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História Fly — Aprendendo a Amar - Primeiras Impressões


Escrita por: ShinEunri

Capítulo 3 - Primeiras Impressões


Fanfic / Fanfiction Fly — Aprendendo a Amar - Primeiras Impressões

Enquanto me arrumava para o trabalho, lembro do dia anterior, do Jackson falando mal dos meus braços... Quem ele pensava que era, afinal? Idiota. Primeiro dia e eu já tinha tomado antipatia. Visto minha roupa e ajeito o cabelo, cortar foi a melhor escolha que eu fiz na vida, me dava mais tempo de sono.

O dia anterior não tinha sido ruim apesar da parte onde o Jackson e eu fomos comprar comida. Eu o ignorei o caminho todo enquanto ele tentava chamar a atenção. E pior do que me chamar de fraca, foi ele querendo carregar tudo sozinho pra se amostrar... quase o agredi pra conseguir pegar alguns dos almoços pra levar também. Pena que só consegui pegar dois e sair andando na frente, com raiva.

Ai, pensar nisso me irritava ainda mais. Passo meu batom, pego minha bolsa e saio. Decido comprar café pra mim e chá para o Sr. Yang antes de chegar à JYP, ele parecia ser do tipo que preferia chá e ele tinha sido tão simpático e atencioso comigo no dia anterior que eu queria agradecer de alguma forma.

Quando entro no elevador e a porta estava prestes a se fechar, ouço alguém gritar para segurar o elevador e eu coloco o pé na entrada dele no mesmo instante, fazendo-o se abrir novamente. Mas, quando vejo quem estava se aproximando, minha cara fecha e eu acabo apertando meu copo de papel no meio, já quase vazio.

— Bom dia, senhorita! — Jackson diz com um sorriso, entrando e apertando um dos botões que indicam os andares.

— Não me chame de senhorita — digo entre os dentes, dando um sorriso de simpatia descaradamente forçada pra ele.

Ele franze as sobrancelhas pra mim e eu me viro para o espelho, limpo uma pequena borra de batom feita pelo copo de café e vejo o reflexo dele me observar.

— Eu vou te chamar do que, então? — Ele pergunta virando seu boné pra frente e o ajeitando voltado para o espelho do elevador.

— De nada. De Ryu, apenas — digo secamente e o elevador se abre, graças à GDeus.

Saio e, para o meu azar, ele me segue.

— Ah, mas assim não tem graça! — Ele anda ao meu lado. — Todos na equipe têm apelidos, agora que você é uma de nós, precisa de um também...

— Esquece — entro na sala onde vejo o Sr. Yang pelo vidro e tenho o prazer de fechar a porta na cara de Jackson e sorrir enquanto dou um tchauzinho pra ele.

Ele bufa e segue sua vida. Me viro e vejo o Sr. Yang no computador.

— Bom dia, Ryu! — Ele diz sem levantar a cabeça.

— Bom dia — digo sorrindo e coloco o copo de chá na mesa dele. — Gosta de chá?

Ele olha para o copo e vê o sabor.

— Desse eu gosto — sorri de forma simpática. — Obrigado.

Sorrio satisfeita. Sr. Yang parecia ser do tipo de pessoa que era tão legal que mesmo que não gostasse muito de receber algo, provavelmente mentiria pra não chatear quem lhe presenteou. Ele toma um gole do chá e franze um pouco as sobrancelhas. Viu? Eu estava certa sobre ele... Pigarreio com a mão na boca para disfarçar o riso e jogo meu copo vazio na lixeira.

— Então, por agora, eu estou montando a grade de compromissos dos garotos com programas de TV, eventos e shows pós comeback — ele diz. — Temos apenas um mês até lá e já temos muitos convites, então devo formar uma agenda adequada com isso para ser aprovada. É apenas questão de organização, pode me acompanhar para saber como fazer isso.

