História Flowers and Drawings for her - (Camren) - Qual o motivo da sua felicidade ?

Lauren :

E lá estava eu novamente, perdida enquanto observava a latina ao meu lado.

Assim que saimos do jardim botânico, Dinah me mandou uma mensagem avisando que o filme já estava quase acabando, então já estavamos voltando ao shopping.

Camila admirava a rosa que eu havia lhe dado, no final do passeio. Eu queria lhe dar um buquê, mas ela disse que a mãe dela tem muita alergia a flores, então preferia evitar tê-las em casa.

Chegamos ao shopping, e caminhamos direto a saida do cinema. Me encostei na parede para esperar as meninas, e Camila se colocou a minha frente e ficou me olhando, enquanto tinha um lindo sorriso no rosto.

-Eu sou tão engraçada assim, pra me olhar e já rir? -Perguntei debochada, o que só fez ela sorrir mais.

-Boba ... Eu ... Posso te abraçar? -Perguntou manhosa.

-Claro que pode, pequena. -Abri meus braços encaixando seu pequeno corpo no meu. -Não precisa pedir, eu sempre vou querer um abraço seu. -Falei e ela me apertou mais. Ela estava com a cabeça apoiada no meu peito. Aspirei o cheiro de seus cabelos, nunca ia me cansar do cheiro dela.

-Você tem cheiro de bebê. -Ela falou contra meu pescoço, suspirei.

-Tenho?

-Sim ... É tão bom. -Disse aspirando meu cheiro. Sorrio e beijo o topo da cabeça dela. Olho para frente, e Dinah vinha de mãos dadas com a Normani, assim que nos viram, abriram um sorriso enorme.

As meninas pareciam aliviadas por eu estar com a Camila. Claro que não temos nada oficial, afinal, ela quer ir com calma, e eu vou respeitar todos os tempos dela.

-Que bonitinhas ... Chegaram no horário. -Dj falou rindo, reviro os olhos. Camila afrouxa um pouco o abraço, e se vira, a abraço por trás, e ela coloca as mãos sobre meus braços.

-A única que se atrasa aqui, é você, Cheechee. -A latina falou rindo.

-Isso é verdade, amor. -Mani disse fintando a loira.

-Que absurdo. Eu sou uma diva, tenho meus direitos! -Exclamou fazendo todas rirem.

-Ok ... Eu tenho que voltar pra casa. -Camila falou.

-Tá ... Vamos motorista Morgado, deixou minhas sacolas no carro? -Jane disse, soltei Camz, e logo senti falta de seu corpo.

-Desde quando eu sou sua motorista? Que eu saiba, eu só recebo por desenhar !

-Se eu te pagasse, viraria minha motorista? -Perguntou esperançosa.

-Claro. -Ela sorriu. -Que não!

-Nossa, só perguntei. Vamos logo, não sei como a Mila te aguenta. -Disse já caminhando. Sorrio e ando ao lado da latina, que logo se entrelaçou no meu braço.

-Quem vai levar a Mila? -Dj perguntou dentro do carro.

-Eu levo. Já tenho que voltar também, prometi ajudar minha mãe. -Mani fala deitando no ombro da namorada.

-Ahh ... Vamos ficar sem nossas mulheres branquela. -Dinah fala maliciosa, lhe lanço um olhar mortal pelo retrovisor, ela me mostra a língua. -Camila, querida. -Diz cínica. -Agora poderia me dizer o motivo dessa sua felicidade repentina?

-Deixa a menina. -Normani disse dando um tapa nela. Olhei pra Camz rapidamente, e ela tinha um leve sorriso nos lábios, enquanto olhava a rosa que tinha lhe dado. Sorrio.

-Amor, eu só estou curiosa! De onde é essa rosa, Mila? -Insistiu.

-Da roseira. -Camila disse como se fosse óbivo, arrancando risadas minha e da Normani.

-Jura, Chancho? -Jane disse irritada.

-Juro ... Lauren, essa rosa não estava na roseira de lá? -Disse me olhando.

-Ela tem razão Hansen, a rosa estava na roseira.

-Vocês são duas chatas! Eu queria saber quem te deu a rosa, e se falar que foi a florista, vôo na sua cara daqui mesmo! -Disse irritada, Camila sorrio.

