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História For The Love Of a Daughter - Pretend It's Ok


Escrita por: mclaraaaaaaaa

Notas do Autor


Nome do capitulo: Fingindo estar tudo bem.

Até amanhã, manassssss.

Espero que gostem.

Capítulo 31 - Pretend It's Ok


Mutano olhou para Ravena e bufou. As luzes da sala da Torre estavam apagadas, deixando-o livre para vigiar tudo que acontecia enquanto Indiana Jones passava na TV. Eleanor já tinha ido dormir para conseguir acordar cedo no dia seguinte, fazendo com que apenas os adultos continuassem acordados.

Barry Allen estava esparramado no chão, encostado nas pernas de Estelar, que estava sentada no sofá, e os pés em cima das pernas de Ravena, que estava ao seu lado no tapete. Ele estava completamente a vontade e aquela proximidade toda estava tirando Mutano do sério. Se Asa Noturna não se importava de ver as pernas de sua namorada servindo como encosto para um super-herói da Liga da Justiça, ele se importava de ver sua ex-namorada tão confortável com o cara mais rápido do mundo.

- Então – o metamorfo falou alto quando os créditos finais do filme começaram a subir pela tela. – Vamos dormir?

- Você já está com sono, cara? – Cyborg perguntou incrédulo. Eles eram sempre os últimos a irem dormir nas noites de filmes, então a fala do amigo era, no mínimo, estranha.

- Pois é. Acho que já está na hora de irmos todos para a cama...

- Logan, a única criança da Torre já foi dormir – Barry falou, desencostando-se das pernas de Estelar. – Por que você não relaxa enquanto nós assistimos ao próximo filme? Eu não sabia que Indiana Jones era tão bom, Rae!

Ravena deu de ombros e riu baixinho.

- Tudo que o Harrison Ford faz é bom, Barry.

- Sabia que o noivo dela tem ‘Ford’ como sobrenome, Barry? – Mutano perguntou com um sorriso maldoso.

- Você está noiva?

- Estou. – ela riu e mostrou o anel de diamante negro. – Me caso em 2 meses.

- Que coincidência! – Barry arregalou os olhos. – Se eu não estiver errado, o Garfield e a Tara também! Por falar nisso, adorei o convite de vocês. Aposto que foi ela quem escolheu... Você não tem bom gosto para essas coisas, Logan.

Cyborg e Asa Noturna gargalharam e Mutano fechou a cara.

- Eu também gostei muito do convite do casamento do amigo Garfield. – Estelar sorriu. – Estou muito ansiosa! Nunca fui uma noiva menor antes.

- Se chama dama de honra, Kori. – Ravena revirou os olhos. Todo aquele assunto sobre o casamento de Mutano estava a deixando sem paciência. – O próximo filme já vai começar. Fiquem em silêncio.

- Você não quer saber sobre os preparativos do meu casamento, boneca? – Mutano perguntou com a sobrancelha arqueada.

- Não, obrigada.                                             

- Sabia que o meu terno está sendo feito na Itália?

- Quer que eu comemore por isso? – ela perguntou com ironia. – A maioria das roupas do Ross são importadas e eu não fico falando sobre isso, sabe por quê? Porque ninguém se importa. Guarde essas coisas fúteis para a sua noiva.

Um silêncio constrangedor tomou conta da sala, e Cyborg pigarreou sem graça.

- Tudo bem – Barry disse, levantando-se do chão. – Eu preciso ir. A Iris deve estar me esperando e eu não quero atrapalhar os assuntos... Familiares de vocês.

- Nós não somos uma família – Ravena riu sem vontade.

- Ela tem razão. – Mutano concordou enquanto Cyborg, Estelar e Asa Noturna apenas olhavam.

- Bom... – Cyborg falou. – Eu vou ir para o meu quarto. Vou ligar para a Karen antes de dormir... Boa noite.

- Amigos – Estelar disse devagar. – Não se esqueçam de desligar a TV... Não precisamos de outra explosão. – ela sorriu para Ravena e Mutano antes de segurar a mão de Asa Noturna. – Boa noite.

