Alunos do período da manha deveriam receber algum tipo de salario apenas por estar levantando da cama. Graças a Deus é meu ultimo ano, não sei bem como me sinto, eu sei que vou sentir falta de tudo, de todos, ate mesmo da Irene... ou não, quem aguenta aquele bicho. Revirei os olhos só de pensar.
Depois de um esforço - bem grande, devo admitir- me levantei da cama e fui rumo ao banheiro. Após toda aquela ladainha de toma banho, escovar os dentes, colocar o uniforme, arruma o cabelo e blá, blá, blá, sai do banheiro:
-JungKook, se não descer agora para tomar seu café, eu subo ai com um pepino e enfio ele inteirinho no seu...
-To descendo Seokjin, to descendo –o interrompi. Irmãos mais velhos, faz dezessete anos que tento encontra a finalidade deles nessa Terra. –Que saco!
-Eu escutei isso! –bufei. Que audição do cão esse menino tem meu Deus.
-Eu prometi para os nossos pais que cuidaria de você enquanto eles estivessem fora, então é melhor desfazer esse bico, sentar essa bunda na cadeira e comer os ovos mexidos que eu fiz com carinho pra você –eu não pude conter um risinho, me sentei desistindo da briga matinal de ‘’Eu não quero comer!’’ ‘’Eu enfio na sua garganta, mas você come’’. Meu hyung é bem protetor e cuidadoso.
-Vai dar a comida na minha boca também, hyung?
-Você gosta de soco a milanesa, coisinha feia? –eu não consigo me aguentar, soltei uma risada meio alta o fazendo rir também. Jin na maioria das vezes é bem carinhoso e humorado, mas como um cirurgião cardíaco eu o perdoa por sua repentina mudança de humor –Me desculpa Kookie, o hospital esta me deixando sem cabelos. –o mesmo afundou suas mãos nos cabelos claros bufando para a mesa a sua frente. –Papai colocou tudo nas minhas costas.
-Ué, e suas cirurgias? Como fica?
-Isso é o que vem me matando. Eu tenho que cuidar da diretoria do hospital e dar conta de pelo menos quatro cirurgias por dia. Sabe a responsabilidade que é operar o coração de uma pessoa? –assenti. Ouvi suas lamentações quieto, pensando que poderia ser eu ali, que serei algum dia. Fico meio receoso do meu futuro.
-Sinto muito por sua sanidade –brinquei.
-Eu também! –Jin sorriu, ele sabia que eu queria distrai-lo pelo menos um segundo, esse sorriso foi como um agradecimento.
-Bom –me levantei –Vou indo.
-Você não comeu não é seu moleque –lancei um beijinho para ele correndo ate a porta da frente. JungKook 15, Jin 0.
Cheguei nos portões da escola no horário, o que era uma raridade. Yoongi me espera encostado no muro com a famosa pose de bad boy... um bad boy virgem.
-Deus, eu pedi ao senhor um milagre, mas não precisava ser assim tão inútil –ele dizia direcionado ao céu. Oh infeliz.
-Que comece o mimimi de Suga o atorzinho ruim de drama. –Yoongi me encarou serio e ri de sua expressão.
-Suga é o meu...
-Mini órgão genital –o interrompi recebendo um soco pelo comentário maldoso. –Disse alguma mentira?
-Chupa que cresce, meu amigo! -tão doce quanto um limão.
-Já deu sua patada do dia? Acabou? –ele negou mordendo o lábio inferior.
-Hoje eu acordei com a macaca!
-Vai sobra pra mim –murmurei.
-Logicamente –o mesmo afirmou e revirei os olhos. Já não me basta um demônio ignorante e loiro para me atormenta e agora vem esse moleque.
-Na primeira pata de Irene você para de palhaçada – o mesmo fingiu uma risada.
-Hoje eu estou superando a ignorância daquela nojenta. –e ele fechou a cara fitando o nada.
