História Flowers - Eu aceito!

[...]

—Lisa —minha mãe se aproximou—

—Como sabia que eu estava aqui?

—Você sempre vem aqui quando algo de deixa triste, o que foi aquilo, Lisa?

—Me desculpa mãe —voltei a chorar— Me desculpa de verdade.

—Você não tem que pedir desculpas para mim.

—Como ele está?

—Como ele está? Ele esta enfurecido, quase mandou os seguranças me tirarem da festa.

—Ele te machucou?

—Ele está machucado, Lisa.

Abracei meu joelhos e comecei a chorar.

—Por que Lisa? Você não amava ele?

—Eu amo —fiquei de joelhos— Eu o amo.

—Então porque abandonou ele no altar? —cai sentanda—

—Porque eu não estava grávida. Foi gravidez psicológica.

—Meu deus —fechou os olhos—

—O que eu faço, mamãe?

—Eu te amo, minha filha —colocou a mão no meu rosto— Mas o que você fez não tem desculpas, ainda dava tempo de contar toda a verdade.

—Ele ia me odiar.

—Ele iria te entender.

—O que faço?

—Eu não sei, minha filha, eu realmente não sei.

(...)

Eu contava de um até dez para entrar naquela empresa, eu sei que as pessoas iriam me julgar, iriam rir de mim, iriam sussurrar e eles tem o direito de fazer isso. O que eu fiz foi errado. Passei meu cartão pela catraca mas não passou.

—Senhor —chamei o segurança—

—Sim?

—Meu cartão não está passando.

—O senhor Bieber proibiu a senhora de entrar na empresa.

—Mas eu preciso pegar minhas coisas.

—Só estou seguindo ordens.

—Tudo bem, ela está comigo —Ryan disse—

O segurança passou o cartão dele e fui até Ryan.

—Obrigada.

—Não agradeça a mim.

—Me desculpa de verdade, eu não queria causar nada disso.

—Não é para mim que você precisa pedir desculpas, acho melhor você ir logo, porque se Justin te ver aqui não sei nem do que ele capaz.

Subi pelo elevador e olhei para Jade que sorriu para mim, andei rápido até minha sala e comecei a juntar minhas coisas.

—Eu vou sentir saudades daqui.

Peguei a caixa com as minhas coisas e voltei para a recepção.

—Como ele está? —perguntei para Jade—

—Um monstro em pessoa.

Respirei fundo.

—Diz pra ele que... —parei pra pensar— Pensando bem, não diz nada pra ele.

Dei um abraço nela e apertei o elevador esperando ele abrir e quando ele abriu eu preferia ter descido de escada, parecia um filme em câmera lenta, Justin parou de mexer na gravada e ficamos nos olhando por três minutos, ele saiu do elevador.

—Licença —entrei no elevador correndo—

Quando a porta se fechou eu encostei meu corpo e respirei aliviada.

—Você não pode chorar, não pode —deixei uma lágrima cair—

A porta foi aberta e sai andando até a saída.

—Você tem muita cara de pau não é mesmo?

Me virei.

—Como? —Eu disse—

—Não faça de desentendida.

—Você não quer discutir nossa relação na frente de todos.

—Sim eu quero, eu quero que você veja o que é ser humilhada assim como você vez comigo —ficou nervoso— Eu te dei o meu amor e você jogou fora, eu te dei meu coração e você simplesmente deixou ele em pedaços. Você podia escolher ficar, mas escolheu partir e me partiu.

—Eu não queria que fosse desse jeito.

—Então me explica o seu plano, o plano de fingir que estava gravida para me dar um golpe.

—Você sabe que eu não sou assim.

—Tem muitas coisas que eu não sei ao seu respeito, Lisa.

—Eu sinto muito, eu peço desculpas por ter de magoado e eu te magoaria mas ainda se você descobrisse que eu não estava grávida, errei por não ter contado logo quando descobri e peço desculpas por isso. Eu sei que é loucura dizer isso agora, mas eu te amo e nunca vou deixar de te amar.

Ele começou a rir e eu olhei para o teto tentando esconder o choro.

—Me ama? —voltou a rir— Você é doente, Lisa.

—O que você quer que eu faça? Quer que eu me ajoelhe para pedir perdão? Você quer descontar essa raiva toda em mim, pode descontar eu não ligo. Você pode me empurrar, me bater, fazer o que quiser comigo, mas nada do que você fizer vai mudar o seu sentimento por mim.

Ele se aproximou de mim, pegou minha caixa e jogou longe me olhando nos olhos.

—Você nunca mais pise aqui novamente.

Abaixei a cabeça.

—Diga para Maggie que eu a amo.

—Pode deixar, eu vou dizer a ela o quanto você foi uma vadia.

Ele ajeitou a gravata e saiu andando, abaixei para pegar minhas coisas quando uma pessoa me ajudou

—Precisa de ajuda? —Jeremy perguntou—

—Obrigada.

Terminei de pegar minhas coisas e levantei.

—Hum, Jeremy posso fazer uma pergunta?

—Fique a vontade.

—A proposta do Japão ainda está de pé?

—Sim, eu vejo em você potencial.

—Então tudo bem, eu aceito.

[...]