História Fools - Farsas

Ele segurou em minha cintura e eu me deixei levar por seus encantos e feitiços, aquela altura do campeonato era difícil negar algo para Jeon. Ele começou um beijo lento e delicado, nossos mundos se misturavam e os sentidos se esvaiam. Era uma coisa bonita de se ver mas eu não acreditava que alguém naquele acampamento conseguiu ter o que queria de mim. A falta de ar bateu e nos afastamos.

-Não acho que seja uma boa ideia. - disse o afastando um pouco, fazendo-o afrouxar as mãos de minha cintura.

-Por que? - ele se aproximou novamente. - Eu gostei e foi com alguém digamos que especial.

-Não Jeon, você só quis experimentar porque todos querem e não conseguem. No dia em que te conheci você disse que não via tudo que eles veem em mim.

-Mas eu passei dias com você Sook, e te conheci. Senti uma atração é precisava fazer isso, e foi realmente surpreendente. - ele disse e olhou para baixo.

-Mas não vai se repetir. - disse ríspida e voltei para a mesa onde Ren estava e agora Jenn e Ben também.

-O que aconteceu ali? - Jenn perguntou e eu bufei.

-Apenas um erro. Vou pegar algo pra beber. - me levantei - vem comigo, Ren?

-Claro. - ela sorri e levantou. Fomos até a mesa de bebidas e pedimos - o que realmente aconteceu lá? Se não for me meter, você parece atormentada.

-Eu não quero ser mais uma na vida de um garoto. Jeon só quis ficar comigo pelo fato de eu ser cobiçada e ser alvo de todo mundo querer ter a grande oportunidade. - nós saímos do salão e nos sentamos no jardim.

-JungKook não é como todos Sook, ele é diferente e você sabe disso. A verdade é que você não tem medo dele te ferir, tem medo de você e das suas expectativas. - Ren disse com toda paciência do mundo.

-Não sei Ren, é difícil pra mim. As pessoas devem me achar patetica por eu falar assim mas sim com 17 anos eu já tive uma decepção e tenho medo de ter outra. Não quero me arriscar por homem, quero viver a minha vida me entende?

Ela assentiu.

-Mas e se você achar o cara certo pra você e sem perceber o rejeitar? - não tinha palavras pra responder. - Vai atrás dele e explica porquê o afastou.

-Tá bom. - me levantei. - Obrigada Ren, acho que vamos mesmo nos dar bem.

Ela sorriu e eu também. Fui pelo jardim procurando por alguém que estivesse com fumaça suspeita por perto, é o que Jeon faz. Olhei para o deck no lago e ele estava sentado lá, mas não estava fumando e nem tinha ninguém perto dele. Me aproximei lentamente mas o salto me entregou.

-O que faz aqui? - ele perguntou virando a cabeça mas não na minha direção. Tirei os saltos e me sentei ao seu lado.

-Vim conversar, como amiga. - disse meio delicada, não sei como ele iria reagir.

-Conversar? - ele riu sarcástico - Conversar o que Lee Sook? Você me deu um fora lá dentro.

-JungKook, não é nada com você. Eu só sou insegura e não gosto de me envolver sem saber o porque daquilo. - olhei para o lado oposto.

-Eu não iria te beijar porque todos os garotos do acampamento querem isso. Sabe que não sou como todos, eu sou um tanto que diferente. - ele disse e me encarou.

-Eu sei, mas que tal a gente recomeçar a noite. Como...amigos? - ele tinha um olhar atencioso e calmo.

-Tudo bem, vamos entrar. Chamar atenção na pista de dança? - ele gargalhou e eu também. Nos levantamos e fomos.

Tocava Ten Feet Tall do Afrojack e nós não fizemos mais do que começar a dançar e contagiar todos que estavam por lá e logo vi que estava sendo uma festa divertida.

-Viu, formamos uma dupla e tanto. Bate aqui. - Jeon praticamente gritou para que eu pudesse o escutar.