-Nossa, para estar mais ignorante que Irene você não acordou com a macaca, acordou com o próprio king kong –o mesmo riu. Encostei no muro ao lado de Yoongi. Meu olhar passeava pelas pessoas a minha volta, algumas conhecidas e outras... ate desconhecida demais. Quem é aquela garota? Eu nunca a tinha visto antes, eu sei por que me lembraria de um rosto tão lindo quanto aquele. Mordi o lábio. A segui com o olhar ate que ela desaparecesse nos portões da escola. Voltei meu olhar ao chão abaixo de mim. Sorri.
Entramos assim que Baekhyun se juntou a nós. Começo de ano sempre é corrido para os representantes de sala então graças a Deus não verei a cara de Irene ate o intervalo, isso já me deixou mais feliz. Entramos na sala de aula encontrando os mesmos rostos de sempre, com eles, Park. Baekhyun correu ate ele o abraçando.
-Que saudade de você –ele disse manhoso como uma criança.
-Nem parece que viu ele ontem –disse Yoongi rastejando ate seu lugar.
-Deixa o menino sentir minha falta- Chanyeol o abraçou –Ele demonstra que se importa comigo, ao contrário de certas pessoas que nem ao menos me cumprimentam.
-Eu quero que você morra –Yoongi fez um coração para Park e o mesmo o retribuiu mostrando seu dedo do meio.
-Da pra sentir o amor no ar –disse indo ate Chanyeol e tirando Baekhyun de cima para que pudesse cumprimenta-lo. –Bom dia.
-Bom dia, Kookie.
-As férias passaram e vocês continuam nessa viadagem? –essa voz... estremeci. Essa voz do cão. Fechei os olhos bufando e amaldiçoando a dona dessa voz. Me virei encarando a loir... morena? Tá, ela ta mais bonitinha. –Jeon JungKook.
-Não, não, Tom Cruise. –cruzei os braços encostando na mesa do Yoongi.
-Você é um garoto? Estranho, é mais feminino que eu –revirei os olhos.
-Pensei que estaria livre de você ate o intervalo.
-Não desanime, já estou de saída –juntei as mãos em agradecimento –Só vim trazer a garota nova –a mesma gesticulou com a cabeça e a segui. Era ela, a menina da entrada, ela retribuiu o olhar o desfazendo rapidamente. Ela com certeza, linda. –Perdeu alguma coisa ali? –revirei os olhos.
-Você não estava de saída? -Irene se virou saindo da sala deixando apenas seu perfume levemente viciante.
-Vocês se amam não é mesmo? –Baekhyun disse me encarando ao lado de Chanyeol.
-Tanto que rezo todos os dias para que ela caia no banheiro e o salto alto dela entre dentro de seu olho esquerdo. –me sentei ao lado de Yoongi. Voltei o olhar para minha nova colega de classe que encarava o nada a sua frente. Quem é ela?
Formulei tantas perguntas em minha mente que me atrapalhei em meus próprios pensamentos, eu quero saber mais sobre essa garota, ao todo ela parece apenas uma menina normal da escola, mas meu instinto esta apitando, ai tem coisa. Encarei seus cabelos castanhos por um bom tempo, um tempo que foi grande o suficiente para Taeyeon, Joy e Yoona se aproximarem.
-Kookie? Esta entre nós? –Taeyeon estralou os dedos no meu rosto e a encarei sentada a minha frente.
-Desculpa, estava voando alto aqui.
-Nota-se –disse Yoona ao seu lado.
-Oi meninas –sorri para as duas a minha frente. Todos tem aqueles grupinhos de amigos que se conheceram do nada, começaram a conversa do nada, e não se separam porque não tem muitas opções. E meu grupo de amigos se constituem de Park Chanyeol, Byu Baekhyun, Min Yoongi, Kim TaeYeon, Im Yoona, a nossa queridinha Joy e aquele demônio ex loiro. Nos conhecemos em uma festa de negócios, sem querer ser esnobe nem nada, mas nossos pais são os mais bem sucedidos da escola, o pai de Chanyeol é o dono do colégio, meu pai e dono dos hospitais particulares de mais prestigio de Seoul, o pai do Baekhyun é o dono dos Hoteis mais famoso da cidade e assim por diante.
