História For The Love of A Daughter - Last Chapter

Dez anos depois.

Estava deitada sobre o fino colchão que durante todos esses anos me acolheu de forma quente e totalmente desconfortável, mas o que eu poderia esperar de uma cama velha de prisão?

Tirei meu braço direito que estava sob minha cabeça e levei minha mão ao meu ombro esquerdo passando os dedos em cima da grossa cicatriz que deveria ter no mínimo uns oito centímetros de comprimento.

Então rapidamente um flash veio em minha cabeça de como eu a tinha ganhado isso foi logo após alguns meses que eu estava aqui dentro.

Flashback.

Eu estava sentada no pátio no famoso banho de sol enquanto observava algumas presas jogando basquete, outras apenas tomando seu sol enquanto muitas planejavam coisas como sair daqui ou simplesmente estavam azucrinando alguém.

Eu mantinha meus olhos sobre as mulheres que jogavam basquete até que a bola veio contra mim acertando meu rosto o que me fez grunhir de dor porque tinha acertado o meu nariz e isso fez com que risadas fossem ouvidas.

- Não te ensinaram o quanto é feio ficar encarando as pessoas em sua patricinha de merda?

Então a dona da voz se aproximou de mim e eu pude mais uma vez analisa-la de perto alta, loira, olhos azuis, pele clara como a neve e uma folgada e exibida de mão cheia.

- Taylor Swift. – Revirei os olhos ao pronunciar seu nome.

Swift estava ali a mais tempo que eu e digamos que era ela quem mandava no pedaço até porque as outras só a seguiam como seus bons e velhos cãezinhos de guarda o que me fazia rir da situação.

Desde o primeiro dia em que eu entrei aqui ela não foi com a minha cara sendo assim passou a me atormentar e quando não podia fazer mandava uma de suas mandadas o fazerem.

Eu não ligava até porque minha cabeça estava presa as pessoas que estavam lá fora então aqui dentro eu tentava me manter longe de encrencas, mas parecia que eu tinha um imã para as encrencas, pois sempre estava as traindo para mim.

- Acho que você está precisando de uma lição para aprender a parar de encarar os outros. – Ela falou isso com o seu rosto perto ao meu tanto é que eu podia sentir seu hálito bater contra o meu rosto.

- Qual é o seu verdadeiro problema comigo? – Perguntei debochada e ela não respondeu ficou me encarando então um sorriso presunçoso surgiu em meus lábios e eu continuei a falar. – Hm talvez você tenha medo que eu tome o seu lugar e mostre para as suas súditas o que é realmente dar ordens e ser uma líder de verdade.

Assim que terminei de falar ela se afastou de mim e desferiu um soco em meu rosto que me fez virar o mesmo e quando o voltei no lugar eu a encarei com um sorriso nos lábios e levei meus dedos para o lábio inferior limpando o sangue.

A essa altura todas as presas que estavam no pátio tinham parado para acompanhar o que estava rolando.

- Esse é o seu melhor? – Debochei e abri um grande sorriso que fez meu lábio doer, mas não ousei reclamar da dor.

- Vou te ensinar a me respeitar sua patricinha.

Swift tirou um canivete do bolso do macacão laranja e enfincou em meu ombro esquerdo onde foi descendo fazendo com que minha pele se rasgasse. Aquilo doeu para caralho, mas não soltei um gemido de dor.

Ela tirou o canivete e iria enfiar em mim de novo quando uma guarda chegou e viu o aglomerado de pessoas então acabou com a confusão levando Swift para ser punida e eu para e enfermaria.

Fim de Flashback.

Meus dedos alisavam a cicatriz com calma então desci minha mão pelo meu braço parando sobre meu pulso e ali encontrei mais uma cicatriz que ia de ponta a ponta em meu pulso e a mesma cicatriz tinha no outro pulso.

E mais uma vez me deixei levar pelas lembranças de quando a ganhei.

Flashback.

Já fazia dois anos que eu estava dentro desse inferno e durante esses dois anos minha vida não podia ser pior todos os dias Swift e sua gangue vinha ao meu encontro quando a noite caia e me especavam.

No começo eu não sabia como ela conseguia sair da cela dela e ir até a minha, mas foi preciso algum tempo aqui para eu saber que uma das guardas tinha amizade com a Swift o que facilitava o trabalho dela em vir até mim.

E essa noite não seria diferente quando tudo já estava em silêncio ela apareceu na cela com seu sorriso debochado deixando seus dentes de fora então se aproximou de mim.

- Pronta para cantar para as outras presas Lovato? – Ela perguntou enquanto me puxava pelos cabelos.

Swift dizia que meus gemidos de dor eram música para os ouvidos das outras presas no começo eu não dava um gemido de dor, mas percebi que quanto mais eu ficava calada, mas ela me batia por que a verdade era que ela queria me ouvir gemer de dor para ela.

Eu já estava de pé esperando que sua trupe tirassem minhas companheiras de cela de dentro da mesma para que só elas ficassem ali dentro e depois que isso foi feito o espancamento começou. Se eu regia? Não até porque eram seis contra mim então não adiantaria nada eu apenas deixava que elas me batessem até cansarem e voltarem para a sua sala.

- Vamos Lovato eu quero ouvir mais alto seus gritos de dor. – Taylor chutou meu estomago e eu deixei que um gemido alto escapasse por meus lábios o que fez ela sorrir em felicidade. – Isso é maravilhoso, mas agora vamos fazer algo diferente.

