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História For the love of my family - Capítulo 18


Escrita por: Believe8

Capítulo 19 - Capítulo 18


Enquanto os quatro estavam na praia, o restante do pessoal se dedicou o dia inteiro a preparar a festa surpresa de Eric e Milena, no salão de festas do prédio de Marcelina e Paulo. As duas únicas pessoas que não pareciam animados, obviamente, eram os moradores do lugar.

“Alicia, eu troquei uma ideia com o meu avô... Que tal você e o Paulo ficarem na sua casa hoje?” Propôs Pietro enquanto ajudava a menina com as bexigas. “Acho que vocês estão precisando de um tempo a sós.”

“Eu gostei muito dessa ideia, Pietro, de verdade.” Alicia sorriu, abraçando o garoto. “Obrigada.”

“Sempre as ordens. Mas juízo, hein? Não quero irmãozinhos.” Ele brincou, fazendo-a corar.

Do outro lado do salão, Paulo os fuzilava. Ao seu lado, Jorge fazia alguns arranjos de balões e não percebia a raiva dele.

“Guerra, dá para me passar as bexigas, por favor?” O rapaz se tocou depois de um tempo que o amigo loiro o chamava.

“Desculpa, cara, to distraído.” Resmungou Paulo, passando as bexigas para ele.

“Fuzilando a Alicia e o Pietro?” Os dois trocaram um olhar sério. “Cara, desencana disso.”

“Desencana? Aliás, ele namora a sua filha, você não devia estar mais preocupado com ele poder estar afim de outra?” Jorge gargalhou ao ouvir isso.

“Você acha que ele tá afim da Alicia, para valer? Eu achei que você tava de sacanagem ontem.”

“Claro que não to, cara. Você não consegue ver? Ele cheio de olhares, de sorrisinhos, de abraços...” Paulo bufou, irritado. “E eu acho que a minha morena pode estar curtindo ele também.”

“Cara, eu sei que você está passando por uma situação bem estressante, porque eu to na mesma. Mas você tá ficando pirado, Paulo, na boa.” Jorge segurou o ombro do amigo, fazendo com que ele o encarasse. “A Alicia é louca por você, há anos. Ela não está mudando de ideia, pode ter certeza.”

“Amor?” Como um anjo, Alicia apareceu naquela hora. “Que tal dormirmos lá em casa hoje, hein? Seus pais liberaram.”

“Pode ser, gata. Nós levamos a Kira?”

“E eu lá fico longe da minha filha?” A morena riu, lhe dando um selinho. “Mas hoje ela vai dormir bem quietinha, porque eu quero um tempo a sós com o pai dela.”

“Gosto de como você pensa, gatinha.” Paulo riu, lhe dando outro selinho e vendo-a se afastar. Ouviu Jorge rir e resmungou. “Ok, ok... Eu acho que ela não está mudando de ideia. Mas isso não tira da minha cabeça a ideia de que o Pietro está afim dela.”

Jorge encarou o amigo, e depois encarou o genro. Pietro tinha que contar a verdade logo, antes que desse merda.

~*~

“Marcelina? Tá tudo bem?” Mário se aproximou da namorada preocupado. “Você nem falou comigo hoje, tá toda estranha.”

“Não é nada, Mário.” Ela rebateu sem encará-lo, enrolando brigadeiros irritada.

“Qual foi, Marce?” Ele segurou as mãos dela, fazendo com que ela o encarasse. “Eu fiz alguma coisa?”

“Não sei. Fez?” Ela vincou a sobrancelha.

“Amor, você sabe que eu não manjo desses negócios de psicologia reversa feminina. Então dá para você ser direta, por favor?” Mário perguntou, cansado.

“Ué, achei que você ia querer ficar sozinho hoje, já que deve estar sentindo tanta falta da Milena.” Marcelina rebateu ácida, soltando as mãos e voltando ao que fazia.

“Você está com ciúmes da Milena?” O rapaz estava estarrecido. “Pelo amor de Deus, ela é sua filha!”

“Exato, Mário, ela é minha filha, ou pelo menos vai ser. Mas nós não sabemos se ela é sua filha.” A baixinha resmungou, chorosa.

Mário então lembrou da conversa do dia anterior com Mili, na qual ela disse que ele e Marce haviam se separado há muito tempo. Será que ela tinha contado isso para a mãe já? Por isso Marcelina estava tão insegura?

“Linda...”

“Não, Mário, eu não quero saber. É a terceira vez que você desmarca um encontro comigo para ficar na ONG com a Mili. Nós estamos juntos há um mês, e você passou mais tempo com a Milena do que comigo.” Ela começou a chorar naquele momento, e Mário a abraçou.

“Marce, você sabe que com a morte do Rabito...”

“Não use isso contra mim, Mário Ayala. Eu também sofri com a morte dele, você sabe. E eu quero te ajudar a superar isso, mas você não quer que eu te ajude. Você só quer saber da Mili aqui, da Mili ali, porque a Mili...

