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História Foi assim que tudo começou - Um amor forjado na guerra


Escrita por: BlackRose1403

Notas do Autor


Oieee pessoas

Fanfic antiga e já toda escrita. Terá três capítulos

Espero que vocês gostem :3

Boa leitura

Capítulo 1 - Um amor forjado na guerra


Fanfic / Fanfiction Foi assim que tudo começou - Um amor forjado na guerra

Fazia um tempo que o cozinheiro do Phantomhive estava de olho naquele jardineiro loirinho,  o Finny.

Fazia um tempo não,  fazia muito tempo,  desde que Bard viu o rapaz pela primeira vez e olha que nenhum dos dois estavam no seu melhor momento, mas aqueles olhos verdes e brilhantes não mudaram quase nada ao longo dos anos: continuavam sendo profundos e muito atraentes.

A história começou há quase quatro anos atrás. Quando Bard foi resgatado daquela guerra, e conheceu todos que trabalhavam na mansão,  incluindo o conde. Na época era ele, o Sebastian, o conde - Ciel Phantomhive, um velhinho que gostava de beber chá ou água quente  e  uma moça meio agitada e atrapalhada. O jardineiro só foi contratado alguns dias depois e nem era jardineiro no início,  assim como Bard não era cozinheiro;  todos aprenderam  a ser alguma coisa naquela mansão.

Na verdade, as circunstâncias em que  o loiro recebeu  a proposta de emprego foi das mais insólitas mas para quem não tinha nada e estava com o coração partido,  correndo o risco de morrer,  qualquer coisa valia à pena.

 

FLASHBACK

 

Eu era um soldado, estávamos no meio de um campo de batalha e meu pelotão havia sido todo dizimado,  todos, exceto eu.

Estava ajoelhado no meio da lama; lama feita de terra e sangue dos meus companheiros; estava dobrado sobre mim mesmo em dor profunda, abraçava firmemente o corpo já frio do meu companheiro de batalha, meu amigo Mark.

Mark tinha cabelos castanho levemente avermelhado, pele branca mas não muito, pelo jeito trabalhava no sol como descobri mais tarde, era alto e tinha olhos cor de avelã. Tinha a aparência de um homem de bem, pacato, desses que nunca se mete em briga nenhuma.

Havia se alistado no mesmo dia que eu,  ficamos amigos imediatamente afinal éramos dois jovens cheios de esperanças de mudar o mundo. Falávamos da situação atual do país,  de armas,  vitórias,  de quando a guerra acabasse o que faríamos com nossas vidas.  Falamos também sobre mulheres, quer dizer, ele falou, eu apenas sorri e concordei, não precisava revelar logo de cara que eu gostava de rapazes. Falou sobre uma em particular: Rose, sua noiva. E como ele falou nessa mulher! Em como ela era linda, encantadora e em como eles estavam apaixonados um pelo outro e iriam se casar quando a guerra terminasse.

Ele me contou que era órfão de pai e mãe,  cresceu num orfanato nos arredores de Londres, como não foi adotado, aos dezesseis anos teve que sair da instituição, acabou conseguindo emprego de ajudante numa banca de frutas, o dono tinha ficado com dó da história de vida do garoto. Foi onde conheceu a Rose,  a filha do dono da banca.

Não podia negar que ele era um homem bonito, porém logo tratei de esquecer esse pensamento - ele tinha uma noiva, era hétero. E eu já estava mais do que cansado de sofrer por causas perdidas, inclusive tinha ido embora do Estados Unidos por causa disso: para curar um coração partido.

Por golpe do destino ficamos no mesmo pelotão e na mesma barraca, nós e mais dois outros soldados. Depois de duas semanas de treinamentos fomos jogados no campo de batalha mas nós não tínhamos a mais pálida ideia do que era uma guerra.  Todos os dias víamos colegas morrerem e não demorou muito para começar a faltar comida, roupa e munição,  estávamos fadados ao fracasso.

Alguns meses depois,  nossas esperanças já não eram tão grandes assim. Eu havia sido alçado a sargento com a morte do anterior mas isso não se traduziu em melhora nenhuma era apenas um nome, continuei na mesma barraca com o Mark. Passando fome, frio e medo com ele.  E olhando com olhos ávidos para o seu corpo todas as poucas vezes que conseguíamos tomar um banho.