Taylor pegou uma corda e amarrou meus pulsos no alto das grades da cela então ela pegou seu canivete e com ele cortou meus pulsos de ponta a ponta o que me fez gemer de dor.

Como meus braços estavam amarrados em cima de minha cabeça o sangue que saia do mesmo pingava sobre meu rosto machucado.

- Seja uma boa menina e morra antes mesmo das guardas chegarem aqui. – Swift disse então saiu da cela junto com as outras.

Fim de flashback.

Pude sentir as dores em meus pulsos como se estivesse vivendo aquilo novamente e minha sorte foi que naquela noite uma das minhas companheiras de cela resolveu me ajudar e pediu ajuda a umas das guardas, me socorrerão caso contrário eu já nem estaria mais aqui.

Com os anos passando eu fui me acostumando com as torturas de Taylor e sua trupe talvez eu merecesse sofrer daquele jeito por tudo que fiz dizem que tudo que plantamos colhemos e eu estava.

O que me dava força eram as pessoas de fora apesar de tudo o que eu fiz minha família ainda estava ali por mim, mas quando eu passei a receber as torturas eu resolvi que não queria mais receber visitas de ninguém principalmente de Miley.

Mais uma vez fui levada pelas minhas lembranças e aquela tinha sido a mais dolorida até mais do que os espancamentos e torturas que Taylor fazia com o meu corpo.

Flashback.

- Vamos Lovato você tem visitas. – A guarda que era amiga de Swift chegou na minha cela com seu velho e horrível humor.

- Eu disse que não queria visitas. – Falei séria.

- Acontece que comigo você não tem escolhas patricinha. – Ela deu um murro no meu estomago que fez com que eu prendesse o ar tamanha foi a dor. – Agora se comporte e vamos logo.

Minha sorte foi que meus roxos do rosto estavam sumindo aos poucos já que Taylor tinha parado de bater no mesmo, pois aquilo estava chamando a atenção então ela passava a me bater e torturar nos lugares que ficavam escondidos.

Quando entrei no pátio onde eram feitas as visitas eu vi Miley sorridente sentada em uma das mesas sozinha. Ela sempre vinha sozinha até porque minha família dizia que queria dar privacidade a nós então ninguém nunca vinha com ela o que era de fato um desperdício não vir ninguém por que de fato não tínhamos tanta privacidade assim.

- Dems. – Sua voz saiu doce como sempre.

- Oi. – Falei completamente fria se eu queria que ela parece de vir aqui eu teria que dar motivos para isso começando por não olhar em seu rosto e nem a tratando bem.

- Você está bem? – Ela me perguntou preocupada enquanto eu sentava de frente para ela e encarava a mesa.

- Sim eu estou. – Respondi simples.

Então um silêncio caiu sobre nós um silêncio terrível que estava me incomodando demais.

- Por que disse que não queria receber visitas? – Ela quebrou o silêncio.

- Por que eu não quero mais que vocês venham aqui horas. – Disse seca. – E vocês deviam atender o meu pedido.

- Ei o que aconteceu? – Ela continuava com seu tom doce o que partia meu coração então ela tocou minha mão sobre a mesa e eu senti meu corpo se arrepiar era sempre assim quando ela me tocava.

- Nada. – Tirei minha mão da sua repousando a mesma sobre minhas pernas.

- Se não está acontecendo nada por que não me olha nos olhos então? – Ela perguntou firme agora.

Então eu encarei os grandes olhos azuis e eu senti meu mundo parar e ali só existia ela, toda linda e preocupada comigo.

Miley me analisava com calma vi seus olhos olhar cada detalhe de meu rosto então seus olhos descerem por meu corpo com certeza buscava algo de diferente já que ela deve ter visto os roxos que sumiam de meu rosto.

- O que houve com você?

- Nada Cyrus eu já disse que nada. – Eu falei rude.

- Pensei que tínhamos parado com as mentiras. – Ela devolveu no mesmo tom.

Desviei meus olhos dela e parei sobre Taylor que estava do outro lado nos encarando com um sorriso presunçoso e fazendo ameaças com as mãos como cortar o pescoço de alguém. Sim ela já tinha ameaçado minha família falando que tinha gente do lado de fora que podia dar um jeito neles e isso me ajudou a quere-los longe daqui também.

- Será que você poderia ir embora? – Perguntei já me levantando.

- Não até você me dizer o que está acontecendo e quem fez isso com seu rosto. – Miley mantinha sua voz firme deixando claro que não desistiria.

- Você quer a verdade? – Falei debochada.

- Sim quero! – Ela se manteve firme.

Eu teria que dar um motivo enorme para ela não vir mais então sem pensar eu vi quando Lara minha parceira de cela e única amiga dentro desse inferno passou por mim, eu a puxei pelo braço e a beijei torcendo para que ela correspondesse e para minha sorte ela o fez, mas quando nos separamos ela ficou me encarando confusa por que ela sabia quem Miley era.

- Está aí o motivo, eu estou com outra e você devia viver sua vida até por que vai esperar por mim para sempre? – Debochei.

- Você não muda nunca, não é? – Ela negava com a cabeça enquanto eu via seus olhos transbordarem de lágrimas, mas ela não deixou nenhuma cair.

Miley nada disse apenas saiu dali sem esperar uma resposta minha e assim que sumiu eu passei a chorar e Lara me consolar.

- Porque fez isso? – Ela perguntou enquanto me abraçava.

- Porque eu sempre vou por quem eu amo acima de tudo mesmo que tenha faze-los sofrer. – Falei entre as lágrimas.

- Vai ficar tudo bem.

