História For The Love of A Daughter - Chapter Twenty Seven

Point of View Demetria Lovato

Senti braços apertarem minha cintura com mais firmeza o que fez com que eu sorrisse então abri os olhos e notei que aquilo não era um sonho era real, Miley realmente estava ali e nós duas tínhamos feito amor de uma forma jamais feita por nós.

Com calma eu soltei seus braços de minha cintura e me levantei ficando de pé ao lado da cama e enquanto eu a encarava dormindo tranquilamente eu fiz um coque mal feito em meus cabelos e passei a vestir minhas roupas que estavam jogadas pelo quarto do hotel.

Depois de vestida pedi que trouxessem o café da manhã para o quarto e o mesmo não tardou a chegar então arrumei as coisas sobre a pequena mesa que tinha no canto do quarto e fui até a cama parando mais uma vez ao lado dela encarando a loira.

Eu sabia que se eu a acordasse eu teria que dar explicações para ela então seria mais fácil se eu apenas a deixasse ali e fosse embora sem dizer uma palavra, mas se eu fosse talvez tudo o que vivemos ontem ficaria para trás então eu tive que me decidir e resolvi por tomar a melhor decisão para aquele momento.

- Cyrus acorde. – Eu falei decidida enquanto balançava seu corpo.

A loira resmungou e se mexeu na cama de forma preguiçosa, ela se espreguiçou e com calma abriu seus grandes olhos azuis esses que passaram pelo quarto todo enquanto tentavam se situar aonde estava até que as grandes bilhas azuis pararam sobre mim e ela me encarou seriamente o que fez meu estomago se contrair em sinal claro de medo até que um pequeno sorriso se abriu em seus lábios e toda a sensação ruim foi embora.

- Bom dia. – Ela disse com a voz rouca. – Pensei que tudo tinha sido um sonho.

- Acredite eu também. – Sorri de forma constrangida para ela. – E a propósito bom dia agora venha tomar café.

Ela se levantou e foi impossível não olhar para o seu corpo nu realmente Miley era linda desde a cabeça aos pés e eu tinha uma sorte imensa por ter tido essa mulher na minha vida.

Depois de vestida Miley foi até o banheiro e logo voltou até a mesa onde eu já me encontrava sentada, ela se sentou de frente para mim e passou a se servir.

Começamos a comer em silêncio eu sabia que tinha que dizer algo, mas não sabia ao certo o que dizer a ela afinal eram muitas coisas por isso tentaria dizer apenas algumas e depois que eu resolvesse tudo ela teria toda a verdade de mim.

Terminamos de tomar café então os olhos azuis pararam sobre mim novamente e eu sabia disso, pois sentia o mesmo queimar em minha pele então pela primeira vez naquele dia eu me permiti encara-la nos olhos.

- Acho que me deve umas verdades. – Por incrível que pareça ela disse calma.

- Sei que sim. – Eu suspirei, mas nada disse após isso.

Ela ficou me encarando esperando que eu continuasse, mas eu nem sabia o que dizer.

- Pode começar. – Continuei quieta. – Demetria eu não vim aqui por nada e você sabe o quão difícil é para eu estar aqui então por favor apenas me deixe entrar.

- Eu conhecia o Zayn antes mesmo dele entrar na vida da Dallas. – Eu comecei a dizer, mas em momento algum eu a encarava. – Eu estava com ele durante esses anos, mas não o amava como eu disse eu estava o usando, eu precisava que ele estivesse na vida dela.

Parei de falar e dei um tempo então meus olhos encontraram o dela e vi que ela parecia digerir aquilo.

- Você realmente sabia quem eu era? – Sua voz saiu baixa.

- Sim eu sabia, mas o que aconteceu no parque foi coincidência nunca pensei que Isabela ia cair nos meus pés. – Sorri lembrando do dia.

- Então eu não passava de negócios para você? – Ela disse ferida e aquilo doeu em mim.

- No começo sim, mas eu me apaixonei por você Miley....

- E mesmo assim continuou me usando. – Ela me cortou secamente. – Eu não entendo Demetria você tem tudo o que quer e ainda queria mais, o que tínhamos não era suficiente?

