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História Flowers and Drawings for her - (Camren) - Hoje será um dia longo.


Escrita por: MemyDeGoma

Notas do Autor


Heyy baby's 😊

Nem demorei tanto dessa vez 😌😅

Capítulo grade, aproveitem. Vou tentar voltar até o próximo final de semana ☺

Boa leitura ❤

Capítulo 36 - Hoje será um dia longo.


Lauren:


Acordo com um som estrondoso do meu celular. O alarme tocava as 6h, bufo. Olho para o lado encontrando Camila dormindo profundamente, sorrio.

Me levanto com cuidado, iria até o aeroporto buscar meus pais e minha irmã.

Hoje será um dia longo.

Segui até o banheiro, tomei um longo banho, precisava me praparar piscicologicamente pra tudo que poderia acontecer. Assim que já sai vestida do banheiro, me deparo com minha namorada dormindo agarrada ao meu travesseiro.

Me aproximo devagar dela, depositando um beijo em sua bochecha, ela se mexe um pouco, abre os olhos e sorri.

-Bom dia, my pink princess. -Beijo sua testa. -Estou indo buscar meus pais.

-Bom dia, anjo. Quer que eu vá junto ?

-Com o sono que você está? Perigoso dormir o caminho todo. -Digo fazendo ela rir.

-Eu tenho consulta hoje ... Você volta que horas?

-Antes do meio-dia. Eu vou te levar lá hoje, se incomoda? -Pegunto fazendo carinho em seu rosto.

-Acho que não. Vai ser um pouco estranho, mas acho que vai ser bom. -Sorrimos.

-Que horas é a consulta?

-Às 16h. -Se senta na cama. -Eu vou com você agora.

-Certeza?

-Sim senhora. Só espera eu me trocar rapidinho. -Se levanta seguindo até o guarda-roupas, onde algumas de suas peças estavam.

-Espero ... Vamos tomar café no aeroporto, ok?

-Tudo bem. -Sorri. Ela entra no banheiro com algumas peças de roupas em mãos. Não demorando muito, sai de lá vestida com uma calça jeans clara, um swetter preto, que estava um pouco curto, mostrando parte de sua barriga, seus inseparáveis par de All stars, e com o rosto limpo de maquiagem.

Linda.

-Vamos? -Questino me levantando.

-Vamos. -Me rouba um selinho e descemos as escadas, avistando Dinah sentada no sofá da sala.

-Acordada essa hora? -Pergunto a minha chefe.

-Compromissos, Jauregui, compromissos. -Fala com seu típico mau humor matinal. -Bom dia. -Sorri de leve.

-Bom dia. -Respondo junto com a minha namorada, que foi abraçar a amiga.

-Vão buscar eles? -Questiona a loira.

-Sim, não demoro, qualquer coisa, liga ora gente. -Pisco pra maior que concorda. -Até mais. -Saio do apartamento acompanhada pela latina ao meu lado.

[...]

-Acho que chegamos. -Falei assim que estacionei o carro.

-Pronta? -Pergunta Camila segurando minha mão.

-Acho que sim. -Destravo o carro. Caminhamos até o portão de desembarque que eles iriam estar.

-Sua irmã vai vir?

-Sim! Não vejo a hora de ver ela, estou morrendo de saudade daquela coisa. -Falo sorrindo.

-Lern? -Escuto a voz da minha irmã, viro me deparando com ela levando uma mochila nas costas.

-Taytay! -Abraço seu corpo contra o meu. -Que saudade!

-Eu também estava, com muito mais. -Sorrimos.

-Cadê o papai?

-Foi pegar as malas com a mamãe. -Responde me abraçando novamente.

-Ahh ... Vem cá, deixa eu te apresentar uma pessoa. -Me viro e reparo que Camila estava um tanto tímida. -Camz ... Essa é a Tay, minha irmã. Taylor, essa é a Camila, minha namorada. -Minha irmã sorri e abraça a latina.

-Prazer em te conhecer, famosa Camila. -Sorri.

-O prazer é meu, famosa Taylor.

-Então você é a que conquistou esse coração de pedra da minha irmã?! -Fala abraçando os ombros da latina.

-Sua irmã tem um belo coração, impossível de não me apaixonar. -Responde sorrindo, sinto minhas bochechas corarem.

-Não acredito que já estou shippando muito vocês. -Diz minha irmã sorrindo.

-Lauren? -Ouço a voz de meu pai, me viro encontrando ele com os olhos cheios de lágrimas. Corro para seus braços como uma criança indefesa.