Então desde aquele dia nem minha família e muito menos Miley vinha me visitar e isso durou por cerca de mais dois anos até que Dallas resolveu aparecer e eu contei toda a verdade para ela e a mesma quis me matar, mas me jurou que nunca contaria para Miley a verdade.

Fim de Flashback.

Limpei a lágrima que escorreu de meu olho direito ao lembrar daquela dolorosa lembrança então deixei um sorriso escapar quando toquei o anel que estava em meu anelar direito e outra lembrança tomou minha mente novamente.

Flashback.

Eu estava sentada no pátio esperando Dallas entrar e logo eu vi a mesma vim e sentar em minha frente com um grande sorriso no rosto.

- Por que está sorrindo assim? – Perguntei curiosa depois de cumprimenta-la.

- Tenho novidades. – Falou animada.

Dallas era minha porta voz sobre tudo que estava acontecendo lá fora, ela me dava notícias da minha família de Miley e principalmente de Isabela nossa como eu morria de saudades da minha garotinha que já não era tão garotinha assim.

Isabela estava com onze anos o que indicava que eu já tinha ficado a cinco anos aqui dentro e me doía demais não a ver crescendo, mas Dallas sempre me mantinha informada de tudo e levava notícias minha para ela.

Todos contaram para ela aonde eu realmente estava e confesso que morri de medo dela me repelir por isso, mas pelo contrário ela me deu forças durante todo esses anos, claro que não contaram o real motivo deu estar aqui e nem contaram que eu era sua mãe biológica porque acharam melhor que eu devia contar tudo para ela.

Então nosso relacionamento era baseado nas notícias que Dallas me dava e levava para ela, nos desenhos que ela sempre me mandava e até por fotos que Dallas tirava da mesma já que eu jamais permitiria ela aqui dentro.

- Que novidades? – Perguntei sem ânimo.

- Sua loira está solteiríssima de novo. – Ela quase berrou. – Todos sabemos a quem aquele coraçãozinho pertence.

Sim desde da época que eu fiz aquele show para a Miley ela ficou três anos sem vir aqui e como eu tinha pedido ela seguiu em frente, mas Dallas disse que ela nunca se firmava com ninguém até ter encontrado uma tal de Selena e ter ficado com a mesma, mas pelo jeito o relacionamento durou pouco já que elas só estavam juntas a quatro meses.

- Sério? – Perguntei como se não estivesse interessada.

- Sim sério! – Ela afirmou.

- E o porquê disso? – Deixei meu interesse aparecer.

- Porque eu te amo! – Quando eu ouvi a voz doce senti meu corpo gelar.

- M-Miley? – Eu estava sem ação. – O q-que está fazendo aqui?

- Dallas me contou toda a verdade e confesso que eu quero te matar por isso! – Ela se aproximou de mim. – Me deixou nas mãos de outras por que teve medo deu me machucar? Será que você nunca vai entender que eu vou passar por cima de qualquer coisa só para ter você?

- E-eu....

- Não fala nada. – Ela me cortou. – Presta atenção no que eu vou te falar. – Eu apenas a olhei e ela continuou. – Eu devia ter previsto que algo estava muito errado e pode ficar tranquila eu já denunciei a Taylor assim como o bando dela e a guarda que a ajudava, Taylor foi transferida de presidio assim como sua trupe, elas ficaram em solitárias até o fim de suas penas assim não machucaram ninguém....

- Então foi por isso que eu não as vi hoje. – Eu falei interrompendo Miley que me olhou com cara de brava. – Desculpe.

- Continuando. – Ela sorriu de lado. – Agora que elas não estão mais em nossos caminhos e que a Dallas me contou toda a verdade eu resolvi que estava na hora de voltar para quem eu amo e mesmo que você não me aceite eu não vou sair do seu pé até te ter de volta e mostrar para você que você pode ser a maior cabeça dura, mas eu nunca vou desistir de você Demetria. – Eu sentia meu coração bater tão rápido de tanto amor. – Sei que eu devia fazer isso em local mais apropriado, mas para o amor não tem hora por isso eu quero saber se você Demetria Devonne Lovato aceita se casar comigo?

- S-sim. – Eu disse entre lágrimas e me joguei em seus braços. – Eu te amo tanto Miley e me desculpa por tudo.

- Ei eu te amo e esquece o que passou agora é o nosso recomeço está bem? – Eu assenti e ela secou minhas lágrimas.

Então Miley me tomou em seus braços e nós passamos a nos beijar apaixonadamente e todos os presentes ali batiam palmas e assoviavam o que me fez interromper o beijo e ficar corada.

Fim de flashback.

- Ei está pronta? – Sai de minhas lembranças quando Molly a guarda que ficou no lugar da guarda que ajudava Taylor me chamou.

- Mais do que pronta. – Sorri levantando da cama.

- Até que os dez anos passaram rápidos. – Ela disse sorrindo e eu revirei os olhos o que a fez sorrir mais ainda, ela tinha se tornado uma amiga assim como Lara.

Eu tinha comprido meus dez anos presa e hoje era o dia em que eu teria minha liberdade de uma vez, era o dia que minha vida iria recomeçar de todas as formas. Eu seria uma nova mulher e tudo o que eu precisava estaria do outro lado do portão desse presidio, minha família.

Antes de sair eu parei na secretaria do presidio onde eu assinei os papeis de minha liberdade e peguei os meus pertences com tudo em mãos eu passei a acompanhar Molly até o grande portão e antes dela abrir o mesmo ela se virou para mim e disse séria.