“Marcelina, olha para mim e me escuta. Eu tenho ficado bastante tempo com a Mili sim, na ONG e tudo o mais, porque eu preciso de um tempo para lidar com a perda do Rabito e toda essa situação do futuro. Mas isso não muda o fato mais importante, que é o fato que eu te amo, pequena. Amo você, não a Milena e nem mais ninguém, só você.” Mário acariciou o rosto dela, sorrindo. “É com você que eu quero ficar, amor. Desculpa se nosso primeiro mês de namoro foi estranho, calhou de tudo acontecer ao mesmo tempo. Mas nada disso mudou o que eu te prometi na nossa primeira noite: você é a coisa mais importante da minha vida, e nós dois é o que realmente importa para mim. Eu prometo que, a partir de agora, eu não vou mais deixar nossas coisas de lado, ok?”

“Tá bom.” A baixinha concordou, ainda contrariada, porém amolecida com as palavras do namorado. “Eu também te amo, grandão.”

“Quer que eu passe a noite no seu apartamento? A Mili vai ficar no Eric hoje, não é? E o Paulo vai para a casa da Alicia. Acho que seus pais não vão ligar.” Mário propôs, vendo-a sorrir.

“Vou gostar. Acho que a gente precisa de um tempo a sós, não temos isso desde que começamos a namorar.” Marcelina sorriu, dando um selinho nele.

~*~

Quando todos começaram a se despedir na casa dos Zapata, os quatro jovens viajantes pediram se poderiam passara a noite juntos na casa abandonada. Explicaram que era uma tradição deles fazer uma festa do pijama no aniversário de Mili e Eric, para comemorarem juntos, e os demais não viram problema.

Paulo e Alicia foram para a casa dela, enquanto Mário foi passar a noite com Marcelina. Carmen ficou de novo na casa do namorado, e Margarida resolveu ficar com Jorge aquela noite, já que Ella estaria fora.

Assim que chegaram à casa dos Gusman, Kira começou a pular animada.

“Tava com saudades, tampinha?” Paulo riu, colocando a cachorra no chão. “Só não faça xixi aqui dentro, ou seus avós matam eu e a sua mãe quando voltarem de viagem.”

“Capaz que eles nem percebam, do jeito que estão.” Comentou Alicia, desanimada. O rapaz sorriu, se levantando e caminhando até ela. Segurou seu rosto e deu um selinho.

“Sem tristeza hoje, amor. Hoje, finalmente, a noite é só nossa.” O Guerra decretou, sorrindo.

“Você sabe que eu gosto muito dessa ideia, não é?” A morena sorriu, pulando no colo dele. Paulo riu, cambaleando e caindo no sofá. “Seu fracote.”

“Ah, eu sou fracote?” Ele a jogou no sofá, começando a fazer cócegas. “Vai, foge de mim agora.”

“Para, Paulo, para.” Alicia gargalhava, enquanto Kira os observava intrigada. “Tá bom, eu me rendo. Você é forte, muito forte!”

“É assim que eu gosto.” Ele riu, parando as cócegas e caindo por cima dela, deixando seus rostos bem próximos. “Eu te amo, morena.”

“E eu amo você, meu marrento. Eu gosto de dizer isso, sabe? Te amo. Especialmente se for para você.”

“Alicia, o que você diria se eu te pedisse em casamento, que nem o Daniel fez, você aceitaria?” Paulo perguntou de repente, surpreendendo a namorada.

“Hã, e você está pensando nisso?”

“Não, na verdade, mas eu fiquei curioso.” Explicou o rapaz, fazendo-a rir.

“Ah, Paulo, eu não sei. Eles têm a certeza do futuro deles, mas nós...” Paulo bufou ao ouvir isso, se levantando e afastando dela. “O que foi, Guerra?”

“Isso me irrita, Alicia, me irrita para caralho.” Ele desabafou. “Até quando a gente está tendo um momento nosso, o Pietro aparece em pensamento para atrapalhar.”

“Eu só estou fazendo uma constatação, Paulo.”

“Mas eu não quero pensar nisso, Alicia. Eu quero imaginar o nosso futuro como se não soubéssemos de nada, como se fossemos finalmente um casal de namorados que está planejando seu futuro juntos. E foda-se Pietro, Ella, Milena e Eric.” Ele estourou, irritado.

“E o que você imaginava para o nosso futuro, amor?” Ela tentou acalmá-lo, sabendo que não compensaria ficar brigando.

“Ah, eu imaginava nós dois casando daqui alguns anos, depois que saíssemos da faculdade. E que nós teríamos uma filha.” Ele contou, tentando se acalmar.

“Uma filha? Menina, Paulo?” Alicia riu, estendendo a mão para que ele voltasse a se sentar do seu lado.

“É, que nem a Kira. Eu gostei de ter uma filhinha, sabe? E ela ia chamar Alice.”