Batemos em hi-5 e voltamos a dançar sem a mínima preocupação, mal vimos a hora passar. Até o momento que eu já não aguentava mais e decidi sentar.

-Já cansou patricinha? - Jeon se jogou na cadeira ao meu lado.

-Patricinha? Ata. E sim eu cansei! - disse sorrindo. - acho que vou dormir.

-Não vai, fica mais um pouco é o último dia. - ele disse animado.

-Só mais um pouco, bem pouco.

Ele me puxou para fora da festa e fomos para o jardim, por que sempre vamos pro jardim? Que coisa estranha.

Jenn e Ben estavam lá abraçados.

-Oi casal. - cumprimentei os dois.

-Oi, dois. - Jenn sorriu e nos sentamos na grama.

-Então, McCallister. Não sou amigo dela nem nada mas quais as suas intenções? - Jeon perguntou me fazendo gargalhar.

-As melhores Jeon. - acredite.

-Cuida dela ou eu corto o que você tem de mais “precioso” no seu corpinho. - fiz aspas e juntei com a ironia.

-Po...pode deixar. - ele disse sem jeito.

-Sook rosna mas não morde. - Jenn disse para tranquilizar o namorado.

-Pessoal está na hora de dormir, amanhã vocês acordam cedo. - uma monitora veio nos avisar.

Nos levantamos e andávamos um pouco afastados de Jenn e Ben. Estávamos em silêncio mas não era um silêncio tenso, era agradável.

-Então…- começamos juntos, o que nós fez rir.

-Pode falar. - ele disse.

-Volta pra Coreia? - perguntei.

-Sim, mas um dia te visito na Califórnia madame. - ele deu uma piscadela.

-Vai sim, eu vou esperar.

Cheguei na porta do alojamento, abracei Jeon e entrei. Tomei um banho pra tirar o suor da dança do meu corpo e fui me deitar.

 

Clareou, a manhã chegou e infelizmente tive que acordar. Minhas malas já estavam prontas era só esperar o horário do avião.

-Sook e Ren, o ônibus que vai para o aeroporto já está pra sair. Adiantem.

-Ok. - Ren respondeu levantando.

Nos arrumamos e vimos que algumas meninas já haviam ido embora.

-Vamos Sook? - Ren chamou pegando a mala.

-Sim. - disse colocando o óculos escuro e fazendo um coque frouxo.

Saímos e a maioria das pessoas já estavam no ônibus, Jenn não viria conosco porque ela ia passar a última semana do verão por ali com os pais e ela mora em outro sentido r não perto de mim.

-Se resolveu com o Jeon ontem? - a menina ao meu lado perguntou.

-Sim, somos amigos agora. - disse sorrindo.

-Olha ele ali. - Ren apontou para um Jeon completamente acabado e era evidente que depois de nos despedirmos ele usou alguma coisa.

-Já...volto Ren.

Fui em direção ao menino e ele ao menos sorriu para mim.

-Jeon. - ele me olhou e colocou o óculos escuro. - você está acabando com você mesmo.

-Eu não to nem aí, entra naquele ônibus e volta pra sua vida Sook.

Eu ri irônica.

-Só pode estar zoando com a minha cara. O que aconteceu com aquele JungKook de ontem? - perguntei

-Ele percebeu que tem que voltar pra vida é que isso aqui tudo foi uma farsa. Uma farsa e acho bom você acordar também. - ele entrou no carro e bateu à porta.

Voltei para o ônibus bufando.

-E aí? - Ren perguntou.

-Depois conversamos pode ser?

 

O dia passou rapidamente e foi tedioso eu estava mal-humorada desde a hora em que sai do acampamento e já estava quase desembarcando em San Francisco.

-Sook, você está bem? - Ren perguntou

-Estou melhorando Ren. Obrigada.