- Eu realmente espero nunca mais ver sua cara Lovato. – Ela riu. – Pelo menos não aqui dentro.

- Digo o mesmo Molly. – Eu lhe abracei. – Obrigada por tudo e nos vemos qualquer dia desses.

- Com certeza agora vá para a casa criança. – Ela sempre me chamava assim até por que ela era mais velha que eu.

Molly abriu o portão, eu respirei fundo e fechei meus olhos então coloquei o pé direito para fora primeiro logo após eu coloquei o outro e então me permiti passar pelo portão e quando eu fiz isso eu respirei mais fundo ainda sentindo como se o ar tivesse mudado e realmente tinha, tudo era novo.

- Mamãe! – Quando eu escutei a voz que eu tanto tinha saudade eu abri meus olhos e só deu tempo deu sentir o impacto de minha filha contra meu corpo.

- Meu amor! – Eu a abracei apertado.

Isabela estava uma moça agora com seus dezesseis anos, mas ela sempre teria a essência daquela garotinha que eu conheci, ela sempre seria a minha garotinha.

- Eu estava com tanta saudade. – Ela dizia entre o choro.

- Eu também meu amor muita saudade. – Eu beijava sua cabeça enquanto chorava junto com ela, mas era de felicidade.

Então eu senti vários corpos se colidirem com a gente era a minha família ali me dando um abraço de boas-vindas e de um recomeço.

- Eu nem acredito que você está com a gente. – Minha mãe disse quando todos nos separamos.

- E agora é para ficar para sempre. – Eu disse feliz e passei a abraçar um por um ali até que cheguei na loira que tanto me fez ter força durante esses anos.

Miley me puxou para seus braços e me abraçou com toda a sua força e eu mais uma vez me permiti chorar de alegria quando nos separamos ela secou minhas lágrimas com seus polegares e deu o seu sorriso que eu tanto amava.

- Agora nossas vidas começaram. – Ela disse com a voz rouca. – Eu amo você!

- Eu te amo muito.

Eu me joguei em seus braços novamente e passei a beijar todo o seu rosto até que nossos lábios se chocaram e eu pude beija-la com todo o meu amor.

- Ei estamos aqui. – Isabela disse manhosa o que nos fez nos separar rindo e a tempo de vê-la revirar os olhos.

- Sei que estão e eu estou muito feliz por isso. – Falei rindo e a abracei novamente.

- Certo por que não vamos logo eu estou cheia de fome e sei que tem um almoço delicioso na casa da Cyrus então vamos. – Ariana disse desesperada o que nos fez rir.

- Sua mãe não te deu modos? – Marissa a repreendeu.

- Deixa sua sogrinha querida ouvir você falando isso para você ver uma coisa. – Ari respondeu emburrada.

- Certo vamos logo. – Miley disse sorrindo.

Dei a mão para a Miley e caminhamos juntas até seu carro no mesmo só iria eu e ela, pois ela tinha alegado que queria um tempo sozinha comigo.

- Então o que quer me dizer? – Falei enquanto ela seguia para sua casa.

- Você realmente me conhece, não é? – Ela perguntou sorrindo.

- Como a palma da minha mão. – Sorri de volta.

- Certo primeiramente quero dizer que eu estou tão feliz por você estar aqui. – Ela soltou a mão do cambio e apertou a minha rapidamente para voltar ao seu devido lugar.

- Eu também estou feliz meu amor. – Acariciei seu rosto.

- Continuando. – Ela suspirou e vi que vinha coisa séria. – Acho que está na hora de você contar a Isabela a verdade.

- T-tem certeza? – Perguntei desconcertada só em imaginar que Isabela poderia me negar por isso.

- Ela merece assim como você Dems afinal você é a mãe dela e fez tudo o que fez por ela então vamos dar a ela a verdade.

- Você tem razão. – Eu disse firme.

- Tem mais uma coisa. – Ela disse com a voz séria em sinal claro de desagrado.

- O que foi? – Perguntei preocupada.

- Henry estará no almoço então se prepare para conhecer seu genro. – Ela revirou os olhos enquanto rangia os dentes o que me fez rir.

Sim Isabela estava namorando Henry o mesmo garoto que ela dizia ser seu namorado quando criança, nem preciso dizer o quanto Miley surtou com isso não é mesmo?

- Eu já o conheço amor. – Eu falei ainda rindo.

- É mais agora ele não é mais um garotinho. – Ela bufava. – Aquele abusado.

Continuei rindo enquanto ela ficava reclamando de Henry até que chegamos em sua casa e todos já estavam lá.

- Lovato! – Nicholas veio até mim e me abraçou. – Seja bem-vinda.

- Nick. – O abracei forte. – Fico feliz que esteja aqui com a gente.

- Sempre! – Ele piscou para mim.

Nesses anos Nicholas decidiu por ficar em Los Angeles e o motivo tinha nome e sobrenome Dallas Lovato, sim Nick e Dallas se envolveram um pouco depois deu ter sido presa e estão juntos até hoje para ser mais clara os dois já moravam juntos.

- Senhorita Lovato. – Henry se fez presente e uau o garoto estava lindo alto com o porte físico adequado para sua idade, seus cabelos curtos e bem arrumados, seu rosto era maravilhoso com os lábios grossos e avermelhados que destacavam em sua pele clara assim como seus lindos e intensos olhos castanhos.

- Henry que prazer em revê-lo. – Eu o cumprimentei e vi Miley revirar os olhos.

- Certo vamos almoçar logo. – Minha noiva interrompeu nosso contato o que fez todos rirem e Isabela resmungar.

