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História For the love of my family - Capítulo 14


Escrita por: Believe8

Notas do Autor


Ok, eu prometi que esse capítulo ia se passar em 2048. Mas eu resolvi antecipar o capítulo seguinte, porque vai ser importante.
E já aviso: tá pesado esse capítulo, então se preparem.

Capítulo 15 - Capítulo 14


Na manhã seguinte, todos acordaram em um silêncio estranho. Desceram tomar café da manhã já com o uniforme da escola, e demorou um tempo para perceberem duas coisas:

“Mário, onde você dormiu?” Perguntou Paulo, arqueando a sobrancelha.

“Aonde estão a Ella e o Pietro?” Questionou Jorge, dando pela falta dos dois.

“Agora a cobra fumou.” Murmurou Eric, escondendo o rosto atrás da xícara de café.

“Ele dormiu comigo, Paulo. Algum problema?” Marcelina devolveu a expressão do irmão, que arregalou os olhos e escancarou a boca.

“Paulo Guerra, não ouse ser hipócrita.” Avisou Alicia, séria.

“Eu e a Alicia somos namorados, podemos dormir na mesma cama. Vocês não são.” Ele tentava controlar a voz, que saia esganiçada.

“Não erámos porque você sempre fazia cara feia quando tocávamos no assunto. Mas resolvi tacar o foda-se e agora nós estamos juntos.” Explicou a Guerra mais nova, sorrindo.

“Tá bom, tá bom... Mas espero que ela só perca a virgindade para a Mili nascer.” Resmungou Paulo, diante do olhar da namorada.

“Paulo, ela só nasce daqui oito anos, não daqui nove meses, então sossega.” Mário arregalou os olhos ao ouvir aquilo vindo da namorada, tendo certeza que morreria a seguir.

“Marcelina acordou com a maldade hoje, hein? Mário tirou a virgindade e toda a delicadeza dela.” Riu Daniel, vendo Paulo assumir tonalidades que nunca imaginou ser possível.

“Paulo, lembra que eu sou seu melhor amigo.” Pediu Mário, desesperado.

“Exatamente, seu imbecil. Você é meu melhor amigo, sabe o quanto eu protejo a minha irmã, e dormiu com ela!” Explodiu o Guerra.

“Você dormiu com a Alicia!”

“Mas ela não é irmã de ninguém!”

“E o que o cu tem a ver com as calças?” Perguntou Pietro, aparecendo dos fundos da casa com Ella. Ele estava de bermuda e ela usando sua camiseta.

“Mas que pouca vergonha é essa?” Gritou Jorge, assumindo a mesma tonalidade que Paulo.

“Olha, o futuro deve ter uns cafés da manhã bem divertidos.” Riu Carmen, mordendo uma torrada.

“Todo mundo aquieta o rabo, agora.” Alicia gritou, socando a mesa e se levantando. “Jorge, Paulo, vocês dois sentem. Marcelina, você para de atiçar teu irmão, pelo amor de Deus. Paulo, eu e sua irmã temos a mesma idade. Se eu posso transar com você, ela pode transar com o Mário, entendido? E Jorge, você não fez isso com a Margarida ainda, mas a Ella não vai nascer do Divino Espírito Santo, então controle-se, por favor. E os dois adolescentes foguentos, usem roupas para andar pela minha casa.”

“Me senti no futuro agora.” Mili riu baixinho para Eric, que retribuiu, passando o braço pelo ombro dela.

“Pelo visto tem mais casalzinho novo na mesa.” Comentou Margarida, observando os dois.

“Como?” Marcelina virou para a filha, os olhos brilhando. “Ai, que lindo!”

“Marce, vamos ser parentas.” Gritou Carmen, animada.

“Ah, cara, ela é minha prima.” Gemeu Pietro.

“Bem feito.” Resmungou Jorge, recebendo um beliscão da namorada.

“E o pior é que são só 7h da manhã e beber vodca nesse horário seria muito fim de carreira.” Resmungou Paulo, enchendo a boca de Nutella.

~*~

“Gente, eu to preocupada com o Rabito.” Milena veio do quintal, aflita. Seus avós estavam ali os ajudando a pegar as coisas para a pequena mudança, e ela havia ido conferir o animal. “Ele vomitou de novo, e não tem nem o que ele ter vomitado, porque ele não está comendo.”