Não sei quanto tempo ficamos naquela bolha, só sei que ouvi a voz da minha mãe ao fundo, estourando nossa barreira.

-Como você está linda, filha ... Mais feliz. -Diz meu pai me analisando, sorrio.

-Olá, Lauren. -Diz minha mãe, a encaro, ela dá um leve sorriso, faço o mesmo.

-Olá. -Nos cumprimentamos como duas desconhecidas. Minha vontade, era de abraça-lá, mas não ia fazer isso, conheço ela o bastante pra saber que isso seria como um "Você me controla".

-E quem é essa bela senhorita aqui? -Pergunta meu pai segurando a mão de Camila, onde deposita um beijo, fazendo a latina sorrir.

-Essa é a Camila. Camz, esses são Mike, meu pai, e Clara ... A Camila é minha namorada. -Falo me colocando ao seu lado, entrelaçando nossos dedos. O olhar da minha mãe, cai para nossas mão, sua expressão se fecha.


-É um prazer conhece-los. -Camz diz sorrindo, meu pai sorri de volta.

-Então você é a famosa Camila?! Espero que cuide muito bem da minha menina. -Fala beijando a testa da minha namorada.

-Cuidarei com a minha vida. -Responde a latina me fazendo sorrir.

-Eca. -Taylor diz fazendo uma careta. -Bom, eu não sei vocês, mas eu estou com fome.

-Eu estou cansada. -Clara fala seca, respiro fundo contando até dez.

-O que acha de sair pra comer com a gente, Taytay? -Pergunto olhando pra minha irmã, que concorda freneticamente com a cabeça. -E o senhor, quer vir também? -Olho para meu pai.

-Não se incomode filha. Na verdade, estou muito cansado, acho que já vou direto pro hotel me hospedar. -Mesmo ficando um pouco triste, não me oponho.

-Tudo bem ... Então vamos para o carro, deixo vocês no hotel e depois eu, Camz e Taylor saímos ... O que acha, amor? -Olho para a latina ao meu lado, percebo minha mãe exitar ao ouvir o apelido.

-Será ótimo, assim posso mostrar uns lugares para fotografar. Fiquei sabendo que gosta. -Diz voltando a atenção a minha irmã, que sorri.

-Eu amo fotografar! -Abraça a latina, a fazendo sorrir. -Então vamos logo, não vejo a hora de mostrar a minha câmera novos lugares. -Pega suas malas e já começa a caminhar até o estacionamento, como se estivesse em casa.

Ajudo minha mãe, e logo todos já estamos guardando as malas no carro.

-É seu? -Questina Clara olhando o veículo.

-Não, é da Dinah. Uso ele quando preciso. -Ela concorda. -Quem vai aonde?

-Eu vou atrás. -Taylor entra seguida da minha mãe.

-Pode ir na frente, Camila. -Diz meu pai entrando no carro. Abro a porta pra minha namorada que sorri em agradecimento, logo já estamos no caminho de volta.

-Mas então Camila ... -Minha mãe fala fazendo meu coração errar uma batida. -Estuda? Trabalha? Faz faculdade?

-Estou no último ano do Colégio. -Responde tranquila.

-E pretende fazer faculdade? -Continua meu pai.

-Oh sim ... Só não vejo isso como algo muito próximo. Quero conhecer mais o mundo, coisas novas, e só quando tiver certeza do que quero, começarei uma. -Fala simpática.

-Isso inclue relacionamentos com meninas? -Minha mãe pergunta cínica, uma vontade  imensa de gritar me consome.

-Clara, por Deus! -Repreende meu pai.

-Sabe, no começo eu também pensava assim, mas só então percebi que minha sexualidade não vai interferir em nada no meu futuro. Essa sou quem sou, e não posso, e nem quero mudar isso. Então não, meu interesse por meninas não é como meus interesses acadêmicos. -A latina diz tudo calmamente, me fazendo ficar surpresa pela sua bela resposta. Minha mãe se cala, vejo meu pai e minha irmã sorrirem de leve, assim como eu. Seguro sua mão que estava sobre sua coxa, fazendo um carinho com meu polegar.

O resto do caminho foi silencioso, somente se ouvia o barulho do meu pai digitando algo no celular. Logo estaciono na frente do hotel, anunciando que haviamos chegado.

-Wow ... É lindo. -Taylor fala assim que desceu do carro. E realmente, o prédio era lindo. Suas paredes externas eram espelhadas, mostrando aquela área da cidade sendo refletida.