O almoço correu tranquilo entre risadas e muitas informações que todos me davam sobre as coisas aqui de fora e eu prestava atenção em cada coisa que era dita para mim, pois todos que estavam ali me eram importantes e sempre teriam toda a minha atenção.

Todos já tinham ido embora alegando que eu precisava curtir minha família e que eu também precisava descansar já que não tive conforto durante esses dez anos.

- Acho que está na hora de conversar com a sua filha. – Miley sussurrou eu meu ouvido e eu senti meu corpo tremer em sinal claro de medo.

- A-agora? – Perguntei nervosa.

- Sim ela está no quarto vai lá que eu estarei te esperando no nosso! – Disse sorrindo.

- Nosso? – Arqueei a sobrancelha.

- Sim nosso agora vá e depois conversamos. – Beijou minha testa e saiu.

Respirei fundo e fui até o quarto de Isabela parei na porta que estava aberta e me encostei no batente, passei a observar a mesma deitada na cama com fones de ouvido enquanto mexia no celular.

- Mamãe? – Isabela disse tirando os fones de ouvido e sentando na cama.

- Atrapalho? – Ela negou com a cabeça e me chamou com a mão para me sentar na cama e assim eu fiz.

- Aconteceu algo? – Perguntou preocupada.

- Precisamos conversar. – Ela nada disse ficou me encarando. – Acho que você precisa saber o porquê eu realmente estava presa e.....

- Eu sei. – Ela me cortou e me deu um pequeno sorriso. – Eu sei o porquê estava presa e também sei que você é minha mãe biológica.

Assim que Isabela terminou de falar eu fiquei estática e fiquei falando coisas baixas e sem nexo até que voltei a realidade.

- C-como? – Perguntei baixo.

- Eu escutei uma conversa da mommy com a tia Dallas e fiquei sabendo de tudo. – Isabela dizia tudo com tranquilidade.

- E como você se sente com tudo isso? – Por incrível que pareça eu disse firme. – Digo se você me odiar eu vou entender.

Isabela deu um largo sorriso e pegou minhas duas mãos então seus olhos castanhos caíram sobre mim novamente.

- Eu não te odeio pelo contrário, eu admiro você e sei que o que você fez não foi certo, mas a todo o momento você estava pensando na sua família e principalmente em mim sei que o que fez foi por nós então porque eu ficaria com raiva da minha mãe? – Ela dizia tudo com um sorriso lindo enquanto eu a essa altura já estava chorando feito um bebê. – Você não estava presente em minha vida durante cinco anos pelo menos não de corpo, mas estava de alma e sempre cuidou de mim mesmo que de longe e eu serei eternamente grata por ter você na minha vida e por ser sua filha por que eu te amo mamãe.

 - Eu amo você minha garotinha. – Disse entre o choro.

Então ali nós nos abraçamos pela primeira vez como mãe e filha sem mentiras entre nós, ali estávamos selando um recomeço para nós duas.

Depois de conversar mais um pouco com minha filha e ela me contar sobre seu namoro com Henry e o quanto Miley a enchia o saco com isso eu sai do quarto indo agora para o meu e de Miley.

- Como foi? – Ela perguntou assim que cruzei a porta.

- Melhor que o esperado ela já sabia de tudo. – Falei séria.

- Como? – Perguntou confusa.

- Ela ouviu uma conversa sua e de Dallas. – Sorri. – Ela está tão madura.

- Não acredito que ela está crescendo tão rápido. – Miley fez um bico enorme. 

- Nem eu. – Suspirei. – Mas agora o que acha de conversarmos sobre o “nosso” quarto. – Fiz aspas e sorri.

- Primeiro agora somos uma família e você vai morar comigo tanto é que suas coisas já estão todas aqui. – Miley caminhou até o closet e eu fui atrás e constatei que minhas roupas assim como algumas joias estavam ali. – Segundo nós nos casamos amanhã.

- O QUE? – Gritei espantada.

- Isso mesmo! – Sorriu marota.

- Como assim Miley? – Perguntei ainda chocada. – Eu saí da cadeia hoje nem deu tempo de arrumar nada.

- Eu tive muito tempo para arrumar tudo então fique tranquila agora pegue seu carro e vá para a casa da Marissa e eu te espero no altar. – Ela piscou para mim e jogou a chave de meu antigo carro.

- Está falando sério? – Eu ainda estava desacreditada.

- Sim eu estou agora vá. – Veio até a mim e me deu um selinho.

- Isso é loucura. – Disse rindo.

- Acho que toda a nossa estória é uma loucura, mas vá.

Miley me levou até o carro e antes deu sair me deu um beijo intenso e por fim eu fui para a casa da minha melhor amiga e o caminho todo eu pensava o quanto eu tinha sorte e era a mulher mais feliz do mundo por ter uma família que me amava acima de tudo.

Casamento.

Eu estava parada me olhando no espelho e admirando o maravilhoso vestido que Dallas e Marissa tinham escolhido para mim já que as mesmas eram minhas madrinhas.

Ele era branco e tomara que caia onde a parte de cima era coberto por pedras de cristais pratas e da cintura para baixo ele era com renda e rodado.

Meu cabelo estava preso e um enfeitei de cristal assim como o vestido estava preso na lateral esquerda de meu cabelo, minha franja caia do lado direito dando um charme a mais ao penteado.

Minha maquiagem era leve exceto pelo meu batom vermelho que destacava meus lábios, eu o tinha exigido já que era minha marca registrada.

- Você está tão linda. – Marissa disse entrando no quarto junto a Dallas.

