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História For the love of my family - Capítulo 9


Escrita por: Believe8

Notas do Autor


LEIAM AS NOTAS FINAIS QUE É IMPORTANTE!

Capítulo 10 - Capítulo 9


“Bom, eu achei que nunca diria isso, mas: está aberto o conselho da Patrulha Salvadora. Depois de quase dez anos.” Avisou Daniel, sentado sobre a mesa central, com Jaime à sua direita e Davi a sua esquerda. “E eu que jurava que nós nunca mais teríamos que fazer essas coisas.”

“Muito bem, então vamos aos fatos: as ‘crianças’ não podem ficar sozinhas aqui. Pelo menos, o Pietro e a Ella não.” Explicou Paulo, sério. “Aparentemente não ensinei meu filho a segurar as coisas dentro das calças.”

“Olha, pai, não é querendo ser chato, mas eu só nasci porque você gostava bastante de fazer isso.” O garoto rebateu, debochado.

“Mas desconfio que eu já era casado e tinha minha própria casa, não ficava fazendo na casa dos outros.” Bronqueou o rapaz. “Aliás, Carmen e Dan, eles nunca vão ficar na casa de vocês, sem vocês por lá.”

“E você acha mesmo que ter alguém na casa vai impedir?” Riu Marcelina, negando com a cabeça. “Graças a Deus que a Milena é calma.”

“Gente, que tempestade em copo d’água por causa de sexo, pelo amor de Deus.” Reclamou Ella, sentada de braços cruzados.

“Tempestade em copo d’água? Ella, você sabe o que sexo acarreta?” Margarida massageava as têmporas.

“Sei, gravidez e DST. Eu sempre tomei remédio e DST a gente já teve, mas eu peguei no banheiro de uma festa e passei para ele. Então, no geral, a gente está bem.” A menina revirou os olhos.

“Gente, tenho medo do futuro, sério.” Sussurrou Maria Joaquina, exasperada.

“O ponto é, Ella e Pietro, que essa casa não é lugar para suas aventuras sexuais. Esse é nosso lugar de convivência, onde nós dormimos às vezes também. E acho que ninguém se sentiria confortável de deitar para dormir pensando que duas pessoas rolaram peladas por lá.” Explicou Jaime, sério.

“Ah, francamente, vai dizer que nenhum de vocês já transou aqui?” Riu Pietro, e o que recebeu foi o silêncio. “Espera... Vocês têm quase 18 anos e são todos virgens?”

“Nossos pais nos deram educação, Pietro, e ela diz que sexo não é brincadeira.” Explicou Koki.

“Hey.” Paulo e Margarida reclamaram, ofendidos.

“Mas metade aqui namora há tanto tempo. Jurava que vocês já tinham feito coisinhas.” Riu Ella. “Agora entendo porque vocês ficam tão ofendidos por nós transarmos. Vocês estão bravos porque são nossos pais e tios, e nós perdemos a virgindade antes de vocês.”

“Margarida, controle sua filha, pelo amor de Deus.” Pediu Valéria.

“Vamos agitar essa vida, gente! Já foram em um sexshop? É um lugar bem divertido para se ter umas ideias.” Sugeriu Pietro. “A Ella gosta de ir em um que fica perto de casa. Será que ele já existe nessa época?”

“Gente, vamos chegar a um consenso aqui antes que todos comecem a consumir vodca.” Implorou Jorge, consternado.

“O consenso é: os quatro não podem ficar sozinhos aqui na casa. De jeito nenhum. Eles vão ter que ficar nas nossas casas.” Decidiu Daniel, e os dois jovens do futuro riram.

“Ah é, bem claro. To até imaginando, meu pai e a tia Marce chegando em casa comigo e a Milena e dizendo para o vovô: hey, pai, esses aqui são seus netos do futuro. Eles vão passar uns tempos aqui em casa.” Zombou Pietro, fazendo uma voz estranha.

“Realmente, seria difícil explicar.” Concordou Marcelina.

“Eles podem ficar em casa.” Propôs Alicia. “Meus pais estão sempre viajando, vocês sabem, por causa do trabalho. Eles só voltam no começo do ano que vem de Dubai.”

“Seus pais estão em Dubai? E você está aqui?” Se horrorizou Valéria.

“Prefiro minha família daqui do que eles dois.” Foi só o que a garota disse e Pietro abaixou a cabeça. A relação da mãe com os avós nunca tinha sido fácil.

“Então está decidido. Os quatro vão ficar na casa da Alicia até segunda ordem.” Daniel bateu palmas, encerrando o assunto. “E, por favor, respeitem a casa da nossa amiga.”

Os dois amigos trocaram um olhar silencioso. Pietro nunca teria coragem de fazer nada na casa de Alicia, afinal, era a casa de sua mãe. Eles só não podiam falar isso.

