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História For The Love Of a Daughter - Never Be


Escrita por: mclaraaaaaaaa

Notas do Autor


Nome do capitulo: Nunca seremos.

Manas, até amanhã.

Espero que gostem.

Capítulo 35 - Never Be


- Ela pode voar, ela pode voar, ela pode voar – Mutano murmurou pela milésima vez enquanto andava de um lado para o outro. – O que nós vamos fazer? O que...

- Chega! – Ravena exclamou, segurando os braços dele e impedindo-o de andar. – Você está me deixando tonta. Nós não podemos fazer nada. Pelo menos, não agora. A Kori já está a colocando para dormir. Relaxa.

- É muito fácil para você falar, Rachel! Você vai embora daqui alguns dias, e mais uma vez, eu vou ficar sozinho e responsável por tudo.

- E você acha que eu posso fazer alguma coisa? Estou tão perdida quanto você, Garfield. Quanto qualquer um aqui nessa sala!

- Mesmo? Não parece...

- Calem a boca! – Patrick ralhou, assustando todo mundo. – Essa discussão sem propósito de vocês dois não vai ajudar a Eleanor em nada. Parem de pensar em vocês mesmos e pensem nela! Porra! Vocês dois são os pais dela, mas só conseguem pensar nos erros que cometeram.

Ravena e Mutano bufaram juntos e se afastaram.

- Rachel – Asa Noturna começou a falar. – Você, melhor que ninguém, deve saber como ajudá-la. Quer dizer, são os seus poderes!

- Bom... A única coisa que posso dizer com certeza é que esses poderes são controlados pelas emoções. Quanto mais medo ela sentir, mais alto vai voar. – ela deu de ombros. – Quando eu troquei de corpo com a Kori anos atrás... Eu disse isso para ela.

- Então, a Eleanor tem que controlar as emoções para não voar? – Rita perguntou.

- É um pouco mais complicado que isso. Ela não tem as emoções divididas como eu tinha, por isso tudo é mais intenso. Com todas as emoções juntas, você não precisa se preocupar com uma em particular, mas tem que se manter no controle.

- Isso quer dizer que quando ela sente, sei lá, raiva... Todas as outras se manifestam junto? – Cyborg perguntou com o cenho franzido.

- Exatamente. – Ravena suspirou. – Vocês lembram que eu evitava ao máximo sentir qualquer coisa? – eles concordaram com a cabeça. – Era porque a qualquer momento, uma das minhas emoções podia querer assumir o controle. Com a Eleanor, todas assumem. É óbvio que, dependendo do momento, uma vai se sobressair, e é isso que a deixa descontrolada.

- Ela precisa aprender a deixá-las em harmonia. – Mutano concluiu e Ravena concordou com a cabeça. – Pensei que a meditação estivesse ajudando com isso.

- Está. Mas não é o suficiente. Ela não pode reprimir os poderes para sempre.

- Onde você está querendo chegar com isso, Rachel?

- Só estou dizendo que, mais cedo ou mais tarde, ela vai ter que usar os poderes. – Ravena respondeu, olhando diretamente nos olhos de Mutano. – Ela vai ter que aprender a controlá-los na prática.

- Não! – Rita tampou a boca com as mãos. – Ela é só uma criança! E se esses poderes forem mais fortes do que ela? E se não der certo?

- Acho que nós não temos escolha, mãe.

- Bom... A Eleanor já tem idade suficiente para se tornar uma heroína. – Asa Noturna deu de ombros, e recebeu olhares de reprovação de Rita e Cyborg.

- Você quer que ela se torne uma Titã? – Cyborg perguntou incrédulo.

- É só uma possibilidade.

- Se tornando uma Titã ou não – Ravena falou. – Se ela não controlar isso rápido, as consequências não serão nada boas. Digo isso por experiência própria.

Mutano passou as mãos pelo cabelo e suspirou cansado.

- Sério, é muita má sorte – ele reclamou. – Ela tinha dois tipos de poderes para escolher. Poderia se transformar em animais, assim como eu, e ser feliz para sempre! Mas, não! Ela preferiu os seus poderes. – ele apontou para Ravena. – Preferiu ser...

- Uma bruxa. – ela completou com a cabeça baixa.

- Eu ia dizer mais forte.

