História For The Love of A Daughter - Chapter Seven

Point of View Demetria Lovato

Um barulho ensurdecedor ecoou pelo quarto me fazendo abrir os olhos rapidamente e logo notar que era apenas meu despertador indicando que mais um dia tinha chegado.

Ontem depois que sai da casa de minha mãe fiz Marissa me trazer para casa já que a mesma queria parar em algum lugar porque queria conversar comigo, eu sabia muito bem sobre o que ela queria conversar por isso inventei que estava morrendo de dor de cabeça e deu certo.

Mas isso não quer dizer que eu escaparia dela porque quando Marissa coloca algo na cabeça não tem quem tire.

Como cheguei um pouco tarde em casa resolvi só tomar banho e me jogar na cama, pois eu precisava descansar o dia tinha sido muito corrido e cheio de coisas para eu colocar em ordem.

Sentei-me na cama para me espreguiçar e quando fiz isso quase tive um ataque cardíaco.

- Que merda é essa? Quer me matar do coração? – Perguntei esbaforida por causa do susto.

Eu encarava Marissa que estava no divan que tinha no canto de meu quarto, eu com certeza devia estar com uma cara de susto, mas não posso dizer o mesmo de Marissa já que ela estava com a cara amarrada indicando que coisa boa não iria sair.

- A gente precisa conversar. – Falou séria.

- Marissa não sei se você sabe, mas eu não posso me atrasar para o trabalho.

Levantei da cama jogando o edredom na mesma e caminhei até o banheiro onde lavei meu rosto e escovei os dentes enquanto fazia isso era observada por Mari que tinha vindo atrás de mim e se encostou no batente da porta.

- Você fugiu de mim ontem e não vai fazer isso hoje.

- Mari qual é?

Passei por ela e sai do quarto indo para a cozinha, pois eu precisava comer algo porque meu estomago estava implorando por comida.

- Vou apenas te fazer uma pergunta. – Ela cruzou os braços embaixo de seus seios e me encarou séria.

- Tudo bem vamos lá você quer conversar okay. – Disse séria e fechei a geladeira para poder olha-la.

- O que rolou entre você e o Zayn? – Ela perguntou sem rodeios como sempre fazia.

Eu fiquei calada a encarando sem desviar os olhos para não levantar suspeita e para poder pensar em algo rapidamente foi então que comecei a rir feito uma louca.

- S-sério mesmo? – Perguntei entrecortado devido a risada. As vezes penso que eu poderia ser atriz por que até eu estava acreditando que minha risada não era forçada.

- Não estou vendo graça em nada Demetria. – Ela fechou a cara indicando que estava irritada.

- Por que você acha que eu tenho algo com o namorado da minha irmã? – Fiz cara de nojo. – Deus Marissa você está ficando louca.

- Eu vi Demetria a forma que ele voltou do “banheiro”. – Ela fez aspas no banheiro indicando que aquilo tinha sido a desculpa de Zayn. – Sem contar que você voltou da adega com os lábios inchados.

- Marissa você já pensou em ser do FBI por que olha você se daria bem investigando os casos. – Debochei.

- Demetria o que está acontecendo com você? – Ela perguntou irritada. – Você nunca foi assim, você se quer olharia para o cara do qual a sua irmã ou sua amiga gosta.

- Marissa eu não tenho nada com o Zayn, eu o conheci ontem por Deus. – Falei séria e convincente.

- Você pode enganar a eles Demi, mas a mim não. – Ela negou freneticamente com a cabeça. – Onde está a Demetria que eu conheci? Que se importava com os outros? Que colocava sua família acima de tudo?

- Está morta Marissa entenda aquela Demetria não existe mais, ela morreu junto com tudo que aconteceu naquele dia. – Eu falei com raiva. – Será que vocês podem parar de cobrar as coisas de mim? E mais uma vez eu não tenho nada com o Zayn, mas que merda.

Minha respiração estava descontrolada devida a minha raiva, eu sentia meu coração se acelerar feito um louco devido ao momento raivoso e isso não era bom porque eu com raiva acabava só machucando as pessoas.

- Está morta claro. – Ela debochou. – Tudo bem Demi você quer agir como uma vadia vamos lá, mas saiba que você só vai afastar as pessoas de você desse jeito.

- ACHA QUE EU ME IMPORTO COM AS PESSOAS MARISSA? – Eu gritei já perdendo o controle. – AS PESSOAS SÃO MÁS, O MUNDO É MAL ENTÃO PARE DE SE PREOCUPAR COM AS PESSOAS.