“Mudando um pouco de assunto, alguém viu o Mário, a Milena e o Eric? Não os vi o dia todo.” Perguntou Marcelina, encasquetada.

“Ah, eles estão treinando o Rabito. Ele vai fazer as vezes de cão-guia do Eric por enquanto, até conseguirmos arrumar um verdadeiramente treinado para esse fim. Assim ele não precisa ficar tão preso à Mili, ao Pietro e a Ella para fazer as coisas.” Explicou Carmen, animada.

“Ou seja, vou ter mais um convidado em casa.” Riu Alicia.

“Mas eu realmente acho que precisamos conversar essa história de transar, gente.” Se manifestou Pietro. “Pai, eu quero nascer no futuro e para isso você tem que saber fazer isso, sabia?”

“Moleque, eu vou esquentar a sua orelha daqui a pouco.” Paulo sentiu o rosto ficar vermelho de raiva.

“Nessas horas eu agradeço tanto pelo Eric ser calminho.” Suspirou Daniel.

“Te entendo.” Concordou Marcelina.

~*~

“Muito bem, Rabito, essa é sua nova coleira.” Mário colocou o colete no cachorro, que resfolegava. “Quem vai te guiar é o Eric, está bem?”

Ele entregou a guia ao rapaz cego, que colocou o animal à sua esquerda.

“Bom, tem algumas coisas básicas que ele tem que fazer: ele deve estar sempre à esquerda e um pouco à frente do Eric, para começo de conversa. Ele vai sempre andar reto, e só mudar de direção quando for ordenado.  Ele também tem que ignorar distrações, como pessoas e outros animais, para não sair do curso.” Foi explicando Milena, enquanto Mário assentia.

“Mas o mais importante é me ajudar a desviar de obstáculos e atravessar a rua, por exemplo. Quando chegarmos a uma faixa de pedestre ele precisa parar, e saber reconhecer se é ou não possível atravessarmos. Quando chegarmos em uma escada, ele precisa parar e esperar que eu reconheça o local, para então dar o comando de subir ou descer.” Continuou Eric, recebendo um aceno afirmativo.

“Acho que aqui podemos treinar tudo isso. Não vai ser um treino perfeito, como seria de um cão guia convencional, mas dá para quebrar um galho.” Concordou o amante dos animais, se levantando.

“Oi, gente.” Pietro cumprimentou, se aproximando com Ella, Marcelina, Paulo, Alicia, Carmen e Daniel. “Precisam de ajuda aqui?”

“Íamos começar a ensinar os comandos para o Rabito.” Avisou Eric, sorrindo.

“Que guia diferente.” Observou Marcelina.

“É como se fosse o uniforme de trabalho dele, tia. O cão sabe que, quando está com o colete de guia, ele está a serviço. A partir do momento em que está sem, ele pode agir e brincar como um pet normal.” Explicou Pietro, acariciando a cabeça do cachorro.

“Alguma ideia de por onde começar?” Perguntou Milena.

“Bom, vocês falaram da questão da escada. Como tem escada em todo o canto, acho interessante o Rabito aprender a identificar.” Propôs Mário, enquanto Eric pegava sua bengala. “Você usa ela mesmo assim?”

“Claro. Caso o Rabito pare em uma escada ou em um cruzamento, eu preciso sentir onde estamos.” Explicou o rapaz, segurando a guia. “Tem alguma escada aqui perto?”

“Aquela ali.” Paulo indicou a entrada de uma casa, com uma pequena escadaria na entrada.

“Perfeita.” Elogiou Ella. “Mário, instrua o Rabito a seguir os comandos do Eric.”

O rapaz assim o fez, além de mandar que o cachorro andasse em linha reta, sempre.

“Pode falar, cara.”

“Rabito, nós vamos sempre em linha reta, está bem? A não ser que haja algum obstáculo no caminho, nesse caso precisamos desviar.” Ele dizia claro e sério. “Muito bem, em primeiro lugar: vamos para a calçada.”

Ele foi batendo a bengala, enquanto o cachorro seguia reto. Havia um buraco na rua, e Rabito puxou a guia, fazendo Eric tatear e desviar. Chegaram à calçada e, com a ajuda de Mário e Mili, Eric foi explicando passo a passo para o cachorro.

“É fascinante, não é?” Perguntou Carmen, admirada. “Como o Eric sabe se virar.”

“Ah, tem alguns anos já, né tia?” Riu Pietro. “Mas ele aprendeu super bem.”

“Ele contou que vocês três ajudaram muito ele no processo. São bons amigos, de verdade.” Elogiou Daniel.