- Tão linda quanto a Cyrus. – Dallas sorriu para mim. – Está pronta?

- Não, mas vamos lá. – Falei nervosa e elas riram.

O casamento ia ser na praia, Miley tinha alugado uma casa particular na praia então ninguém tinha acesso a cerimônia e muito menos a festa eu já tinha visto o lugar e tudo estava tão lindo. Era incrível como minha família tinha feito tudo nos mínimos detalhes estava tudo perfeito que até parecia um sonho.

Assim que sai do quarto encontrei Eddie parado o mesmo estava lindo em seu terno o que me fez abrir um grande sorriso para ele.

- Você está linda filha. – Ele disse emocionado. – Não acredito que minha garotinha vai casar.

- Estava na hora não é pai? – Falei amorosa e ele me abraçou com intensidade.

- Vamos logo antes que sua noiva tenha um ataque. – Disse rindo.

Eddie e eu já estávamos prontos para entrar no salão onde iria ocorrer o casamento então a cerimonialista deu permissão para que entrássemos aonde todos já estavam me aguardando.

Segurei firme no braço de meu pai e o encarei procurando por segurança e ele apenas me sorriu com isso a marcha nupcial foi se ouvida e a porta do salão aberta e naquele momento eu esqueci de tudo e todos a minha volta e minha visão se direcionou diretamente para ela que estava parada no pequeno altar que tinha sido montado.

Miley estava linda ela trajava um terno feminino branco que moldava perfeitamente seu corpo a única coisa que se destacava era sua gravata borboleta preta e seu salto da mesma cor já que sua maquiagem era simples, mas claro que os olhos estavam bem destacados.

Parecia que tinha passado uma eternidade, mas por fim eu estava de frente para ela que me sorria da forma mais pura e linda que alguém já sorriu.

- Cuide bem da minha garotinha.  – Eddie disse sério.

- Com toda a minha vida Eddie. – Ela falou segura e ele me entregou a ela.

Então o juiz de paz começou a cerimonia, mas eu não prestava atenção em nada já que meus olhos e pensamentos estavam presos a mulher ao meu lado, só sai de meus devaneios quando respondi que aceitava casar com ela e esperei por sua resposta que veio logo após com um grande e sonoro sim.

- Agora vamos aos votos. – O juiz disse e eu resolvi tomar a frente e comecei a falar.

- Uau eu nunca pensei que eu chegaria tão longe. – Falei séria e todos ficaram em silêncio para ouvir. – Eu passei por tantas coisas e quando eu era apenas uma menina eu tinha perdido todas as esperanças de um dia casar e construir uma família por que aquilo foi arrancado de mim da maneira mais bruta que se podia. – Meus olhos passaram rapidamente por todos e vi que muito já choravam como minha família até que meus olhos pararam novamente nos olhos azuis e eu sorri continuando. – Mas quem diria que Deus no final de tudo me daria uma segunda chance? Algumas coisas podem ter sido premeditadas, mas eu me apaixonar por você, foi o destino, foi os Deuses ao nosso favor, foi Deus me dando a segunda chance e eu sou tão grata por ter conseguido essa segunda chance por que Miley eu já não sei viver sem você ou sem a nossa filha por que vocês me ensinaram o que é o amor, vocês me trouxeram de volta a vida e eu sempre vou ser grata por isso então saiba que eu te amarei até o meu último suspiro porque não a vida se você não estiver ao meu lado.

- E eu pensando que minhas palavras teriam algum efeito. – Ela disse rindo entre as lágrimas e todos riram junto. – Demetria pode alguém odiar e amar ao mesmo tempo? – Ela perguntou negando com a cabeça e eu ri. – Confesso que quando você entrou na minha vida você levou uma Miley totalmente sem escrúpulos embora e trouxe a vida uma Miley perdidamente apaixonada e louca para viver um amor intenso, você me proporcionou isso e apesar dos altos e baixos que passamos e do ódio que você me fez passar o nosso amor prevaleceu porque ele estava escrito para acontecer e tudo devido ao maior elo que nos une a nossa filha por que tanto eu quanto você somos capazes de fazer de tudo pelo amor de uma filha então saiba que eu amarei vocês daqui até a eternidade.

Antes mesmo do juiz de paz finalizar a cerimônia eu me joguei em seus braços e a beijei então todos passaram a bater palmas e o juiz por fim deu por encerrado a cerimonia.

- Eu te amo. – Falamos juntas quando nos separamos e acabamos por rir.

Depois da cerimônia, todos foram para a festa que aconteceria aqui mesmo e tudo estava lindo e perfeito, mas Miley e eu não ficamos por muito tempo já que a mesma disse que queria partir logo para a nossa lua de mel.

Trocamos de roupa aqui mesmo e partimos para o aeroporto e Miley só me contou nosso destino quando estávamos dentro do avião.

- Não acredito que estamos indo para Bahamas. – Falei animada.

- Eu queria um lugar lindo e tranquilo para nós duas. – Ela me deu um selinho.

O tempo de voo tinha sido rápido pelo simples fato de que tanto eu quanto Miley tínhamos dormido o voo todo e só fomos acordar quando já tínhamos pousado.

- Espero que esteja do seu grado meu amor. – Miley me abraçou por trás.

- Isso é maravilhoso. – Virei a cabeça para trás e lhe dei um selinho.

Estávamos em um resort o mesmo ficava na água e tinha várias cabanas espalhadas por aqui e por sorte uma delas seria a nossa.