- NEM TODAS AS PESSOAS SÃO MÁS DEMETRIA PARE DE QUERER PUNIR O MUNDO PELO FATO DO TEU PAI TER SIDO MORTO E PELO QUE TE ACONTECEU. – Marissa estava tão raivosa quanto eu e ela ter jogado essas coisas em minha cara me deixou mais puta ainda.

- Sai da minha casa! – Eu apontei com o dedo o elevador e Marissa não olhou na direção apenas manteve seus olhos em mim.

- Demetria você tem vinte e quatros anos está na hora de superar as coisas. – Ela voltou a falar mais controlada.

- Sai da minha casa Marissa. – Tornei a falar rangendo os dentes.

- Demetria tudo o que aconteceu foi uma fatalidade. – Marissa se aproximou de mim e tentou me tocar, mas eu desviei.

- Você mais do que ninguém sabe como eu me sinto Marissa você sabe das decisões que eu tive que tomar e mesmo assim me julga, me cobra das coisas. – Neguei rindo. – Agora sai daqui.

- Sim eu sei e é por isso que durante esses seis anos eu movi céus e terra para te ajudar para deixar você diante das coisas que lhe são importantes. – Ela suspirou. – Mas tudo bem você sabe o que faz.

Ela me olhou pela última vez e passou por mim indo em direção ao elevador assim que escutei o barulho dele descendo eu me joguei no sofá e bufei irritada.

- Droga, mas essa agora. – Eu levantei do sofá e passei a andar em minha sala. – Droga Marissa por que você tem que ser tão intrometida?

Peguei um vaso que ficava em cima da estante da sala e atirei o mesmo contra a parede vendo apenas seus pedaços se espalhando pelo chão.

Depois do meu pequeno surto eu resolvi me arrumar, pois tinha que ir para empresa e depois eu resolveria as coisas com Marissa.

Eu já estava na empresa, mas não conseguia me concentrar em nada porque as palavras de Marissa martelavam em minha mente me fazendo pensar a cada segundo em toda a merda que já me aconteceu.

Por não prestar a atenção em nada resolvi pegar meu celular e verificar se tinha algo no mesmo já que ontem à noite eu nem o olhei direito. Algo me chamou atenção tinha uma mensagem de um numero desconhecido por isso a olhei de imediato.

“Não consigo parar de pensar em você o que acha de sairmos amanhã? Beijos Cyrus.”

Um sorriso se abriu em meus lábios assim que vi que era ela.

- Não pensei que viria atrás de mim tão rápido. – Comentei para mim mesma.

Fiquei olhando sua mensagem e pensando se responderia ou não, mas a verdade é que eu não me faria de difícil. Eu precisava esfriar a cabeça e Miley me ajudaria com isso.

“Podemos nos ver agora se estiver livre!”

Mandei a mensagem e esperei sua resposta.

“Agora? Mas eu estou trabalhando e você também.”

A loira respondeu rapidamente.

“Cyrus já ouviu falar que quem anda muito na linha perde as melhores oportunidades da vida?”

Pensei que ela não responderia já que ela devia estar ocupada com o trabalho, mas a resposta veio e eu sorri assim que vi a mesma.

“Você está certa, eu passo aí daqui a dez minutos espero que faça valer a pena!”

Sorri por ver que ela não negou ao me encontrar.

“E eu farei.”

Bloqueei meu celular e o joguei na bolsa saindo de minha sala e trancando a mesma.

- Cris se a Dallas perguntar por mim diga que eu passei mal e fui embora tudo bem?

- Sim senhorita Lovato.

Apenas dei um pequeno sorriso a secretária e fui rumo ao elevador esse que por sinal estava vazio quando entrei, mas depois lotou tanto que até tinha um babaca roçando em mim o que me irritou.

- Ou você para de roçar essa merda de pau em mim ou ficará sem ele. – Eu falei séria e alto o suficiente para que todos que estavam dentro do elevador me escutassem.

- D-desuclpe eu...

- Você nada seu tarado de merda. – Eu podia ver que todos que estavam dentro do elevador se seguravam para não rir. – Faça isso comigo mais uma vez ou com qualquer outra mulher e não viverá para ter filhos.

Quando o elevador chegou no térreo todos saíram rapidamente enquanto eu andava calmamente para fora da empresa sobre o olhar de todos que com certeza já estavam sabendo do que acabou de rolar no elevador.

Acontece que quando eu tinha um mal dia era melhor ninguém atravessar o meu caminho e esse cara só fez as coisas ficarem piores porque eu tenho nojo de homens assim que tratam mulheres como um objeto de desejo.

Assim que coloquei meus pés para fora vi Miley e novamente ela estava encostada em seu carro a mesma estava linda trajando um terno feminino preto e em cima de um salto alto que lhe deixava mais sexy ainda.

- Demetria você está....

