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História ;flowers and cigarettes - ;sad girls on the lawn


Escrita por: wolfnir

Notas do Autor


aaaaaaaaaaaaaaaaaaaa mano do céu que eu quase não termino isso, na verdade eu passei do prazo, mas né, eu tentei. NUNCA ODIEI TANTO O ENEM! ser do terceiro ano às vezes é como no lugar onde o sol não bate.

enfim, passei por uns puta problema pra escrever essa fic, falo mesmo, que tema difícil gente, principalmente pra mim que nunca trocou sexo de ninguém do kpop -q

vou logo avisando umas coisas:
᠈ pode não parecer, mas isso se passa nos anos 50 (A CAPA LINDA QUE FIZERAM ME INSPIROU PRA ISSO, PQ? NÃO SEI)
᠈ a fic é dividida em Atos, ou seja, tá tudo meio desconectado e ligado ao msm tempo, tem umas passagens de tempo mucho lokas e isso foi por preguiça mesmo, confesso, minha inspiração tava hard essas semanas.
᠈ namjoon e taehee (aka taehyung) são irmãos, dois bjs pq amo brothers!kim.
᠈ tem um shipp que eu nem me dei ao trabalho de colocar nas tags pq é pra ser surpresa rsrsrs.
᠈ e por último, não façam que nem a yoonji e sejam bons meninos/meninas e não fumem. fumar mata, flw vlw e é isso aí.

Capítulo 1 - ;sad girls on the lawn


;ato i

O copo com cerveja que segurava esquentava com o decorrer do tempo, fazendo com que suas mãos se tornassem molhadas. Não era uma sensação muito confortável, mas seus pensamentos eram profundos, tornando aquilo algo fácil de ignorar.

O cigarro em seus lábios - o quinto só aquela noite - já estava quase no fim e sabia que se quisesse mais um teria que ir pedir para alguém dentro da casa atrás de si, de preferência algum garoto mais velho com um topete coberto por gel, aqueles eram sempre os mais arrogantes e os mais rápidos a cederem a garotas que se mostravam interessadas em si.

Não queria se mover; a grama verdinha, e sempre bem aparada, estava molhada, encharcando suas roupas, ainda assim não era um motivo para fazê-la se levantar e buscar um lugar melhor para descansar.

Atrás de si acontecia uma típica festa de adolescentes com muita bebida e corações vazios. Sabia que se estivesse em seu estado normal estaria bebendo todas e pulando loucamente em meio aos corpos suados dos outros, mas não, estava ali, no gramado de uma casa qualquer deixando a cerveja em suas mãos esquentar e o cigarro em seus lábios queimar lentamente, muito perdida em seus pensamentos para se importar em ser normal.

Sentia-se como um daqueles perdedores de sua escola, que não sabiam curtir a vida e adoravam lhe dedurar quando fazia algo contra as regras daquele maldito lugar, em sua visão aquelas pessoas não sabiam viver, não sabiam colocar em ação o carpe diem. Mas lá estava ela, perdendo uma das maiores festas do ano; sem forças para se mover ou fazer qualquer outra coisa além de se manter deitada na grama, olhando para um céu escuro. Parecia, realmente, uma perdedora.

O motivo daquela incapacidade se encontrava no banheiro daquela casa, tingindo a água do vaso sanitário de azul e lilás, deixando um odor agradável demais.

Pétalas de flores. Não quaisquer pétalas [claro que não, afinal nada nunca era tão simples consigo], mas exatamente as mesmas que, em uma primavera de sua infância pousou nos fios sedosos e longos de alguém que sempre pareceu ¹completar sua alma.

Ainda conseguia sentir o gosto da flor em sua língua dando-lhe a sensação de que impregnava todo seu corpo. Era agoniante e a deixava paranoica com medo de que qualquer um sentisse o mesmo cheiro e descobrisse seu segredo.

Não podiam descobrir, ninguém poderia saber sobre aquilo. Seu plano era morrer em silêncio, como um rato insignificante, então ninguém poderia saber sobre aquelas malditas pétalas, se não ela, sua pessoa especial, sua melhor amiga, a causa de tudo aquilo, tentaria lhe impedir e como a bobona que era não conseguiria dizer não.

— Então você estava aqui!

Uma voz feminina e melodiosa veio de cima fazendo-a abrir os olhos que nem mesmo se lembrava de ter fechado. Sua visão se focou de primeira nos fios castanhos e depois nos olhos de mesma cor enfeitados por cílios longos e nas galáxias desconhecidas de sua pupila. Taehee.

— É claro que eu estava aqui. — Foi rude, observando as feições bonitas se torcerem em uma feição emburrada, os lábios avermelhados pelo batom já borrado se transformando em um bico adorável ao seu olhar.

— Cruel, unnie, cruel. — Taehee negou com a cabeça, um sorriso brincalhão formando-se. A morena era acostumada com as respostas malcriadas da outra, na verdade, adorava as mesmas já que era algo único em sua melhor amiga.