-Boa escolha, filhota. -Diz meu pai sorrindo, pisco e ajudo eles a carregarem as coisas até o saguão. Sigo para o balcão, me deparando com a mesma recepcionistas que havia me atendido da última vez. Camila estava ao meu lado, meio aérea olhando o local.

-Bom dia. -Falei para a morena que me olhou séria, mas logo sorriu. -Vim pegar as chaves para o meu pai, e precisamos de um carrinho grande. Cadastro no nome de ...

-Lauren Jauregui. -Me corta. -Bom dia ... Já irei pedir o carrinho.

-Lembrou do meu nome. -Comentei vendo ela digitar algo no computador.

-Não tem como esquecer de alguém tão bonita e conhecida. -Me encara com um sorriso malicioso nos lábios. Camila que até então só olhava as coisas em volta, praticamente grudou seu corpo ao meu, olhando com uma cara séria a outra mulher.

-Hmm ... É ... As chaves estão prontas ? -Pergunto abraçando a cintura de Camila, como se lhe pedisse calma. A mulher analisou a latina e voltou ao computador.

-Estão sim ... Aqui estão. -Me entregou duas cópias de chaves. -Tudo certo.

-Pai. -O chamo, logo ele se aproxima. -Aqui está sua chave, vou entregar outra pra Taylor. -Lhe entrego uma das cópias.

-Tudo bem, querida. -Sorri. -Tenho que assinar algo? -Se dirige a recepcionista.

-Oh, não. Lauren já assinou tudo. -A encarei com uma sobrancelha erguida. -Me desculpe, senhorita Jauregui.

-Tudo bem então. Já vou subir com a sua mãe, nossas malas já foram.

-Eu vou levar a Camz pra tomar café, aproveito e passeio um pouco com a Tay. -Digo jogando meu braço por cima do ombro da minha namorada.

-Se cuidem. E Camila, depois precisamos conversar, não acha?

-Sim senhor. Quando puder, só me avisar.

-Hoje à tarde, está disponível?

-Nessa tarde não, mas amanhei estarei. Pode ser?

-Claro. Eu mando uma mensagem avisando. -Diz lhe dando um sorriso.

-Muito obrigada, senhor Jauregui, de coração. Nem sei como posso lhe agradecer. -Meu pai sorri mais ainda.

-Somente Mike, por favor. -Ela concorda. -E pra me agradecer, só quero que ponha um sorriso nessa minha menina aqui. Você a fazendo feliz, como eu vejo que já faz, já é o maior pagamento que eu poderia receber. -Segura nossas mãos.

-Pode ter certeza que vou fazer de tudo pra isso acontecer. -Responde a latina.

-Não duvido. Bom ... Agora deixa eu liberar vocês. Tenham um bom passeio, até mais. -Beija a testa de Camila, e em seguida a minha. -Se cuidem. -Fala sorrindo pra Taylor e seguindo para o elevador, onde minha mãe já o esperava. Sem se despedir, a mais velha aperta o botão, fazendo as portas de fecharem.

-Acho que agora somos só nós três. -Diz Taylor puxando Camila mais pra si.

-Eiii ... Ela é minha namorada. -Dou ênfase no "minha". -Pode ir separando. -Cruzo meus braços, fazendo as duas rirem.

-Ciúmes, amor? -Camila pergunta abraçando mais a minha irmã.

-É Lern ... Não se garante? -Taylor provoca.

-Me garanto, e muito. Sua pirralha. -Me mostra a língua.

-Cuidado em, se ela se interessou por uma Jauregui, ira se interessar pela outra, é quase certeza. -Pisca e começa a andar até fora do hotel.

-Taylor! Larga ela. -Me coloco do outro lado de Camila, segurando sua mão. Quando iamos entrar no carro, avisto Harry na porta de entrada. -Já volto. -Digo me aproximando do rapaz.

-Oh ... Olá, Lauren. -Diz sorridente assim que me vê.

-Eai, Harry. Como está?

-Bem ... E você?

-Vou bem. Você não me ligou, perdeu o interesse? -Seu olhar fica meio triste.

-Oh não. Meu pai achou seu cartão na minha calça, e jogou fora antes que eu pudesse salvar seu número. -Olha para os próprios pés.

-Sério? -Concorda minimamente com a cabeça. -Está com o celular ai?

-Estou. -Diz me mostrando o aparelho.

-Então anota o meu número. -Ele sorri. Falo meu número, e logo ele salva o contato, sorrindo ainda mais.

-Muito obrigado. Achei que nunca mais fosse te ver.

