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História Fly — Aprendendo a Amar - Guardando a Dor


Escrita por: ShinEunri

Capítulo 10 - Guardando a Dor


Fanfic / Fanfiction Fly — Aprendendo a Amar - Guardando a Dor

Chego ao trabalho no dia seguinte ainda me sentindo destruída por dentro. Fiz o máximo que pude para parecer bem como sempre, mas pela expressão do sr. Yang ao me ver com dois copos de café e chá nas mãos, eu não devo ter obtido sucesso.

— Você se sente bem? — Ele pergunta, aceitando o copo de chá que eu trouxe.

— Sim... eu só estou um pouco resfriada — digo e dou uma tossidinha para reafirmar minhas palavras. — E não consegui dormir direito essa noite.

— Hum... — Ele me observa um pouco preocupado ainda. — Se se sentir pior, me diga que eu posso te liberar mais cedo, ok?

— Não precisa, eu vou ficar bem — dou um meio sorriso.

O sr. Yang me olha parecendo desconfiado ainda por um instante, eu não tinha sido muito convincente, pelo visto, mas ele volta aos seus papéis e eu me sento ao seu lado para ajudar.

Na hora do almoço, após passarmos quase toda a manhã resolvendo alguns assuntos sobre o término das promoções, ouço uma batida no vidro da porta. Tiro os olhos da tela do computador e olho na direção do barulho, surpresa ao ver o Jaebum sorrindo pra mim e fazendo sinal pra eu ir até ele. Olho para o sr. Yang que falava ao telefone e fico indecisa por um instante, se saio ou não.

— Minji... — O sr. Yang parece adivinhar meus pensamentos e cobre o telefone para falar comigo. — Pode ir almoçar agora, eu vou terminar aqui e vou depois.

— Tudo bem — me levanto e vejo ele acenar para o Jaebum antes de voltar a falar ao telefone.

Vou até a porta e saio.

— Oi — sorrio.

— Oi... eu vim devolver uma coisa sua que parece que você deixou lá em casa desde semana passada — ele sorri tirando algo do bolso.

Quando vejo meu celular, lembro de tudo que tinha acontecido na noite anterior. A visita do Jackson, o beijo, a briga... sinto até uma leve falta de ar e coloco a mão sobre o peito.

— Você está bem? — Jaebum me pergunta, me observando.

Engulo em seco e respiro fundo.

— Eu só estou um pouco resfriada... — Digo pegando o celular da mão dele. — E surpresa ao ver meu celular de novo... eu o procurei em todo o lugar e achei que o tivesse perdido pra sempre.

— Eu também não acreditei quando o Jackson me disse que o encontrou atrás do sofá... — Me encolho involuntariamente ao ouvir o nome do Jackson em voz alta.

— Obrigada por me devolver — digo com um sorriso constrangido.

— De nada! Mas, você devia agradecer ao Jackson, na verdade... já que foi ele quem encontrou.

— Vou fazer isso... outra hora — Reviro o celular nas mãos disfarçando minhas reações esquisitas.

Pausa.

— Viu? Eu disse que o Jackson era uma boa pessoa — ele diz se escorando na parede com as mãos nos bolsos, eu o olho sem entender, mas logo lembro da conversa que tivemos quando eu saí da boate do centro de Gangnam pooltíssima com o Jackson. Se ele ao menos soubesse o que estava rolando... — Ele só precisa de tempo e... confiança para mostrar quem ele é de verdade.

— Uhum — eu não sabia o que dizer, o Jaebum estava me destruindo sem saber o que se passava. Ou será que ele sabia?

— Você já almoçou? — Ele pergunta de repente.

— Não, estava indo almoçar agora.

— Posso te acompanhar?

— Claro — sorrio.

— Conheço um lugar com uma comida muito boa, só que é um pouquinho longe para ir andando.

— Podemos ir de ônibus, então — digo e dou uma leve cotovelada nele. — Eu sei que você gosta de andar de ônibus.

— Sabe? — Ele ri.

— Claro que sei! Antes de ser uma aprendiz de manager, eu sou uma ahgase também — rio.

E vamos andando para o elevador.

 

Na volta, compramos hotteoks de sobremesa, em uma barraquinha perto do prédio e fomos comendo no caminho.

— Estava muito bom, como você conheceu aquele lugar? — Pergunto entrando no prédio. — É tão... escondido.

— Eu estava andando de ônibus aí decidi parar para andar um pouco e acabei encontrando esse restaurante... foi pouco depois do debut e ninguém me conhecia ainda — ele conta. — É a terceira vez que eu vou lá e parece que eu sou só mais um cara comendo, não um idol... então, eu gosto... me faz lembrar de como eram as coisas antes.

Paramos para esperar o elevador enquanto comemos.

— Eu entendo... deve ser um pouco chato não poder parar pra fazer o que você quer, quando quer e ir onde você quiser — o observo. — Com os casos que conhecemos de sasaengs e tudo o mais, sair por aí sozinho pode ser perigoso. Principalmente quando se é reconhecido...

— Sim, é o que o sr. Yang nos diz — entramos no elevador. — Mas ele também não quer nos sufocar com trabalho o tempo todo e sempre que pode ou vê que estamos cansados, nos dá cobertura e permissão para umas folgas... como quando fomos pro centro.

