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História Fofão ride to hell - Bem vindos a minha Gulag


Escrita por: 1k8

Capítulo 3 - Bem vindos a minha Gulag


Fanfic / Fanfiction Fofão ride to hell - Bem vindos a minha Gulag

Fofão nunca foi uma pessoa muito apegada à ideologias políticas. Mas estava disposto a falar qualquer coisa pelo seu objetivo, foi com esse pensamento que ele foi para a Sibéria enquanto pensava o quanto aquilo era uma má ideia.

Ele se odiava por ir até o aeroporto, de entrar dentro do aeroporto, de entrar avião, de se sentar na poltrona, depois, de levar da poltrona, de sair do aeroporto, de não voltar, de pegar um carro “emprestado” e estar indo aonde ele estava encontrar quem ele estava indo encontrar. Tudo isso e muito mais não teria problema, mas, o fator que mudou tudo isso foi quem.

Depois de várias horas de viagem ele chega em um Bar minúsculo, no meio do nada. Ele entra abrindo a porta normalmente, lutando contra seu abito de entrar atirando ou chutando a porta, e se senta num banco no balcão. O bar tem um altar com velas acesas e uma foto de Putin e duas garrafas de vodka . Ele também está desértico tem apenas três pessoas e o barman, uma está dormindo e as outras duas estão discutindo algo sobre rush B. Já o barman está na frente de Fofão lendo um jornal, o que irrita Fofão, muito.

– Ei! – Diz dando um murro no balcão.

– Que foi? – disse o barman sem se dar o trabalho de levantar a cabeça.

– Eu estou procurando um guia para me levar à Gulag. – o barman finalmente olhou para ele, assustado. – Ouvi dizer que ia encontrar um aqui.

– Você sabe o que você tá pedindo?

– Quer a grana ou não? – disse tirando uma barra de ouro embrulhada em noras de US$100, 00 do bolso e a batendo no balcão. Os dois homens que estavam conversando olharam bem assustados na direção dele se levantaram e foram embora.

– Você sabe o que você está fazendo? – Fofão acenou com a cabeça fazendo que sim. Assim que ele fez isso o barman pegou uma garrafa e tacou na cabeça do homem que estava dormindo, o que não fez ele esboçar muita reação. – Levanta Ivan! Tem um maluco querendo ir lá Gulag.

– Mentira.

– Eu tô falando.

O homem se levantou bem tonto, com certeza bêbado, saiu cambaleando pelo bar até chegar perto o suficiente para se apoiar no balcão. Assim que fez isso levantou a cabeça e olhou para Fofão.

– Ele quer ir na Gulag?

– Sim.

– Ei você falou que quer ir na Gulag? – disse apontando, ou melhor dizendo tentando apontar, para Fofão.

– Sim. – respondeu já um pouco impaciente.

– E você está pagando para ir na Gulag.

–Sim.

– Porque?

– O que interessa é isso. – disse apontando para o dinheiro.

– Vamos então.

O homem nem esperou ficar sóbrio e já estava saindo do bar, Fofão não sabia se era uma boa ideia mas o seguiu. Eles caminharam durante horas sem trocar uma palavra. O clima estava violento, muita neve e muito vento, mas nem por causa disso Ivan parou.

– Ei posso fazer uma pergunta? – disse Fofão depois de muito tempo em silêncio.

– Pode.

– Eu não estou tentando negociar nem mudar o preço, mas porque é tão caro para encontrar um guia pra levar a essa Gulag.

– Primeiro: quase ninguém sabe como chegar lá. Segundo: não tem caminhos, ruas, trilhas, ponte aérea, teleférico, teletransporte ou qualquer coisa que leva para lá se não esse caminho perigoso. Terceiro: ninguém é louco para chegar perto lá além de mim e muito menos para entrar. Isso até agora.

– Parece que isso vai mudar.

– Você é louco.

– Me fala um pouco do lugar.

