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História Fly over me - Bird migration


Escrita por: Akhenaton

Capítulo 2 - Bird migration


Fanfic / Fanfiction Fly over me - Bird migration

Overwatch Hospital - Swiss, 15.07.1970:

    A Overwatch não estava em um bom momento, baixas estavam ocorrendo, algo estava ocorrendo nas batalhas pelo mundo e Angela não estava sendo informada totalmente, mas havia uma organização oculta realizando sabotagem, inclusive internamente.

    O homem salvo quando ela ingressou na Overwatch, Genji Shimada tinha partido recentemente, não poderia retribuir os sentimentos que este lhe direcionava, fazendo-o sair da Overwatch em busca de autoconhecimento, meses atrás:

    - Desculpe Genji, mas não posso... - ele ainda era humano, mas definitivamente não seria capaz de suprir o que Angela precisava, e angela, nao parecia se mostrar livre para esse tipo de coisas, afinal, sempre colocará o trabalho acima de tudo.

    - Eu…  Eu entendo, doutora. - Disse firmemente, sabia que havia acabado de ser rejeitado, mas talvez o que ele pedira, havia sido demais. Saiu sem retornar, soube depois que Zenyatta estava guiando-o nessa fase de transição. Não o viu mais desde então.

    

    E agora, sua amiga Ana também tinha sido dada como morta em campo em uma missão fracassada. O inimigo armou uma emboscada. Sua filha foi informada mas não retornou o contato.

    - Como ela deve estar? -Murmurou Angela enquanto segurava as folhas de sua medicina, não a via desde aquele primeiro encontro, passaram anos, era uma criança inocente, provavelmente não a reconheceria mais. Sua mãe falava muito dela, mas havia algum problema entre elas qual ninguem sabia. Fareeha nunca veio até a Suíça, entrou para o exército contra a vontade de Ana, e provavelmente entraria para a Overwatch em breve, segundo ela, queria seguir os passos da sua mãe e fazer deste um mundo melhor.

    Seu dispositivo apitou, era a secretária informando sobre documentos, sua agenda e sobre uma visita. Seu escritório era imenso e espaçoso, e era comum receber bastantes pessoas, mas no entanto, ultimamente estava sendo raro.

    - Peça para entrar por favor - deu a ordem.

    Diferentemente do combinado, ou como foi combinado, Angela Ziegler era responsável apenas por uma seção da área de pesquisa médica, especificamente a seção de implantes e próteses. Demorou todos esses anos para conseguir assumir o comando-geral graças à sua competência e eficiência.

    - Bom dia major Ziegler - entrou a visitante e prestando continência. Apesar de ser médica, precisou entrar com patente de tenente na Overwatch, uma organização militar, subindo de acordo com sua ascensão ao posto de major. Era uma mulher alta, de pele bronzeada, cabelos negros e longos, mas o que mais chamou a atenção de angela, fora o uniforme militar da mulher.

    - Bom dia, se sente por favor.. Devo saber seu nome? O que a traz por aqui?  - perguntou sem preocupação - é militar também? - observando as vestimentas sóbrias que vestia.

    - Sou a tenente Fareeha Amari, major. Filha da capitã Amari, já nos conhecemos antes - disse sem se alterar. Aquela era a Fareeha?

    Angela não conseguia se conter, era uma surpresa inesperada. Ela tinha crescido muito, estava alta e muito bonita, assim como Ana. Quantos anos ela estava agora? Não conseguia se lembrar, uns vinte e cinco talvez.

    - Fareeha? Nossa. Sinto por sua mãe… - um turbilhão de emoções, sentia pela perda.

    Ana apesar de sua posição, era uma pessoa muito amigável e amável, aconselhava em certas decisões importantes das quais não tinha conhecimento ou não sabia lidar corretamente dentro da Overwatch.

    - Está tudo bem. Não foi possível vir antes, estava inacessível… - seu olhar vacilou por um momento, mas manteve o rosto erguido - ...vim quando foi possível. Não localizaram o corpo?

    Ela estava chateada, tinha entrado em um programa secreto do governo egípcio de codinome Raptora, sua participação era de extrema importância diante da nova tecnologia em desenvolvimento, e uma ameaça estava se estruturando em seu país, intensificando seu treinamento. A morte de sua mãe, com quem estava sem se falar a alguns meses, parte em culpa de sua teimosia, deixou ainda mais difícil a situação.