— Sim, eu lembro... — infelizmente, completo. — O sr. Yang é um cara muito legal. Ele se preocupa muito com o bem-estar de vocês... eu só espero ser tão boa nisso quanto ele um dia.

— Você já é... — Ele sorri pra mim e saímos do elevador. — Você se preocupa o bastante... como na vez do fan-meeting em que aquela fã não queria me largar e você achou que ela tivesse me machucado.

— Aquela... garota... — Digo entredentes ao lembrar. — Sua mão ficou super vermelha, achei que tivesse lesionado.

— Mas não tinha — ele ri mostrando a mão mais uma vez pra eu ter certeza.

Sorrio e paramos em frente a sala de treino, ele abre a porta e entramos. Vejo os garotos deitados ou sentados com os celulares nas mãos e quando vejo o Jackson fazendo flexão, eu gelo.

— Chegou quem faltava! — Bambam diz e Jackson interrompe o exercício e olha para porta. Nossos olhos se encontram por um momento e Jaebum pega o copo de papel da minha mão para jogar no lixo. Jackson desvia o olhar e volta a fazer flexão, concentrado.

— Obrigada — digo ao Jaebum.

— Nada — ele sorri.

— Eu vou ver se o sr. Yang precisa de mim... — Digo antes dele se afastar. — Se vocês quiserem alguma coisa, podem me chamar, ok?

— Uh, ok...

— Minji-yah! — Youngjae acena pra mim sorrindo antes de eu sair e eu retribuo.

— Hey, pequena! — Yugyeom faz o mesmo.

— Oi, gigante! — Rio e abro a porta.

— Vocês demoraram... — Junior diz pra Jaebum enquanto eu saía.

— A gente comeu aqui mesmo — Mark diz.

— É, e ficamos esperando você um tempão... — Bambam sorri maliciosamente. — O que vocês estavam fazendo esse tempo todo?

— Almoçando — Jaebum diz e eu fecho a porta, olhando para eles brincando através do vidro mais uma vez.

Vejo o Jackson ainda se exercitando e saio andando pelo corredor com a mão no peito. Eu não queria ficar perto dele ou mesmo o encarar, não tinha me recuperado ainda do nosso último encontro... e não sabia quando isso iria acontecer, mas por enquanto, preferia que as coisas continuassem assim: ele na dele, eu na minha.

Vou ao banheiro e assim que entro, ouço o som de alguém chorando. Paro um pouco e fecho a porta devagar atrás de mim, era um som abafado de choro vindo de uma das cabines, provavelmente. Ando até sua origem, última cabine, única fechada e aproximo o ouvido da porta pensando no que fazer.

Bato levemente na porta e o choro se interrompe por um instante, percebendo minha presença.

— Você está... bem? — Que pergunta estúpida, eu sei, mas foi a primeira que me veio à mente. Aguardo a resposta que não vem. — Tudo bem se não quiser falar sobre isso... mas se precisar, eu vou ficar aqui por um momento.

Vou pra pia e me apoio nela, me observando no espelho. Eu estava à meio caminho do razoável, mas já não me importava. Lavo as mãos e dou leves batidinhas com as mãos úmidas no rosto.

— Sabe, a minha vida também está uma droga agora — secando as mãos e o rosto suavemente. — Por mais um pouco e eu estaria no mesmo lugar que você está... eu também não gosto de chorar na frente dos outros, então quando estou no meu limite, eu corro pra um lugar onde não serei vista por ninguém. Por isso, não vou te forçar a sair daí ou a falar comigo sobre o que te aconteceu... eu só estou tentando ajudar porque algumas vezes eu também gostaria de uma ajuda desse tipo, sabe? E mesmo que os outros não possam nos ajudar muito, tem vezes que apenas falar sobre o problema já nos alivia um pouco... e talvez esse seja o seu caso agora.

Apoio as mãos novamente sobre a pia e respiro fundo. Já não sabia se estava falando dela ou de mim.

— Mas tudo bem se esse não é o seu caso no momento, ok? Eu já vou indo, então...

— Espere — ouço uma voz num idioma familiar assim que toco a maçaneta da porta e paro.

Ouço a cabine ser destrancada e quando a garota aparece no meu campo visual, confirmo quem era: Yang Heesun. Ela afasta o cabelo do rosto e não parece surpresa ao me ver.

— Obrigada por dizer tudo aquilo — ela seca mais umas lágrimas com papel higiênico.

— Tudo o que eu disse é verdade — sorrio levemente pra ela. — Se precisar de uma ouvinte ou de um ombro amigo, eu ainda estou aqui, ok?

— Eu acho que... preciso — seus lábios tremem e ela baixa a cabeça tentando não chorar novamente.

Me aproximo e a abraço, e logo sinto mais lágrimas molharem meu ombro. Sinto vontade de chorar junto também, mas decido fazer o que era certo e guardar a minha dor no bolso, pois naquele momento, a dela precisava mais de mim.


Notas Finais


Olá, amoras!
Capítulo tristonho... mas vamos torcer pras coisas melhorarem logo pra nossa Minji e pra sua nova amiga, Sun. 😢
Por falar em Sun, o q será q está acontecendo com ela agora? Será problemas com o Kookie? Com a empresa? Com a família? 😟
Deixo esses questionamentos aí no ar pra vcs... beijinhos e até o próximo capítulo. 😙


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