– Você nem sabe no que tá se metendo?

– Eu tenho uma ideia. Mas queria ouvir de você.

– Eu moro numa vila perto daqui. Um dia um cara com uma camisa super velha e uma barba gigantesca apareceu lá e disse que fugiu de uma Gulag. Ninguém acreditou nele e ele foi parar num hospício. Isso teria acabado ai, mas minha vida e a dos meus amigos era muito chata e uma noite que agente tava muito bêbado nós fomos na direção que o maluco falou e continuamos indo por horas não sei porque. Depois de muito tempo nós chegamos em uma Gulag. Foi uma loucura agente ficou pensando o que aquele cara estava lá. Nesse momento nós ouvimos alguém gritar bem alto “O comunismo vai prevalecer.” – e então o homem parou de falar.

– E... – disse Fofão.

– Como assim?

– E depois?

– Uai. Depois a gente voltou correndo.

– Como assim? Que história lixo! Nenhum de seus amigos virou um escravo na Gulag? Ou todos vocês aí vocês fugiram. Você nem viu quem estava lá dentro?

– Ver não vi. Mas aquela voz. Todo russo sabe de quem é àquela voz.

– Então eu estou pagando uma barra de ouro embrulhada em notas de 100 para um guia que nem entrou no lugar?

– O preço era uma zoeira. Nunca pensei que alguém ia pagar. Você provavelmente é o primeiro e o último. – depois disso os dois ficaram em silêncio por um tempo até que Ivan falou:– Chegamos. – disse apontando para bem longe.

O lugar parecia uma fábrica abandonada. Era tão gelado quanto o coração de Fofão, era mais desértico que espaço e dava a impressão de ser mais perigoso que qualquer coisa que existiu ou existirá. Tinha uma estrela vermelha gigante no portão da frente e em todos os prédios.

– Bem eu estou indo então. – disse Ivan

– Onde você acha que está indo? – disse Fofão sacando sua arma. Ivan parou na hora e olhou para ele assustado. – Você vai entrar lá comigo.

– Não. – Disse olhando para ele arregalado.

– Eu não estava perguntando.

– Olha eu não sei porque você quer entrar lá mas eu não vou morrer por causa disso.

– Ok. Eu te dou duas opções. Primeira: você morre aqui, agora, ou você entra comigo e talvez morra. E então? – Ivan olhou perplexo, não fazia ideia com quem estava lidando.

Depois disso Ivan desceu com a arma apontada para sua cabeça. Não é preciso dizer que ele estava nervoso, ou melhor dizendo apavorado. Já Fofão estava nervoso, coisa que ele não sentia desde a primeira vez que se apresentou com a Carreta. Isso trazia nostalgia e ódio ao mesmo tempo, ele não conseguia olhar para sua história com a carreta sem lembrar do fim.

– Hoje o dia stalindo não? – disse uma voz atrás deles. Ivan a reconheceu e paralisou de medo, nem mesmo tremeu com o frio. – Vocês são operariado se juntando a causa.

– Eu não. – disse Fofão se virando. – Mas eu vim para falar algo que deve ser de seu interesse. Stalin.

– Bem vindos à minha Gulag! O que traz vocês aqui? – Disse enquanto apontava sua Ak-47 para Fofão.

– Eu trago ele. E o que me traz é uma proposta. Você é familiar com Tio Patinhas não?

– Se eu sou? Aquele é o pior dos piores porcos capitalistas.

– Porque você não matou ele ainda?

– Eu tinha tudo planejado para qualquer dia desses pegar e deitar ele pra sempre. Mas aí um dia ele entra no banco dele como um covarde entrou no banco repugnante dele e não saiu mais.

– Se ele não sair porque não entramos? – Stalin começou a rir.

– Aquilo é mais difícil que invadir a mãe Rússia no inverno.

– Tem um time, os melhores dos melhores, ele envolve você e eu, com esse time nos conseguimos entrar e matar ele.

