História For Perfection - Obrigado por me salvar.

Selena Gomez Point Off View.

Miami — Flórida.

09horas45min, AM.

Após várias paradas em milhares de postos de gasolina, eu finalmente chego a Miami, minha antiga cidade, aonde terei que morar por um ano completo, junto com meu pai. Oque descordei, até perceber que já estava dentro do automóvel prata da minha mãe, saindo do Texas. Não que eu não queria passar esse ano junto com o meu pai, é sim, porque não vou muito com a cara da minha madrasta, e muito menos com a cara de sua filha, contudo, minha mãe terá que viajar a trabalho durante um ano, e ela alegou que não poderia me levar, mesmo querendo.

Papai ficou feliz com á noticia, visto que o homem sempre me quis junto a ele, e sua nova família feliz, do qual tenho certeza que não pertenço.

Papai irá casa-se ainda este mês, mesmo eu sendo completamente contra, terei que ser uma das damas de honra e tenho certeza que se Adrien estivesse vivo, iria rir da minha cara de boboca em cima daquele altar cheio de motoqueiros suados.

Adrien era meu namorado. Ele sofreu um grave acidente de carro á dois anos atrás, entretanto, mesmo estando longe, eu ainda sinto sua presença aqui, comigo.

— Comporte-se querida, não esqueça que eu te amo muito. — minha mãe disse, ao estacionar seu automóvel em frente a minha antiga casa. — E lembre-se, não saia muito com o sue pai, suas amizades não costumam ser muito boas.

Papai e mamãe separaram-se a mais ou menos cinco anos. Eu sofri no começo, mas com um tempo fui percebendo que ambos não tinham nada haver, e que mesmo que tentassem, eles não seriam felizes juntos. Mesmo com minha guarda dividida, mamãe nem sempre deixava-me vim vista meu pai, ela sempre me coloca em um acampamento, ou alguma viajem de colegial, e me fazia ir. Entretanto, ela não tem outra alternativa a não se me deixar aqui, morando com o meu maravilhoso pai, por um ano.

— Eu te amo mamãe, mas não lhe prometo que me comportarei. — brinquei, fazendo-a me olha incrédula. — Estou brincando.

— Curta bem a seu ano, querida, em breve estarei aqui para lhe visita, você saber que sentirei sua falta, mas será apena um ano, não é mesmo?— Mandy depositou um beijo singelo em minhas bochechas, oque me fez resmunga quão melosa e exagerada ela estava sendo, mas acabei cedendo aos seus carinhos e a abracei fortemente.

Já do lado de fora do carro, despeço-me de minha mãe com um ultimo aceno, vendo-a solta um beijo no ar, e então, ligando seu automóvel e aos poucos, saindo das minhas vistas. Ao caminha pelo imenso jardim, observo o meu pequeno balanço de madeira, e a minha pequena casa na árvore, no qual papai construiu quando completei dez anos, com isso, o imenso sorriso não deixou de transparecer em minha face, pois mesmo depois de sete anos, eles ainda estão ali, inteiros.

Antes de bater na porta, não me surpreendi por ela está aberta. O bairro aonde papai mora, sempre foi muito calmo, e com isso, as pessoas sempre deixam suas portas abertas, sem medo de suas casas serem invadidas ou qualquer outra coisa.

— Selena! — a voz do meu pai foi proferida, ao vê-me atravessa a porta principal de sua casa.

— Olá, papai. — eu disse, ao aconchegar meu peito junto ao seu, em um abraço apertado.

— Como está crescida minha princesa. — ele disse, ao cessar o nosso abraço.

— O senhor me viu á três semanas atrás, esqueceu? — o questionei, enquanto rolava meus olhos em todas as partes da pequena sala de estar, na qual está totalmente diferente desde a á ultima vez que vim aqui.

— Ainda não me acostumei com o fato de está crescendo, olha para você? Está incrivelmente crescida, e não é mais minha menina, você cresceu muito rápido, e acho que nunca me acostumarei com isso. — papai confessou, e a decepção era notável em sua face, visto que papai sempre me viu como um bebê, incapaz de defende-se contra as coisas ruins da vida.

— Não exagere tanto papai, eu sempre serei sua menininha, não importa oque aconteça. — assegurei, dando-lhe outro abraço. — Onde está sua noiva?

— Ela foi procura um vestido para sua filha ir ao nosso casamento, você sabe o quão Ashley é chata, e sua mãe teve e ir junto para que ela não comprasse toda loja. — papai respondeu, fazendo-me gargalha, oque aconteceu o mesmo com ele, quando já estávamos sentados no sofá da sala.