-Que isso ... Meus pais estão hospedados aí, saberia como me achar. -Sorri. -Bom, tenho que ir, minha namorada faminta e minha irmã ansiosa me esperam. Até mais, não esquece de me ligar.

-Não esquecerei. Até mais. -Pisco e volto pro carro, onde Camila estava no banco da frente, e Taylor no de trás.

-Quem era? -Questiona Camz assim que dou partida no carro.

-O meu futuro secretário, Harry.

-Ah sim. -Responde e se vira para a janela.

-O que foi, princesa? -Pergunto notando uma certa raiva em sua voz.

-Nada. -Fala seca.

-Vixe Lauren ... Ferrou. -Taylor fala rindo, lhe lanço um olhar mortal fazendo a menor se calar.

-Amor ... O que foi? -Seguro sua mão que estava em sua coxa, pelo menos ela não exitou em segurar.

-Já não disse que não é nada, Senhorita Jauregui? -Diz cínica. Tento segurar meu sorriso, pois sei que só iria piorar minha situação.

-Camz ... Está com ciúmes da recepcionista? -Pergunto calmamente.

-O que você acha?? -Diz irritada me olhando, sem querer, acabei rindo. -Está rindo do que, Lauren?? -Fico séria novamente.

-De nada, amor. -Ela revira os olhos. -Hey Princesa, não precisa ter ciúmes.

-Aquela mulher estava praticamente te devorando com os olhos, e não venha me falar que é mentira, porque eu não sou cega!

-Até pode ser, mas ela poderia fazer o que quisesse, meu coração já tem dona, uma bem linda e bem ciumenta, e que fica toda fofa quando tá com raiva. -Ela sorri de leva mas logo fica séria de novo.

-Nem vem, ainda estou brava.

-E eu apaixonada. -O sinal fecha, me curvo rapidamente lhe roubando um selinho, fazendo ela sorrir.

-Idiota.

-Você ama essa idiota, e sabe disso. -Digo convencida a fazendo sorrir.

-Cara, vocês são o casal mais fofo do mundo. -Taylor fala sorrindo. -Quero ser madrinha no casamento.

-É um pouco cedo pra isso, mas quem sabe, não é Camz? -Olho rapidamente para minha namorada que sorri.

-Quem sabe. -Responde sorrindo ainda mais.

Logo estaciono na lanchonete tão conhecida por mim e por Camila. A latina sorri olhando o local, me aproximo por trás, a abraçando pela cintura.

-Esse lugar me faz ter borboletas no estômago. -Admite sorrindo. Beijo sua nuca, a vendo se arrepiar.

-Em mim também, e qualquer lugar que me lembre você, ou que você esteja. -Falo a vendo corar.

-Vocês duas vão ficar de namoro, ou vão me alimentar? -Taylor pergunta impaciente, nos fazendo rir. Logo estamos dentro do estabelecimento, sentadas na mesma mesa em que eu e Camz ficamos da primeira vez.

-Pode escolher o que quiser. -Falo pra Taylor.

-Ainda duvida que não? Está me devendo muita comida dos dias que ficou longe. -Diz me fazendo revirar os olhos.

-Tudo bem ... Só não exagera.

-Vou pensar, Jauregui ... Vou pensar.

-E você amor? O que vai querer? -Olho para Camz que estava a minha frente, ao lado de Taylor.

-Cappuccino e um sanduiche de queijo-quente.

-Hmm ... Isso parecer ser bom, acho que vou querer o mesmo. -Falo sorrindo.

-Eu também vou querer o mesmo. -Taylor diz animada.

-Tudo bem. -Chamo a garçonete. -Bom dia, queremos três cappuccino e três sanduíches de queijo-quente.

-Logo estarão prontos, com licença. -Diz a atendente se retirando.

-Então, Camila ... Me conta como conheceu a fantasma aí. -Taylor puxa assunto.

-Nos conhecemos pela Normani e pela Dinah, sou amiga das duas, fui buscar elas no aeroporto junto com Mani, e acabou que ficamos presas no banheiro. -Lembro daquele dia, e acabo sorrindo.

-Wow ... Sério? -Concordo. -Que coincidência.

-E nós nem sabiamos que eramos as amigas delas ... Fui muito pelo acaso. -Comento fazendo a latina sorrir.

-Destino. -Camila fala me encarando.

-Belo destino. -Sorrimos.

-Quanta melosidade ... Aposto que Dinah implica com isso, aliás, quando vou ver minha companheira de farofa? -Pergunta animada.