- Pensei que você tivesse ficado feliz... Lembro bem de você falando que dói na hora de se transformar em alguns animais... – Ravena riu sem vontade. – Mas te garanto que não foi ela quem escolheu. É um fardo. Você não pode simplesmente... Recusar.

Naquele momento, Estelar entrou no quarto de Mutano, com um olhar cansado no rosto. Ela sentou-se no tapete ao lado de Asa Noturna e respirou fundo.

- A Eleanor acabou de dormir. – ela falou, descansando a cabeça no ombro do namorado. – Depois de chorar muito e perguntar por que isso está acontecendo com ela.

- Ela se machucou? – Ravena perguntou, tentando disfarçar a preocupação.

- Não. Mas vai ficar com o braço roxo... Ela bateu muito forte na parede. Eu estava pensando... Acho que posso ensiná-la a voar.

- Kori, não brinca comigo – Mutano pediu. – Você faria isso por ela?

- Claro, amigo Garfield. – a alienígena sorriu. – Ela é a minha única sobrinha, e eu não quero vê-la sofrendo. Enquanto a Rachel a ajuda com a meditação, eu ajudo com o voo e Cyborg pode ajudar explicando melhor como isso tudo funciona.

- Parece ser um bom plano – Rita riu animada. – Eu e Patrick vamos embora amanhã cedo, mas quero acompanhar o progresso dela.

Os Titãs concordaram com a cabeça e respiraram aliviados. Ravena esfregou as mãos, se convencendo de que não se importava com o fato de Estelar ajudar Eleanor a voar.

- Bom... – ela disse rapidamente. – Agora que ela dormiu, eu vou voltar para o quarto. Boa noite.

- Rachel – Mutano a chamou, fazendo-a parar na porta. Ela o olhou e ele deu de ombros ao perceber que não tinha nada para falar. – Esquece.

Depois de algumas horas, todos já tinham ido dormir. A luz da lua entrava pela janela do quarto de Eleanor, chamando a atenção de Ravena. Por mais que tentasse, não conseguia dormir. Ela bufou impaciente e sentou-se no colchão de solteiro, olhando o quarto. Se esforçasse um pouco a memória, se lembraria de todos os momentos que tinha passado ali com Mutano. Desde o primeiro até o último.

- Não. Não. Por favor, me deixa em paz! Me deixa em paz! – Eleanor sussurrou, assustando-a. Rapidamente, Ravena se levantou do colchão e olhou para a menina. Seus olhos estavam fechados, mas ela se mexia e falava sem parar. Estava tendo um pesadelo. – ME DEIXA EM PAZ! EU NÃO VOU FAZER ISSO! POR FAVOR! NÃO! EU NÃO QUERO! NÃO! NÃO!

- Eleanor, acorda! – Ravena a sacudiu. – Acorda! – ela subiu na cama de casal e segurou as mãos da menina, tentando acordá-la. Eleanor abriu os olhos devagar, e a olhou assustada. – Você estava tendo um pesadelo.

A menina concordou com a cabeça e chorou baixinho, escondendo o rosto entre as mãos. Ravena suspirou e a puxou para um abraço, fazendo carinho em seu cabelo.

- Era ele, Rachel – Eleanor disse baixinho. – O demônio que você falou.

- O que ele queria?

- Eu não sei... Não dava para entender... Ele falava coisas desconexas sobre escravidão, dominar o planeta e ter a chance de matar a minha mãe.

- Shhh... – Ravena sussurrou, dando um beijo na testa dela. – Não se preocupe. Foi só um pesadelo... Está tudo bem agora, ok? – Eleanor concordou com a cabeça e a abraçou mais forte. – Você quer ir dormir com o seu pai?

- Na-Não... Já estou velha demais para isso, e...

- Eleanor, você está com medo. Não precisa ficar com vergonha. Vamos lá, eu te levo para o quarto dele.

Ravena estendeu a mão para Eleanor, e sorriu quando ela concordou em ir para o quarto de Mutano. As duas andaram rapidamente, até chegarem ao seu destino.

- Garfield – Ravena o chamou, entrando no quarto escuro. O metamorfo estava esparramado na enorme cama de casal, dormindo tranquilamente. – Garfield – ela o sacudiu, tentando não prestar atenção na boxer vermelha que ele usava.