Acho que esse fator pode ter contribuído para as pessoas se afastarem de nós, então não temos escolhas a não ser um ao outro. Não somos o que as pessoas acham de que somos, esnobes que só pensam no poder que a família tem, somos jovens normais, não escolhemos o sobrenome que carregamos. Mas agora, não fazemos questão de mais ninguém ao nosso redor a não ser nós mesmos.
Dizem que felicidade de pobre não dura muito, mas com os ricos não é diferente, o sinal do intervalo tocou e saímos para comer alguma coisa, Baekhyun foi na frente com as meninas, a anos ele vem correndo atrás de Yoona e ela nunca deu bola para ele, ela só pensa no orelhudo ao lado dele. Eu não entendo essas meninas.
Arrumei minhas coisas devagar, com os pensamentos perdidos nos hospitais Jeon e meu irmão perdidão no meio de tudo aquilo. Bufei. Não restavam muitas pessoas na sala, mas havia uma em particular que eu não me incomodaria se em encarar o resto do dia. Ela juntou o resto de suas coisas e saiu da sala sem nem ao menos um olhar para trás. Ela atravessou a porta e algo brilhante e pequeno foi deixado para trás, peguei minha mochila e fui ate lá. Era uma pulseira de prata com pequenas luas. Olhei a mesma sumindo pelo corredor. Droga.
Corri pelo longo corredor ate ela, ela anda rápido demais meu Deus.
-Ei! –gritei em desistência. Estava na metade o corredor e a mesma no final dele, eu não aguentaria correr ate la, ainda mais com esses sapatos machucando meus pés. Ela se virou me encarando confusa. Andei ate ela, que permaneceu parada me encarando. –Você deixou isso cair –pendurei a pulseira na frente se seu rosto, ela era pequena, talvez seu rosto não passasse do meu peito, eu contive o riso.
-Minha pulseira –elas sorriu encarando as luas a sua frente –Obrigada.
-Sem problemas, senhorita...
-Park Jade. –mordi o lábio inferior assentindo. Bonito nome, para uma linda menina.
-Sou...
-Jeon JungKook?! –ela me interrompeu.
-Sabe meu nome? –ela assentiu sorrindo.
-Sem ofensas, seu nome esta no top cretinos da escola –meu riso saiu pelo nariz. Não estava surpreso, e já ate imagino quem foi a infeliz que criou isso.
-Hm –sorri –Não me surpreendo muito com as deduções das meninas dessa escola sobre minha humilde pessoa.
-Admite ser o que elas dizem? –molhei os lábios fitando o teto por um segundo.
-Eu ficaria mais admirado em saber que você não tira conclusões baseado na opinião de pessoas sem o que fazer da vida. –o sorriso dela se expandiu. Eu poderia ficar aqui por horas, ela é cativante. –Tenho esperanças de que sua opinião seja diferente, uma garota bonita como você deve ter opiniões próprias.
-Como posso pensar diferente quando esta jogando seu charme para cima de mim, senhor Jeon. –mordi o lábio. Seria muito egocêntrico se dissesse que sou charmoso naturalmente? E que se eu estivesse jogando charme para cima dela, ela já estaria implorando por um beijo meu.
-Não estou jogando charme para cima de você –achei que seria melhor dizer isso.
-Okay –ela sorriu –A garota bonita de opiniões próprias acha que galanteadores não ganham nada com ela.
-A garota bonita com opiniões próprias vai ver que tem muito mais no ‘’galanteador’’ do que só charme e um cabelo bonito.- ela apenas assentiu –A garota bonita e de opiniões fortes que esta na minha frente, vai ver que charme é minha menor qualidade.