-Quando quiser, sabe que ela te adora.

-Se o papai e a mamãe ficarem brigando muito, quem sabe não fico um tempo lá com vocês, o que acha, Mila?

-Aposto que seria divertido, e que Sofi iria te amar.

-Sofi? -Taylor ergue uma sobrancelha, me fazendo sorrir com esse tique dos Jauregui's.

-Minha irmã mais nova. Ela tem 6 anos. -Camz diz orgulhosa.

-Oh ... Eu amo crianças!! Agora que eu quero ir mesmo.

-Só falar com a Dinah. -Digo enquanto fazia bolinhas de papel com um guardanapo.

-Vou ligar pra ela hoje mesmo.

Nossos pedidos chegam, e comemos entre uma conversa divertida sobre a minha infância, e de como eu e Taylor pertubavamos nossos pais.

Eu estava impressionada em como minha namorada e minha irmã se derem bem. A latina estava muito à vontade na presença dela, me deixando feliz em ver como ela estava melhorando.

-Então quer dizer que a senhorita realmente tem medo de altura? -Camila me questina com a sobrancelha erguida.

-Tenho, mas a Taylor não contou o porquê!! -Digo mostrando língua pra minha irmã, que agora falava de algumas coisas que tenho medo.

-E qual foi seu trauma? -Camz parecia interessada nas minhas histórias.

-Lembra da minha casa da árvore? -Ela concorda. -Então, eu estava ajudando meu pai a construir, mas lá debaixo, porque ele achava perigoso demais eu subir sem estar totalmente pronto. Então, eu, teimosa que sou, subi quando ele não estava lá, esperei ele entrar em casa, e eu subi. Fiquei olhando tudo lá de cima, e era muito legal, só que aí me toquei que não conseguia descer novamente, e comecei a chorar, então eu caí, mas meu pai conseguiu me segurar as pressas. Então quando você me perguntou se eu tinha medo de altura aquele dia nas montanhas, eu não estava brincando quando disse "somente da queda", porque eu sei que agora meu pai não vai estar lá pra me salvar. -Admiti quase me arrependendo, já que Taylor me olhou com uma expressão surpresa. Respirei fundo e continuei comendo.

-Oh ... É ... Entendi. -Camila diz notando que fiquei desconfortável com o que eu havia contado. Meu celular vibra, olho rapidamente vendo que era uma mensagem da Dinah.


Hansen: Onde vocês estão?

Lauren: Na lanchonete, trouxe Taylor e Camila pra tomar café.

Hansen: TAYTAY IS BACK!!!!!! Se prepara para a zoação eterna u.u

Lauren: Estou ferrada .-. ashuashus

Hansen: Está, mas enfim. A consulta da Chancho mudou de horário, e será ao meio-dia, tudo bem?

Lauren: Claro, eu vou falar pra ela.

-Quem é? -Taylor pergunta.

-A Dinah.

-Posso? -Estende a mão pedindo meu celular.

-Pode, aproveita e já pede pra ela. -Ela concorda pegando o aparelho.

-Vou ligar pra ela lá de fora, já terminei. -Diz se levantando e seguindo até fora da lanchonete.

-Não precisa ter medo. -Camila fala me fazendo encara-lá sem entender.

-Como?

-Não precisa ter medo da queda. Seu pai pode não estar lá pra te segurar, mas pode ter certeza que eu vou estar aqui pra te dar a mão e te apoiar. -Diz segurando minha mão que estava sobre a mesa, me fazendo sorrir.

-Obrigada, e desculpa por isso, eu só falei sem pensar.

-Não tem que pedir desculpas por ter medo, se não eu ia viver pedindo desculpas pra tudo. -Sorri.

-Certo ... Sua consulta mudou para meio-dia ... Já são quase onze. -Olho o relógio que estava na parede, mancando 10:30. -Quer ir pra casa?

-Pra casa da Dinah, você quer dizer. -Ia responder mas ela me corta. -Pode ser.

-Hey ... Você mora lá também, é sua casa.

-Mas não é meu lar.

-Eu posso ser seu lar, se quiser. Adoraria que vivesse em mim. -Ela sorri.

-Você já é meu lar, tudo em mim, mora em você.

-Digo o mesmo. -Me aproximo dela, lhe roubando um selinho. -O que achou da Tay?

-Incrível!! Ela é muito legal, toma cuidado. -Diz sujestiva.

-Hey, nada de me trocar por ela.

-Fica esperta, então. -Fala rindo, me fazendo revirar os olhos. -Boba, eu estou brincando, só tenho olhos pra você.