    - Não foi localizado, faria de tudo para recuperá-la… - lamentou Angela - ...mas a zona estava extremamente turbulenta, talvez ela ainda esteja… viva. - esperava. Trazer de volta a vida era mais fácil do que encontrar Ana, infelizmente.

    - Vamos aguardar… e a viagem foi longa, Fareeha, você ainda não veio até aqui não é mesmo? Dessa vez, eu posso te mostrar as instalações se desejar - levantando da cadeira e estendendo a mão para ela.

    Fareeha enrubesceu com aquele gesto. A carreira militar intensa a tinha endurecido e a sutileza de Angela era notável, ela era ainda tão bonita quanto antes, era um encontro agradável. Sentia internamente, sua mãe ainda estava viva, por isso veio, iria ajudar a encontrá-la. Não estava de luto, estava pronta para lutar. Seu coração batia mais forte.

    - Obrigada pelo convite, mas já me indicaram o local, na ala F, no lado oposto - levantando-se e segurando com as duas mãos a mão estendida de Angela - , não desejo incomodá-la, sei que possui outros deveres no momento - curvando-se e prestando continência em seguida.

    - Não seria um incômodo, Fareeha. E vou providenciar as acomodações de sua mãe na ala A, são maiores e melhores. Muito obrigada por vir! Conversaremos melhor mais tarde.

    Angela ficou levemente chateada, o dia seria um tédio e amanhã estava previsto uma reunião geral no quartel-general.

    Fareeha agradeceu e se retirou.

    - Passarei o resto da tarde ausente, Mélissa, obrigada.

    Informou a secretaria, dispensando à si mesma, saindo de seu escritório e indo para o seu quarto, abrindo a porta e se jogando na cama.

    Estava tudo muito estranho, as missões estavam paralisadas, o centro médico em estado de espera, algo grande aconteceria a partir de amanhã após a reunião. Jack e Gabriel andaram se estranhando ultimamente, e o programa de super soldado enfrentava algumas resistências. E agora Fareeha não saía de sua cabeça.

    - Aaaaaaaaaaaaahhhhhhh… - tentava libertar a tensão abafada no travesseiro.

    Era comum relacionamentos acontecerem no trabalho, não fazia diferenciação, bastava ser interessante, mas o trabalho tinha se intensificado, missões de campo surgiam e não restavam muitas pessoas interessantes para sair. Mas Fareeha foi um sopro incrível de frescor, mesmo ela não usando perfume. E seu coração acelerava.

    Já perdera muito tempo com aquela asiática. E já fazia semanas. Foi pro banho, quente e demorado.

 

    Fareeha assim que chegou em seu quarto, um sargento a aguardava em sua porta prestando continência.

- Bom dia, Senhor. Tenente Amari, a Major Ziegler solicitou que eu a encaminhasse para o seu novo alojamento. Por favor, me acompanhe.

Mas eu ainda nem cheguei aqui direito, pensou Fareeha.

- Descansar, ok, vamos - ele estava apenas obedecendo ordens, não adiantaria argumentar e seguiu o sargento.

Caminharam por vários e longos corredores, foi observando as placas, chegaram então na ala A.

Angela foi mais rápida do que ela imaginava, estava indo para o alojamento de sua mãe. Estava ficando tensa, não sabia o que poderia encontrar lá, coisas de sua mãe, sentia sua falta e ainda a aguardava. Caminharam mais um pouco e chegaram na frente de um alojamento. Estava escrito “Ziegler, Angela”. Ficou sem entender.

- Esse alojamento está vazio no momento, tenente, a major Ziegler ocupa outro maior - apontava para o final do corredor - aquele. Espero que esteja de acordo. Peço permissão para me retirar.

- Concedido. Obrigada - dispensou.

Entrou no alojamento, totalmente vazio, apenas com a cama, armários, mesa e outros equipamentos. Depositou sua mala pesada sobre a mesa, outras bagagens já estavam ali. Eram de fato eficientes. Trancou a porta, retirou suas roupas e foi para o banho.

Comandante Morrinson deu algumas ordens à ela, algumas a preparavam para integrá-la em sua equipe, o planejamento era para daqui alguns meses, o desaparecimento de sua mãe atrapalhou um pouco os seus planos, assim como a intensificação de atividades hostis contra a Overwatch. Não era o melhor momento, mas queria ajudar e talvez assim ficaria mais próxima de sua mãe.

Saiu do banho e foi para cama descansar um pouco, era uma viagem curta mas não menos cansativa, acabou adormecendo.



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