Os dois concordaram com a cabeça e tentaram sorrir.

- Por favor – Asa Noturna sussurrou. Ele não entendia Mutano. Uma hora, ele falava que queria Ravena de volta. Na outra, ele a tratava como se não se importasse com ela. Alguma coisa estava errada, e ele não perderia a oportunidade de descobrir o que era. – Não se matem.

- Boa noite para você também, Dick. – Ravena revirou os olhos. O líder sorriu e subiu as escadas de mãos dadas com Estelar. – Então, Barry... Vamos terminar de assistir o filme?

- Eu adoraria... – ele sorriu. – Mas tenho que ir embora. Foi ótimo ficar esse tempo aqui com vocês. Espero não ter te incomodado, Garfield...

- Não incomodou. – Mutano respondeu seco. – Você é sempre bem-vindo aqui na Torre.

- É. Eu sei. Obrigado... Você me leva até a porta, Rachel?

- Claro. – ela concordou e o seguiu até a saída. As luzes da cidade brilhavam do outro lado do mar, e um vento frio soprava o cabelo dos dois.

- Sinto muito ter bagunçado as coisas entre você e o Garfield – Barry falou sem graça. – Não pensei que ele fosse reagir desse jeito... Quer dizer, todo mundo sabe que eu sou assim.

- O quê? – Ravena riu nervosa. – Você não bagunçou nada. As coisas já estavam assim antes de você chegar. Não se preocupe.

- Ravena. Eu sei que não estavam.

- Barry...

- Você devia chamá-lo para sair.

- Como é?

Barry riu e revirou os olhos.

- É. Chama ele para sair... Como amigos ou... Qualquer outra coisa que vocês dois sejam.

- Eu não vou fazer isso! E nós não somos nem amigos.

- É claro que não. Depois de tudo que vocês viveram, nunca serão apenas amigos... Sempre vai ter alguma coisa a mais. – ele piscou para Ravena e a abraçou. – Espero te ver em breve, Rae.

Antes que a empata pudesse responder, ele desapareceu em um raio luminoso, deixando-a sozinha do lado de fora da Torre. Onde ele estava com a cabeça? Ela e Mutano nunca seriam... Alguma coisa novamente.

- Seu amiguinho foi embora? – o metamorfo perguntou com ironia.

- Eu vou dormir. – Ravena falou, ignorando a provocação.

Ele soltou uma risada debochada e balançou a cabeça negativamente.

- Agora você quer ir dormir? Isso tudo só porque a sua próxima vitima acabou de ir embora?

- Você é louco, Garfield.

- Eu? Louco? Não, Rachel... Eu só estou falando o que eu vi... Ele te deu um beijo de despedida? Sabia que ele tem namorada? Seu noivo não vai ficar muito satisfeito com essa coleção de chifres que você está colocando nele.

Ravena deu uma risada nasalada e se aproximou dele.

- Então agora você está preocupado com o meu noivo? Depois de me beijar, de enfiar a mão por baixo da minha blusa e de praticamente falar na minha cara que quer transar comigo?

- Eu não disse isso! – Mutano protestou.

- Ah é, você estava bêbado demais para ter noção de qualquer coisa.

- Não me venha com essa, boneca! Não sou eu quem está atirando para o lado de todos os super-heróis existentes na Terra. Qual técnica você usa? Pega o primeiro que aparecer e pronto?

- Você está atirando para o único lado que não deveria atirar – Ravena provocou. – Não aprendeu nada 12 anos atrás?

- Aprendi tanta coisa... Você não tem nem noção – Mutano respondeu com a voz carregada de tristeza. – E você? Aprendeu alguma coisa? Aposto que não, já que você não consegue esquecer seu passado...

- Eu não consigo? É você quem fica me beijando sempre que não tem ninguém por perto.

- Como se você não gostasse disso... Esqueci que você é uma santa. – ele ironizou. – A santa Ravena... Filha de um demônio, sofredora, pobre menina...

Ravena respirou fundo e passou as mãos pelo cabelo. Ele estava a tirando do sério.

- Eu amei você, Garfield. – ela confessou com os olhos cheios de lágrimas. – Eu fiz o melhor que pude.