- Miley se você acha que eu queria dinheiro está enganada porque ele nunca foi o motivo de tudo o que eu fiz e faço. – Falei firme. – O que nós tínhamos era suficiente e ainda é. – Eu estiquei minha mão para pegar na sua sobre a mesa, mas ela a tirou antes mesmo deu tocar.

- Então por que me usou? – Perguntou com raiva.

- Eu precisava de você na minha vida porque eu tinha que usar sua empresa afinal ela era conhecida no mundo todo então eu precisava dela. – Me justifiquei.

- Precisava para que Demetria? – Eu podia sentir o quanto aquilo estava sendo duro para ela.

- Para os meus negócios! – Bufei.

- Que negócios? – Ela bateu na mesa e eu me assustei. – Me diga que merda de negócios são esses?

- Tráfico de drogas. – Disse sem medo algum ela merecia a verdade então ganharia uma parte dela.

- O QUE? – Ela gritou ao mesmo tempo que se levantou.

- É verdade. – Eu disse calma afinal alguém tinha que se manter calma ali e com certeza essa pessoa não seria a Miley.

- Está dizendo que minha empresa está envolvida com essa sujeira toda? – Ela estava descontrolada, mas era nítido que ela tentava manter a cabeça no lugar.

- Sim, sua empresa era conhecida pelo mundo todo então a droga podia chegar aonde eu quisesse através das peças de sua empresa. – Eu dizia tudo a encarando sem medo algum.

- Não acredito que você foi capaz de fazer isso.... – Ela se auto cortou enquanto me encarava descrente.

- Mas pode ficar tranquila nada vai afetar você.

- VOCÊ SÓ PODE ESTAR LOUCA. – Ela deu um murro na mesa.

- Miley fica calma. – Eu levantei e fui em sua direção, mas ela se afastou de mim.

- Como pode dizer que nada vai me afetar? Você sabe que o Jonas está investigando você? Ele nos contou sobre o Zayn então como pode dizer que eu não vou pagar por algo que eu não fiz? – Ela estava descontrolada.

- Deixe o Jonas comigo. – Falei firme. – Nem você e muito menos minha família vão pagar por isso Miley acredita em mim.

- Acreditar em você? – Ela negou com a cabeça. – Depois de tudo o que me fez você quer que eu acredite em você?

- Por favor acredite em mim Miley. – Cheguei perto dela e segurei seu rosto. – Tem mais coisas por trás disso, mas eu não posso te contar não enquanto eu não colocar um ponto final nisso.

- Como pode me pedir isso quando nem ao menos você me conta a verdade? – Ela se afastou de mim. – Sem contar que você me traiu durante todo esse tempo.

- Eu vou te contar a verdade acredite eu vou, mas antes tenho que ter a certeza que todos estão seguros e quanto a traição eu sei que não tem perdão, mas eu estava com ele porque precisava dele não porque eu o amava. – Minha voz passou a ficar baixa. – Por que eu te amo Miley e foi por isso que resolvi acabar com tudo que me cerca.

Miley ficou me encarando seriamente sem dizer sequer uma palavra, seus olhos estavam sem vida ela me encarava como se perguntasse a si mesma se tudo o que eu tinha falado era verdade.

- Sei que é difícil de entender, mas por favor me dá essa chance é só isso que eu peço uma chance de arrumar tudo. – Supliquei.

- Quer arrumar tudo então se entrega para o agente Jonas e conta toda a verdade para ele e deixe que a justiça de um fim nisso tudo. – Ela falou séria.

- Acredite eu vou pagar por tudo, mas antes preciso resolver uma coisa.

- O que te prende tanto? – Ela perguntou curiosa. – Você é a chefe da quadrilha, não é?

- Não sou é sério. – Falei firme. – Por isso que preciso resolver as coisas antes de me entregar.

Miley ficou quieta enquanto olhava para um ponto especifico, eu sabia que ela tinha que tomar uma decisão difícil afinal eu estava ali contando que usava a empresa dela para o tráfico, ela sabia uma parte de quem eu realmente era e agora cabia a ela decidir o que fazer.

