1. Spirit Fanfics >
  2. Fly — Aprendendo a Amar >
  3. Família

História Fly — Aprendendo a Amar - Família


Escrita por: ShinEunri

Capítulo 14 - Família


Fanfic / Fanfiction Fly — Aprendendo a Amar - Família

Volto ao quarto do hospital, trazendo café e vejo Jackson sentado numa cadeira perto da cabeceira da cama, rindo com o meu pai. Paro na porta um pouco, antes de entrar, aquela era uma bela visão que eu gostaria de guardar pra sempre com cada detalhe na minha memória.

— Aí, ela simplesmente pulou em cima de mim! — Jackson diz e meu pai solta uma gargalhada fraca. — E eu não estou exagerando... ela realmente pulou em mim e nós saímos rolando e lutando pelos peperos! Fiquei com dor nas costas por duas semanas...

Meu pai ri novamente e eu acabo rindo também, mesmo sabendo que eles estavam falando de mim.

— Minha Minji adora isso desde criança — meu pai diz sorrindo.

— Com todo respeito, sr. Ryu... mas sua filha é louca — Jackson diz rindo e o meu pai se junta a ele.

— Ei... — Digo, me aproximando deles. — Então, é só eu virar as costas que os dois começam a falar mal de mim, não é?

Encaro os dois.

— Só estamos falando a verdade — Jackson diz pigarreando.

— Uhum — empurro o copo de café no ombro dele e ele o pega.

— Está vendo, sr. Ryu... é assim que sua filha me trata — ele reclama inclinando a cabeça pra mim. — E essa é a forma carinhosa dela... fora daqui ela é muito pior.

— Que mentira... eu te trato da forma que você merece! — Digo e bebo o meu café.

— Sim, claro... você é um anjo — ele sorri pra mim falsamente e depois se vira para o meu pai e faz um sinal negativo, achando que eu não vi, mas a risada do meu pai o denuncia.

Sento no pequeno sofá-cama ali perto, o ignorando e tomando o meu café. Então, a porta se abre e minha mãe surge apressada.

— Omma! — Digo, colocando a xícara ao lado e indo até ela.

— Filha! — Ela me abraça emocionada. — Vai dar tudo certo, ok? Seja forte — ela me olha nos olhos.

— Eu estou sendo — balanço a cabeça e sorrio leve.

Ela vai até meu pai e eu a acompanho.

— Omma, esse é Wang Jackson... hum — digo pensando no que dizer. — Um amigo...

Jackson se levanta me lançando um olhar provocativo com aquela sobrancelha arqueada e eu firmo a cabeça devolvendo o olhar.

— Prazer, eu sou a Ong Yoora — minha mãe diz o cumprimentando.

— Prazer em conhecê-la, sra. Ong — ele diz sorrindo e se curvando.

Minha mãe se volta para o meu pai e segura a mão dele.

— Olá de novo, Jungahn — ela diz sorrindo. — Vim o mais rápido que pude... e fico feliz em te ver de novo.

— Olá, querida — meu pai sorri para ela de forma doce. — Também fico feliz em te ver de novo.

Jackson puxa a cadeira pra minha mãe e ela se senta agradecendo.

— Como você se sente? — Ela pergunta pro meu pai.

— Melhor do que eu esperava — ele sorri e tosse mais um pouco.

— Você não perde esse seu jeito de ver as coisas, Jungahn — minha mãe sorri, mas vejo as lágrimas quase escorrendo dos seus olhos.

Decido deixá-los à sóis por um tempo.

— Omma, nós vamos comer alguma coisa... quer algo? — Pergunto.

— Não, obrigada... estou sem fome agora, querida — ela sorri pra mim e logo se volta para o meu pai novamente.

— Ok, vou trazer só um chá pra senhora então — digo fazendo sinal para o Jackson.

— Tudo bem, querida — ela diz.

E eu puxo Jackson pra fora do quarto e fecho a porta. Ele me observa e eu cruzo os braços.

— Então, vamos comer — ele diz indo em direção ao elevador.

— Pode ser... — Digo o acompanhando.

Chegamos à uma lanchonete ali perto e pedimos a comida.

— Obrigada por... por ficar comigo nesse momento... — Digo, revirando minhas mãos, sem jeito.