- Sério? Quer que eu te agradeça por isso?

Ela balançou a cabeça negativamente e começou a subir as escadas em direção ao quarto de hóspedes. Aquilo estava a destruindo. Mutano engoliu em seco, percebendo que ela tinha ficado realmente mexida com a discussão.

- Rachel, espera.

- O que foi?

- Desculpa. Não queria te tirar do sério ou deixar triste. – Mutano fez sua melhor cara de arrependido e encolheu os ombros.

- Tudo bem... Talvez eu mereça ouvir tudo isso vindo de você. – ela mentiu, querendo que ele se sentisse culpado. – Mas o Barry... Ele só me deu um conselho.

- Qual conselho?

- Ele me disse para te chamar para sair... – Mutano abriu a boca algumas vezes, tentando processar a informação. – Só que... É melhor não. Boa noite, Garfield.

 “Ravena colocou as duas mãos na cabeça e andou de um lado para o outro em seu quarto escuro. Aquilo não podia estar acontecendo. Não podia!

Desde o início ela sabia que seria uma loucura levar a diante aquela história de gravidez, mas seus problemas estavam muito além da linhagem demoníaca que estava passando para frente. Era muito mais grave do seu querido pai.

- O que eu vou fazer? O que eu vou fazer? – ela se perguntou, tentando controlar as lágrimas. Seus poderes poderiam se descontrolar a qualquer momento e a última coisa que ela precisava era de mais problemas. Suas emoções estavam lidando... Razoavelmente bem com a gravidez, fazendo de tudo para não deixá-la se descontrolar, e sempre protegendo o bebê de qualquer mal que o corpo dela pudesse causar a criança. – Onde eu estava com a cabeça? É óbvio que esse tipo de coisa nunca vai dar certo para mim. Nunca! Mas não... Eu preferi arriscar e levar isso a diante – ela enxugou algumas lágrimas e suspirou. – Agora tudo está perdido e a culpa é minha... O que eu vou fazer?

A empata se sentou em sua própria cama e respirou fundo, tentando manter a calma. Ela colocou as mãos na barriga de cinco meses e sorriu com os olhos cheios de lágrimas.

- Ei bebê – ela sussurrou. – Você pode me ouvir? Eu não sei se isso é possível, mas... Se você estiver entendendo o que eu estou falando... Eu nunca, nunca vou deixar que nada de ruim aconteça com você. É uma promessa.

Naquele momento, a porta do quarto foi aberta, revelando um Mutano sorridente.

- O que é uma promessa? – ele perguntou com um sorriso bobo no rosto enquanto sentava-se na cama. Ravena enxugou as lágrimas rapidamente e usou sua magia para esconder os papéis de carta que estavam espalhados pelo chão de seu quarto.

- Na-Nada. Só estou conversando com...

- O bebê. Eu sei.

- Gar... – ela sussurrou, recostando-se no peito dele. Suas mãos ainda estavam na barriga de uma forma protetora. – Você acha que ele... Ou ela... Pode me ouvir?

- É claro que pode, Rae – ele sorriu, colocando as mãos por cima das dela. – Tenho certeza de que ele fica muito feliz quando você resolve contar suas histórias de Azarath...

Ravena riu baixinho e olhou de um jeito suplicante para Mutano.

- Rae... O que está acontecendo?

- Nada.

- Eu te conheço. Tem alguma coisa te incomodando.

- Não é nada, Garfield. – ela tentou sorrir. – Na verdade... Eu quero que você me prometa uma coisa. – Mutano arqueou uma sobrancelha e gelou quando ela segurou suas mãos com força.

- O que?             

- Me promete que... Independente do que acontecer na nossa vida... Você vai sempre cuidar do nosso bebê. Sempre. Sem se deixar abater por qualquer coisa que possa vir a acontecer. Você vai seguir em frente e cuidar do nosso filho.

- Ravena... O que? Por que você está me pedindo isso?

- Me promete, Garfield. – ela chorou.