— Agora o que você faz aqui? — Se ela era a garota que paquerava garotos em troca de cigarros e gostava de enlouquecer com a música Taehee era a garota que sabia todas as coreografias, cantava todas as músicas alto quando bêbada e sempre, sempre estava trocando beijos e olhares com o namorado.

— Digamos que o clima lá dentro não estava mais tão bom assim. — Taehee sentou-se ao seu lado, a saia rodada de tom vermelho com margaridas desenhadas espalhou-se pela grama de um modo gracioso. Taehee era sempre graciosa.

— Isso não é algo que um dia eu esperaria ouvir vindo de você, Tae-ah. — Riu, porque no final era verdade. Taehee nunca perdia o ânimo para alguma festa, talvez esse fosse um dos motivos para sempre ser convidada para alguma. Isso e sua crescente popularidade no Bangtan High School.

Observou a mais nova suspirar, um olhar triste enfeitando suas feições. Era difícil para si ver Kim Taehee triste. A garota era uma bola de energia, um raio de sol vivo de tão animada e feliz. Preocupou-se.

— O que aconteceu?

O tom saiu mais grave que o normal, o maxilar já cerrando-se, como se já estivesse se preparando para bater em alguém. Sempre fora muito protetora de Taehee e não era agora - principalmente agora - que isso iria mudar. Taehee a olhou, os olhos marejando-se e, mesmo que a loira estivesse tentando sorrir, seus lábios tremiam e seu semblante franzia, como se tentasse segurar o choro.

— Jungkook e eu terminamos, Yoonji.

 

;ato ii

Fazia dias que não conversava direito com Taehee; após aquela notícia bombástica jogada para cima de si a mais nova simplesmente roubou o copo de cerveja quente de si e deitou-se ao seu lado na grama, segurando lágrimas.

Taehee não chorou e aquilo foi o que mais a preocupou, mas a oportunidade de perguntar o que diabos havia acontecido passou e segunda feira chegou, fazendo todo o BHS explodir em caos após saber do que havia acontecido na festa daquele final de semana.

O casal de ouro, Kim Taehee e Jeon Jungkook, haviam terminado. Os dois eram conhecidos por terem um amor inabalável; namoravam desde os treze anos e o primeiro beijo tinha sido um com o outro; o casal perfeito dos filmes que muitas meninas suspiravam ao ver na televisão, desejando um amor assim.

Muitos rumores entraram e saíram pelos seus ouvidos, alguns absurdo demais, mas nenhum veio da própria boca de sua melhor amiga que havia passado quase toda a semana, após a notícia se espalhar, calada e alegremente indiferente. Era como se três anos de namoro tivessem sido jogados no fundo de uma gaveta qualquer; Taehee parecia a mesma de sempre, sorria para todo mundo, cumprimentava os professores e ajudava no canil nas tardes de quarta-feira e quinta-feira.

Preocupada era pouco para como se sentia. Sabia que sua amiga não estava bem, sabia porque os sorrisos eram sempre falsos e no final do turno no canil era sempre encontrada por Hoseok - o oppa que parecia competir em quantidade de energia com Taehee - chorando abraçada a um dos gatos ou cachorros do lugar.

Precisava conversar com Taehee, mas sua tosse havia piorado e era constantemente acompanhada de pétalas. Às vezes era até mesmo difícil se manter em pé ou respirar adequadamente depois das crises de tosse, enfraquecia a cada dia e sentia medo que Taehee descobrisse e ficasse ainda mais triste do que já estava.

Naquela manhã havia acordado sentindo-se horrível, mas sabia que não podia mais enrolar e que precisava, de uma vez por todas, conversar com sua melhor amiga e descobrir do porquê do término dela com o Jeon. Era um sábado nublado e enquanto escovava os dentes tentava não pensar, também, em como seu coração batia desenfreado em esperança sempre que pensava na possibilidade de, finalmente, ter uma chance de ser correspondida naquele amor unilateral.

Sentiu a garganta se fechar e os olhos marejaram, já se preparando para o próximo ataque de tosse. Pétalas azuis enfeitaram a pia do pequeno banheiro e para se acalmar contou uma por uma, pensando nos porquês de amar a melhor amiga.

Foi extremamente fácil achar doze motivos para isso e o peso daquele amor unilateral doeu ainda mais em si, criando mais uma cicatriz no coração já maltratado e fazendo mais uma pequena raiz da flor dentro de si crescer.

Terminou de se arrumar, desceu as escadas e se despediu com um pequeno beijo na bochecha do pai, não tomaria café em casa daquela vez.

x

O Mix, a lanchonete famosa por suas batatas com cheddar e pelos bolinhos de arroz, estava praticamente vazia naquele horário e o alívio que percorreu seu corpo foi imenso. Taehee deveria chegar em algum horário próximo das sete já que foi o que havia combinado com a mais nova quando a puxou para o banheiro entre as trocas de aula.