Ela caminhou até a mesa então pegou seu celular e só então eu notei que ela tinha gravado toda a nossa conversa e só com aquilo ela podia me colocar na cadeia.

- Você sabe que eu tenho que entregar isso ao Jonas não sabe? – Ela pegou o celular e parou de gravar.

- Sim eu sei. – Sorri fraco. – E eu não vou te impedir de fazê-lo.

- Eu só queria entender o porquê disso tudo. – Ela suspirou. – Eu sei que você não era assim e sei que algo te machuca.

- Sim algo me machuca, meu passado me machuca e eu preciso consertar as coisas ou eu nunca vou poder viver em paz me entende? – Eu sentia que minha barreira estava caindo.

Ela se aproximou de mim e levou suas mãos ao meu rosto, segurou o mesmo e me encarou seriamente.

- Eu não posso te garantir que vou te perdoa pela traição ou por te me usado, mas você sabe que no final das contas eu te amo e não estaria aqui se não a amasse, eu não teria me entregado a você ontem a noite se meus sentimentos não fossem sinceros, mas eu preciso que você saiba que eu posso te consertar seja lá o que tenha acontecido ficou no passado então deixa isso para trás e vamos tentar arrumar as coisas juntas começando por você pagando pelo o que fez.

Quando ela terminou de falar eu senti meu coração acelerar como um louco dentro do meu peito ali ela estava me dando a oportunidade de deixar tudo para trás e recomeçar, mas eu lutei por seis anos para ter a minha paz e eu não poderia deixar tudo para trás não agora, mas era a pessoa que eu amo me pedindo para dar um recomeço a mim mesma ao lado das pessoas que eu amo e agora só cabia a mim decidir.

- Miley eu não....

- Se você realmente me ama como disse ontem desiste de tudo e vamos começar uma vida nova sem mentiras e segredos, você queria uma chance e eu estou te dando se você realmente me quer na sua vida assim como as pessoas que te amam está na hora de recomeçar Demi.

Senti o peso cair sobre meus ombros e eu sabia que qualquer decisão que eu tomasse alguém acabaria pagando pelos meus erros, mas cabia a mim conserta-los independente do que eu decidisse eu colocaria um ponto final.

Eu nada respondi passei meus braços por seu pescoço e colei nossos rostos então eu a beijei com toda a minha alma e ela me respondeu na mesma intensidade apesar de estar machucada ela me respondeu mostrando que me daria uma chance nova.

- Eu aceito sem mais segredos sem mais mentiras. – Sussurrei em seus lábios quando nos separamos do beijo.

Sim eu podia acabar com aquilo e eu acabaria da melhor forma que eu pudesse para ao menos ninguém se ferir.

- É bom saber que tomou a decisão certa. – Ela acariciou o meu rosto. – Agora temos que ir atrás do agente Jonas e você contará tudo a ele assim como para sua família e para mim.

- Tudo bem, eu só preciso fazer minhas malas e me despedir do Charles. – Sorri para ela.

- A propósito quem é Charles já que eu sei que sua transportadora é fachada.

- Como sabe disso? – Arqueei uma sobrancelha para ela.

- Digamos que um amigo estava lhe investigando. – Ela deu de ombros.

- Colocou um detetive atrás de mim Cyrus? – A olhei sorrindo.

- Eu precisava descobrir algo sobre você, não é? – Ela deu de ombros.

- Certo a transportadora não era bem fachada eu trabalhava com ela, mas para fazer o tráfico e o Charles realmente é um funcionário bem dizer ele é um amigo que me ajudou muito.

- Então espero que ele te apoie nas novas decisões. – Disse séria.

- Ele vai eu só preciso falar com ele. – Falei sincera. – Eu prometi que ele seria livre quando tudo viesse à tona e eu darei isso a ele.

- Tudo bem, mas acho que vou com você quando for falar com ele.

- Sério? – Arquei a sobrancelha.