Nunca tive coragem de tentar abordá-lo até que numa noite de inverno em que estávamos congelando: não havia agasalhos nem cobertores suficientes e ninguém seria louco de acender uma fogueira dentro da barraca. Nossos colegas haviam sido mortos nas primeiras batalhas, há um bom tempo.

_ Tá frio pra burro aqui - exclamou Mark encolhido debaixo do único cobertor.

_ É - concordei. Eu também estava congelando.

_ Tem conhaque ainda?

Neguei com a cabeça,  nossa cota havia se acabado há muito tempo.

_Não vou conseguir dormir - choramingou se remexendo na cama tentando gerar algum calor.

_ Tsc. Venha - chamei erguendo a ponta do meu cobertor.

Ele olhou para mim perplexo.

_ O quê?

Suspirei.

_ Vamos juntar as camas e os cobertores, fica mais fácil se esquentar.

Ele hesitou um pouco.

_Você é quem sabe.  É isso ou congelar - fiz menção de me virar para o lado dando as costas para ele.

_Tudo bem.

Mark se levantou e começou  a empurrar a cama em direção à minha,  me levantei e fiz o mesmo até nossas camas se encontrarem. Eram camas de campanha, pequenas até mesmo para uma pessoa,  deitamos próximos e colocamos os cobertores um por cima do outro, estava frio mesmo assim, mandei o bom senso para longe e passei meu braço pelo seu tronco o abraçando por trás, senti ele ficando tenso.

_Bard - sua voz tremia um pouco.

_Que foi?

Ele ficou em silêncio.

_Se não ficarmos próximos não vamos nos esquentar - argumentei.

A verdade é que eu estava me aproveitando da situação e duvido que o mesmo não acontecesse nas outras barracas. Depois de meses sem sexo, até o mais hétero começa a olhar o seu colega com outros olhos.

Ele aceitou meu abraço, passei o outro braço sob a sua cabeça expondo um trecho do seu pescoço e encaixei o rosto nesse espaço. Alguns segundos depois depositei um leve beijo ali, ele segurou a respiração, podia ver que ele estava travado de vergonha, beijei de novo e levantei a cabeça para ver o seu rosto: estava quase roxo, os olhos fechados com força, a mão segurava forte a borda do cobertor. Ele olhou para mim e voltou a fechar os olhos, retornei a beijar seu pescoço e o mordi muito levemente, fazia tudo com muita, muita calma, até porque não sabia qual seria sua reação. Mark suspirou e o senti relaxando minimamente, colei meu corpo ao dele, pressionando meu abdome nas suas costas, ele travou novamente quando sentiu que eu já estava duro.

Continuei beijando seu pescoço, puxando a camisa para baixo e expondo seu ombro, encaminhei meus lábios para lá, sua respiração estava mais acelerada. Virei-o de barriga para cima e deitei sobre ele, sustentando meu peso sobre os antebraços, ele estava adorável: podia ver que estava envergonhado mas sua respiração não mentia nem o volume que começava a surgir entre suas pernas.

Segurei seu rosto entre minhas mãos e me inclinei para beijá-lo porém antes de os nossos lábios se unirem, ele virou o rosto para o lado, suspendi o movimento.

_A..a...apagggue… a ...lu-luz - gaguejou.

Soprei o lampião que estava próximo da cama, mergulhando a barraca numa escuridão completa. Queria vê-lo, observar seu corpo, suas reações, seu rosto quando eu o penetrasse, mas cedi ao seu pedido. Tomei seus lábios nos meus e ele não recuou, porém não estava entregue, Mark deixava eu fazer o que quisesse, tive livre acesso ao seu corpo mas ele não interagia comigo, uma parte de mim se sentiu culpada por estar usando-o, se aproveitando da sua personalidade pacífica para conseguir o que eu queria. Desci minha mão até seu membro, estava duro também, a culpa diminuiu, afinal, se ele não estivesse gostando pelo menos um pouco não estaria rígido, não é?