“Você acha que é sério?” Perguntou Pietro, preocupado.

“Ele está vomitando há dois dias, e quase sem comer ou beber água. Com certeza é sério.” Ela havia crescido dentro do consultório do pai, o ajudara a cuidar de muitos cachorros. Rabito estava com alguma virose, e precisavam tratar depressa.

“Eu tenho o telefone do veterinário, por causa da Maria Antonieta. Podemos chamar ele aqui.” Avisou Alberto, e Mili concordou. “Vou telefonar.”

“Calma, querida, vai ficar tudo bem.” Lilian a abraçou. “Seu pai te ensinou bem a cuidar dos animais, hein?”

“É, eu cresci no consultório.” Mili comentou, logo se tocando do que falava. “Como...”

“Eu conheço muito bem os meus filhos, e também conheço muito bem o Mário e a Alicia. Você tem muito da sua mãe, Milena, mas o seu sorriso é do seu pai. E o Pietro pode parecer com o Paulo em muita coisa, mas ele tem os olhos da Alicia. Eu só não entendi porque vocês não contaram a verdade para eles.”

“É complicado, vó.” Mili se sentia bem conversando com Lilian. Quando Marcelina foi embora, Mário e Alicia estavam os dois muito quebrados. A menina então se apoiou na avó, que se tornou sua melhor amiga e confidente.

“Venha, vamos conversar lá em cima, sozinhas.” A mais velha a puxou pela mão, deixando os outros entretidos em seus afazeres. Entraram no quarto que Milena e Marcelina haviam divididos, sentando na beira da cama. “O Mário fez algo para vocês no futuro?”

“Não, nunca. Meu pai é o melhor do mundo.” Garantiu a garota.

“Então... A Marcelina fez alguma coisa?” Milena baixou os olhos, sem graça. “Querida, pode me contar...”

“Ela foi embora, nos deixou, quando eu era pequena. Primeiro o tio Paulo foi embora, sumiu. E um tempo depois ela foi atrás dele e nunca mais voltou. A gente nunca mais teve notícias deles dois.” Os olhos marejaram ao desabafar aquela informação. “Eu não queria ser tão parecida com ela, queria ser parecida com o meu pai, para poder ficar perto dele.”

“Ah, meu bem.” Lilian deitou a neta em seu colo, afagando os cabelos dela. “Eu sinto muito.”

“A tia Ali e o papai ficaram tão mal, você e o vovô também. Eles deixaram vocês quatro para trás, sem pensar duas vezes.”

“Nós? Não, querida, eles deixaram vocês.”

“Não, vó. A mamãe e o tio Paulo são loucos por você e o vovô, pela tia Ali e pelo meu pai. Nós fomos algo que aconteceu e que eles não pensaram duas vezes para deixar para trás. Mas vocês... Eu não sei como eles tiveram coragem.” Mili sentou, lágrimas escorrendo.

“Meu anjo, você não entende o que um pai ou mãe sente pelo filho. Eu posso te garantir, jurar de pé junto, que o que sua mãe e o Paulo sentem por você e o Pietro no futuro é muito maior do que qualquer coisa que eles sentem por mim, pelo Roberto, pelo Mário ou pela Alicia.”

“Se sentissem mesmo, não teriam ido embora e deixado eu, o Pietro e nossos irmãos para trás.” O choro estava mais forte. “Eu só quero o meu pai e o Marcos, vó. Eu não quero mais ficar perto da Marcelina.”

“Mili...” Suspirou Lilian, a abraçando e deixando que ela chorasse. “Eu queria poder fazer alguma coisa.”

“Só me abraça, vovó, é o que você sempre faz.” Ela sorriu tristemente para a neta, beijando sua testa.

~*~

“O estado do Rabito não é nada bom, Alberto.” Avisou o veterinário, após examinar o animal rapidamente. “É melhor eu levá-lo para o consultório para poder examinar melhor, mas parece ser gastroenterite.”

“E o que é isso?” Perguntou Pietro, ansioso.

“É uma inflamação no sistema digestivo, mais especificamente os intestinos e o estômago. O quadro dele está bem agravado, principalmente por ele já ser um cachorro idoso.” Explicou o médico, afagando o pelo do animal. “Está tendo um surto na região, provavelmente de alguma contaminação na água.”