-E eu pra você.

-Sorte sua. -Digo com o olhar fixo em mim.

-Ela deixou!!! -Taylor volta toda saltitante. -Me deixa no hotel pra que eu possa pegar minhas coisas, vão ter mais uma hóspedes. -Me puxa para que possamos ir embora.

-Avisou o papai? -Questionei.

-Acho que já sabemos a resposta dele.

-Tudo bem. Vou te deixar lá e mais tarde te busco, tenho que sair com a Camz. -Nos dirigimos ao caixa, paguei tudo, e seguimos para o carro novamente.

Entre uma conversa divertida sobre música, deixei Taylor novamente no hotel, seguindo de volta para o apartamento de Dinah.

-Sua irmã te admira muito. -Camila falou de repente, me fazendo olha-la rapidamente, logo voltando minha atenção a estrada.

-Por que acha isso? -Questionei sem entender seu comentário repentino.

-Do jeito que ela fala de você, o olhar dela demonstra isso ... Ela se espelha muito em você.

-Oh. -Digo surpresa. Eu realmente não esperava ouvir por aquilo. -Bom ... Acho que estou sendo uma boa irmã mais velha, então. -Falei adentrando o estacionamento do condomínio.

-Uma ótima irmã, isso é nítido. -Sorri. Era bom saber que fazia um bom trabalho com Taylor.

-É ... Me desculpe pelo o que minha mãe falou mais cedo. -Falei assim que estacionei o carro.

-Não tem que se desculpar por ela pensar pequeno, sabe disso. E ela não falou nada demais, já ouvi coisas piores. -Disse e saiu do carro, faço o mesmo.

-Sério? -Digo curiosa.

-Sim ... Existem pessoas bem mais agressivas que ela, acredite, ela não é a primeira, e nem a última homofóbica que eu vou ter contato. Isso é um fato na vida de quem faz parte da comunidade Lgbt. -Disse enquanto caminhávamos lentamente até o elevador.

-Nossa ... Você trata desse assunto com tanta naturalidade, que me surpreende. -Admito adentrando a caixa de metal.

-E pra mim é natural. Essa sou eu, não á mais nada que eu possa fazer a não ser aceitar e continuar vivendo. -Diz me fazendo sorrir. -Sabe, eu me prendia muito sobre esse assunto, até o dia em que falei dele com a minha terapeuta, ela me ajudou muito, você deveria tentar.

-Eu? Fazer terapia? Acho que não. -Digo dando um riso de leve.

-Por que não? Acha que são só médicos de loucos? -Pergunta divertida.

-Não é isso ... É que eu não sou o tipo de pessoa que gosta de falar sobre seus problemas pessoais para desconhecidos ... E nem pra conhecidos, pra falar a verdade. -A porta do elevador se abre, seguimos até a porta de Dinah.

-E eu sou o que, então? -Questiona me fazendo encara-lá, enquanto destrancava a porta.

-Como assi ? -Abro a porta, lhe dando passagem.

-Você me fala sobre seus problemas ... Bom, pelo menos falou uma vez, se não fala pra desconhecidos e nem conhecidos, o que eu sou então? -Entro no apartamento trancando a porta em seguida.

-Você é uma parte de mim, é por isso que consigo falar sobre o assunto. Eu confio mais em você, do que em mim mesma. -Admiti a fazendo sorrir, se aproximou selando lentamente nossos lábios.

-Eca, beijo. -Ouço a voz de Sofi, Camila se separa de mim rapidamente. -Nojento, nunca vou beijar ninguém. -Diz levando as mãos até a boca, me fazendo rir.

-Espera só você crescer e gostar de alguém. -Falei a pegando no colo, a fazendo gargalhar.

-Eiii ... Ela é muito nova pra isso, pode parando. -Camila disse séria, pegou a irmã de meus braços, enchendo o rosto da mesma de beijos.

-Vixe, Sofi. Tô vendo que tem uma irmã bem ciumenta ... Não estou surpresa. -Comento sarcástica, fazendo a latina revirar os olhos. -Então quando estiver namorando, conta pra mim primeiro, ai eu já vou deixando ela mais calminha. -Camila me lança um olhar mortal, me fazendo engolir seco.

-Eu espero que esteja brincando. -Diz séria, sorrio. -Estou falando muito sério, Jauregui.

-Sim senhora. -Falo tentando não rir. -Cadê a Mani? -Pergunto pra Sofi, que agora estava no chão.