Comecei a masturbá-lo e ouvi seus gemidos baixinhos. Lambi meus dedos e massagiei sua entrada, ele só suspirou mais alto, inseri o primeiro e logo depois o segundo. Não tinha como prepará-lo corretamente, nem saboreá-lo como eu gostaria, abri suas pernas, flexionando-as e me posicionei. Forcei meu membro contra a sua entrada, senti ele se contrair e travar novamente, deitei sobre ele e o beijei, manipulando-o.

_Aaaahhhh - gemeu quando o penetrei - Dói.

O abracei e o beijei, esperando que ele se acostumasse e então comecei a bombar. Ambos gemíamos, ele muito mais contido do que eu.

Chegamos ao clímax rápido,  comigo me derramando minutos depois de Mark, ainda dei uma última estocada com força antes de sair dele e deitar ao seu lado. Mark ficou estático por alguns minutos, depois sentou-se na beirada da cama, passei minha mão nas suas costas num carinho meio desajeitado, ele não se esquivou mas também não olhou para mim.

Sentei ao seu lado, ele mantinha a cabeça baixa, os braços caídos com as mãos unidas no espaço entre os joelhos.

_ Me desculpe - falou depois de um silêncio constrangedor.

A culpa caiu como um tanque de guerra sobre mim.

_Você não tem que se desculpar.

Ele balançou a cabeça afirmativamente, ou pelo menos eu achei pois estava tudo muito escuro.

_ Não devíamos ter feito isso.  É errado!

Suspirei desanimado.

_ O que vou falar para a Rose? - falou ele e eu olhei para o seu rosto na escuridão - Eu estava me guardando para ela.. .

Rolei meus olhos nas órbitas.  "Será que eu desvirginei um santo? Que cara se guarda para alguém aos vinte e tantos anos?"

_Você não vai falar nada;  ela não precisa saber - falei por fim.

_ Ela vai descobrir - a voz dele tremeu.

"Puta que pariu. Ele vai chorar?"

_Não,  não vai. A não ser que você conte.

Ele ficou em silêncio,  a respiração um pouco descompassada.

_ Nada vai ser como antes - falou por fim.

"Ok, acho que vou ali dar um tiro na minha cabeça e já volto" - pensei culpado.

_ Vai sim. Olha, vamos fingir que nada disso aconteceu, ok?

Ele fungou e eu tive a certeza que ele estava chorando - "Que merda!"

_Vamos fazer o seguinte: amanhã vou fazer os papéis pedindo a sua dispensa. Em um mês no máximo você estará de volta em casa. Vai poder se casar com a sua Rose e ter muitos filhos.

Ele riu baixinho.  Eu  estava destroçado. "Mais uma vez entrego meu coração para a pessoa errada. Devo ser masoquista!". Não devia ter me apaixonado por Mark, eu sabia desde o início que não podia dar certo, mas mesmo assim me apaixonei porque tem coisas que não dá para controlar. Ele era perfeito - "Vai ser um ótimo marido" -pensei amargurado.

_ Você aceita ser nosso padrinho?

Acho que se ele tivesse me dado um soco doeria menos. "Era para ser uma honra ou ele estava me punindo?" - "Era para ser uma honra" - pensei. Ele não tinha como saber o quanto me machucava a ideia de vê-lo no altar se casando. É claro, eu nunca revelei meus sentimentos,  ele devia achar que o que havia acontecido era devido ao tesão acumulado.

_ Aceito, mas é melhor você arranjar outro.  Ou vai ter que esperar a guerra terminar - dei batidinhas no seu ombro.

_Você pode pedir dispensa também - sugeriu, eu sorri pesaroso.

_ Não vou fazer isso.  Eles não dispensam gente como eu.

Mark olhou para mim,  na escuridão só dava pata ver sombras.

_ Como você?

_ Cara, você tem a Rose,  com uma boa desculpa a gente consegue a sua dispensa mas eu... - respirei fundo - Eu não tenho ninguém para quem voltar - soltei o ar lentamente.

Ele buscou a minha mão  e a apertou gentilmente.  "Acho que ele é um santo mesmo. Será que vou para o inferno por ter comido um santo?"

_Então eu não vou.