Ele aponta uma cadeira ao seu lado e eu a puxo para me sentar e observar. Eram vários os convites realmente, mas notei que o Sr. Yang se preocupava em deixar um intervalo entre os dias quando era possível escolher a data das entrevistas, apresentações e esse tipo de coisa. Percebi também que dias mais puxados, que exigiam mais esforço, como as apresentações, sempre eram seguidos de algo mais leve, como entrevistas e participações em programas de TV... o que deduzi ser uma forma de poupar os garotos.

Não sei como ele conseguia fazer isso, mas esperava poder fazer o mesmo com tanta perfeição um dia; ver o Sr. Yang sendo tão cuidadoso e preocupado com esses detalhes, me fez entender porque os garotos o chamavam de "appa".

— O que acontece com os dias que há dois compromissos no mesmo horário? — Pergunto.

— Aí, temos que escolher o convite que for mais relevante para priorizar e ligar para o outro, menos relevante, informando que há um conflito entre agendas — ele explica. — E se eles manifestarem interesse em mudar a data, nós aceitamos se esta for viável. Mas nesse tipo de coisa, temos que ter um certo "jogo de cintura" como dizem no Brasil... — Ele ri quando me vê franzir as sobrancelhas. — Ás vezes é necessário ligar para as duas partes e ver se uma está mais flexível que a outra para mudar a data ou não, mas se ambas forem inflexíveis, a gente cancela um dos compromissos como último recurso.

— Entendi — digo e continuo observando. — O senhor conhece o Brasil? Pela expressão que usou...

— Sim, sim — ele sorri. — Eu vivi lá durante a infância, apesar dos meus pais serem coreanos... eles se mudaram pra lá quando eu era pequeno e só voltamos pra Coréia quando eu já era um adulto.

— Que legal! Eu tenho parentes lá também — digo feliz. — Eu morei lá por três anos com a minha mãe. Ela adora o país e decidiu se mudar quando se separou do meu pai, mas eu quis voltar pra cá sozinha por causa da faculdade e pra tentar resolver minha vida...

— É engraçado como gente que já viveu no Brasil se reconhece, a gente passa a ter um ímã — O Sr. Yang ri. — E brasileiros estão por toda a parte!

— Verdade! — Digo rindo. — Eu adoro as expressões deles, adotei todas e hoje não consigo não usá-las.

— Eu notei — rimos.

E o Sr. Yang volta a focar no trabalho.

— Olha, um conflito bem aqui... — Ele aponta para as duas datas na planilha e sorri pra mim. — Agora você vai poder me ver em ação realmente, resolvendo isso.

Sorrio também e ele pega o telefone para ligar e remarcar a data mais irrelevante como tinha explicado pouco antes.

 

Após o almoço, o Sr. Yang disse pra eu ir acompanhar os garotos no dance practice pra ver se eles estavam precisando de algo. Quase saí gritando e correndo feito uma louca pelo corredor por saber que eu ia ficar tão perto do Jaebum assim! Ver ele dançar, ver ele suar... seria meu sonho? Será que ele estranharia se eu me oferecesse pra secar o suor dele com a língua?

Rio pra mim mesma enquanto ia para a sala de treino. Vejo eles dançando através do vidro da porta e me escondo ao lado da porta para me ajeitar um pouco. Me olho no espelho, retoco o batom e passo os dedos no cabelo, me amando. Amor próprio é tudo, né nom?

Volto a encarar a porta e respiro fundo antes de entrar. Entro e vejo que eles estavam dançando uma música que eu não conhecia, que obviamente era do álbum novo e eu estava tendo a poolta sorte de conhecer em primeira mão! Mano, eu tinha o melhor emprego do mundo, NAMORAL. Observo eles terminarem, encostada na parede e focando minha atenção inteira no meu mozão. Cada movimento seu era um tiro no rim.

— Pode fechar a boca agora, Jiji — Jackson diz quando eles terminam e os outros riem. Eu estava de boca aberta?! HOLLY SHIT.

Fecho a boca imediatamente, constrangida.

— Meu nome não é "Jiji" — digo com aspas.

Jackson apenas se joga no chão com os outros, me ignorando.

— Não ligue para o Jack, ele adora criar apelidos... — Jaebum diz sorrindo.

Me derreto com aquele sorriso.