Não o respondi, apenas assenti com a cabeça. Na verdade, eu não me importava de aonde ou aonde a noiva do papai estava, apenas queria ficar a sós com ele no momento, pós todas as vezes que passava o verão em Miami, Ashley sempre dava seu jeito de atrapalha tudo. Ou seja, eu não á suportava, de nenhum modo possível.

— Como está o Dobby? Sinto falta daquele cachorro fedido. — disse papai, tirando do seu bolso um cigarro.

— Não fume dentro de casa papai, ficará tudo fedido. — tomei o cigarro de suas mãos, o jogando na mesinha de centro da sala. — O Dobby está bem.

Dobby e meu cachorro, que está morando com a minha avó, já que minha mãe não deixou que o mesmo viesse morar conosco, alegando que papai não lembraria nem ao menos alimenta-lo.

— Sua mãe foi injusta em não deixa-lo morar aqui, eu tenho certeza que cuidaria muito bem do mesmo. — revirei os olhos, tenho certeza que papai o deixaria morre de fome, e o próprio também sabe deste fato.

— Tudo bem papai, você pode me dizer aonde irei dormi? Essa casa está tão diferente. — confessei enquanto observava mais uma vez a pequena sala, que estava incrivelmente arrumada, entregando que papai contratou algum para isso.

 — Não acredito que não sabe aonde é seu quarto? — papai colocou a mãe em seu peito, fingindo-se de ofendido. O olhei furiosa, fazendo seu sarcasmo sumir e ele me dizer: — A terceira porta do corredor, pequena lua.

— Não sou mais sua pequena lua papai, eu já cresci, lembra? — ele bufou, parece que não gosta quando o lembro disso. Apenas depositei um beijo em seu testa e segui em direção ao pequeno corredor, adentrando então na terceira porta.

O quarto estava exatamente como eu deixei, até mesmo os meus brinquedos. O cheiro de mofo era notável, entretanto, joguei-me na cama de solteiro, arrancando meus sapatos e em seguida o meu casaco.

Será um ano difícil, mas eu tenho que me acostuma, e aproveita o pequeno tempo que terei com o meu pai. Sei que papai não e fácil de lidar, mas no fundo eu estou bruscamente feliz em saber que passaremos esse ano juntos, e espero que nada nem ninguém nos atrapalhe.

Dois dias depois.

Miami — Flórida.

09horas45min, AM.

Nesse exato momento, estou na praia, junto com Ashley, e suas amigas patricinhas. Meu pai achou preciso que eu me aproximasse da minha nova “irmã” e obrigou-me a aceita o seu convite, e vim com a mesma para a praia. Descordei loucamente, até que ele ameaçou-me, dizendo que se eu não o obedecesse, tomaria o meu celular por toda férias, e de fato eu não queria que isso acontecesse.

Sentada na areia, observo o mar, aonde há vários rapazes jogando bola na areia, e é claro que a atenção de todas as meninas estão focadas nos rapazes, oque fez-me bufar, porém, continuei a observa as ondas no maravilhoso mar de Miami. Eu havia esquecido quão belo, Miami conseguia ser, apenas pelas imensas e maravilhosas praias, eu literalmente sentia muita falta desta brisa, e de todo sentimentos bons que sentia quando aqui morava.

E é com isso, que decidi então, adentra ao mar. Levantei-me devagar, tirando de mim o tecido do vestido preto que me cobria, deixando-me apenas coberta pelo meu biquíni, também preto. Ao encara as duas loiras observa-me, apenas sorriu, sei que elas olhavam-me confusas, como se perguntasse oque eu estava fazendo, mas eu apenas girei meus calcanhares, e caminhei até o imenso mar.

As ondas estavam fortes, mas isso não me impediu de adentra no mar, e joga-me com tudo para dentro da água. Eu sentia falta disto, na verde de tudo que vive e passei nesta cidade.

Depois de alguns minutos, meu corpo foi coberto por uma imensa onda, que acabou levando-me para longe. Depois de alguns segundos, o desespero tomou conta do meu corpo, e eu apenas batia meus braços na água, e buscar de volta novamente á superfície, ou até que alguém percebesse o meu desespero e viesse ajuda-me. Sem sucesso, eu já havia perdido o fôlego, mas também, eu já havia me perdido na horrível escuridão.

Quando em fim, o ar chegou aos meus pulmões, soltei toda água salgada do mar que eu havia engolido. Abrindo meus olhos lentamente, a minha visão foi tomada pelo loiro das íris castanhas, que me encarava com um olhar preocupado. Por alguns segundos, questionei-me de quem e oque ele estava fazendo, com sua face tão próxima a minha, contudo, ao rola meus olhos. Noto a presença de Ashley junto com sua amiga, e outras pessoas, que me observavam na mesma forma que o loiro.