Uma hora depois desembarcamos e como sempre meus pais não estavam ali a minha espera, até que o que Jeon falou faz um certo sentido. A noite passada foi apenas uma fantasia e não vai ser assim agora. Entrei no carro com o motorista e estava quase cochilando novamente quando senti meu celular vibrar.

“Espero que não tenha desfeito seus sonhos de princesinha. E espero que tenha feita uma boa viagem.

-JK”

Como eu suportei passar dias com esse garoto e dançar uma noite inteira ao seu lado.

“Vai a merda. É sim fiz uma ótima viagem. Não me incomode mais”

Respondi seca e ríspida, cheguei em minha casa e não encontrei ninguém na sala de estar mas ouvia vozes e vinham da sala de jantar. Fiquei incrédula com o que acaba de ver.

-Namjoon, o que faz aqui?

-Também estou feliz de te ver prima. - Namjoon veio me abraçar e um sorriso cresceu em meus lábios.

-O que faz aqui? - perguntei incrédula.

-Eu vou morar aqui. - ele sorriu abertamente e eu saltei de alegria e o abracei novamente.

-Olá a todos. - disse me separando do maior.

Fui até meus pais e dei um abraço fraco neles.

-Aonde está a vovó? - perguntei preocupada.

-Ela viajou. - minha mãe respondeu desinteressada e continuou a conversar com a minha tia.

-Vovó nunca viaja na época que eu volto do acampamento. Aonde ela está? - comecei a alterar o tom de voz.

-Vamos subir e lá te explico. - Namjoon pediu.

Ele pegou as minhas malas e subimos para o meu quarto, eu não estava entendendo o que estava acontecendo e eu queria saber.

-Fala. - disse olhando seriamente pra ele.

-O vovô deu sinal de vida, estava em um floresta louca em algum país. E as nossas mães estão com medo de ele tentar algo contra a vovó de novo, então decidiram a mandar para um lugar mais seguro que ele não a encontre.

-Eu quero ir com ela. - disse com raiva.

-Sook, é o melhor. Deixa tudo como está em breve ela volta. - ele disse me olhando com certo zelo e com calma.

-Só tenho uma pergunta, ela aceitou numa boa ou minha mãe a obrigou a ir?

-Ela que escolheu o lugar. - ele disse e eu abaixei a guarda e me sentei na cama.

-Bem vou indo porque tenho que ajudar meus pais a arrumarem a mudança.

-Aonde vão morar? - perguntei

-Na rua de cima. - ele sorriu e levantou - amanhã passo pra te chamar na hora da escola.

Assenti e ele saiu do quarto. Nunca morei perto de nenhum parente, minha tia morava na Coreia, meus tios ainda moram, a vovó morava até a metade do ano passado quando veio morar com a gente é o vovô desapareceu há um tempo mas pelo visto ele voltou. E isso não é nada bom. Entrei no banheiro e decidi tomar um banho relaxante.

Me troquei e confesso que senti falta do calor intenso de dia aqui na Califórnia e de noite o frio.

Olhei no relógio e eram cinco da tarde, não tinha muita coisa pra se fazer no domingo. Senti falta dos meus pais mas nunca confesso e eles também não, decidi descer para ver se estava tudo ok.

Desci devagar e pude ouvir um pouco da conversa deles na cozinha.

-Acha que ele encontrará minha mãe? - mamãe sussurrava para o meu pai.

-Acho que é só questão de tempo HeeKy. Mas enquanto ele não a encontra lá ela está segura. - uma lágrima escorreu pelo meu rosto mas eu continuei ali.

-Me preocupo com a Sook, ela se dá bem com a avó e se dava bem com o avô. - minha mãe disse com a voz cansada.

-Ele não vai fazer nada com ela por dois motivos: nós vamos a proteger e ela era a neta favorita ele nunca a machucaria. - me permiti chorar em saber que meus pais se preocupavam e entrei na cozinha com lágrimas pelo rosto. - Não era pra você ter escutado isso.