-Tomando banho, eu estava desenhando Lern, pode me dizer se está bom? -Questiona inclinando um pouco a cabeça pro lado.

-Claro, meu amor. Só que tem que ser bem rapidinho, tenho que sair daqui a pouco.

-Tudo bem ... Vem. -Segura minha mão, me puxando até a sala, noto Camila atrás da gente, enquanto tinha um sorriso largo nos lábios.

Sofi me entregou três folhas de sulfites, fui analisando uma de cada vez. Na primeira, continha uma casa bem desenhada, uma fachada simples, mas muito bonita. A casa era bem grande, tinha dois andares, haviam algumas iniciais na porta de entrada.

-L e C? -Questionei apontando as letras.

-É ... Lauren e Camila. -Sofi diz sorrindo, me fazendo sorrir também. -É uma casa pra vocês, e se deixarem, pra mim também.

-Pra você? -Camila pergunta se aproximando.

-É, pra gente morar. Não é isso que vamos fazer? Uma família juntas? -Perguntou esperançosa.


-Já somos uma família. -Falei sorrindo para a menor, que sorriu mais ainda, fazendo meu estômago borbulhar em felicidade da sua inocência.

Olhei para Camila, e a mesma ainda sorria, notei algumas lagrimas em seu rosto, as limpei com as costas de minhas mãos, depositando um beijo em sua testa, em seguida.

-Olha só quem chegou!! -Mani exclama do alto da escada. -Sofi, hora do banho. -A menor praticamente corre até o andar de cima. -Então Lauren, como foi lá?

-Bem, muito bem. -Digo sorrindo.

-Camila gostou dos sogros? -Perguntou sugestiva.

-O Mike é muito legal. -Diz sorrindo. -Lauren, se quisermos chegar na hora, é melhor já irmos. -Diz se levantando.

-Pegou suas coisas? -Mani questiona.

-Ainda não, vou pegar lá em cima, não demoro. -Some no andar de cima, me levanto do sofá, indo até a cozinha, pegando uma garrafinha de água na geladeira.

-Hey, tem certeza que quer ir? -Normani pergunta se aproximando. Dou um longo gole no líquido gelado, guardando novamente a garrafa na geladeira.

-Mas é claro. Se isso vai ajuda-lá, vou com o maior prazer. -Ela sorri.

-Acho que hoje serão alguns exercícios, então, ela provavelmente vai voltar uma tanto calada, e bem cansada, não força a barra. -Me aconselha calmamente.

-Pode deixar. Que tipo de exercícios?

-Exercícios para o cérebro, mais especificamente, a memória. Ela aprende a acessar aquilo que ela bloqueou, conversa sobre isso, tentando entender que não foi culpa dela, e assim, enfrenta e resolve o problema, e não o deixa bloqueado, a ponto de a qualquer momento explodir.

-Nossa ... Isso me parece ser bem intenso. -Admito sentindo um desconforto em imaginar Camila naquela situação.

-E é ... E acredito que ela vá querer conversar com você, à sós, não se limite em contar nada, ok? Cada detalhe pode ajuda-lá mais rápido.

-Pode deixar, vou colaborar em tudo. -Sorri.

-Estou pronta, podemos? -Camila aparece animada com uma bolsa em mãos.

-Nossa, nunca te vi tão feliz em ir a uma consulta, isso por causa da Lauren? -Normani pergunta a latina.

-Oh ... Não ... Também. É que hoje vou tirar fotos, e eu amo essas sessões de fotografia. -Respondeu levantando a bolsa, que concluir conter sua máquina.

-Fotografia? Por quê? -Questionei sem entender.

-É complicado, mas me ajuda. -Concordo com a cabeça. -Podemos?

-Claro. Até mais tarde, Manibear.

-Até mais. Se cuidem. -Diz a morena nos lançando um beijo.

Logo já estávamos a caminho do consultório. Camila me instruia no caminho, o local ficava um pouco depois da sorveteria de onde costumávamos ir.

Assim que chegamos lá, me senti um pouco estranha no local silencioso. A sala de espera era bem iluminada, continha algumas poltronas coloridas. Alguns brinquedos estavam no canto da sala, onde um garotinho brincava.

Camila seguiu até o balcão, onde entregou algo a recepcionista, assinou algo e me chamou com a cabeça.

-Você tem que assinar aqui. -Me entregou uma caneta e apontou onde eu deveria assinar. Escrevi meu nome, entregando o papel a moça a minha frente, que sorriu levemente. Ela aparentava ter um pouco mais de 60 anos, usava óculos e seus cabelos escuros, continham algumas mechas grisalhas.