Questionei-me então, será que o rapaz fez respiração boca á boca em mim? Pois mesmo sendo extremamente bonito, em nem ao menos o conheço. E sempre achei isso meio nojento quando via em filmes.

— Você estar bem? — questionou o loiro com uma voz incrivelmente rouca, sua respiração estava acelerada, indicando que ele havia corrido.

— Sim. — respondi apenas, pois não tinha muito a dizer, estava tentando processa tudo que acabará de acontecer.

Sentindo a minha cabeça lateja, eu queria levanta-me, mas sem sucesso, pois minha pernas estavam bambas, e minha respiração não estava normalizada como deveria.

— Não tente levanta, você está fraca. — novamente o loiro proferiu, fazendo-me concorda com a cabeça mesmo discordando, ele parecia entender mais do que eu, então resolve apena assenti e me manter quieta.

— Obrigado por me salvar. — eu disse mesmo não saber se foi oque de fato aconteceu.

— Não tem de quer. — respondeu-me ele, não deixando de abrir um belo sorriso em seus lábios.

 — Selena! — meu nome foi proferido, fazendo meu olhar ser direcionado a Ashley, que parecia está totalmente em choque. — Achei que você fosse morre, nunca faz faça isso comigo, você é a única irmã que tenho.

Não deixei de arregala os olhos com sua confissão, já que eu e Ashley nunca fomos muito próximas, bom, ela sempre tentou aproxima-se de mim, mas eu nunca dei muito bola para á mesma.

— Está tudo bem, Ashley, foi apenas um susto. — disse, apenas para tranquiliza-la e para que não me enchesse de perguntas, ou sermões.

— Ashley, você quer que eu as leve para casa? — o rapaz ao seu lado perguntou, fazendo-me nota-lo pela primeira vez ali.

— Não precisa Ryan, você e Justin tem que treinar, a competição é amanhã, lembra? —respondeu a loira, fazendo o rapaz apenas concorda com a cabeça. — Barbara, pode ir para casa se quiser, Selena irá dormi em minha casa hoje.

— Mas nós tínhamos combinado Ashley, lembra? Iriamos juntas para o colégio amanhã. — suplicou a loira, era visível o seu irritamento.

— Você sabe ir sem mim, não saber? Tenho certeza que sabe o caminho. — a loira assentiu, sem dizer nada para Ashley, que apenas ajudou-me a levanta, e juntas fomos até o seu carro.

— Eu já lhe disse Ashley, eu estou bem. — pela quarta vez, respondi á loira, que estacionava seu carro em frente a sua casa.

— Tudo bem. — respondeu-me por fim, fazendo-me suspirar de alivio, eu já estava cansada de responder suas perguntas. — Mamãe ficará feliz em tê-la aqui.

— Olhar, eu posso lhe pedi algo? — perguntei, vendo-a assenti logo em seguida. — Não diz nada ao meu pai sobre o acidente ok? Você dever conhece-lo e se sim, sabe o quão exagerado ele costuma ser.

— Não falarei nada, pode ficar tranquila, Lena. — assegurou-me a loira. — Estou feliz com o fato de que passara a noite aqui.

— Só não irei para casa, porque papai quer muito que nos aproxime, mas eu não estava nem um pouco afim de ficar em sua casa, então não finge que gostar de mim, pois sei que só esta fazendo isso para agradar sua mãezinha. — respondi, fazendo-a me olha incrédula. Não me arrependi do que falei, visto que eu só falei verdades, pelo menos da minha parte.

— Não, estou fazendo isso porque quero realmente aproxima-me de você, Selena. E eu fico realmente triste por acha ao contrario. — a garota foi um pouco fria com sua resposta, e abriu rapidamente a porta do seu conversível prateado, saindo logo em seguida.

Eu apenas bufei, sei muito bem que é um das inúmeras ceninhas que uma das Benson pratica. Entretanto, resolvi segui-la, e desculpa-me pela minha “grosseria” já que se meu pai soubesse, eu estaria incrivelmente ferrada. Com isso, adentrei rapidamente em sua casa, seguindo seus passos, que iam diretamente ao andar de cima. Adentramos juntas em seu quarto, aonde a loira jogou-se em sua cama, tirando do seu short, o seu telefone rosado. Sentei-me ao seu lado, mas em nenhum momento a garota me encarou, então puder ter certeza do quão cabisbaixa a loira estava.

— Ashley, me desculpa, ok? Não queria ser grosseira. — ao dizer, a loira direcionou seu olhar para mim, esperando que eu prosseguisse. — Eu nunca tive meu pai por perto, digo, faz muito tempo que não ficamos bastante tempo juntos, entende? Então eu confesso que sinto um pouco de ciúmes, por você estar sempre perto dele, é eu não.