– Quantas pessoas e quem?

– Quatro. – Stalin começou a rir loucamente, deixando Ivan ainda mais amedrontado.

– Você só pode estar brincando. Quem além de nós?

– Melhor você não saber até você precisar.

– Melhor eu não saber? – perguntou com um tom muito sério. – Acho que não! – Disse atirando na pistola na mão de Fofão que ainda estava apontada para Ivan. – Seu porco capitalista! Você quer me tirar da mãe Rússia só para ela virar um país capitalista imundo! – Nesse momento Fofão pensou “fudeu”.

Essa reação de Stalin merece uma explicação. Nikita Khrushchov foi o sucessor de Stalin depois que ele morreu. Essa é a história contada ao público, mas na realidade, resumidamente, foi isso que aconteceu: Stalin estava trabalhando duro para manter a união soviética, como sempre, fazendo Gulags acabando com revoltas lutando contra o capitalismo e tal. Um dia Nikita chegou e disse que ele deveria tirar umas férias e sugeriu que ele cuidasse de uma Gulag ou alguma coisa assim e no meio tempo ele cuidava do país e avisava caso qualquer coisa acontecesse. Ele aceitou e assim que Stalin saiu de férias Nikita disse que ele tinga morrido e tomou o poder. Então como passou tanto tempo sem Stalin se tocar que alguma coisa estava errada? Tolinho. O tempo voa quando você está fazendo alguma coisa que você gosta.

Essa breve história nos trás de volta pata a Rússia capitalista. Onde Stalin está apontando uma arma para um não camarada.

– Stalin eu não sei como te dizer isso, mas a Rússia e capitalista há uns vinte anos.

– QUE? Mentira! O Nikita ia me falar que qualquer coisa acontecesse.

– Cara ele morreu há muito tempo. Se quiser eu posso provar tudo que eu estou falando muito facilmente. Quem é o presidente da Rússia é Putin agora.

– Eu vou matar aquele filha da puta. – disse Stalin sem se tocar que ele já tinha morrido.

– Sabe quem ajudou muito, quase que inteiramente, para a Rússia virar isso? Tio Patinhas – Nesse momento pode-se ver toda a fúria do mundo concentrada no olhar de Stalin.

– Não diga mais nada! Não importa quando ou com quem. Aquele pato vai morrer. – ele falou com tamanha intimidação que Ivan achou que estava tendo um ataque cardíaco.

– Esse é o espírito!

– Você! – disse apontando para Ivan, que por um milagre não teve um infarto. – Você vai cuidar dessa gulag camarada! Se alguém fugir, você morre. Se eles não estiverem trabalhando direto, você morre. Entendeu? – Ivan estava paralisado mas Stalin entendeu aquilo como um sim. – Ótimo! Vou te mostrar o lugar. – disse abraçando ele com um braço e o arrastando para dentro de um prédio. Fofão os seguiu. – Essa aqui é a recepção. Não precisa se preocupar com o pessoal daqui nunca dão trabalho. Ei Vladimir, Romanov eu vou sair e esse cara vai cuidar do lugar.

Os dois eram apenas esqueletos sentados em duas cadeiras, o resto da fábrica também é assim parece uma visão apocalíptica, nada de se impressionar nisso. Há quanto tempo eles estão lá? Mas isso não impediu Stalin de mostrar todo o lugar explicando quem dava trabalho e os métodos para coloca-los na linha. Isso apavorou Ivan, mas ele não tinha coragem para fugir mesmo com Stalin bem distante.

Depois disso Fofão levou Stalin ate o aeroporto ele ficou repugnado com McDonalds, Coca-Cola, Ford e muitas outras coisas que agora estavam na sua nação mãe. Ele jurou reerguer a URSS, mas no momento ele precisava matar Tio Patinhas. O homem que ele acreditava ter destruído o socialismo.



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