-A garota bonita de opiniões fortes paga pra ver –num giro, ela desapareceu pelo corredor me deixando apenas com sua imagem gravada na minha mente, meu instinto não falha. Tem algo nessa garota, algo muito errado, ou muito certo. Sorri. Ela já é minha.
Os meninos se reuniram na minha casa a tarde, sem qualquer pedido é logico, esses abusados nem precisam mais disso. Yoongi estava deitado na minha cama ao meu lado, Baekhyun rodava na minha cadeira do computador e Park tomou chá de sumiço.
-Alguém sabe aonde esta o Chanyeol?- ambos me encaram com tedio estampado em suas caras.
-Como se perde um cara com orelhas daquele tamanho?- Yoongi, perde o amigo mas não erra o coice, incrível.
-Nem são tão grandes! –Chanyeol se manifestou na porta do quarto.
-Logico que não, assim como JungKook nunca pegou a Irene. –eu gostaria de estar com uma faca nas mãos mas infelizmente era apenas uma almofada, que voou na cara do Yoongi.
-Aish! Por que tem que ficar relembrando essas desgraça da minha vida? –os meninos riam –Eu não fico jogando na sua cara que já foi dispensando pela mesma menina mais de quinze vezes.
-Eu só estava brincando –murmurou ele.
-O que vamos fazer hoje? –perguntou Baek com um sorriso malandro no rosto, o sorriso que conhecíamos muito bem.
-FEEEESTA! –completamos.
-Vocês são uns cretinos mesmo –essa palavra de novo. Não sou um cretino galanteador, eu só não sou muito chegado em relacionamentos sérios, e não é culpa minha, essas meninas de hoje em dia que não passam de salto alto e maquiagem.
-Somos galanteadores mesmo? –eu fiquei meio assustado quando os três me encaram com um olhar de ‘’Isso não é obvio?’’. –Ah fala serio. Não somos assim!
-Kookie, só na semana passada, Yoongi conseguiu dez meninas diferentes. –exaltou Baek.
-Fazer o que, eu sou o rei delas queridos súditos.
-TOK TOK –comecei.
-Quem é?! –completou Baekhyun imitando a voz falha e calma de Yoongi.
-Modestia, meu amor, estou sentindo saudades –todas as tardes ficamos nessa, ate cansarmos, nos arrumarmos e ir fazer coisas bem uteis e prestativas...
-VIRA VIRA VIRA! –nossos gritos frenéticos e sorrisos sem motivo deixava todo o clima mais excitante enquanto Chanyeol se afogava em litros de álcool que nem me dei ao trabalho de saber qual era. Os palavras que Yoongi dizia em meu ouvido eram abafadas pelo som alto do lugar minúsculo em que estávamos, não to brincando minha casa é maior que isso aqui.
-Eu preciso tomar um ar-gritou Baekhyun. Assenti com um sorriso de quem não entendeu uma vírgula do que ele disso. A mão de Baekhyun envolveu meu pulso e o mesmo me puxou entras as pessoas estranhas que se esfregavam umas nas outras. O volume da musica estava diminuindo, a temperatura abaixando e eu finalmente me dei conta de que não estávamos mais dentro do Paradise Dance Clube.
Encostei no muro atrás de mim puxando o ar para dentro de meus pulmões. Me assustei quando senti meu corpo sendo pressionado contra a parede. Os lábios macios e levemente açucarados de Baekhyun grudaram nos meus me envolvendo num beijo um tanto desconfortável. Depois de certo tempo, eu já estava mais acostumado com o fato de estar sendo preso numa parede trocando beijos com meu amigo de infância, que por sinal tem um beijo muito bom. Eu já tinha feito isso antes, num evento de musica eletrônica nos Estados Unidos com um garoto chamada Jimin, foi estranho? Sim. Mas não se compara com isso aqui.
Ele retirou os lábios de cima dos meus e não entendi meus atos quando eu o girei prendo-o na parede e o agarrando novamente. Eu não sei se é algo meu ou se só to doidão, mas decidi curtir o momento.