— Eu te entendo, eu sinto a mesma coisa com o meu pai. — ela sorriu sem graça, mesmo depois da minha grosseria, Ashley, respondeu-me como se nada houvesse acontecido.

— Você me desculpa? — perguntei um pouco sem jeito, já que nunca fui do tipo de desculpa-me com ninguém.

— Desculpo. — respondeu-me, fazendo-me sorri um pouco mais. — Mas com duas condições.

— Quais seriam? — confesso que tive medo de sua resposta.

— Terá que ir amanhã comigo para uma competição de motoqueiros, no qual meu namorado participará. — a garota soltou de imediato, e eu já esperava coisas parecidas, pois sempre quem aqui estava, ela sempre arrumava um jeito que me tirar de casa.

— Tudo bem. — apenas respondi, vendo-a me olha incrédula.

— Mas assim, tão fácil? — perguntou a loira, ainda confusa.

— Sim. — deitei-me ao seu lado na cama, ouvindo as palmas que a garota fazia, enquanto soltava alguns gritinhos irritantes. — Agora diz, qual é a outra condição?

— A outra condição é: Teremos que começa do zero. Digo, nós teremos que ser amigas por um tempo, se não der certo, garanto-lhe que não encherei mais o seu saco, e a deixarei em paz todas as férias de verão que passará aqui. — fiquei um pouco incrédula com o seu pedido, e um pouco confusa com o fato de Ashley deseja tanto se aproxima de mim, visto que isso não é normal, na verdade, as pessoas costumam querer distancia de Selena Gomez.

— Primeiro me diz, porque quer tanto se aproxima de mim? Você tem milhares de amigos, eu não entendo.

— Não importa quantos amigos eu tenha, eu quero uma irmã. Esse sempre foi meu sonho, e quando nossos pais assumiram o noivado, oque me fez mais feliz foi saber que teria uma irmã como você, Selena. Seu pai costuma falar tão bem de você, e o meu sonho, era apenas ter um pouquinho das suas qualidades, para que meu pai me veja, como o seu lhe vê. — sua resposta, fez-me por um instante, senti pena da loira. Agora sim, entendo o seu jeito carente de ser, e entendi então, o porquê de querer tanto se aproxima de mim.

— Ashley...

 — Sei que vai me achar estranha, mas olha sua vida? Mesmo separados, seus pais sempre foram presentes em sua vida, em todas as suas festas de aniversario, seu pai viajava para estar com você, Selena. Meu pai não tá nem ai para mim, ele nem ao menos, me ligar no natal, e quando eu faço isso, não demora muito para ele desligar e dize que está ocupado.

De um lado Ashley estava certa, meus pais sempre foram muito atenciosos quanto a mim, ambos sempre foram presentes em minha vida, e meu pai, mesmo longe, sempre arrumava um jeito de ir me vê, ou leva-me para viajar. Meus pais são literalmente os melhores pais do mundo, e sempre me deram a atenção que precisava. É claro que, a separação de ambos foi difícil para mim, e minha mudança para minha cidade natal foi muito dolorida, apenas pelo fato de ter que deixa meu pai aqui, e ir embora. Mas ele prometeu-me que nunca me deixaria só e que sempre que eu o quisesse por perto, precisava apenas fazer uma ligação, e o mesmo estaria lá correndo, e foi assim, durante os três anos que passamos separados.

Com isso, entendo Ashley, e sinto pena, mesmo não sendo isso que ela deseja. Eu não sei oque seria de mim, se não tivesse meu pai por perto, já que o mesmo, e um das coisas que mais amo em toda a minha vida. E seria difícil saber que o mesmo não se importava ou ao menos ligava para mim, na verdade, seria como uma facada em meu coração.

— Eu te entendo Ashley, mas acho que não deveria ligar para o seu pai. Você tem ao meu, e mesmo não sendo de sangue, você será sua filha agora. — fui mais sincera o possível, mesmo não gostando muito da ideia, Ashley será minha nova irmã, e a única coisa que tenho que fazer é aceitar.

— Então você aceita minhas condições? — a garota perguntou-me com os seus lindos olhos azuis suplicando por resposta. Eu apenas assenti com a cabeça, sem deixar de dá um sorriso de leve. — Obrigado, Selena. Garanto-lhe que não irá se arrepender.

Sinto como se estivesse respirando meu ultimo suspiro

Sinto como se estivesse andando meus últimos passos

Olhe para todas essas lágrimas que eu chorei

Olhe para todas as promessas que eu tenho mantido

— Purpose.