Franzi o cenho - "Ele é louco???? Tem a chance de sair dessa merda e não quer???"

_ Vai sim.

_Não vou não.  Não vou deixar você.

Apertou minha mão mais forte -"Seria possível isso significar algo mais? ". Olhei para ele; queria tanto poder ver seu rosto com clareza... . Mark se virou para mim e me abraçou, o envolvi nos meus braços e escondi meu rosto no seu pescoço, senti a pele ali se arrepiar.

Quando  o beijei novamente ele não se esquivou, nem mesmo quando o deitei na cama e talvez tenha sido impressão minha, mas acho que ele estava mais receptivo.

Quatro dias depois sofremos uma ofensiva, o inimigo era muito mais numeroso e estavam melhor armados. Mark estava alguns passos na minha frente, abaixado atrás de uma barricada,  ele era bom de mira, talvez tão bom quanto eu. Mas era preciso apenas uma bala para derrubar um homem e ela encontrou o peito de Mark, ele caiu de cara no chão, corri  e o virei, sangue escorria da sua boca -"Porra!"

_ Aguente firme Mark.

Ele tentou sorrir, o que ficou assustador com os dentes manchados de sangue. Pressionei minha mão no ferimento tentando estancar a hemorragia que eu sabia ser incontrolável, ele pôs a mão sobre a minha e a apertou debilmente.

O segurei nos meus braços,  vendo a vida se apagar dos seus olhos e o corpo esfriar. O ataque havia finalmente cessado,  tentei proteger o corpo já frio de Mark daquelas gotas que insistiam em molhar seu rosto,  não parecia que ia chover,  então percebi que eram minhas lágrimas.

Fiquei ali, no meio de um campo de cadáveres, abraçado a um. Fechei meus olhos.

.

.

.

_Ei, soldado.

Ergui meus olhos e não acreditei no que eles me mostravam. "O que fazia esse cara vestido todo de preto em meio a um campo de guerra?"

_ Hã?

_ Esse daí não se levanta mais não.

_ O quê?  - eu estava entorpecido pela dor e não entendia o que ele estava falando.

O homem apontou para  Mark.

_ Está morto.

_ Eu sei - instintivamente o apertei mais contra o peito.

_ Então o deixe.

_ Não posso - as lágrimas voltaram a descer

_ Não há nada que você possa fazer. A morte é irrevogável.

O observei melhor: era um homem bem alto, magro e elegante, vestia um fraque  e calças pretas e tinha um corte de cabelo muito diferente. Ele olhava para mim fixamente, seus olhos eram quase vermelhos.

_ Para quê ficar aqui? Você foi o único que sobreviveu,  num total de cento e vinte  homens. Isso quer dizer alguma coisa não? - ele flexionou os dedos, esfregando o indicador e o polegar.

_ Que eu sou muito sortudo? - soltei um riso de escárnio.

_ Pode ser.

Virei o rosto.  "Que cara estranho! "

Ele começou a caminhar na minha direção,  quando chegou perto estendeu  a mão.

_ Venha comigo?

_ Cai fora cara.  Nem te conheço.

Ele recolheu a mão.

_ Isso importa? Antes de você vir para cá também não conhecia esse daí - ele acenou com a cabeça para o corpo que eu segurava - Estou te dando a chance de uma vida nova: um emprego.  Casa, comida, um  salário decente…

_ Mas eu só sei atirar - argumentei.

_ Eu não estaria aqui se você não soubesse - ele me estendeu a mão novamente - Você vem?

Olhei para o rosto sem vida do meu amigo, suspirei e  fiz minha escolha: segurei sua mão e me levantei, deixando o corpo de Mark para trás.

_Eu não sei o seu nome - comentei.

Ele sacudiu a cabeça fazendo os cabelos esvoaçarem. Era bonito.

_ Vocês dão tanta importância à nomes - riu - Pode me chamar de Sebastian,  é assim que o Jovem Amo me chama.

Caminhávamos lado a lado.

_ Jovem amo?

_ Nosso patrão - você o conhecerá logo. Não se preocupe,  ele é irritante mas é suportável.


Notas Finais


Beijooooosss

deixa eu correr pq to atrasada pra aula.


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