Miley pegou nossas malas e colocou na canoa que nos esperava e me ajudou a subir na mesma o percurso até as cabanas era rápido e logo estávamos entrando na nossa.

Ela era simples, mas com um conforto imenso no meio da cabana tinha um grande vidro no chão que nos possibilitava ver o mar e os peixes sob nós, no fundo da cabana ficava uma grande cama e de cada lado dela tinha um criado mudo a frente da cama uma televisão presa a um suporte, tinha também um banheiro e ao lado um pequeno armário para guardamos nossas coisas e para fechar uma mesa e um frigobar como eu disse era simples, mas cheio de conforto.

Sai de meus devaneios quando Miley beijou meu pescoço e parou seus lábios em meu ouvido e sussurrou.

- Eu quero você! – Sua voz rouca me arrepiou.

Eu nada respondi e me virei de frente para ela a beijando ardentemente, passamos a caminhar em direção da cama onde Miley deitou por cima de mim.

Ela ficou me encarando e deu um sorriso safado de lado que eu fiz o favor de retribuir. Depois de tanto tempo nós enfim teríamos uma noite juntas já que na cadeia isso era impossível e talvez fosse por isso que estávamos apressadas.

Quando dei por mim Miley estava nua diante de meus olhos e tirava a minha calcinha com pressa.

- Você continua tão linda. – Disse enquanto beijava todo o meu corpo.

Meu corpo se arrepiava com seus lábios descendo pelo mesmo, mas ele tremeu quando eu senti sua respiração em minha intimidade.

Ela passou sua língua de baixo para cima e passou a me chupar com intensidade enquanto apertava um de meus seios com gana.

- Hm Miley. – Gemi baixo e apertei seus cabelos.

Ela parou sobre meu clitóris e brincou com sua língua ali me fazendo delirar e soltar vários gemidos desconexos.

Mas para minha tristeza ela parou de me chupar o que me fez resmungar, mas logo parei quando ela me beijou e se encaixou entre minhas pernas fazendo com que nossas intimidades estivessem totalmente coladas e era incrível como nossa lubrificação se misturava.

Minhas mãos foram parar em sua costa e eu passei a arranhar a mesma enquanto Miley segurava meu rosto com suas mãos e em seguida passamos a nos mexer fazendo com que nossas intimidades se roçassem cada vez mais.

- Eu não vou aguentar. – Eu falei entrei o beijo.

- Goza comigo Lovato. – Ela pediu rouca.

Miley intensificou seu rebolado e eu fiz o mesmo não aguentando, soltei um gemido alto gozando e por incrível que pareça ela gozou comigo o que fez o momento ser mais intenso ainda.

- Eu amo você. – Seu corpo caiu sobre o meu.

- Eu te amo. – Disse sorrindo e beijei sua testa suada.

Depois de ficarmos por um bom tempo ali recuperando a respiração Miley levantou e foi até sua mala e voltou com um envelope nas mãos e estendeu para mim.

- O que é isso? – Perguntei confusa enquanto me sentava.

- Eu ia esperar o final da nossa viagem, mas esse é o momento ideal. – Ela disse animada.

Então peguei o envelope e abri o mesmo e meus olhos se arregalaram quando eu vi que era um contrato de uma clínica de inseminação artificial.

- V-você está g-gravida? – Perguntei chocada e ela riu alto.

- Não, eu não estou até porque não é minha ideia gerar uma criança. – Ela acariciou meu rosto. – Mas você pode ficar.

- O que? – Perguntei espantada.

- Demetria eu quero tudo com você apesar de termos a Isabela eu quero outro filho com você, eu quero que possamos cria-lo juntas quero que nossa família aumente então o que me diz? 

Eu estava em choque, Miley queria mais um filho comigo? O quão incrível isso era? Pensei que a essa altura só o casamento estaria de bom tamanho para ela, mas pelo jeito não e se ela queria tudo comigo eu daria isso a ela.

- Sim eu quero outro filho com você! – Disse firme.

- Sério? – Perguntou emocionada.

- Sim meu amor. – Acariciei seu rosto.

- Ótimo quando voltarmos a gente vai direto para a clínica, eu já deixei tudo preparado meus óvulos já foram coletados para serem inseminado em você e também já escolhi o doador, ele é ótimo e adivinha tem meus olhos e é moreno como você então nosso filho será maravilhoso. – Ela disse empolgada e eu não me contive apenas ri de sua felicidade.

- Sim tudo será maravilhoso. – Eu deixei o contrato de lado e a beijei intensamente dando início a mais uma noite quente entre nós.

Nove meses depois.

Eu estava no jardim de casa sentada em uma das espreguiçadeiras enquanto observava minha família conversando alegremente enquanto se divertiam no churrasco de domingo.

- Oi meu amor. – Miley parou em minha frente dando um beijo na minha testa e se abaixou ficando de joelho e beijou minha barriga que agora estava imensa. – Como é que está o meu garoto?

- Ele está bem um pouco agitado, mas bem. – Acariciei minha barriga de novo meses.

Sim nós teríamos um menino o nosso pequeno Joseph Lovato Cyrus ou como todos já o chamavam, Joe. Confesso que senti um certo medo quando fizemos a inseminação o meu medo era por eu não ser uma boa mãe afinal eu não tinha sido uma para Isabela, mas eu tentava reparar isso todos os dias.

- Bem que ele podia nascer logo né? Poxa você já completou os nove meses, eu quero vê-lo. – Miley disse emburrada e eu ri do seu bico enorme.

- Deixa ela vir no tempo dele.... OH MERDA.