Você... me agradecendo? — Ele pergunta. — Espere, deixa eu filmar isso...

Rio e solto as mãos na mesa, revirando os olhos.

— É sério! Pare de brincar... — Digo tentando ficar séria.

— Desculpe — ele ri também. — Eu só estava tentando deixar isso mais fácil pra você... eu só posso imaginar o que você está sentindo agora, porque eu nunca passei por isso... mas, sei que é muito difícil e eu não queria que você passasse por isso sozinha. A verdade é que... não posso fazer nada pra evitar essa situação e eu fico triste por não poder ajudar.

— Eu sei... mas você tem feito muito. E eu realmente agradeço e aprecio sua companhia agora — sorrio e seguro uma das mãos dele, o olhando nos olhos. — Obrigada... sem você ao meu lado, eu não conseguiria.

Ele assente e sorri pra mim. Então, nossos pratos chegam e são colocados sobre a mesa, e nós nos preparamos para comer segurando os jeotgaraks em silêncio.

— Sabe, sobre a festa de sábado... — ele inicia revirando seu jeotgarak nas mãos.

— Não precisa dizer... — o interrompo de cabeça baixa comendo uma porção de carne do meu tangauyuk.

— Mas, eu preciso falar... — Ele continua e eu assinto e volto os olhos pra ele. — Eu... eu tenho pensado muito sobre a festa de sábado... e eu te devo desculpas. Eu não deveria ter me metido na sua vida, eu não tenho esse direito... eu fui um idiota, como sempre... eu tenho sido um idiota desde que nos conhecemos. Me desculpe.

— Espera... Jackson Wang me pedindo desculpas? — Pergunto rindo. — Agora eu que preciso registrar esse momento!

— Precisa mesmo, porque é novidade pra mim também — ele ri.

— Acho que todas as garotas que conheceram você merecem ver isso... — Pego uma porção do meu jajangmyeon e ele faz o mesmo.

— Não foram tantas assim... — Dá de ombros e come.

— É melhor você escolher outra fala do seu repertório porque eu não caio nessa... — Digo de sobrancelha arqueada.

— Eu tenho que seguir um contrato, esqueceu? — Ele revira os olhos.

— Ok... e quando você era trainee? — Pergunto. — E não me faça acreditar que você se preocupa com contratos, depois de... — Me interrompo, sentindo um rubor subir no meu rosto, que infelizmente é notado por ele.

Depois de...? — Ele sorri maliciosamente.

Você sabe... — Encaro o meu tangauyuk novamente e encho a boca de carne.

— Pode não parecer, mas eu me preocupo sim com contratos — ele diz após tomar um pouco de água. — O meu trabalho é muito importante pra mim e para o meu futuro... eu não arriscaria isso por qualquer coisa ou pessoa.

Volta a comer e eu é que sinto a garganta secar totalmente ao ouvir aquela indireta, viro um pouco de água na boca rapidamente mas acabo me engasgando de nervoso.

— Eu estou bem — digo com um gesto de mão pra ele, que parou para me observar, preocupado. — Foi só... água.

Ele volta a comer e eu também, ficamos em silêncio por um momento.

— Não que eu tenha acreditado realmente em toda essa sua conversa ensaiada... mas, eu te desculpo por ser um idiota — digo de cabeça baixa, revirando mais uma porção de macarrão, mas levanto a cabeça a tempo de vê-lo sorrindo.

Quando voltamos com o chá da minha mãe, ela estava conversando com o médico na porta do quarto e eu logo me preocupo e me aproximo rapidamente.

— Aconteceu alguma coisa? — Pergunto. — Meu appa está bem?

— Sim, sim, querida... — Minha mãe diz segurando meus ombros por um instante. — Ele está descansando apenas.

— Encontraram um doador? — Pergunto pro médico.

— Infelizmente não e há ainda 12 pacientes na frente dele — ele diz. — Seu pai precisa de um doador urgentemente, ele tem pouquíssimo tempo... eu sinto muito.

Minha mãe me abraça, mas eu não queria mais chorar, eu precisava ser forte.

— Tudo bem... nos mantenha informadas caso haja novidades, por favor — digo e o médico assente e vai embora.

