é difícil de dizer, papai.

—Rachel? —Justin perguntou, parecia com raiva.

—Isso mesmo, ela me comprou um sorvete.

Justin me olhou e fui até ele segurando sua mão, ele tinha que ficar calmo, por Maggie.

—Papai, você está bem?

—Estou sim, amor. Já tomou seu banho? —ela negou levemente com a cabeça— Então vai lá que eu já estou subindo.

Maggie terminou de subir as escadas e eu olhei para Justin.

—Fica calmo, por favor.

Essa mulher pegou minha filha sem eu saber.

—Meu amor, ela também é mãe da Maggie. Ela pode ser uma pessoa horrível, mas ela se arrependeu.

Arrependimento não existe no vocabulário dessa mulher, Lisa. Você não tem nem ideia do que ela é capaz.

—Então me fala, se abre comigo.

—Eu vou dar banho na Maggie.

(...)

O jantar foi silencioso, apenas ouvia-se a voz de Maggie e algumas concordâncias ou pequenas palavras da nossa parte. Eu não estava triste com Justin, nem com raiva; somente um pouco magoada, queria entende-lo melhor, porém ele não dava nenhuma brecha para eu entrar.

—Você está triste comigo?

—Não, mas eu pensei que você confiasse em mim.

—Eu confio, Lisa, só não quero mostrar a pior parte da minha história para a melhor dela.

Isso era bom, muito bom. Talvez eu devesse me meter menos, eu não devia entrar em uma história que não era minha.

—Tudo bem, eu entendo —o beije.

Ele tirou a camisa e eu olhei para o seu peitoral, mas não foi seu corpo malhado, nem as tatuagens que me chamaram atenção e sim uma cicatriz.

—Justin... O que é isso? —toquei em sua cicatriz.

—Mais uma coisa do meu passado.

—Justin... —fechei os olhos, eu sei que não devia me meter, mas o que aconteceu, por que Justin tem uma cicatriz? Ele podia me explicar, mas gosta de guardar tudo para si mesmo, e isso me incomoda profundamente.

—Por favor, Lisa —saiu de perto de mim.

—Como você quer que a gente tenha um relacionamento saúdavel se você me esconde as coisas?

—Eu não quero te magoar, eu não quero me magoar. Por favor...

—Tudo bem.

Me deitei na cama dele e me cobri.

—Lisa, por favor.

—Está tudo bem, Justin.

[...]

A vida é engraçada, não? Vivemos atrás do amor, do final feliz e quando você acha o amor e acredita que ali é o começo do seu final feliz, do seu conto de fada, ela te dá um tapa na cara e te mostra que nem sempre existe contos de fadas, amores perfeitos; mas ao mesmo tempo te ensina que você não pode desistir ali, mesmo você sabendo que ainda vão surgir vários tapas, murros e socos no estômago.

Me levantei colocando meu chinelo e prendi meu cabelo, assim que sai do quarto ouvi Justin gritando com alguém.

—Voce deveria ter me contado, Rachel —Justin falou muito nervoso, acho que não tinha o visto assim desde a vez que ele descobriu que ela estava voltando.

—Eu só sai com a garota para tomar um sorvete.

—Você fala como se fosse a coisa mais simples do mundo. -falou alterado ainda.

—E é mesmo.

—Você não tinha esse direito, Rachel.

—EU NÃO TINHA O DIREITO? —ela gritou tão alto que até Maggie poderia ouvir se não estivesse dormindo— Você adora jogar na minha cara que eu que eu abandonei a Maggie, mas você se esqueceu de quem me pagou para ficar longe dela?

Meu coração parou. Meu corpo parou, meu mundo parou. Tudo parou por dez segundos depois daquela confissão.

Voltei para o quarto respirando fundo e contando até o dez, troquei minha roupa mais rápido do que sempre e logo Justin entrou no quarto.

—Já está acordada? —Justin me olhou— Eu ia trazer café na cama pra você.

Não é possível, esse cara que ia trazer café na cama pra mim, que tirou dias de trabalho pra passar férias na Disney com a filha é o mesmo que pagou uma mãe para se afastar de sua própria filha?

—Eu preciso ir.

Não é possível, isso não está acontecendo.

—Pra onde?

Ele também tiraria algum dia meu filho —se nos tivéssemos um— de mim?

—Pra casa.

Tentei sair do quarto mas ele segurou meu braço.

—Por que?

Tirei minha mochila das costas e joguei com toda força na cama.

—Por que? Você ainda pergunta o por quê? —cruzei os braços.

—O que eu fiz?

—Como você teve coragem de pagar uma mãe para ficar longe de uma filha?

—Eu posso explicar.

—Não tem explicação, Justin. Cresce e vira homem. Ou pelo menos tenta agir como um. —eu já estava farta, e como ele pode fazer isso com ela? Por mais que ela não fosse uma boa mãe, ele nunca poderia ter feito isso— Tô cansada de você me tratar bem e depois vir com ignorância. Eu sei que você não é esse homem grosso, porque não foi esse homem pelo qual eu me apaixonei. —não foi mesmo, Justin sempre foi idiota e eu nunca percebi ou ele fingia ser alguém que não era? —Eu me apaixonei por aquele cara carinhoso, divertido e gente boa, aquele cara romântico, mas não meloso, e engraçado, mas não idiota. E você aos poucos está se transformando em um perfeito idiota com atitudes estúpidas. E não foi por esse cara que eu fiquei noites pensando, fazendo planos e sonhando. E eu já tô me cansando disso e quando eu me cansar já era. Não tem volta.

—Lisa, por favor, eu posso explicar.

—Por que? —comecei a chorar feito uma criança, mas eu podia. Justin tinha afastado Maggie de sua mãe, mãe essa que ela nunca cogitou —nem eu— que o pai poderia ter pago para ela se afastar— Por que você fez isso com ela? Fez isso com a Maggie.

—Lisa.

—Para de falar meu nome —eu estava nervosa— Adeus, Justin.

—Espera, Lisa.

Aquilo era sofrimento demais, eu só queria me tacar nos braços dele e dizer o quanto amava-o, mas ele ia me contar tudo e acabar com os segredos? É, ele não ia.

Você é um monstro, Justin Bieber.

[...]


Notas Finais


Essas semana vai ser a semana de revelações, se preparem.


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