- Te dei uma segunda chance, mas isso não quer dizer que eu voltei a confiar em você totalmente temos assuntos pendentes ainda então vamos resolve-los, mas por agora vamos resolver esse lance com o Charles.

Eu sabia que as coisas entre nós não seria a mesma coisa afinal eu a tinha traído e se vamos recomeçar era melhor começarmos em sendo amigas e eu tentando ter a confiança dela de volta, mas isso não quer dizer que a gente não podia ter algo no meio disso afinal eu sabia que nós não conseguiríamos ficar muito tempo longe uma da outra por que nossos corpos se atraiam mesmo que fossemos contra, eles sempre se encontravam.

- Tudo bem vamos lá. – Concordei com ela então pegamos nossas coisas e quando fomos sair do quarto meu celular tocou. – Falando nele.

- Atenda pode ser algo importante. – Ela deu de ombros e se sentou enquanto me esperava atender.

- Oi Charles. – Disse animada.

- D-Demi. – Sua voz saiu baixa e entrecortada o que me fez entrar em alerta.

- Charles o que aconteceu? – Perguntei desesperada.

- M-me perdoa, m-mas a verdade v-veio à tona. – Eu podia sentir o quanto ele estava se esforçando para falar. – E-eu não c-consegui proteger a s-sua verdade.

- Onde você está? – Ele ficou mudo. – Charles aonde você está me responda?

- Na m-mansão.

- Eu estou indo. – Desliguei sem esperar resposta.

- Demi o que aconteceu? – Miley se levantou vindo até mim.

- Eu não sei ao certo, mas eu vou descobri. – Apertei o telefone com raiva.

- Vou junto.

- Não Miley você vai voltar para o Estados Unidos e prometa que tentará ficar em segurança.

- Não, eu disse que resolveríamos isso juntas. – Ela se aproximou de mim e segurou meu rosto. – Juntas está bem?

- Não Cyrus. – Falei firme. - Volte para a casa.

Fui em direção da porta para sair, mas parei assim que escutei Miley falar.

- Se você passar por essa porta sua segunda chance vai junto e nós estamos acabadas por aqui. – Sua voz estava seca.

Me virei para ela e voltei até a mesma então segurei seu rosto e lhe dei um selinho.

- Eu te amo Miley como nunca achei que fosse capaz. – Disse quando separei nossos lábios. – E quanto a segunda chance talvez não daria certo, mas eu posso consertar tudo então só volte para a casa.

Sem esperar resposta eu saí do quarto e fui até o meu carro saindo com o mesmo dali. Eu sabia que podia estar jogando tudo no lixo, mas era o certo a se fazer.

Quando parei o carro em frente a mansão eu sai correndo entrando na mesma e vi que ela estava vazia só parei quando encontrei Charles caído no chão da sala todo ensanguentado.

- Charles. – Me abaixei ao lado do mesmo.

- D-Demi me d-desculpa por f-falhar.

- Calma não fala nada. – Calei seus lábios com o dedo. – Onde estão todos?

- F-foram para os E-Estados Unidos.

- Tudo bem eu vou para lá venha vou te levar a um hospital.

Com dificuldade eu peguei Charles e o coloquei no carro andamos por uns dez minutos até que chegamos.

- Charles preste atenção quando se recuperar vá até o meu apartamento o meu cofre fica no chão embaixo da cama lá você encontrará dinheiro e um passaporte novo então pegue-os e vá embora tudo bem?

- N-não vou te d-deixar. – Ele apertou minha mão.

- Ei você já fez muito por mim agora é a minha vez de retribuir então apenas vá.

- O-obrigado. – Ele sorriu sem ânimo.

- Não me agradeça agora vamos.

Ajudei ele a descer do carro e o levei até a porta do hospital logo dois enfermeiros veio ao nosso encontro com uma maca.

- A-acabe com t-tudo isso. – Ele pediu.

- Eu irei. – Pisquei para ele e voltei para o carro.

Olhei meu porta luvas e vi que tudo o que eu precisava estava ali que era a minha arma agora era só eu pegar o meu jatinho e ir para os Estados Unidos juntar as pontas soltas.