As únicas pessoas que se encontravam no local, além de si mesma, era um casal de idosos que sempre caminhava no parque na parte da manhã e um jovem belo de ombros largos que estava atrás do balcão. Kim Seokjin, o hyung legal que dava porções extras de batata frita para ela e Taehee, mas que adorava lhe irritar por sua altura.

— Hyung. — Aproximou-se do balcão vendo Seokjin virar-se com um grande sorriso em sua direção.

— Você está horrível querida, quem sabe se você me chamar de oppa essa aparência sua não mude para uma incrível como a minha, hn? — Ah, havia esquecido, Seokjin era incrivelmente narcisista e sempre tentava lhe convencer a chamá-lo de oppa.

— Você não é tão incrível assim, hyung. — Frisou o modo de tratamento, vendo o outro bufar com sua teimosia.

— Sempre tão teimosa essa minha dongsae'. Mas o que faz aqui tão cedo? Pensei que nos sábados você hibernasse. — Riu sarcástica, ouvindo a risada de hiena do mais velho. Admitia, amava dormir, mas amava mais Taehee.

— Vim me encontrar com Taehee. — O semblante de Seokjin mudou, tornando-se sério. Ele sabia, pensou. Sabia o que havia acontecido com Taehee, parecia que todos sabiam menos ela, a própria melhor amiga.

— Ela está bem? — A preocupação era evidente no semblante de Jin. O mais velho era amigo do irmão de Taehee e conhecia a mais nova desde quando eram crianças, era natural o mesmo se preocupar.

— Eu não sei, não falo com ela desde que toda essa bomba explodiu, ela simplesmente se afastou. — Doía dizer aquilo, porque odiava quando a mais nova tentava esconder seus sentimentos e acabava afastando-se de si. Sentiu o gosto das pétalas em seu paladar e sabia que um tosse logo a invadiria novamente. Não podia, não ali, não naquele momento.

Viu Seokjin a olhar, como se avaliasse não somente seu estado físico, mas sua alma. Prensou os lábios um no outro, tentando se segurar, tentando segurar a prova da aberração que sua mãe havia gritado ser quando a mesma tentou dizer, aos doze anos, como não gostava de pensar em se casar com garotos e sim garotas.

Não conseguiu se segurar por muito tempo e logo uma pétala escapou por entre os lábios secos e rachados. A pequena pétala pousou delicadamente no balcão de cor vermelha da lanchonete e viu Seokjin acompanhar com os olhos arregalados a mesma. Logo, outras pétalas se desprendiam de sua boca, juntando-se a outra antes solitária.

Eram cinco no total; contou cinco motivos para amar Taehee e, mais uma vez, não achou difícil os encontrar.

Olhou para o mais velho a sua frente, o outro já a olhava, com uma compreensão em seus olhos castanhos. Seokjin sabia e só de pensar nisso a vontade de chorar a inundou. Não era para ser assim, não era para ninguém descobrir.

— Yoonji. — Não o olhou, não conseguia, seu lábio inferior tremia com a vontade de chorar. Queria fugir, mas sabia que não podia, precisava se encontrar com Taehee. Taehee, Taehee, Taehee. Sua mente repetia o nome da castanha de modo desenfreado deixando-a momentaneamente surda para o mundo.

Ao longe conseguiu ouvir o pequeno sino acima da porta da lanchonete ressoar e sabia que era a melhor amiga. Precisava sair de lá com a mesma antes que Seokjin inventasse de falar algo e acabasse fazendo a castanha descobrir o que acontecia com a mais velha. Taehee não podia descobrir. Não podia.

Virou-se em direção a saída e, em passos rápidos, alcançou a castanha e a puxou pelo braço, saindo o mais rápido possível do estabelecimento. A amiga tentava se soltar, pedia para que fosse mais devagar, mas não podia, não naquele momento. Precisava se afastar daquele local.

Quando finalmente parou estavam em um parque que na infância eram acostumadas a correrem e brincarem. Era irônico até, aquele era o mesmo parque que um dia a mais velha pousou nos fios da melhor amiga uma coroa de flores repleta de respirações bebê e prímulas azuis.

— Me conte o que aconteceu. — Fora direta, não só pelo pânico da situação anterior como também pela preocupação que se acumulava em seu peito. Viu Taehee suspirar e se aproximar de um banco, sentando-se.

A conversa seria longa.

 


Notas Finais


1. É uma adaptação de uma frase muito bunitinha de Aristóteles, é mais ou menos assim "a amizade são dois corpos que dividem a mesma alma".

muahahahahha eu to me sentindo muito evil por acabar o capítulo logo aí, tuts tuts. vou logo explicando que são dois atos por capítulo então sim, ainda tem coisa por vir, a explicação do término de vkook é no próximo capítulo, alguém consegui adivinhar direitinho o porque? se adivinharem ganham um doce ;)

GENTE SEOKJIN VAI SER O CONSELHEIRO QUE EXISTE EM CADA TURMA DE AMIGOS, ELE É MEU XODÓ DESSA FIC SERIÃO


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