- Eu prometo. Eu prometo, Rae. – Mutano a tranquilizou. – Não importa o que aconteça... Eu sempre vou cuidar dessa criança. E sempre vou cuidar de você. Porque eu te amo e isso nunca vai mudar.

- Eu também te amo. – Ravena acariciou a bochecha direita dele e colou suas testas. – Tanto...

- Tem certeza de que não tem nada te incomodando?

- Tenho – ela riu sem vontade. – São só... Os meus hormônios. Coisa de grávida... Acaba ficando pior quando você é metade demônio.

Mutano riu baixinho e beijou a ponta do nariz dela. Ele cutucou de leve a barriga dela e sorriu.

- Ei bebê. Olha só como a sua mãe fica sentimental por sua causa... Isso é incrível – ele sussurrou, aproximando-se da barriga e dando um beijinho. – Obrigado por fazer isso com ela... Estou te devendo uma.

Ravena sorriu e secou as lágrimas que molhavam seu rosto.

- Bobo. – ela riu, fazendo carinho nos cabelos verdes dele. – Eu te amo. Vou amar para sempre. Não se esqueça disso nunca, Garfield. Por favor.”

No dia seguinte, Mutano não saiu do quarto antes do sol se pôr. A discussão com Ravena tinha sido intensa demais, até mesmo para ele. Não era fácil escutar ela dizendo que tinha o amado, como se o sentimento tivesse ficado... No passado.

Ele andou pelos corredores da Torre até chegar ao quarto de hóspedes. A porta estava fechada, mas a música alta que saia de dentro do cômodo denunciava que Ravena estava lá. Respirando fundo, ele bateu na porta.

- O que você quer? – ela perguntou quando o viu.

- Taylor Swift? – Mutano franziu o cenho ao reconhecer a música que ela estava escutando. – Tirou a noite para se lembrar dos seus ex-namorados?

- Tirou a noite para ser chato? Ah... Isso você já é durante o dia todo.

- Parabéns, Rae. Você tem a sagacidade de um comentário do YouTube.

Ravena revirou os olhos e bufou, torcendo para se lembrar daquela frase. Seria útil com alguns acionistas da Fearless.

- Se você não falar o que veio fazer aqui... Eu vou voltar para o meu álbum da Taylor Swift.

- Nosso encontro ainda está de pé? – ele perguntou rapidamente.

- Que encontro? – ela devolveu a pergunta.

- Bom... Você disse ontem que o Barry tinha...

- Eu sei o que eu disse.

- Então... Está de pé?

- Claro. – ela deu de ombros e entrou no quarto, pegando uma bolsa preta que combinava com sua blusa de frio cinza. – Vamos. E você vai pagar a conta.

Os dois saíram da Torre sem se preocuparem em despedir dos outros moradores. Ninguém precisava saber que eles estavam se reaproximando. Mutano dirigiu até sua pizzaria favorita e viu os olhos de Ravena brilhando quando eles entraram no lugar.

- Nem acredito que isso aqui ainda existe. – ela riu.

- Pois é. Esse lugar deve ser mais velho que nós dois juntos. – ele falou, puxando uma cadeira para que ela pudesse se sentar. Eles fizeram os pedidos e se encararam por alguns segundos. – Me desculpa por ontem.

- Você já se desculpou.

- Eu sei, mas...

- Está tudo bem, Garfield. Eu já te desculpei. Não tenho motivo para ficar com raiva... Vou voltar para Nova York no final de semana, e... Quero que meus últimos dias aqui com você sejam... Legais.

- Você vai mesmo voltar? – ele perguntou, sentindo seu peito ser preenchido de raiva. Seu prazo para se vingar estava acabando. – Pensei que estivesse gostando daqui...

- Estou. – Ravena deu de ombros. Só de saber que não teria mais que ficar com Mutano para ir embora, ela se sentia aliviada. Emma merecia uma super promoção. – Mas minha vida está toda em Nova York.

- Entendo.

- Eu ficaria aqui por mais tempo se não tivesse que conviver com você.

- Por quê?

- Porque eu quero sossego. E com você aqui... Isso fica meio difícil de conseguir. – ela confessou.