“Mas tem cura?” Ella pediu, ansiosa.

“É um quadro reversível, mas é preciso ser realista: o Rabito não está bem. Como eu expliquei, ele já é um animal idoso, está em idade bem avançada, a saúde já é mais deteriorada. Até por isso o quadro dele está se agravando depressa.” Ele encarou os presentes, penalizado. “Eu vou levar o Rabito para o consultório, e é melhor o Mário ir para lá assim que possível.”

“Nós vamos até o colégio, buscá-lo.” Avisou Valentim. “Ele e os amigos. Acho que eles vão precisar estar todos juntos novamente.”

~*~

Era hora do intervalo e o grupo de amigos estava sentado na sombra de uma árvore, conversando sobre os últimos acontecimentos.

“Então, basicamente, virou todo mundo casal?” Perguntou Valéria, animada. “Sabia que meu radar nunca falhava.”

“Menos, Val, bem menos.” Riu Alicia, sentada entre as pernas de Paulo. “Você tá bem, Mário?”

“Preocupado com o Rabito. Ele ainda estava sem comer hoje de manhã, eu fico angustiado.” Explicou o rapaz, sendo abraçado por Marcelina.

“A gente vai levar ele no veterinário assim que sair da escola, está bem?” Ela perguntou, recebendo um aceno.

“O que meu pai está fazendo aqui?” Todos olharam para o ponto que Daniel apontava, vendo que Valentim e Alberto se aproximavam.

“Algo errado com os meninos?” Perguntou Jorge, assim que os dois os alcançaram.

“Não, eles estão bem.” Garantiu Alberto. “É o Rabito, Mário. Ele vomitou mais e nós chamamos o veterinário. Ele está com um quadro de gastroenterite, e é bem sério.”

“Eu preciso ir ver ele.” O rapaz pulou do lugar, acompanhado dos amigos.

“Acabamos de falar com a diretora, vocês todos estão liberados para vir conosco. Nós vamos até a clínica, o doutor levou o Rabito para ser examinado.” Explicou Valentim. “E pediu para nós virmos te buscar, Mário... Porque o quadro, realmente, está bem sério.”

~*~

Mili e Eric estavam sentados dentro da grande sala que o médico havia separado para Rabito. Ela sabia muito bem o que aquele lugar significava, apesar de não querer aceitar.

Quando a porta se abriu, Ella e Pietro guiaram o grupo todos para dentro, com Mário na dianteira. Ele ajoelhou ao lado do animal, colocando sua cabeça sobre as pernas.

“Hey, amigão, como você está?” Perguntou carinhoso, afagando seu pelo. “O médico já te examinou?”

“Ele vai trazer os resultados daqui a pouco.” Avisou Milena com um fio de voz.

“Mas ele disse alguma coisa?” Perguntou Mário.

“Que o Rabito já está bem velho, e com a saúde bem debilitada, e que o quadro é grave.” Contou Eric, sabendo que a namorada não teria condições de falar muito mais.

A porta se abriu novamente e o veterinário entrou, sério. Ele sentou no chão, ao lado de Mário, e suspirou.

Ele explicou que o quadro do animal era realmente muito sério, grave e complicado. Rabito já era um cachorro com 13 anos, uma saúde ficando delicada, e uma inflamação muito séria. Contou que Rabito havia vomitado sangue quando chegou ali, o que provavelmente queria dizer que estavam se formando feridas no sistema digestivo.

“Eu posso colocar ele no soro e ministrar medicamentos, Mário, mas vou ser franco com você: eu perdi quatro cachorros já essa semana, e bem mais novos que o Rabito. Estou com mais três internados, e em estado grave. Esse surto que deu na região está bem forte, e judiando muito dos animais. Eu não tenho certeza que posso reverter esse quadro.”

“Algum cachorro dos que você atendeu por esses dias teve o quadro revertido?” Perguntou Cirilo, e o veterinário negou. “Droga.”

“E qual sua recomendação, doutor?” Marcelina estava sentada ao lado de Mário, o abraçando.