- O que...? – ele perguntou sonolento. – O que você está fazendo aqui, Rachel? Não conseguiu controlar a vontade de dormir comigo?

- Você é ridículo – ela revirou os olhos e segurou a mão de Eleanor com mais força, puxando-a para perto de Mutano. – Eleanor teve um pesadelo... A trouxe para dormir com você.

Mutano arregalou os olhos e se sentou na cama depressa. Seus olhos pararam em uma Eleanor encolhida, de mãos dadas com Ravena, escondendo-se atrás da mesma como se estivesse com medo de alguma coisa. Ele saiu da cama e vestiu uma camisa e uma bermuda, antes de se aproximar da filha.

- Você está bem? – ele perguntou preocupado, agachando-se na frente dela.

- Estou. – Eleanor falou chorosa. – Posso dormir aqui hoje? Por favor?

- Claro que pode.

Ravena esperou Eleanor se deitar na cama e a cobriu com o edredom grosso. Ela sorriu para a menina e deu um beijo em sua testa, antes de começar a sair do quarto.

- Seu pai está com você agora – ela sussurrou, olhando para Mutano. – Não precisa ter medo.

- O-Obrigada, Rachel. – Eleanor chorou, abraçando-a desajeitadamente. Ravena deu de ombros e abriu a porta para sair do quarto. – Espera!

- Que foi?

- Você pode... Ficar um pouco aqui? Vou me sentir mais segura...

- Eleanor... – Ravena falou, negando com a cabeça. – Você já está com o seu pai, e...

- Pode ficar, Rachel – Mutano deu de ombros. Ele pegou mais alguns travesseiros no guarda-roupa, e sorriu para ela. – Se você quiser, é claro.

Ravena soltou um suspiro pesado e voltou para dentro do quarto, fechando a porta. Eleanor sorriu feliz, indo para o meio da cama. Mutano se deitou do lado esquerdo da filha e olhou para a empata.

- Vai ficar parada aí a noite toda? – ele perguntou confuso. – A cama é grande. Tem espaço para você.

- Ah... Não. Não. Eu não vou deitar. – ela tentou sorrir. – Só vou ficar aqui... Até a Eleanor dormir.

- Rachel – a menina riu e a chamou com a mão. – Vem logo.

Mutano soltou uma risada nasalada e Ravena revirou os olhos. Relutante, ela se deitou do lado direito de Eleanor e se cobriu com o edredom. De repente, Mutano começou a rir alto, deixando as duas sem entender o que estava acontecendo.

- Pai? – Eleanor chamou, confusa. – Por que você está rindo?

- Nada – Mutano gargalhou mais uma vez. – Só estou me lembrando de uma coisa que você fez quando era pequena...

- Eu? O quê?

- Você não deve se lembrar, era pequena demais. – ele riu. – Nós tínhamos saído em uma missão contra o Cinderblock, e você ficou aqui com a Melvin... Lembra dela?

- Claro que sim! – Eleanor falou. Ravena arqueou uma sobrancelha e esperou Mutano terminar de falar. Escutar o nome de Melvin a tinha feito prestar atenção na conversa. Com quantos anos ela estaria? 24? 25?

- Então... Ela te deixou sozinha por uns 10 minutos, só para preparar alguma coisa para você comer, e quando voltou, não te encontrou no seu quarto.

- E o que ela fez? – Ravena perguntou curiosa.

- A Melvin procurou por todos os cômodos, e a encontrou no quarto da Kori – Mutano deu de ombros. – Usando um vestido longo, que a própria Kori nunca tinha usado, e um par de sapatos de salto.

- Não brinca! – Ravena riu e Eleanor gemeu, escondendo o rosto.

- A pior parte é que a Eleanor sujou o vestido com maquiagem e estragou o salto dos sapatos. Quando nós voltamos da missão, encontramos a Melvin morrendo de rir e não entendemos nada. Aí essa coisinha impossível – ele abraçou Eleanor e sorriu. – Começou a descer as escadas toda borrada de maquiagem e com a roupa da Kori, tentando falar que queria ser modelo. Mas ela ainda não sabia falar direito, então só entendemos algumas palavras.

- Pai – Eleanor arfou. – Que vergonha.