Os abracei.

-Eu também me preocupo com vocês, amo vocês.

-Oh filha, nós só não sabemos demonstrar mas também nos importamos você é nosso maior tesouro. - mamãe sorriu. - me perdi por não te dar a atenção devida?

-Eu perdoo vocês. - disse abraçando mamãe de lado.

-Agora mais do que nunca precisamos ser unidos, ok? - papai falou e nós assentimos.

-Que tal sairmos para comer algo? - mamãe sugeriu. - você chegou hoje devíamos passar um tempo juntos.

-Pode ser pizza? - perguntei empolgada.

-Claro que pode, vá buscar um casaco e nós já vamos. - ela me deu uma piscadela.

Pra mim isso era novo, sair com meus pais, abraçar, dizer que amo. Mas eu estou gostando e demais. Peguei meu casaco e desci, eles me esperavam na porta para irmos.

Foi uma noite super divertida, eu não sabia que o senso de humor deles era tão assim. Vivi 17 anos com eles mas nosso relacionamento não era assim.

-Agora vá dormir, amanhã já tem aula. - mamãe pediu.

Subi e troquei de roupa, ouvi o toque de mensagem e peguei o celular.

“Acho que vamos nos encontrar antes do esperado”

Me surpreendi com aquilo é somente o evitei. Deitei-me e dormi.

 

O sol entrava pela janela e o despertador soava, não queria levantar mas era o “clássico” primeiro dia de aula. Não que eu vá para uma escola nova mas acho que com Namjoon estudando na mesma escola vai ser diferente dos outros anos. Me levantei e fui tomar um banho, coloquei o uniforme que por sinal era confortável, insisti tanto pra minha mãe não me colocar em uma escola que use saia que ela achou uma que use calça legging. Fiz com que ela rodasse a cidade inteira? Sim, mas é dai?

-Sook? - escutei mamãe gritar.

E fui em direção à sala, com um desanimo enorme nunca tive o melhor humor na hora de acordar.

-Desfaz essa cara, vai assustar todos os alunos. - Namjoon brincou e eu mostrei a língua.

Saímos e entramos no carro do papai, ele me leva não sou obrigada a ir com o motorista escutando sertanejo e a escola é perto do trabalho dele.

Chegamos e a escola era bem grande, tinham algumas pessoas do lado de fora é uma pessoa entregando calendários e dizendo quais são as devidas salas, suponho que seja uma secretaria. Está tão perdida, chega dar pena.

-Bom dia. - ela sorriu para mim e para o meu primo. - Devem ser o sobrinho e a filha do senhor Lee?! - ela acenou para o meu pai que estava no carro. - Bem, você é da turma 3º B e você do 3º C. Existe um mapa bem ali naquela parede, não é difícil de achar! Esse horário de aulas de vocês, sejam bem vindos!

Ela sorriu docemente e nós retribuímos. Fomos até o mapa e achamos nossas salas, era uma de frente pra outra. Fui com Namjoon até a sala dele e me assustei ao ver quem estava sentada lá na frente, ela sorriu pra mim e veio na minha direção.

-Sook, como está? - ela me abraçou.

-Ren, que bom que vai estudar aqui. - sorri para a mais nova.

-Sim, é dessa sala? - ela perguntou apontando para a classe.

-Não, não. Meu primo é. - eu disse apontando para o maior, que vinha em nossa direção. - Namjoon, essa é a Ren.

-Prazer. - ele sorriu e se curvou como um bom e simpático coreano.

Ren de início estranhou a atitude dele mas depois entendeu que era um coostume do país.

-Bem, acho que vou pra minha sala. - sorri para eles. - a gente se vê no intervalo?