“Interromper o sofrimento. Você sabe que, se eu visse uma solução, iria até o fim, Mário. Mas o Rabito está muito mal, sentindo muita dor. Ele choramingou muito enquanto o carregava para o carro, e você sabe o que isso quer dizer.” Explicou o homem, vendo o garoto assentir.

“Eu posso conversar com ele?” Pediu, encarando os amigos. “Só eu, ele e a Marce?”

“Pode sim, cara. Tranquilo.” Davi sinalizou para que saíssem, e Daniel foi ajudar Eric a se levantar.

Assim que a sala se esvaziou, Mário começou a chorar, abraçando o cachorro com força. Marcelina ficou acariciando suas costas, ela mesma chorando.

“Você sabe o quanto eu te amo, Rabito. Eu não quero tomar essa decisão sozinho, então me fala, por favor.” Ele pediu, contra o pelo do animal. “Você está pronto para isso? Ou você quer lutar?”

Em resposta, o animal piscou os olhos lentamente, cansado. Ele lambeu de leve o nariz do dono, que riu sem alegria, beijando o focinho dele.

“Ele está cansado, amor.” Observou a baixinha, e Mário assentiu. “Eu também não quero que ele vá, mas eu não quero que ele sofra.”

“Nem eu, pequena. Mas me dói pensar em dizer adeus para ele.” Suspirou o rapaz, a encarando. “Chama o pessoal e o veterinário, por favor.”

~*~

Milena estava na janela da cozinha do QG, observando a movimentação no jardim. Seus olhos escorriam lágrimas impiedosas, enquanto Eric lhe fazia companhia.

“O Rabito morreu com 17 anos na nossa realidade, Eric. Meus pais só adotaram o Apolo logo antes de casar porque minha mãe queria apaziguar a tristeza do meu pai por perder o Rabito. E ele morreu dormindo, naturalmente. Não desse jeito.” Ela desabafou, nervosa.

“Nós sabíamos que a linha do tempo ia se alterar com a nossa vinda, Mili.”

“Mas matar a coisa que o meu pai mais ama no mundo?”

“Meu anjo, não é nossa culpa.” Eric tateou até encontrá-la, secando seus olhos, pois ele tinha certeza que estavam cheios de lágrimas. “Você ouviu o veterinário falando quantos cachorros estão morrendo pela cidade, com esse mesmo problema. E eu tenho certeza que a epidemia não é nossa culpa.”

“Gente?” Pietro entrou na cozinha, sério. “Está na hora.”

Os três foram até o quintal, encontrando os cobertores embolados no chão. Em cima deles, Rabito estava deitado, amuado. Ao seu redor, tudo o que ele gostava de comer, apenas cheirado ou lambido. Ele até tentou comer um bife, mas acabou vomitando logo depois.

“Quando você disser, Mário.” Avisou o veterinário, sorrindo bondoso.

“Pessoal, vocês se despedem dele primeiro.” Pediu o Ayala, com Marcelina agarrada em sua cintura.

Jaime foi o primeiro que alcançou o cachorro. Sentou ao seu lado e afagou suas orelhas, recebendo uma lambidinha na mão. Aproximou o rosto do topo da cabeça dele e ficou ali por um tempo, antes de levantar secando os olhos.

“Você sempre foi um cachorro muito valente, sabia?” Perguntou Maria Joaquina, quando ela e Cirilo se abaixaram ao lado dele. “Obrigada por tudo o que fez pela gente, Rabito.”

“Agora você vai descansar, amigão, e fazer uma festa no céu.” Prometeu o garoto, os dois afagando as orelhas dele e beijando seu pelo, levantando em seguida.

Laura, Adriano, Koki e Bibi afagaram seu corpo inteiro, vendo o rabo se balançar de prazer. Disseram palavras doces ao cachorro, recebendo lambidinhas nas mãos e um ganido de satisfação.

“Eu não quero ter que dizer adeus.” Sussurrou Valéria, próxima a ele. “Você é incrível, Rabito, o melhor cachorro do mundo inteiro.”

“É, nós temos sorte de ter te conhecido.” Garantiu Davi, emocionado. “Espero que o céu dos cachorros seja muito legal, porque você merece.”

Alicia e Carmen estavam chorando tanto que Paulo e Daniel quase as carregaram até o cachorro deitado no chão. Os quatro sentaram ao lado de Rabito, o abraçando apertado e em silêncio.