Baekhyun e eu estávamos sentados num banco perto da boate em que estávamos a alguns minutos atrás quando os dois chegaram.
-O que estão fazendo aqui fora? –ah, coisas normais como nos beijar e tals.
-Nada –respondemos juntos.
-Baekhyun queria um ar.- Eles assentiram.
-E agora acho que vou para casa –o mesmo se levantou e eu o segui.
-Posso te levar em casa –Park se manifestou, mas Byun negou. Eu apenas o observava eu ficaria meio puto se Baek aceitasse isso logo após me beijar, que puta. –Posso ir sozinho. –ele estava serio e relacionei aquilo ao que aconteceu a pouco, assentimos e o mesmo se despediu. Temos o que conversar mais tarde senhor Baekhyun.
-Eu não sei vocês mas já estou cheio desse lugar, e quero minha cama –Yoongi bocejou. Não é muito anormal Yoongi querer dormir e não ficar muito tempo em festas conosco.
-Não vai pro Jungkook? –o mesmo negou a pergunta de Park.
-Esta convidando ele para dormir na minha casa?Deu erro na minha mente –o mesmo revirou os olhos como se eu é que estivesse dizendo lorotas.
Acabou que todos fomos para nossas respectivas casa. O que tinha acontecido naquela noite martelou na minha cabeça por todo o caminho de volta para a casa, ate que algo totalmente aleatório tirou minha atenção.
-Pare o carro por favor –orientei ao motorista. Num pulo desci do carro arrumando a jaqueta azul que cobria meu corpo. Corri ate a calçada agarrando o braço da garota a minha frente.
-Jeon... –não dei a ela tempo para pensar e em pouco tempo Irene estava em meu carro tirando a pouca roupa que eu estava vestido. Não vou colocar a culpa no álcool, mas sim na minha falta do que fazer, eu vou me amaldiçoar para sempre amanha de manha.
(House of Cards- Bangtan Boys)
As pré-eliminares rolaram na escada. Tinha me esqueci do quão lindo e atrativo era o corpo de Irene. Seus beijos não eram frenéticos, eram calmos e sedutores, meus dedos deslizavam suavemente sobre sua pele macia e cheirosa, quando tirei o mini vestido branco que cobria seu corpo a deixando apenas de lingerie, a peguei no colo subindo o restante das escadas. A coloquei sobre minha cama devagar a deixando por um momento para poder trancar a porta, não admito interrupções em ocasiões como essa. Quando voltei a mesma mordia os lábios vermelhos, sorri. Tirei minha camiseta me lançando encima de Irene. Avancei em seu pescoço o mordendo com toda essa vontade que eu estava dela nesse momento, meus beijos desceram ate seu seios fartos cobertos pelo sutiã branco que coloquei de lado enquanto chupava o colo de seus seios os apertando lentamente. Os gemidos contidos de Irene deixava tudo mais excitante.
-Não se contenha –subi ate seus olhos para poder olhar fundo nos seus olhos.
-Não quero acordar o Jin –mordi o lábio num sorriso. Vou ter que jogar sujo. A beijei novamente descendo ate seu queixo, subindo ate seu ouvido. Minhas mãos deslizaram ate sua parte mais delicada e a toquei com dois dedos.
-Geme pra mim, minha garota. –ela se contorceu abaixo de mim finalmente soltando o gemido tão gostoso que eu queria ouvir.
A noite passou assim, entre beijos e provocações, minhas mãos nela e as dela em mim. Irene sempre foi uma parceira excelente na cama, sempre sabendo o que fazer,e dizer. Ela consegue me levar a loucura como ninguém.
Já eram 1:30 da madrugada e eu a encarava deitada na minha cama, como se ela fosse uma criança na cama dos pais. Sai na varando tentando não a acordar. Me sinto mal, não por ter dormido com minha ex, mas por ter dormido com minha ex no dia em que beijei um dos meus melhores amigos. Talvez eu seja como Park disse, como todas as garotas daquela escola acha.