Não a deixei falar apenas me joguei sobre seu corpo e rapidamente suas mãos pararam sobre minha cintura e meus lábios colaram no dela. Se era loucura chegar a beijando? Sim era, mas eu queria ter feito isso ontem e não o fiz e hoje eu tinha a oportunidade de beija-la e esquecer as merdas que aconteceram no meu dia.

O que era apenas um roçar de lábios se tornou um beijo mais intenso já que Miley pediu passagem com a língua e eu cedi deixando que ela explorasse toda a minha boca sem pudor algum.

Suas mãos que estavam em minha cintura criaram vida e desceram sobre minha bunda onde ela deu um leve aperto me fazendo morder seu lábio inferior com força e ela gemer logo em seguida.

Point of View Miley Cyrus

Se eu estava chocada com Demetria me beijando do nada? Sim eu estava, mas eu não era idiota não o suficiente para recusar um beijo de uma mulher como ela.

O nosso beijo estava tão intenso que eu não queria parar de beija-la, mas os meus pulmões já estavam gritando devido a falta de ar por isso resolvi encerrar o beijo.

Suguei seu lábio inferior para logo em seguida morde-lo então separei nossos lábios e deixei que nossas testas ficassem encostadas uma na outra.

- Isso foi incrível. – Quebrei o silencio assim que minha respiração se normalizou.

- É até que você não beija mal. – Ela se afastou de mim com um pequeno sorriso nos lábios.

- Isso é você dizendo que gostou do meu beijo? – Perguntei maliciosa.

- Talvez. – Sorriu e se soltou de meus braços o que me fez suspirar por perder o contato com seu corpo. – Agora o que acha de sairmos daqui? Chega de dar show para esses marmanjos.

Só então eu me toquei que os seguranças e os caras que estavam trabalhando na construção de um prédio do outro lado da rua tinham parado seus afazeres para ficar olhando o nosso pequeno amasso no meio da rua.

Neguei com a cabeça e então abri a porta do meu carro para que ela entrasse e assim ela fez depois que fechei a porta dei a volta e entrei no carro saindo com o mesmo dali.

- O que quer fazer? – Perguntei enquanto prestava atenção no trânsito.

- Quero ir para um lugar que me faça esquecer essa loucura de Los Angeles. – Demetria disse distante indicando que algo a perturbava o que me deixou curiosa.

- Como quiser. – Respondi simples.

Eu já tinha um lugar em mente para leva-la e realmente espero que ela goste porque caso ao contrário eu teria que pensar em algo e eu não tinha nada em mente.

Depois de uma hora dirigindo nós estávamos próximas ao nosso destino e pude perceber que Demetria olhava tudo com cautela talvez tivesse analisando se era um bom lugar para ela estar.

- Por que estamos no meio do mato? – Vi pelo canto do olho que ela me encarava de testa franzida.

- Apenas relaxe está bem?

- Espero que não esteja em seus planos abusar de mim e me matar. – Ela disse debochada, mas vi que estava brincando já que a mesma riu.

- Olha matar não é os meus planos. – Eu a olhe rapidamente. – Agora quanto o abusar eu não posso garantir. – Usei o meu tom mais malicioso para deixar claro minhas intenções.

- Gosto do jeito que pensa. – Sua voz saiu rouca fazendo com que eu estremecesse ao imaginar ela falando assim em meu ouvido como tinha feito no dia anterior.

Parei o carro e desci vendo Demetria me olhar curiosa, mas não a disse nada apenas andei até o portão a minha frente e abri o mesmo logo voltando para o carro.

Entrei com o carro e desci para fechar o portão depois que voltei para o mesmo eu andei mais um pouco e parei o carro em frente a um chalé.

Antes que eu pudesse abrir a porta para Demetria ela mesma abriu e saiu do carro e passou a encarar o chalé e a paisagem a sua volta.

Nós estávamos no meu chalé, eu o tinha comprado para poder fugir das loucuras de Los Angeles e também para que Isabela tivesse contato com a natureza eu achava isso importante.

- Então o que achou? – Perguntei com um certo medo por ela não gostar.

- Eu adorei era disso que eu estava precisando. – Ela respirou fundo como se estivesse querendo pegar todo o ar limpo que ali tinha.

- Isso é ótimo. – Suspirei aliviada por ela gostar.

Demetria se aproximou de mim e envolveu seus braços em meu pescoço deixando seus lábios próximos aos meus para logo em seguida me encarar com aqueles olhos castanhos lindos.

- O que acha de me mostrar o chalé e me deixar fazer sua fugida valer a pena?

Ela não me deixou responder e mais uma vez ela tomou a iniciativa de me beijar fazendo com que eu fosse ao delírio com seu beijo delicioso.