“Foi um aprendizado para nós também, tio. A gente teve que aprender a enxergar sem os olhos também, para ajudar ele. Tem um lugar que nós fomos, é uma espécie de parque sensorial. Eles te vendam e você tem que fazer tudo com base nos outros quatro sentidos. Nos ajudou a entender um pouco o que o Eric passava e saber como ajudar ele melhor.” Contou Ella, e os “mais velhos” os olharam de forma orgulhosa.

“Vocês tinham quantos anos na época?” Perguntou Alicia.

“Quando fomos atrás disso? Perto de 11 anos. O Eric demorou um bom tempo para se recuperar do acidente, e no começo ele estava um pouco rebelde, sem querer aceitar o que tinha acontecido. Mas com muito carinho e compreensão, ele acabou aprendendo a lidar bem.” Contou a menina, animada.

“Até de skate ele andou algumas vezes. Comigo ajudando, claro.” Contou Pietro e Alicia sorriu.

“Você gosta de skate?”

“Se deixar, ele vive em cima do skate.” Dedurou Ella. “E ele faz umas manobras muito boas.”

“A Alicia também anda muito bem de skate.” Contou Marcelina, animada.

“Ele está na mochila, inclusive. Quer andar?” Ela apanhou a peça, ao que Pietro sorriu.

Logo, o rapaz mostrava algumas manobras, deixando a marrenta maravilhada. Ela tentou imitar, mas falhou miseravelmente, e o jovem Guerra começou a auxilia-la, enquanto Ella e Marcelina faziam piadinhas.

Carmen e Daniel foram acompanhar o treino de Eric, e não demorou para Ella segui-los, deixando que Pietro tivesse um tempo a sós com a mãe. Sabia que ele estava sentindo muito a falta de Alicia, tanto quanto ela estava sentindo de Jorge.

Sobraram sentados apenas os irmãos Guerra, observando tudo de uma mureta. Marcelina ria sem parar, se divertindo de ver as “vídeo-cassetadas” que aconteciam, mas Paulo estava sério.

“O que foi?” Ela perguntou depois de um tempo, cansada daquela situação.

“É estranho, Marce.”

“O que é estranho?”

“Marce, você já reparou como a Milena e o Pietro tratam o Mário e a Alicia?” Perguntou Paulo, e a garota observou as dinâmicas. Naquele momento, Mário puxava Mili como em um trenzinho de festa, enquanto Pietro segurava a cintura de Alicia, a ajudando com uma manobra.

“Eles se dão bem, bastante.” Ela concluiu, sorrindo. “Isso é uma boa coisa, Paulo. Quem sabe isso não é o que queremos? Sabe, que a Alicia e o Mário sejam os outros pais deles.”

“Está aí a minha preocupação, maninha. Você já reparou em como eles tratam a gente?”

“Como filhos rebeldes?” Ela deduziu, recebendo um aceno afirmativo.

“Completamente diferente da forma que eles tratam os dois.” Ele concluiu, vendo-a assumir um ar pensativo. “O Pietro mal chega perto de mim, Marce, e tá sempre próximo da Alicia, agora fica tocando nela. E a Mili também fica cheia de frescuras perto do Mário.”

“Paulo, o que você está sugerindo?” Perguntou a baixinha, preocupada.

“Eles têm 17 anos, Marce, e nós temos 17 anos também. E sabe o que as pessoas fazem muito bem nessa idade?” Ela negou, ansiosa. “Se apaixonar.”

“E você acha que a Mili pode estar apaixonada pelo Mário, e o Pietro pela Alicia?” Ela achava a ideia absurda, mas os argumentos de Paulo faziam sentido. Sua filha a tratava da mesma forma que ela tratava sua mãe, um pouco distante. Mas era possível ver o brilho em seu olhar quando Mário estava por perto.

“Não coloco minha mão no fogo por ninguém, Marcelina. Nem mesmo pelos nossos futuros filhos.” Decretou o mais velho, fuzilando Pietro, que gargalhava segurando Alicia após ela cair em uma tentativa de manobra.


Notas Finais


Quero dizer que: Pietro e Ella não valem meia pipoca mucha. GENTE, COMO EU AMO ELES DOIS HAHAHAHAHAHAAHAH Tenho dó dos pais deles, mas amo incondicionalmente!
Gostei de pesquisar sobre os cães guias, é realmente um trabalho sensacional que é feito com eles! Se quiserem saber mais, pesquisem, é muito interessante!
AGORA EU TENHO UMA SURPRESA, RUFEM OS TAMBORES!!!! As três pessoas que fizerem os melhores e mais sensacionais comentários nesse capítulos (aka, que façam rir, me emocionar ou ficar muuuito feliz), vão ganhar de presente A STORYLINE DA FIC!!!! Tcham tcham tchaaaaaaaaaaaaaaam
Então caprichem, amiguinhos! Vocês tem até o próximo capítulo para isso!
Um beijo na bunda e tchau!


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