“Você é um cachorro muito amado, Rabito.” Prometeu Alicia, antes de se afastarem.

“Rabito, nós trouxemos alguém para te ver.” Jorge e Margarida se aproximaram com Maria Antonieta, velhinha também, e ela deitou ao lado do cachorro com quem ela se casou anos antes.

“Até que a morte os separe, não é? Ela vai ficar aqui com você, amigão.” Prometeu Marga, dando um beijo na cabeça dele. “Descanse, Rabito.”

Os dois cachorros encostaram as cabeças, enquanto Maria Antonieta lambia o focinho de Rabito, que fechou os olhos. Mário suspirou, encarando os quatro jovens mais distantes.

“Querem se despedir, meninos?” Ele perguntou, recebendo um aceno afirmativo.

Pietro e Ella se aproximaram primeiro, ajoelhando ao lado dele.

“Foi muito legal ter você esquentando meus pés enquanto assistia TV, Rabito. Você é um grande cachorro, de verdade.” Garantiu a morena, dando vários beijos nele.

“É, Rabito, você é um cachorro foda. Eu queria ter tido um cachorro como você.” Sorriu Pietro, acariciando a cabeça dele. “Vai em paz, cara.”

Por último, Milena guiou Eric até Rabito, os dois sentando ao lado dele. Os dois tentaram, mas não conseguiram falar nada.

“Mário, você se importa se nós ficarmos aqui?” Pediu Eric, e o rapaz negou. Ele pegou a mão de Marcelina, caminhando até o cobertor e sentando ao lado de Rabito, enquanto os amigos iam sentando ao redor deles.

A jovem Guerra se aproximou do animal, pegando sua cabeça e deitando no colo, enchendo de beijinhos.

“Obrigada por cuidar tão bem do Mário, meu lindinho. Pode descansar tranquilo, eu vou cuidar dele para você.” Prometeu ela, deixando Rabito lamber sua mão.

“Mário, quando meu cachorro foi atropelado e tivemos que colocar para dormir, meu pai me falou para ficar deitada e abraçada com ele, para ele não se sentir sozinho e saber que eu estava com ele, até o fim.” Milena disse em um fio de voz, acariciando o corpo do cachorro.

“Eu acho uma boa ideia.” Concordou o garoto, deitando e colocando a cabeça junto com a de Rabito no colo de Marcelina. “Eu to contigo até o fim, amigão.”

“Eu vou aplicar a injeção e dar um tempo. Como ele é grande, talvez precise de duas, ok?” Perguntou o veterinário, se aproximando.

Mário envolveu o tronco de Rabito, enquanto Maria Antonieta grudava o focinho no dele. Eric e Milena continuaram acariciando o corpo dele, enquanto Marcelina afagava a cabeça dele e de Mário. Paulo e Jaime apanharam seus violões, trazidos para esse fim, e começaram a dedilhar qualquer coisa.

O médico aplicou a injeção e o corpo do animal estremeceu nos braços de Mário, enquanto ele gania baixinho.

“Tá tudo bem, Rabito. Vai ser rapidinho, prometo.” Ele sussurrou, sentindo algumas lambidas na ponta do nariz. “Eu vou ficar aqui enquanto você precisar, assim como você sempre ficou comigo.”

As piscadas de Rabito foram ficando mais pesadas e as lambidas mais espaçadas. Até que ele soltou um longo ganido e encaixou a cabeça junto da do dono, dando um último suspiro.

“Te amo muito, amigão. Descansa em paz.” Sussurrou Mário, caindo no choro abraçado com ele.

As lágrimas começaram a cair ao redor, meninos e meninas, enquanto Maria Antonieta uivava triste. Ella segurou a mão de Pietro, desesperada.

“Você sabe que a gente mudou o futuro todo, não é?” Ela sussurrou.

Sim, ele sabia. E não sabia dizer o que pensava disso.


Notas Finais


To bem na bad com a morte do Rabito, admito. Chorei horrores escrevendo.
Estou terminando a storyline para mandar para as ganhadoras, mas também tenho uma cena, de um capítulo bem longe, que está linda e cheia de amor. E vou escolher uma pessoa dos comentários desse capítulo para receber a cena!
Descanse em paz, Rabito. Te amamos muito <3


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