-Algo de errado? –a voz de Irene me despertou, me virei para encara-la, ela estava deslumbrando envolta nos lenções brancos.
-Sou um galanteador cretino?-ela sorriu vindo ate mim, seus braços se envolveram em meu pescoço.
-O maior deles –brincou ela. Aquele sorriso tirou um peso imaginário que estava sobre minhas costas mesmo eu sabendo que ela estava fazendo aquilo apenas para me ver bem. –Por que isso agora, Kookie? –a anos ela não me chamava assim.
-Não quero ser como aqueles idiotas que engana garotas, que as magoa –abaixei a cabeça num suspiro mas a mesma a levantou, retirando o fios de cabelo que caiam sobre meus olhos.
-Você não tem que ser –ela tem toda razão. Depositei um beijo em sua testa a pegando em meu colo.
Nos deitamos novamente, Irene sobre meu peito, meus dedos dançando em suas costas. Não há nada mais reconfortante do que isso, do que ela, mesmo sabendo que amanha vamos nos odiar de novo e cobrirmos essa saudade que sentimos um do outro com coices e insultos. Eu me sinto melhor perto dela do que de qualquer outra pessoa.
Acordei com o barulho do chuveiro. Me sentei na cama arrumando os cabelos, o cheiro de Irene estava espalhado por toda a cama e assim que ele invadiu meus pulmões me joguei novamente na cama com um sorriso. O chuveiro cessou e voltei a me sentar encostando na cabeceira da cama, não demorou muito para Irene sair do banheiro coberta por uma toalha.
-Bom dia –ela me olhou seria e mordi o lábio.
-Você não tem despertador? –neguei com um sorriso. Irene é muito controladora e perfeccionista, acho que essa foi uma das razoes do nosso termino. –Estou atrasada.
-Notei –a mesma abriu a bolça que eu não me lembro dela ter trago - mas tudo bem – tirando o uniforme de la –Isso sempre esteve ai? –ela assentiu. –Por que não estou surpreso?
-Por que sabe que sou precavida –concordei –Eu ia dormir na casa da Joy.
-Ela deve estar doida atrás de você. –eu me arrumei na cama fechando os olhos apenas curtindo o cheiro maravilhoso que emanava no meu quarto inteiro.
-Doida vou ficar eu se você não levantar dai agora e ir toma um banho –suspirei. Quando Irene quer uma coisa, dificilmente ela não consegue, e ela nunca pede desculpas ou implora por algo, diz a lenda que ela só chorou quando aquela peste de papagaio idiota dela morreu... eu não tive nada haver com isso.
-Tá bem mamãe. –só mais cinco minutinhos.
-JUNGKOOK –a mesma tacou a toalha em mim e levantei num pulo, eu sei que se não levantar o próximo a voar em mim será o abajur.
-Você demora demais para tudo, JungKook –Irene não parou de me julgar desde que sai do banho, e ai esta a velha Irene de sempre.
-Você gostou dessa demora ontem a noite –retruquei mordendo o lábio inferior e a mesma me respondeu com um soco no peito.
-Bom dia crianças –ela parou no final da escada fitando Jin que ria com a situação.
-Olá, oppa –a mesma se curvou e ele apenas sorriu. Desviei dela me sentando em uma das cadeiras da mesa. –Ah nem pensa em comer, já estamos muito atrasados.
-Você nunca come, o que deu em você? –perguntou Jin. Com um sorriso no rosto me virei encarando Irene.
-O que deu para mim, seria o certo- Jin já esta acostumado com essas minhas brincadeiras com Irene e ela também, não é como se ela nunca tivesse me ofendido para ele também. Ela abriu o sorriso mais falso que eu já havia visto e veio ate mim.
-IRENEEE, AISHHH... –a mesma segurou meu nariz o puxando para a saída da casa.
-Ate, Jin oppa.
-Ate mais Irene –a risada do Jin ficou distante. Ela me soltou quando estávamos entrando no meu carro.