Ravena riu alto e olhou para os dois.

- Depois disso, a Melvin voltou aqui poucas vezes – Mutano falou, sabendo que ela estava curiosa. – Agora ela está fazendo faculdade, e os irmãos dela estão sendo treinados pelos Titãs do Leste.

- Ela desistiu de ser uma super-heroína? – Ravena perguntou curiosa.

- Não. Ela ainda treina e mora com eles. Mas a prioridade é a faculdade.

- Eu era apaixonada por ela. – Eleanor riu. – Adorava quando ela estava aqui.

- Eu também. – Mutano sorriu. – Vamos chamá-la para vir aqui um dia. Você vai adorar conhecê-la, Rachel.

- Eu sei. – Ravena sorriu agradecida. Ela olhou a hora em seu iPhone e suspirou. Ainda não estava com sono. Depois de contar a história, Mutano tinha ficado em silêncio, assim como Eleanor, mas ela sabia que eles não estavam dormindo.

- Parece que a nossa noite das garotas foi destruída, Rachel. – Eleanor falou.

- Nós estamos tendo uma noite das garotas... – Ravena riu.

- Ei! – Mutano protestou. – Eu estou aqui.

- Eu sei, mas isso não muda o que eu disse.

Mutano revirou os olhos e se sentou na beirada da cama, olhando para as duas.

- Então, o que nós fazemos em uma noite das garotas? – ele perguntou com uma sobrancelha arqueada.

- Eu não sei – Eleanor confessou. – Quando eu vou para a casa da Perrie, ou ela vem para cá, nós falamos de tudo. Pintamos nossas unhas, vemos TV... Essas coisas.

- Eu também não sei. – Ravena riu. – Nunca fui uma pessoa muito amigável.

- A Rachel ia me contar sobre os namorados que ela já teve.

- Eu ia?

- Ela ia? – Mutano perguntou curioso.

- Ia.

- Ah... Isso vai ser interessante. – ele gargalhou.

Ravena revirou os olhos e balançou a cabeça negativamente.

- Tudo bem, menina. O que você quer saber?

- Você pode começar contando quantas vezes já se apaixonou... – Eleanor falou com um ar sonhador.

- Duas vezes.

- Sério? – Mutano provocou. – Por quem?

- Meu noivo, é claro... E um amigo de infância.

- Amigo? E por que vocês não ficaram juntos? – Eleanor perguntou chocada.

- Acho que não era para acontecer.

- Como ele era?

- Ele era... – Ravena olhou para Mutano e respirou fundo. – A melhor pessoa do mundo. De verdade. Eu gostava de ficar com ele, mesmo quando ele me irritava muito. Isso acontecia na maior parte do tempo.

- Vocês chegaram a namorar? – a menina suspirou.

- Sim... Ficamos juntos por um tempo.

- Parece que você gostava mesmo dele. – Mutano riu, provocando-a.

- É. Eu gostava. – Ravena respondeu seca. – E você, Garfield?

- Eu? Eu não tenho histórias para contar. Essa é a noite das meninas...

- A Eleanor é quem não tem histórias para contar...

- Conta, pai. – Eleanor pediu. – Por favor! Você se apaixonou muitas vezes?

Mutano respirou fundo e deu de ombros.

- Só uma vez.

- Pela Tara? – Ravena provocou.

- Sim. – ele respondeu entredentes. – Pela Tara.

Eleanor umedeceu os lábios com a língua e suspirou.

- Você está falando sério, papai? – ela perguntou. – A Tara é mesmo o seu grande amor?

- É, Eleanor. Eu a amo como nunca amei ninguém na vida. – ele mentiu. – E ela é boa para você...

- Você não tem que ficar com ela só por isso! Muitas pessoas são boas para mim e você não vai se casar com elas!

- É diferente. E você sabe disso.

- Eu não consigo acreditar que você a ama desse jeito. Não parece...

- Mas eu amo, Eleanor.

Ravena encarou as próprias mãos sem graça e esperou a discussão terminar.

- Então é verdade que se a minha mãe voltasse, você não falaria mais com ela? – Eleanor perguntou nervosa. – Isso é tão injusto! Por que se ela voltasse, é porque se importa o suficiente com nós dois!