— Ei, você podia trazer uma água pra gente, Jiji — Jackson diz, interrompendo o MEU MOMENTO COM O BIAS.

Minha vez de o ignorar.

— Vocês estão com sede? — Pergunto mais pro Jaebum.

— Claro! — Jackson diz.

— Eu estou! — Yugyeom diz deitado no chão.

— Eu também! — Bambam, Jinyoung e Mark dizem quase ao mesmo tempo.

— E eu! — Youngjae diz.

— Estamos — Jaebum diz com um meio sorriso. — Se puder nos fazer o favor...

— Claro! — Digo sorrindo e me afasto estilo moonwalker para não perder a oportunidade de apreciar cada segundo do rosto e corpo do Jaebum. E que corpo, minha amiga, com aquela regata descida do céu... QUE CORPO.

Vou até a copa agradecendo mentalmente aos criadores das regatas e shorts e pego as garrafas de água. Quatro, cinco, seis garrafas... resmungo para mim mesma o fato do Jackson ser tão idiota e decido me vingar levemente. E volto sorrindo, carregada de garrafinhas.

Entro na sala e os vejo plantando bananeira. Bem, quem estava fazendo isso era o Yugyeom, o Bambam e o Junior, um por vez aparentemente disputando quem ficava mais tempo de cabeça pra baixo. O Jackson estava fazendo flexões — EXIBIDO — e o Mark fazia peso se sentando nas costas dele, enquanto Jaebum e Youngjae eram os mais normais, sentados de pernas cruzadas conversando.

— Voltei! — Digo chamando a atenção deles e me aproximando. — Aqui está uma pra você, outra pra você... uma pra você, você e você... — Vou distribuindo uma garrafa para cada um e eles vão agradecendo, começando por Jaebum e Youngjae e, terminando em Mark. — E, por último... uma pra você.

Jackson se senta e me encara.

— Espera, mas e eu? — Pergunta quando me vê cruzar os braços. — Esqueceu da minha? Eu também pedi.

— Ah, me desculpe... — Coloco as mãos nos joelhos pra ficar à altura dele e faço uma expressão pseudotriste como se estivesse dando uma notícia ruim para uma criança — Eu até tentei trazer as sete garrafas, mas isso foi peso demais para os meus pobres braços femininos e fracos aguentarem... eu sinto muito por isso.

— Wooow — Bambam, Junior e Yugyeom riem, mas colocam as mãos na boca quando Jackson lhes lança um olhar fulminante.

— Você mereceu isso — ouço Youngjae dizer enquanto volto à minha posição encostada à parede e cruzo os braços para observar e absorver a treta criada.

Jackson me encara de olhos semicerrados e eu sorrio pra ele com ar vitorioso.

— Pode beber um pouco da minha água, se quiser — Mark oferece metade da sua água a ele.

— Obrigado, hyung — ele diz e bebe a água ainda me encarando com olhar ameaçador, mas para o seu azar, eu não era do tipo que se intimida facilmente, então sustento o olhar dele.

Mas, aí ele termina de beber a água e sorri pra mim limpando os lábios com as costas da mão. Pera... o que ele estava querendo dizer com aquele sorrisinho estúpido? Aquilo era um aviso? Era mais que uma ameaça? Era mais uma paranoia da minha cabeça? Jackson Wang, você está fazendo o que? UM JOGO COMIGO, GAROTO?

Ah, seja o que for, eu não estava disposta a perder. Muito menos pra ele.


Notas Finais


Oi, dongsaengs do meu heart! *-*
Mais um capítulo fresquinho! Quem gostou, favorite e adicione na biblioteca para não perder os próximos que virão por aí. Como eu disse, não vou conseguir postar um capítulo por dia como costumo fazer, mas vocês terão pelo menos um capítulo por semana, todo o sábado por volta desse mesmo horário, ok? Tenham paciência com essa unnie cansada e cheia de problemas na vida kk E claro, quando possível, eu posto mais de um capítulo por semana sim, mas vai depender da vida...
Enfim, beijinhos! Unnie ama vcs! <3


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