História Flowers - NO!

[...]

Minha vida estava perfeita, um namorado que eu sempre desejei, um emprego dos sonhos e uma princesinha na minha vida, sei que Mag não é minha filha mas é como se fosse, eu me apaguei tanto naquela criança que seria difícil ficar longe dela.

—Lisa? —Jade entrou no meu escritório—

—Oi Jade, a olhei.

—Jeremy Bieber deseja ver você na sala de reuniões.

—O que? Porque?

—Não sei Lisa, ele resolveu, acho melhor você ir lá, ele parece nervoso.

—Tudo bem.

Ajeitei minha roupa e fui até a sala de reuniões me sentando.

—Bom dia, senhorita Smoak —ajeitou o paletó—

—Bom dia, senhor Bieber. O senhor veio me oferecer dinheiro de novo? Porque se for isso... —ele me cortou—

—Você é muito nervosa, Lisa.

—Um só não gosto de ser comprada.

—Eu vim te fazer uma proposta.

—Não, obrigada —me levantei—

—Você pode me escutar primeiro?

—Tudo bem —me sentei—

—Eu quero te dar um emprego.

—Eu já tenho um emprego.

—Vai ficar analisando contratos para o resto da vida?

—Estou juntando dinheiro.

—Não seja burra, Lisa —ele riu— A gente sabe que você não vai conseguir abrir uma empresa, então eu estou te fazendo uma oferta.

—Qual?

—Você será a nova presidente da nossa empresa.

Eu não pude esconder o sorriso.

—Isso é maravilhoso, mas não quero que Justin perca o emprego.

—Ele não vai perder um emprego, eu tenho três empresas espalhadas pelo mundo e uma que está em crise, porque eu coloquei aquela mulher?

—Jeremy? —chamei sua atenção—

—Sim, continuando, quero que você tire minha empresa do buraco.

—Tudo bem.

—Só tem um problema.

—Qual?

—É em Tóquio.

—Como é que é? Você está fazendo isso para me tirar de perto do seu filho, não é mesmo?

—Porque só você pensa coisas ruins sobre o meu respeito?

—Bom, a gente não teve um bom relacionamento na primeira vez que a gente se encontrou.

—Não, não quero você longe do meu filho, só não quero que uma mente brilhante fique dentro de uma sala analisando contratos.

—Eu vou pensar —me levantei—

—Você tem quatro meses.

Quatro meses? É tempo suficiente.

—Tudo bem.

—Aqui está me cartão, qualquer coisa pode me ligar.

Peguei o cordão dele e sai da sala batendo em alguma pessoa.

—Opa pequena —Justin me segurou—

—Oi meu amor —beijei a bochecha dele —

—Esta tudo bem? —concordei— O que estava fazendo na sala de reuniões?

—Estávamos conversando —Jeremy apareceu atrás de mim—

—O que vocês estavam conversando?

Eu não queria que Justin descobrisse que eu o pai dele me ofereceu um emprego em Tóquio.

—Ele pediu para eu analisar um contrato.

—Sobre...?

—O contrato da minha empresa Justin —Jeremy disse— Desconfiado em tudo, até mais.

Jeremy saiu e olhei para Justin sorrindo.

—Tudo bem?

—Eu que tenho que perguntar isso.

—Tá tudo ótimo, meu bem.

—Você vai hoje, correto?

—Hoje? Pra onde?

—Para a peça da Maggie.

—Não sei se quero dar de cara com a Rachel.

—Por mim, pela Maggie, eu tenho que tirar essa idéia louca da cabeça dela.

—Tudo bem.

—Eu te pego pode ser?

—Sim. Vou voltar para meu trabalho.

[...]

—Você está bem? —Justin pegou minha mão—

—Estou sim.

—Você está assim desde cedo.

—Como assim?

—Distraída, eu falo com você e não não presta atenção.

—Me desculpa, eu estou cansada só isso.

—Certeza?

—Sim. Agora presta atenção nessa estrada, sou muito nova para morrer.

Eu tenho medo de aceitar a proposta de Jeremy e perder Justin, perder Maggie não é toda vez que a gente se entrega de alma e corpo. Será que ele pensa em se casar? Ter mais filhos? Se ele fizer esses planos comigo eu aceito ficar com ele, aceito ficar com Maggie.

—Meu bem —o olhei—

—Oi —Não tirou os olhos da estrada—

—Você pensa em se casar?

—Porque a pergunta.

—Você pode responder minha pergunta?

—Eu não sei, Lisa, eu não quero me casar.

Uma faca entrou no meu peito.

—E nem ter filhos?

—Eu já tenho a Maggie, Lisa —soltei sua mão—

—O que vai ser da gente? —mordi o lábio—

—Vamos namorar, eu deixo até você morar comigo se você quiser.

—Ah, deixa? —sorri irônica—

—Porque você está me fazendo pergunta complicada?

—Pergunta complicada? Você sabe que eu quero me casar e ter filhos algum dia.

—Ter filhos e ter muito responsabilidade.

—Porque estamos juntos?

—Porque nós amamos.

—Quando duas pessoas se amam elas fazem planos juntos.

—Podemos fazer planos juntos.

—Eu quero me casar com você. Quero piquenique no parque num domingo a tarde, deitar na grama verdinha com a cabeça no seu colo, te ouvir contar histórias engraçadas e rir até a barriga doer. Quero caminhar de mãos dadas, te beijar na chuva e que me envolva em seus braços caso eu sinta frio. Quero dormir com a cabeça no seu peito, quero banho juntos e coisinhas sórdidas ditas ao pé do ouvido. Quero uma casinha aconchegante, um cachorro e filhos com o seu sorriso. Quero sacanagem, quero a nossa cama toda bagunçada depois de uma noite inteirinha de sexo, acordar e te ver ao meu lado.

—A gente já não faz isso tudo namorando? Porque você quer enfiar uma aliança no dedo?

—Eu não estou pedindo para você casar comigo agora, Justin —Falei nervosa—

Ele estacionou o carro e saímos.

—Eu não quero ficar mal com você —me abraçou—

—Me desculpa, me desculpa de verdade, não sei de onde eu tirei essa idéia maluca de casar.

—Não tem problema, vamos entrar?

—Vamos.

[...]

Eu estava deitada na cama de Justin segurando o cartão que Jeremy me deu, talvez eu devesse aceitar esse trabalho, eu dei uma oferta para Justin e ele não aceitou, agora é hora de seguir em frente. Justin entrou no quarto e eu guardei o cartão.

—O que é isso? —sorri

—Eu te devo um pedido de desculpas —me entregou um buque

—Não precisa meu bem —o beijei—

—Tem um negocio aí dentro.

Peguei a caixinha dentro do buque e abri vendo uma aliança.

Eu não estou acreditando nisso.

—Lisa Leia Smoak aceita se casar comigo?

Não era você ontem que estava falando que não queria casar?

—Eu não posso —me levantei—

—Porque? Ontem você encheu meu saco falando que queria casar.

—Você não está fazendo isso porque você quer, está fazendo por minha causa? Eu só perguntei se você tinha planos para casar.

—Porque você não quer se casar? —me virei— Me responde Lisa —falou irritado—

—Porque eu vou para Tóquio.

[...]