Entro com a minha mãe e Jackson no quarto e vemos o meu pai dormindo. Entrego o chá pra minha mãe antes dela se sentar na cadeira e bem no instante em que a porta do quarto se abre por uma enfermeira e vejo Jaebum, Youngjae, Jinyoung, Mark, Bambam e Yugyeom entrarem, vou automaticamente até eles e abraço Youngjae.

— Vocês vieram! — Digo emocionada.

— Não podíamos deixar de vir — Jaebum diz e eu o abraço em seguida.

— Obrigada a todos — digo, já abraçando Jinyoung.

— Não precisa agradecer — ele diz.

— Sim, é o mínimo que podemos fazer — Mark diz, quando eu o abraço.

— Appa Yang também veio — Bambam diz me abraçando.

— Minha rainha... — Yugyeom diz me abraçando também. — E aí, como você está?

— Sendo forte, gigante — mexo no cabelo dele e ele sorri de lado.

— Sr. Yang! — O abraço assim que o vejo entrar enquanto Jackson falava com seus irmãos também. — Obrigada por vir.

— Não me agradeça — ele diz ao nos afastarmos e me mostra um buquê de rosas brancas. — Trouxemos flores para o seu pai.

— Obrigada, são lindas — digo pegando as flores e indo para a cômoda, onde as coloco em um copo com um pouco de água que minha mãe não tinha terminado de beber.

— Omma, esses são os meus amigos do trabalho e... — Faço um gesto na direção do sr. Yang. — Esse é o meu superior, o sr. Yang Kwan... ele têm me ensinado muito no trabalho.

— Muito prazer — o sr. Yang diz a cumprimentando.

— Ong Yoora, prazer — minha mãe diz.

— Sua filha é ótima, aprende rápido e é muito competente... deve se orgulhar dela — o sr. Yang diz.

— Eu me orgulho — minha mãe sorri pra mim.

— Vocês não podem ficar todos aqui por muito tempo — a enfermeira diz.

— Ok, já vamos sair — o sr. Yang diz.

A enfermeira assente e sai. Yugyeom coloca um braço ao redor do meu ombro e eu me encosto um pouco nele.

— Vai ficar tudo bem — ele diz e eu assinto.

Então, meu pai abre os olhos e vê todos nós reunidos ali.

— Quantas pessoas — ele sorri sonolento. — Eu já estou no céu?

Sorrimos, mesmo naquele momento difícil, meu pai se preocupava em nos fazer rir.

— Não, querido — minha mãe diz com um sorriso leve ainda. — Esses são os colegas de trabalho da nossa filha que vieram te ver...

— Ah, sim... — Ele diz, surpreso.

— Appa, esse é o meu superior que eu te falei — digo me aproximando e indicando o sr. Yang.

— Yang Kwan, certo? — Meu pai pergunta. — Muito prazer.

— Prazer em conhecê-lo — o sr. Yang diz o cumprimentando.

— Minha Minji falou muito sobre você, ela o respeita muito — meu pai diz.

— Fico muito feliz por saber — o sr. Yang me lança um sorriso. — Eu estava agora mesmo falando sobre o quanto a sua filha é competente no trabalho... é realmente um prazer tê-la na nossa equipe.

— Ela é uma garota incrível mesmo — meu pai diz emocionado, olhando pra mim. — Eu tenho muito orgulho dela.

Sinto meus olhos lacrimejarem e vejo que todos estão emocionados também; Youngjae olha pra mim e segura a minha mão, dou um meio sorriso pra ele e Jackson coloca um dos braços ao meu redor e eu acabo deitando a cabeça no ombro dele, com Yugyeom afagando minhas costas. E, por um momento, ali naquele quarto, me sinto completa... com toda a minha família. E também nesse mesmo momento, percebo que não havia nada no mundo que eu não pudesse superar, desde que eles estivessem comigo.


Notas Finais


Oi, amorinhas lindas do meu kokoro azul! 💙
Como o prometido, acabei de finalizar esse capítulo e aq está ele, espero que gostem e continuem acompanhando porque está MUITO perto de um grande acontecimento tão esperado acontecer realmente... já até o escrevi, num surto de inspiração ontem hsuhsus 😏👀.
Até a próxima! Vou tentar publicar dois capítulos essa semana (um na quarta e outro no sábado), como presentinho de natal e ano novo pra vcs 😍
Beijinhos no kori 😙


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...