-Por que quer tanto que eu fale, se você já sabe a resposta?! -Camila disse se virando um pouco pra trás.

-Porque eu quero ouvir você falar! -Retrucou ironica. Camz bufa.

**

-Chegamos. -Falei parando o carro em uma das vagas da Dinah. Destravei o carro, e todas descemos.

-Chancho, essa conversa ainda não acabou!

-Que coisa Cheechee. Quer mesmo me ouvir falar? Certo! Eu estou feliz por causa da Lauren, e também foi ela quem me deu a rosa. E antes que fale mais alguma coisa, sim, eu gosto dela, e sim, ela estava no meu quarto noite passada, e não, não vou repetir isso de novo. Agora vamos, que quero ir pra casa!  -Camila falou de uma vez. Eu não sabia se sorria, e se perguntava se ela está bem, já que seu rosto corou.

-Já ouvi o que queria. -Dinah disse com um sorriso de satisfeita no rosto. Mani tinha um leve sorriso nos lábios. Camz revirou os olhos, se virou e ia seguindo para o elevador. Apertei os passos alcançando ela, a porta ia se fechar, mas entrei antes, ficando somente nós duas dentro da caixa de metal.

O rosto dela estava levemente corado. Não sei se de raiva, ou de vergonha, só sei que queria muito apertar as bochechas dela.

-Camz ... Está tudo bem? -Perguntei colocando uma mecha do cabelo dela atrás da orelha.

-Não. -Disse e me surpreendi. A puxei pela cintura e a abracei. -Por que é tão dificil aceitar que eu estou feliz? -Perguntou enquanto enrolava meu cabelo.

-Como assim?

-Dinah, Mani, até minha mãe ficam me perguntando a cada cinco minutos o porquê d'eu estar tão feliz, será que eu não posso sorrir por simplesmente, sei lá, respirar?! -Disse com voz de choro. Eu não estava entendendo nada, mas vamos tentar.

-Olha ... Eu não sei onde quer chegar, mas, sei que deve incomodar esse tipo de pergunta. Não tem problema nenhum você estar mais feliz em um dia do que no outro, é normal, nenhum dia é igual ao outro. Eu por exemplo, até dias atrás, minha felicidade era minha nova jaqueta de couro, e agora, a minha felicidade, é a latina mais linda que eu já ví. -Ela sorri. -Talvez elas só estejam querendo sorrir com a mesma felicidade que você está sorrindo.

-Lolo ... Eu não sei nem o que te dizer. Você me acalma com apenas um olhar, ou um sorriso. Obrigada Lauren, de verdade. -Ela me aperta mais. -Saiba que você é o motivo do meu sorriso nesse exato momento.

-Fico honrada em ser uma causadora da imagem mais linda do mundo. -Ela me finta, leva uma das mãos dela até minha nuca onde faz um carinho, aproximamos nossos rostos, e nos envolvemos em um beijo maravilhoso.

Logo pedi passagem com a lingua, e ela não tardou a permitir. Assim que nossas linguas se encontraram, suspiramos. Uma dança perfeita, entre esse mar de sentimentos. O ar se fez necessário, ela finalizou o beijo puxando meu lábio inferior entre os dentes, sorrimos.

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Camila :

-Agora podemos apertar o botão do elevador? -Lauren fala sorrindo. Nem reparei que estávamos paradas.

-Sim. -Falei sorrindo. Apertei o botão e subimos para o apartamento da Dinah. Assim que entramos eu suspirei pesado, minha cabeça estava rodando.

Eu não estou brava com ninguem, é só que enche ouvir a mesma pergunta milhões de vezes, sendo que você não quer falar. Não que seja um problema falar da Lauren, mas eu não gosto de falar da minha vida pessoal, e muito menos dos meus sentimentos.

Ouço um barulho na porta, logo Dinah e Mani entram, elas se aproximam e abrem os braços, corro como uma criaça pra elas, que me apertam como se quisessem me proteger de todo mal.

-Desculpa o meu surto, só ...

-Desculpa por te pressionar, sabe que às vezes passo dos limites. -Dinah me corta.

