- Tenho uma ótima idéia. – Alan falava se abaixando e ficando na alturas dos amigos sentados no chão. – Você se entrega e a gente pega o jogo, simples.
- Hahaha que engraçado, só que não! – Cellbit dizia com alguma ironia na voz.
- E se um de nós distrair ele, enquanto os outros dois pegam o jogo? – Felps sugeria, já ficando em pé novamente.
- Acho que é a única saída, mas o problema é.. quem se voluntaria a distrair o caçador muito louco? – Alan perguntava após um longo suspiro.
- Eu não posso distrair, ele vai me matar sem pensar duas vezes! – Cellbit respondia, já tirando o dele do meio de campo.
- Se eu fosse um macaco com certeza eu iria lá distrair o caçador, sem a hesitar, mas acho que eu, com essa minha cara, meu nariz, hm.. acho que não vou ser uma boa distração. – Felps comentava já se afastando para as portas dos fundos da cabana, deixando Alan a frente da porta de entrada.
- Vocês me ludibrialan, meu peru é mesmo muito pequeno! TÁ, EU VOU! Reza pra Jesus aí... – Alan com uma determinação falsa, abria a porta e saia finalmente.
O caçador que estava a alguns metros de distância, encarava com sua espingarda antiga apontada para a porta da cabana, apenas aguardando por Cellbit.
- Onde está aquele garoto insolente, Rafael Lange? – O caçador perguntava imponente.
- Não tá com você? Po, daí eu já não me responsabilizo pelo cu que eu vou dar, né? – Alan falava com calma, enquanto olhava disfarçadamente os amigos, darem a volta para chegar por trás do caçador.
- Muito engraçadinho, se você me entregar ele, juro que tento não te matar junto. – O senhor respondia, cerrando os dentes pouco nervoso.
- Olha, é uma proposta tentadora, adoraria aceitar, mas se não sabe brincar então devolve o jogo, maluco. – Alan falava desenfreadamente.
- Estou perdendo minha paciência, garoto! – O caçador dizia já aparentando mais nervoso.
Neste momento em que o caçador estava imerso naquela raiva em que Alan o deixava, Cellbit e Felps se aproximavam sorrateiramente e pegavam o tabuleiro dentre as coisas do senhor de espingarda e saiam correndo o mais rápido que conseguiam. Mesmo que tentassem não serem notados o caçador acabava percebendo, porém antes que conseguisse ajeitar a mira, Alan passava correndo na direção dos amigos, empurrando o caçador que caia sobre chão no caminho.
- FOGE ALAN! – Felps e Cellbit berravam antes de saírem correndo.
- CORRE PUTO, CORRE CARALHO, AI PUTUCUTU UU U UUU CUTUCUTU YENEHE UNOHOO ESMALHENEMEEE AI CARALHO SOCORRO SANTO CRISTO SANTO IRMÃO MEU PAI MEU IRMÃO, CAMARADA – Alan gritava enquanto corria, conseguindo alcançar os amigos ao final, que agora estavam sem fôlego. – Vocês.... tão me devendo uma....
- Não sei vocês, mas eu tô sedentário, sentido isso bem forte, socorro.. – Felps dizia, já se sentando no chão.
- Da próxima vez que pensarmos em tirar férias, não vamos tirar, definitivamente, não sairei de casa, vou viver filmando, escutem o que eu digo! – Cellbit resmungava, sentando-se também. – Mas ‘bora, deixa eu jogar essa caralha de uma vez.
O garoto de olhos azuis finalmente voltava a abrir o tabuleiro, pegava os dados em seu interior e após chaqualhar por alguns segundos, os soltava, logo apresentando os números 4 e 4, não demorou para que a nova mensagem aparecesse no centro do jogo.
“Cuidado com o chão, pode ficar mole, o solo se abre e depois te engole.”
C O N T I N U A . . .
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