- Demi o que foi? – Miley levantou rapidamente.

- VAI NASCER, MEU DEUS VAI NASCER. – Eu disse desesperada enquanto gritava de dor ao sentir as contrações.

- Mommy faça alguma coisa. – Isabela chegou perto de nós histérica.

- O que eu faço? Deus o que eu faço? – Miley andava de um lado para o outro em sinal claro de desespero e seria engraçado se eu não estivesse morrendo de dor.

- Filha calma. – Leticia mãe de Miley a segurou pelos braços. – Suba e pegue as coisas da Demi e do Joe enquanto levamos ela para o carro.

Assim que Leticia falou o que fazer Miley saiu em disparada para dentro da casa e Eddie me pegou no colo e levou para o carro.

Logo minha esposa estava de volta e Eddie seguiu para o hospital e todos vieram atrás de nós.

Entrei no hospital e logo os enfermeiros me levaram para a sala de parto onde meu médico esperava já que minha mãe tinha avisado que Joe estava vindo ao mundo.

- Até que enfim esse garotão resolveu nascer. – Doutor Max disse sorrindo e eu não sorri de volta tamanha minha dor.

- Será que pode fazer ele nascer logo? Oh merda. – Mordi o lábio inferior em sinal de dor.

- Vamos preparar você.

Então o doutor deu ordem que arrumassem a sala e me preparassem e cerca de meia hora depois eu estava deitada na maca pronta para trazer meu filho ao mundo.

- Cadê a Miley? Eu não vou fazer nada sem ela. – Falei séria.

- Ei amor eu estou aqui. – Ela apareceu ao meu lado com as roupas de hospital que eram necessárias para estar ali comigo.

- Vamos lá Demi quando a primeira contração vier quero que faça força e empurre está bem? – Doutor Max pediu e eu assenti pegando na mão de Miley.

E lá veio a primeira contração e eu empurrei e seguida dela vieram outras, eu já estava cansada e Joe parecia não querer sair nem por um decreto.

- Eu n-não aguento m-mais. – Disse chorando.

- Ele está quase vindo, vamos Demi use todas as suas forças e traga seu garotinho ao mundo. – O doutor me incentivou.

- Ei olhe para mim. – Miley disse amorosa e eu a olhei. – Eu sei que está cansada, mas você é a mulher mais forte e corajosa que eu conheço então traga o nosso menino para nós.

Olhando nos olhos de Miley eu senti outra contração e como o doutor pediu eu usei todas as minhas forças fazendo com que um grito rasgasse minha garganta e um choro espalhasse pela sala, Joe tinha nascido.

- Você conseguiu. – Minha esposa disse chorando e beijou minha testa eu dei um fraco sorriso para ela.

- Aqui está o garotão de vocês, forte como um touro nasceu com três quilos e trinta e oito centímetros parece que puxou a mãe baixinha. – Doutor Max disse sorrindo e entregou Joe para mim.

Assim que eu o peguei no colo foi como se tudo renasce em mim novamente e o maior sentimento estava renascendo ali o meu amor incondicional de ser mãe novamente.

- Ele é lindo amor. – Miley ainda chorava e acariciou os cabelos escuros dele. – Olha só tem o furinho no queixo igual a você.

- Espero que os olhos sejam seus. – Sorri para ela e a mesma me deu um selinho.

Doutor Max pegou nosso filho e deu as enfermeiras para que limpassem ele e então me levou para o quarto e mais tarde naquele mesmo dia toda minha família já tinha ido ao meu quarto para conhecer o novo membro da família e agora só restava Miley, eu e os nossos filhos no quarto.

- Ele é lindo mamãe. – Isabela dizia encantada enquanto carregava o irmão.

- Ele tem seu nariz e seus lábios finos meu amor. – Disse sorrindo para ela.

- Que cor será que é os olhos dele? – Isabela perguntou curiosa, pois até agora Joe não tinha aberto os olhos o que o médico disse ser normal já que ele ainda estava se acostumando a estar fora de meu ventre.

- Espero que seja igual ao da sua mãe. – Disse animada.

- Olha ele está abrindo os olhos. – Isabela disse empolgada.

- Traga ele aqui perto da sua mãe. – Miley disse e Isabela o fez.

Joe com calma foi abrindo os olhinhos e todas sorrimos quando vimos claramente que os olhos eram azuis como os de Miley claro que ainda estava um pouco escuro, mas com certeza iria clarear só precisava de tempo.

- Tem seus olhos amor. – Puxei Miley pela camiseta e lhe dei um selinho.

- Ele é a nossa mistura, é a mistura do nosso amor verdadeiro. – Miley disse emocionada e então pegou Joe e o colocou em um de seus braços e puxou Isabela com o outro deixando seu braço por cima de seus ombros e segurou minha mão. – Eu sou a mulher mais feliz desse mundo por ter vocês na minha vida, meus amores que eu tanto amo.

- Nós também te amamos mommy. – Isabela lhe beijou a bochecha.

- Eu quero fazer uma promessa. – Falei atraindo a atenção das duas que ficaram quietas. – Eu prometo que eu sempre farei qualquer coisa pelo amor de vocês principalmente pelo seu e o do seu irmão filha porque é isso que as mães fazem, nós sempre iremos fazer tudo pelo amor de um filho.

Então elas se aproximaram de mim e nós demos um abraço em família selando minha promessa que seria para o resto de minha vida.

Afinal eu comecei minha estória fazendo tudo pelo amor de uma filha e eu terminaria ela só que agora fazendo tudo pelo amor de meus filhos.