-Tudo bem. -Sorrimos e ela me solta. -Agora, eu tenho que ir pra casa. -Falei pra Mani.

-Eu também, vamos lá arrumar nossas coisas. -Mani disse.

-Ok ... Me ajuda? -Falei olhando pra Lauren que bebia água, ela sorri e logo veio ao meu encontro e subimos até o quarto onde eu estava.

*

-Dinah deve estar comentando que me  chamou pra cá. -Ela disse colocando minhas roupa na mochila enquanto eu dobrava.

-Estranho seria se ela não falasse nada.

-Ela não tem jeito ... Tem mais alguma roupa?

-Não ... Obrigada. -Ela sorri. Seguro sua mão e descemos até a sala, onde Normani já me espereva. -Pronto. -Falei sorrindo.

-Bom ... Até mais, bunduda. Qualquer coisa me liga. -Dinah falou me dando um abraço forte.

-Pode deixar, Cheechee.

-Eu vou descer com vocês. -Lauren falou assim que soltei a Dj. Mani se despediu da namorada e descemos até o estacionamento.

-Até mais, branquela. -Mani disse abraçando a Lauren. -Vou deixar vocês se despedirem em paz. -Falou maliciosa seguindo para o carro dela.

-Obrigada pelo passeio, eu adorei. -Falei sorrindo ainda com a rosa na mão, ela me puxou pela cintura.

-E eu adorei passar a tarde com você. -Beija minha testa. -Quando vamos nos ver novamente? -Diz colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.

-Não sei ... Acho que quando eu voltar aqui.

-A gente não pode sair amanhã? Digo, sei lá, dar uma volta, eu posso buscar você. -Diz manhosa.

-Pode ser. -Sorrio.

-Eu te ligo então.

-Vou esperar ansiosa. -Ela aproximou mais nossos corpos e nos beijamos sem pressa alguma.

O beija dela era maravilhoso, me deixava sem chão, mas de uma maneira boa. Parecia que meu oxigênio duplicava, tornando o beijo mais longo ainda. Ela finaliza puxando meu lábio inferior, sorrio.

-Melhor você ir, a Mani já tá brava. -Diz sorrindo.

-Tudo bem. Até mais, Lolo. -Lhe dou um selinho e ela me solta.

-Até mais, pequena. -Sorrimos e ela entrega minha mochila. Sigo paro o carro da Mani, e assim que entro, Lauren acena e volta para o elevador.

-Sabe que eu tenho várias perguntas, não sabe? -Normani diz, reviro os olhos.

-Posso imaginar. -Ela dá partida no carro, coloco o cinto, e fico observando a rosa na minha mão.

-Já posso começar? -Diz sorrindo.

-Fazer o quê. -Dei de ombros. Eu estava feliz, e acho que falar sobre isso, talvez me ajudasse, sei lá, acho que eu preciso me abrir mais.

-Primeiro, você gosta dela?

-O que você acha? -Falei debochada.

-Calma ... Só pra ter certeza, apesar que o seu sorriso de idiota entrega. -Bufo. -Ok ... Quem beijou quem?

-Meio que as duas. Ela tomou a atitude, mas eu também não recuei. -Ela sorri maliciosamente.

-Hmm, Karla ... Karla. Certo, ela beija bem?

-Mani ! -Retruco, ela me olha com uma cara de "Qual o problema?" Bufo. -Sim, ela beija bem. -Meu rosto cora.

-Melhor que a Selena? -A olho incrédula.

-Podemos não citar o nome dela?

-Desculpa, só perguntei, mas tudo bem ... Vejamos ... Dinah me disse que viu Lauren parada na sua porta de madrugada, e que depois de manhã ela saiu de lá ... Bom ... É ... Vocês ...

-Não. -Respirei fundo. -Olha, ela dormiu comigo, mas não fizemos nada, até porque eu não iria conseguir ... Isso é complicado ... Enfim ... Ela só dormiu lá.

-Entendi ... Isso é ótimo, estou feliz por você, por vocês duas! Aposto  que tia Sinu vai adorar a notícia.

-Ela não vai adorar nada, não tem nada pra falar. Normani, posso te pedir um favor ?

-Claro.