- Você quer dizer que eu tiro a sua paz? – Mutano perguntou com um sorriso malicioso no rosto.

- Você é impossível, Garfield. – ela bufou e olhou para a rua movimentada da pizzaria.

- Rachel... Rachel... Você não precisa fingir que não está louca para ficar comigo. Só estamos nós dois aqui.

- Como é?

Ele suspirou e tentou pensar rapidamente em uma forma de provocá-la. Precisava levá-la ao máximo para depois acabar com tudo em um piscar de olhos.

- Você sempre soube guardar seus sentimentos para você mesma... Mas tem medo alguém descubra. Medo que alguém consiga te decifrar.

- Eu não faço isso. – Ravena arfou.

- Faz sim – Mutano riu e aproximou-se dela. Suas cadeiras estavam lado a lado, facilitando ainda mais o joguinho dele. – Sempre fez. Mas eu te decifrei... E você sabe disso. Por isso você foge tanto de mim.

- Uou. Acho que você está se valorizando demais.

Mutano puxou o rosto dela para mais perto e deu vários beijos em torno de seus lábios. Ela fechou os olhos com força para não fazer cara de nojo.

- Você acha?

- Acho... Eu acho que você é um filho da puta, nojento, desprezível, broxa, e... – ela falou rapidamente, tentando não se perder nos olhos verdes dele.

- E...? – ele perguntou com a voz rouca. – Você sabe que eu sempre tenho razão, boneca. E sabe que quer ficar aqui em Jump City.

- Um dia você vai estar errado – Ravena sussurrou, fazendo os pelos dos braços dele se arrepiarem. – Espero que eu esteja lá para vê-lo.

Mutano abriu um sorriso satisfeito e afastou-se dela antes de abrir a boca para responder a provocação.

- Ravena? – eles escutaram alguém chamar. – Meu Deus! É você?

Ravena arregalou os olhos e olhou para Mutano sem saber o que fazer. Ele deu de ombros e segurou a mão dela com firmeza, tentando acalmá-la. Naquele momento, Damian Wayne parou de comer a pizza que estava dividindo com Lud Summers. Ele já tinha visto Mutano e Ravena na mesa próxima a dele, mas não tinha dado muita importância a proximidade que eles mantinham.

- Ravena! Eu não acredito que você voltou. – um homem de, no máximo, 28 anos disse com um sorriso no rosto. Ele usava uma roupa de garçom e andava rapidamente em direção a mesa onde ela estava. – Você se lembra de mim?

- Christian – ela arfou com os olhos arregalados. Mutano ainda segurava sua mão, e ela tentava manter a calma. – É claro que eu me lembro...

- E ai, Christian. – o metamorfo sorriu sem vontade. – Não sabia que você tinha voltado para a cidade.

- E eu não sabia que vocês estavam juntos outra vez! E ainda comem essa pizza vegetariana! Não acredito! Vocês eram meus clientes favoritos.

- E você era o nosso garçom favorito. – Ravena falou baixinho.

- Então, Ravena...

- Olha, Christian... É muito bom ver você de novo, mas... Nós precisamos ir. – ela o interrompeu. Seus olhos passaram pelas mesas próximas da deles e ela gelou ao encontrar o olhar de Damian. O menino estava prestando atenção em tudo e a olhava com os olhos arregalados. – Garfield... – ela falou quando viu o menino sair correndo da pizzaria. – Nós precisamos mesmo ir.

- Rae... – Mutano começou a falar. – Está tudo bem?

- Só vamos embora logo. Por favor.

O metamorfo concordou com a cabeça e a puxou pela mão, deixando Christian sem entender o que estava acontecendo. Antes de sair, pediram para que ele guardasse segredo sobre a volta de Ravena. Os dois entraram no carro e ela suspirou aliviada.

- Como ele me reconheceu? Já tem tanto tempo! Garfield... O que eu vou fazer agora?

- Rae... Calma. O Christian sempre foi confiável. Ele vai guardar segredo. Não se preocupe.

Ravena balançou a cabeça negativamente e chorou.

- Manter a calma? Sério? – ela perguntou. – Se mais alguém descobrir... Eu estou perdida. Nós estamos perdidos.