- Ela não vai voltar. – Mutano falou baixinho. – Você sabe disso. Sua mãe pode ter sido o meu amor verdadeiro, mas isso não significa mais nada.

- Eu não sei qual é a história de vocês, mas... – Ravena mentiu. – Tenho certeza que a mãe da Eleanor lutou por você, Garfield.

- Talvez a pessoa por quem ela devesse ter lutado não fosse eu.

- O que você quer dizer com isso? – ela perguntou.

- Ela se perdeu no meio do caminho. Devia ter lutado por si mesma. Lutado contra seus próprios demônios... Mas no fim, preferiu ser covarde e fugir.

- Garfield... Mas, como você mesmo disse, ela foi e ainda é o seu amor verdadeiro.

- Então onde ela estava quando mais precisei dela?

Eleanor pigarreou, chamando a atenção dos dois. Ela os observava com atenção, decorando cada parte daquela conversa.

- Eu não quero mais falar disso. – ela murmurou, puxando o edredom para cima da cabeça. – Vamos dormir.

- Vou voltar para o outro quarto. – Ravena falou, saindo da cama. Eleanor não se mexeu e Mutano suspirou. – Boa noite.

- Boa noite, Rachel. – pai e filha disseram juntos.

Mutano revirou os olhos e se deitou, abraçando Eleanor. Ela continuou sem se mexer, tentando engolir o choro.

- Que foi? – ele perguntou baixinho.

- Eu não acho que você saiba amar, papai. – ela confessou com os olhos marejados. – Você me ama, ama os meus tios e a vovó... Mas você não é feliz.

 

Estelar acordou mais cedo que o normal. Ela e Eleanor precisavam ter algumas aulas de voo antes de Ravena ajudá-la com a meditação. O sol ainda estava nascendo quando as duas foram para a sala de treinamento da Torre.

- Tudo bem, Els – a alienígena sorriu. – É o seguinte: você precisa ficar calma para que as suas emoções se ajeitem.

- Tá bom. – Eleanor falou, respirando fundo. – Se eu conseguir ficar calma, vou voar direito?

- Vai. Mas para isso, lembre-se do que a Rachel te ensinou com a meditação.

Eleanor concordou com a cabeça e fechou os olhos, esvaziando a mente. Sentiu seus pés saindo do chão e tentou manter a calma.

- Isso! – Estelar exclamou, batendo palminhas. – Isso!

- Estou fazendo certo? – ela perguntou, abrindo o olho direito. Ao perceber que estava bem longe do chão, arregalou os olhos e começou a se debater, querendo descer. – EU QUERO DESCER! QUERO DESCER! POR FAVOR! ALGUÉM ME AJUDA!

Asa Noturna, Cyborg e Mutano entraram correndo na sala de treinamento e se depararam com Eleanor voando descontrolada mais uma vez.

- Mantenha a calma! – Estelar pediu. – Você estava fazendo certinho!

- Alguém me ajuda! SOCORRO!

Mutano revirou os olhos e suspirou derrotado. Transformando-se em um pterodactyl, ele voou até a filha e a segurou com suas garras, deixando-a no chão antes de voltar a sua forma humana. Ela se agarrou a ele, respirando ofegante com os olhos arregalados.

- Eu não sei fazer isso.

- Você vai aprender, eu prometo.

- Acho que ela só vai aprender na prática – Asa Noturna suspirou. – Ou quando estiver em perigo.

- Dick! – Cyborg o repreendeu. – Você está a assustando.

Asa Noturna deu de ombros e abriu a boca para falar alguma coisa quando foi interrompido pelo alarme de vilões. Ele e os outros Titãs foram para o centro da cidade, deixando Eleanor sozinha na sala de treinamento.

- Só vou aprender na prática? – ela perguntou baixinho. Um sorriso tomou conta de seu rosto quando uma ótima ideia tomou conta de sua mente. – É isso!

A menina saiu correndo pela Torre, indo em direção ao telhado. No meio do caminho, trombou com Ravena, assustando-a.

- Ai! – a empata exclamou, pegando o livro que tinha deixado cair no chão. – Para onde você vai com tanta pressa?

- Desculpa, Rachel! Preciso aprender a voar na prática! Até mais tarde! – Eleanor respondeu rapidamente, sem se preocupar em responder a pergunta dela.