-Não fala nada pra minha mãe sobre ela, pelo menos não agora. Deixa eu contar, eu quero ir com calma, pra que não acontessa nenhuma besteira, pode ser ?

-Como preferir. -Ela para o carro na frente da minha casa. -Bom, está entregue. Qualquer coisa liga. -Soltei meu cinto e lhe abraçei. -Sonhe com a Lauren.

-Idiota. -Falei rindo. -Obrigada pelo passeio, até mais. -Sai do carro logo entrando em casa.

-Mãe, cheguei! -Grito pra ela me ouvir.

Espero alguns segundos, e nada de respostas. Vou até a cozinha, mas ela não estava lá, sala também não, e também não estava em nenhum dos quartos.

-Sofi ... Cadê a mamãe? -Pergunto pra pequena que brincava em seu quarto.

-Ela está lá em baixo, no porão. -Disse colocando um vestido na boneca. Um arrepio sobe em minha espinha.

O porão.

Para muitos, cenários de filmes de terror, com criaturas fictícias. Para mim, o lugar da minha morte com uma criatura que infelizmente é real.

Vou para o meu quarto e começo a organizar minhas coisas. Coloco a rosa que a Lauren me deu em um pequeno vaso com água, e coloco na mesinha que ficava em baixo do meu mural, próximo ao seu desenho. Sorrio olhando a flor tão delicada, e como se familiarizava com seus traços.

Resolvo tomar um banho. Cubro os espelhos com uma toalha, e logo já estou relaxando na água corrente e morna. Assim que termino, me troco e destampo os espelhos, ouço três batidas na porta. "Entra" falei.

-Querida ... Como está? -Minha mãe disse entrando no quarto.

-Estou bem ... É ... O que a senhora estava fazendo ... Lá em baixo? -Ela suspira.

-Estava limpando.

-Ahh.

-Normani te trouxe?

-Sim.

-Pensei que aquela moça bonita iria te trazer. -Disse sujestiva.

-Mãe ... Nem começa.

-Não falei nada. -Ela olha em volta, e para o olhar sobre a rosa. -Que flor bonita, onde arrumou?

-Eu ... Ganhei no jardim botânico.

-Foram para lá? Pensei que Dinah não gostasse.

-Ela não foi, ela e a Mani foram ao cinema, eu fui lá com a ... Lauren. -Falei meio baixo, ela me olhou e sorrio.

-Ela que te deu a flor? -Concordo com a cabeça. Abro meu guarda-roupas, e fico enrolando olhando pra lá. Eu não queria falar sobre isso com a minha mãe, já conhecia o seu discurso sobre o assunto. -Ela me parece ser uma ótima menina.

-Começou. -Falei baixinho.

-Como? -Pergunta me olhando.

-Nada.

-Hmm ... Bom, vou me arrumar, meu chefe ligou, tenho que substituir uma enfermeira. Se importa de ficar mais uma noite com a Sofi?

-Claro que não, eu amo ficar com ela.

-Ok, se quiserem, podem pedir pizza, estou no meu quarto. -Sorrio e ela sai do meu quarto. Pego meu celular pra dar uma atualizada nas minhas redes sociais.

Não que eu seja aquele tipo popular na rede, mas, em uma rede em especial, eu tenho bastantes seguidores.

Nela eu posto as fotos que eu tiro de flores, e até que ganham bastantes favoritos. Ninguém sabe que  sou eu que posto, prefiro assim, assino como "K.C.C.E" Poderia até ter mais criatividade no nome, mas gosto dele.

Me jogo na minha cama, e logo escuto a porta ser aberta, e uma Sofia toda sorridente se senta na minha barriga.

-Kaki ... Eu quero sair ... Vamos? -Diz me fintando.

-Ahh, princesa, você sabe que eu não gosto de sair sozinha ... Além do mais, para onde a gente iria?

-Sei lá ... Você disse que ia me levar pra ver a Tia Dinah! -Ela cruza os bracinhos.

-Amanhã eu levo, ok?

-Tá ... Eu quero fazer alguma coisa diferente! -Assim que ela fala, meu celular vibra, viro ela com cuidado na cama, e pego ela sobre a mesinha, era uma mensagem, suspiro assim que leio.