-Sente-se, querida, logo a doutora irá atende-las. -Disse a simpatica senhora.

-Obrigada. -Camila sorriu e se sentou em uma das poltronas, me sentei ao seu lado, ainda observando o menininho que estava distraído com algumas peças de lego. -Ele não fala. -Camila disse de repente, a encarei sem entender. -Esse menino, ele não fala.

-Oh ... Por que? -Voltei a olhar o garotinho com cabelos castanho claros, vestindo uma calça jeans e uma polo azul, o mesmo aparentava ter 8 anos.

-Eu não sei bem ... Ele sofreu um trauma muito grande, e parou de falar. -Disse balançando os pés. -O nome dele é Zac, ele tem 9 anos, gosta de doces e de me ouvir tocar piano. A mãe dele sempre o acompanha nas consultas. -Camila falava tudo ainda olhando o garotinho um pouco distante de nós.

-Nossa ... Você sabe bastante coisas sobre ele.

-Meio que viramos amigos, nos conhecemos à uns 2 anos.

-Entendi ... Espera, você disse que ele gosta de te ouvir tocar piano?!

-Sim ... A doutora tem um na sala dela, e enquanto ela faz algo, eu costumava tocar, ele fica espiando na porta, a mãe dele que me contou. -Sorriu ao ver o garotinho se aproximando. -Olá, Zac! Como está? -Perguntou fazendo uma espécie de toque com o garoto, que sorriu lindamente para a garota.

Ele começou a fazer umas caretas para a latina, que tentava imita-lo, me fazendo sorrir com a cena. O garoto só notou a minha presença após eu rir da Camz fazendo um barulho engraçado com a boca.

Se colocou a minha frente e me analisou por alguns segundos. Me ajeitei na poltrona, colocando meu corpo um pouco pra frente, deixando nossos rostos um a frente do outro.

Camila olhava curiosa o garoto, que levou a pequena mão até meus olhos, me fazendo fechar os mesmo, quando não senti mais seu toque, abri meus olhos, vendo que o garoto sorria.

-Ele gostou dos seus olhos ... Não me impressiona isso. -Camz disse sorrindo, me fazendo corar levemente.

-Gosta dos meus olhos, Zac? -Perguntei vendo o garoto concordar com a cabeça. -E eu gosto dos seus. -Falei ao notar o tom de mel claro dos olhos do garoto. -Me chamo Lauren, prazer. -Estendi meu punho, onde o garoto bateu e sorriu.

A porta de uma sala foi aberta, uma mulher morena saiu de lá, e veio em nossa direção.

-Olá, Margareth. -Camila falou para a mulher.

-Olá Camila, acho que é a próxima. -Disse simpática. -Venha Zac, vamos para casa, se despeça da Camila. -O garoto fez novamente o toque com minha namorada, fez o mesmo comigo e logo se juntou a mulher, que julguei ser sua mãe, pela tamanha semelhança. A mulher sorriu e deixou a sala.

-Camila Cabello. -Seu nome foi chamado, a fazendo se levantantar. Segurou minha mão, e entramos juntas na sala. -Feche a porta, querida. -Fechei a mesma, analisando a sala em seguida.

O local era quase tão iluminado quanto a sala de espera. Bolinhas coloridas eram espalhadas pela parede. Um enorme sofá de couro branco tomava uma parede inteira. Um piano muito bem cuidado, chamava a atenção no outro canto da sala.

Prateleiras com brinquedos e livros deixavam o ambiente parecendo uma sala de aula. Uma cadeira de couro ficava ao lado do enorme sofá, onde uma senhora que aparentava ter uns 50 anos a ocupava.

Havia mais uma porta lá dentro, que julguei ser o lugar onde as fichas dos pacientes ficavam.

-Senten-se. -A simpatica doutora apontou o sofá, onde me sentei ao lado de Camila. -Bom, vamos começar.


Notas Finais


Muitos acontecimentos nesse capítulo, em 😅😊

Camila, melhor enfrentadora de Clara que você respeita 😌😍

Se a Camila é ciumenta ? Magina 🌚💅😂

Camz, rainha dos Lgbt's 🌈😍

Sofi 😍

Zac ... Prestem atenção nele 😌🙊

Próximo capítulo será uma sessão da Camila. Não sou psicóloga nem nada do gênero, apena aprecio. Então, todos os exercícios serão baseados no que eu sei 😅😉

Obrigada por lerem ❤


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