Ravena deu de ombros e se sentou no sofá para terminar de ler o livro. Depois de alguns minutos tentando se concentrar na história, ela simplesmente desistiu e bufou. Alguma coisa estava errada. Ela franziu o cenho quando sentiu um aperto no peito. Suas mãos começaram a suar frio, deixando-a ainda mais nervosa. Alguma coisa estava mesmo errada. Alguma coisa com Eleanor.

Sem pensar duas vezes, saiu da sala correndo, indo pelo caminho que a menina tinha seguido logo depois de se chocar contra ela.

- Eleanor? Eleanor? – Ravena chamou preocupada. Não tinha a encontrado em nenhum cômodo da Torre. Ela não podia ter desaparecido do nada. – Eleanor? Onde você se meteu? – ela perguntou, segurando-se no corrimão da escada que levava até o telhado. Seus olhos se arregalaram e ela tentou não se desesperar. – Não é possível.

A empata subiu os degraus correndo e sentiu seu corpo gelando quando viu Eleanor parada na beira do telhado. Antes que pudesse fazer alguma coisa, a menina abriu os braços e se jogou, fazendo-a tampar a boca com as mãos.

- NÃO! – Ravena gritou desesperada, correndo para onde a menina tinha estado segundos antes de pular. Ela olhou para baixo e viu o corpo de Eleanor despencando em queda-livre. Mais alguns segundos e ela se chocaria contra as pedras. – Não! Não! Não! – ela passou as mãos pelo cabelo, tentando pensar. – O Garfield vai me matar se eu não fizer nada. Eu não vou me perdoar se não fizer nada. Oh Azar! Ela é minha filha! A minha menina! O que eu vou fazer? É a minha menina... A minha menina...

Como se uma luz tivesse sido acesa em sua cabeça, Ravena arregalou os olhos e respirou fundo para se concentrar. Naquele momento, nada mais importava no mundo. Só Eleanor. A menina que ela tinha abandonado 12 anos antes. A sua filha.

- Azarath Metrion ZINTHOS!

 

Eleanor fechou os olhos com força e tentou se lembrar dos conselhos de Ravena nas aulas de meditação. Não adiantou. Ela continuou caindo sem parar, e ao contrário do que tinha pensado, não estava conseguindo voar. Talvez a teoria de Asa Noturna estivesse errada.

- Ai meu Deus! Voa! Voa! Voa! – ela suplicou para si mesma. Em vão. – AAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHH! SOCORRO! VOA! VOA! VOA!

A cada segundo que se passava, as pedras no mar ficavam mais perto. Ela sabia que não sobreviveria. Se tivesse um último desejo, seria dizer para seu pai o quanto o amava e pediria para que ele perdoasse sua mãe. Mas não seria possível. Estava caindo diretamente para a morte, sem direito a pedidos ou despedidas.

Eleanor tentou engolir o choro e fechou os olhos para não ver as pedras se aproximando. Ela podia sentir algumas gotas de água em seu rosto, indicando que já estava chegando perto das ondas, e consequentemente das pedras. Ela soltou um último suspiro e imaginou uma vida completamente diferente da que tinha tido. Imaginou Mutano casado com Ravena, tendo uma família feliz, livre de raiva, angústia e todas aquelas coisas ruins. Imaginou sua mãe lhe ensinando a andar e a falar. Imaginou a vida que nunca teria a chance de ter.

- Por favor, papai – ela sussurrou para o vento. – Seja feliz.

De repente, sentiu como se uma corda tivesse a puxando para cima, fazendo-a parar de cair. Ela abriu os olhos rapidamente e viu que estava a menos de cinco centímetros de uma grande pedra. Antes que pudesse fazer qualquer coisa, a tal ‘corda’ a soltou, deixando-a cair de barriga, mas de um jeito ‘amortecido’. Eleanor suspirou aliviada e se largou em cima da pedra, recuperando-se do susto. Pelo menos, estava viva.


Notas Finais


Mana a a a a a a a a as, meu twitter é @dreamsforstyles, ok?! Pedi o de vocês e esqueci de falar o meu hgfdsfds Se quiserem facebook, snapchat, grupo no fb e etc é só falar hgfdsahgfdsa

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