- Ninguém vai descobrir. – ele garantiu, segurando o rosto dela com as duas mãos. – Eu prometo.

Depois de alguns minutos, a empata já estava mais calma. Eles voltaram para a Torre e levaram um susto ao verem Eleanor conversando com Damian na sala de estar. Um bilhete de Estelar estava em cima da mesinha de centro, avisando que ela, Asa e Cyborg tinham ido a um karaokê.

- O que eu disse sobre não querer você aqui, Damian? – Mutano perguntou bravo.

- Senhor Logan... – Damian arfou, olhando para Ravena. Ela desviou os olhos e aproximou-se de Eleanor. – Eu só estou aqui porque preciso conversar com a Eleanor e...

- Você não precisa – Ravena o interrompeu. Ela não contaria a Mutano que o menino tinha escutado toda a conversa com Christian, afinal só pioraria toda a situação. – Por favor, vá embora.

- Como você teve coragem? – ele cuspiu, olhando-a com nojo. – Como você foi capaz?

- Damian... Eu não sei do que você está falando. – ela respondeu com frieza.

- O que está acontecendo com vocês dois? – Eleanor perguntou assustada.

- Já chega, Wayne. – Mutano falou, puxando o menino pelos braços. – Eu não queria precisar fazer isso, mas vou ligar para o seu pai. Você está definitivamente proibido de vir aqui.

- VOCÊ É UM MONSTRO, RACHEL! – Damian gritou, tentando se desvencilhar das mãos de Mutano. – COMO PÔDE FAZER ISSO COM A ELEANOR?

- O que? – a menina perguntou. – O que você quer dizer?

- EU DESCOBRI, ELEANOR! EU DESCOBRI QUEM É A...

- Você não precisa ouvir isso, menina – Ravena falou, segurando as lágrimas. Ela entrou na frente de Eleanor e a impediu de olhar para Damian. – Ele deve estar ficando louco...

Mutano continuou puxando Damian pelos braços até tirá-lo da Torre.

- Por favor, Damian – ele pediu. – Não volte aqui.

- Como o senhor pode fazer isso? – o menino perguntou. – Ela tem o direito de saber!

- Do que você está falando?

Damian balançou a cabeça negativamente e desapareceu em uma bomba de fumaça, deixando Mutano desnorteado. Ele voltou para dentro da Torre e encontrou Ravena segurando Eleanor, impedindo-a de ir atrás de Damian.

- O que foi isso? O que está acontecendo? – a menina perguntou entredentes.

- Eu não sei – Mutano confessou. – Esse garoto é louco.

- NÃO! ELE É MEU AMIGO! – ela empurrou os braços de Ravena e correu para a saída da Torre.

- Eleanor, espera! – a empata entrou na frente dela mais uma vez, e a segurou.

- Não! Não! Ele queria me falar alguma coisa!

- Chega, Eleanor. – Mutano exigiu.

- Eleanor – Ravena tentou dizer. – O Damian... Deixa ele... Você... – ela se aproximou de Eleanor e tentou segurar as mãos dela.

- NÃO! – Eleanor gritou, abrindo os braços. Uma onda de energia azul celeste atingiu Ravena direto no peito e ela bateu na parede que ficava do outro lado da sala. A menina arregalou os olhos assustada e tampou a boca com as mãos. Ela estava se tornando um monstro. – Oh meu Deus...

- RAV... RACHEL! – Mutano gritou desesperado. Ele correu até Ravena e colocou a cabeça dela em seu colo. Ela fez uma careta de dor e sussurrou que estava bem enquanto seus olhos encontravam os de Eleanor. A menina escondeu o rosto entre as mãos e subiu as escadas chorando. – Está tudo bem?

- Ela... Ela... – Ravena murmurou, segurando os braços de Mutano com força. – Ela tem os meus poderes.


Notas Finais


A frase "você sempre soube guardar seus sentimentos para você mesma..." é da fic Decoy, todos os créditos a autora.
"Eu acho você um filho da puta..." é da fic Biology, todos os créditos a autora.

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