Eles assentiram e entraram. Eu moro em San Francisco há 17 anos e não conheço absolutamente ninguém na minha sala, alguns parecem ser legais mas sempre tem as supostas “malvadinhas descoladas” que eu simplesmente não suporto. Elas são o tipo de pessoa que me tiram do sério com o senso de superioridade que elas têm.

Sentei em um canto perto da parede porque dava para distrair e nem atrás nem na frente eram sete cadeiras por fileiras sentei na quarta bem na metade.

 

Houve todo aquela apresentação no primeiro dia e eu já estava encantada com a professora de biologia ela é maravilhosa, além de atenciosa interage com a turma. O sinal tocou e eu suponho que seja de intervalo. Sai da sala e encontrei Ren e Namjoon conversando super empolgados sobre coisas que eu não fazia questão de participar eles estavam falando de equações e mais não sei o que em matemática. Fomos para o refeitório e a diretora dava as boas vindas e falava sobre como seria o decorrer do ano, as pessoas não davam a mínima mas mesmo assim respeitavam o horário dela de falar.

-Entendiante né, eu sei. - um garoto com cabelos ruivos que eu lembrava de ser da minha sala parou ao meu lado e olhava com alegria para mim. - Ah, eu sou o Taehyung. Somos da mesma turma.

-Sook. - sorri fraco e voltei a olhar para a diretora.

-Eu sei...quer dizer, prazer. - ele sorriu quadrado pra mim.

-Prazer, tento fingir que estou interessada no que ela fala mas eu não estou nem prestando atenção.

Ele gargalhou um pouco alto e boa parte das pessoas que estavam ali nos encararam. Eu não aguentei e comecei a rir porém baixo.

-Já gostei de você. - sorri pra ele.

-Todo mundo gosta. - ele disse arrumando o colarinho da blusa. - ela só tá tomando o nosso intervalo, isso nem é interessante. Eu quero comer, você vem?

Ele saiu e foi até as tias que serviam o lanche, sorrindo para elas. Ele é carismático eu aprendi isso.

-Oi tia Charlie, cortou o cabelo? - perguntou para a loira a nossa frente.

-Cortei sim menino Tae, que bom que reparou. Quase ninguém nessa escola reparou mas claro que o nosso menino de ouro repararia. - ela sorriu abertamente e apertou a bochecha dele.

O discurso da diretora acabou e o barulho no refeitório era alto, pessoas se reencontrando e algumas se abraçando.

Namjoon e Ren finalmente se juntaram a nós, sentaram e eu só apresentei ao Taehyung. O sinal bateu novamente e nos direcionamos para as devidas salas.

Um tempo de história e dois tempos de redação. E quando sai meu pai ainda não estava me esperando, decidi que iria até a empresa ver se ele iria demorar.

-Namjoon, vou até a empresa do meu pai. Vai querer carona?

-Não, tenho que ir fazer minha matricula em algum curso. - ele revirou os olhos e eu ri do mais velho.

Quando estava atravessando a rua vi Ren atravessar também um pouco a minha frente.

-Ren. - chamei e ela parou. - mora pra cá?

-Não, meu pai trabalha bem ali. - ela apontou.

-Sério? Meu pai é…o dono. - disse sem graça.

-Eu sei. - ela sorriu abertamente. - vai ser legal.

-Tomara. - disse desanimada.

Cheguei na empresa e papai estava ao telefone, me sentei na poltrona e peguei meu celular e nenhuma mensagem. Finalmente papai desligou.

-Teremos um jantar em casa hoje, mais uma aliança da empresa. - ele sorria.

O sonho do papai sempre foi que a empresa crescesse e ficasse internacionalmente conhecida e hoje ele tem o que podemos chamar de “império” é algo grande e que dá o lucro necessário.

-Então isso significa que eu tenho que comprar roupa? - perguntei desanimada.

-Sim, ligue para sua mãe e a avise. O buffet já deve estar a caminho.

-Posso saber quem é o novo investidor? - fiquei curiosa.

-Claro, eles são conhecidos como família Jeon.