-Para a escola por favor –o motorista apenas assentiu seguindo os comandos de Irene a senhorita eu mando eu tudo.
-Eu odeio você –o sorriso dela se expandiu como se essas fossem as palavras mais doces que ela já estivesse escutado.
Chegamos na escola e desci do carro junto com Irene, Baek e Park estavam na porta do colégio e ambos me encaram com espanto. Eu também não estava acreditando naquela cena. A mesma se virou para mim antes de entrarmos no colégio.
-O que vamos dizer? –neguei.
-Pode escolher, mas sabe que eles vão saber não é?! –ela assentiu. Os meninos me conhecem e conhecem Irene então é falho tentar enganar, e isso é o que vai me complicar.
-Você me trouxe a pedido de meu pai, qualquer coisa diga que eles querem nos ver juntos de novo para juntar as famílias e blá blá blá –assenti.
-Nunca ira existir uma mentirosa tão linda como você –segurei seu queixo a vendo revirar os olhos.
-Ridículo.
-Irene –a segurei antes dela partir –Pode entrar com Chanyeol? Preciso falar com Baek a sós –a mesma assentiu se distanciando. –Nem um beijinho –ela me respondeu com um dedo do meio e sorri.
Baekhyun se aproximou serio e aquilo revirou meu estomago.
-Dormiu com a Irene? –eu não o respondi, nem mesmo o olhei nos olhos, estava com algo semelhante a medo, medo de perder meu amigo para uma coisa banal como atração. –Mas que merda, JungKook. O que você esta fazendo? O que você estava pensando?
-Não Baekhyun, me responda você! O que você estava pensando? –o mesmo não abandonou a expressão seria –O que você esperava? Um romance super aceito por um herdeiro Jeon e um Byun? Cara olha nossa realidade, olha quem nós somos, quem é nossa família. Baekhyun o que você tem na cabeça?
-Você, JungKook –o mesmo me calou –Eu tinha em mente que você poderia ser diferente daqueles dois idiotas que temos como amigos. Não quero me envolver em nem um tipo de romance com você, olha minha cara JungKook –eu não estava entendendo –Eu nunca havia beijado um garoto antes –ah não –E achei que se fosse com um garoto diferente de Chanyeol ou Suga poderia ser especial, mas não. O herdeiro Jeon não passa de um cretino como qualquer outro. – eu não sabia sobre isso. Eu não acho que seja algo muito importante, mas era um primeiro beijo e eu fui um idiota, eu entendo o fato dele não ter escolhido Yoongi ou Park, ele me achou certo mas eu acabei com isso. Eu sou um idiota. Baek se distanciou antes que eu pudesse dizer algo. Me perdoa, amigo.
Encostei no muro do colégio passando as mãos no rosto.
-O que foi que eu fiz? –murmurei.
-Besteira –pulei de susto ao ouvir a voz dela. Levantei meu olhar ate o seu que me aguardava com um sorriso.
-Jade? –sorri simpático –O que faz aqui? –perguntei sem pensar.
-Eu estudo aqui e tals –revirei os olhos, logico Jungkook, o que mais ela estaria fazendo aqui? Comprando arroz? Idiota.
-Eu estou viajando –ela assentiu.
-Eu percebi. E desculpa me envolver mas vi que Baekhyun saiu irritado daqui –ela o conhece?
-Você...
-Ele me mostrou onde fica a biblioteca ontem e... ele fala um bocado. –rimos. Nos melhores dias de Baek ele realmente não para de fala.
-Nós discutimos por uma razão idiota.
-Sabe... –ela se aproximou –Ele foi a primeira pessoa que vi falando bem sobre você. Ele realmente o vê como um grande irmão, então sem querer ser chata nem nada mas, peça desculpas.
-Você é tipo uma psicóloga ou algo assim? –brinquei arrancando um sorriso dela. Ela tem razão, Baek é meu irmão, e eu preciso fazer algo para que ele possa me perdoar, eu preciso dele comigo, para o que der e vier.
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