“Quanta criatividade.” Alicia gargalhou.

“Eu sei que é o seu filme favorito, gata. Você ama Alice no País das Maravilhas desde criança, ou eu estou mentindo?” Ela negou. “Então... Nós teríamos a nossa Alice, e ela ia ser a maior princesinha rebelde que existe.”

“O que seria uma princesinha rebelde?”

“Ela seria mimada e adulada até dizer chega, mas seria tão marrenta e cabeça dura quanto a gente.” Ele divagou, os olhos sonhadores. “Ela vai ser linda.”

“Ah, eu queria ter um menino.” Alicia admitiu, se aninhando com ele. “Para andar de skate e jogar bola com a gente, sabe?”

“Hum, por que não podemos ter os dois?” Ele disse sorrindo. “Um marrentinho e uma marrentinha, já pensou? Íamos ser uma família linda de comercial de margarina.”

“Olha, se fosse assim, eu aceitava casar com você hoje mesmo.” Garantiu Alicia, sorrindo para o namorado.

“Eu fico feliz com isso.” Paulo deu um beijo nela. “O que acha de começarmos a treinar para a lua de mel?”

“Hum, gosto de como você pensa, Guerra.” Alicia riu, enquanto ele a pegava no colo e ia para a escada. “Kira, se comporte. Mamãe e papai vão estar ocupados pelo resto da noite.”

~*~

“Eu ainda não acredito que nós estamos noivos.” Carmen riu baixinho, deitada no peito do namorado.

“Sabe que eu também não? E olha que eu to com essas alianças há semanas.” Confessou Daniel, brincando com a mão dela. “E se posso dizer, amei a nossa comemoração particular.”

“Seu safado.” Ela estapeou o peito dele, que riu. “Só vamos tomar cuidado para não dar nenhum irmão para o Eric.”

“Você pensou no que ele disse hoje? Sobre aquela história de plano?” Questionou o rapaz, encarando o teto.

“Pensei, para falar a verdade eu pensei sim.” Suspirou a garota. “Nós nunca pensamos nisso, pensamos?”

“Acho que chegamos a falar nisso um tempo atrás, sobre como seria o nosso futuro. Foi antes das férias, se não me engano.” Daniel forçou a memória. “Nós íamos entrar na faculdade, financiar o apartamento, ficar noivos depois da formatura e casar em seis meses, que era o tempo suficiente para o apartamento ficar pronto.”

“Nós só íamos transar depois disso, para não termos o risco de uma gravidez indesejada, porque isso era uma variante não planejada. Nós íamos começar a tentar ter um filho com seis meses de casados, depois de fazer todos os exames necessários para saber se estávamos em condições, para que ele nascesse antes do nosso segundo aniversário de casamento.” Carmen relembrou a conversa. “Nisso já teríamos a ONG fundada e estabilizada, e eu poderia tirar um ano afastada para cuidar do bebê, enquanto você tocava as coisas. E então ele entraria na creche e nós dois retomaríamos o trabalho juntos.”

“É bem parecido com o que o Eric nos contou.” Concordou Daniel, coçando a nuca. “Eu tinha me esquecido desses planos até hoje.”

“É, eu também. Quando nós falamos tudo isso, eu tinha certeza que não iria dormir com você até casarmos, isso era algo tão resoluto para mim. Mas, depois que o Eric apareceu, eu não sei...” Carmen parecia pensativa. “Isso mudou na minha cabeça.”

“O mesmo com a história do casamento. Se alguém me dissesse, três meses atrás, para te pedir em casamento agora, eu ia achar que a pessoa tinha batido a cabeça. Mas... Parece tão certo, sabe?” Ele usou a mão direita para brincar com a dela, as duas alianças se roçando. “Eu mal posso esperar para ser a hora.”

“É, eu também.” A garota sorriu para ele, lhe dando um selinho. “Eu realmente estou ansiosa pelo nosso futuro, Dan.”

“Mas não vamos esquecer de viver esse momento agora, amor. O presente tem esse nome por um motivo.” Ele se virou, ficando por cima dela. “E eu quero viver todos os presentes possíveis com você.”

~*~

“Seu pai não está muito feliz com a minha presença.” Comentou Mário, saindo do banheiro de Marcelina.

“Minha mãe sabe domar ele.” A baixinha riu, secando o cabelo na cama. “Só estou torcendo para ele não ter escutado você me atacando no chuveiro.”

“Você tira a roupa na minha frente e não quer que eu vá atrás? O Junior clamou por misericórdia aqui em baixo.” Ela gargalhou com a referência ao amiguinho do namorado.

“Marcelina?” Lilian bateu na porta.

“Pode entrar, mãe.”

“Ah, tomaram banho? Espero que com cuidado.” Os dois coraram com a afirmação da mulher. “Bom, eu e seu pai estamos indo dormir. Evitem barulhos, o Roberto está tendendo a ter o sono mais leve conforme envelhece.”

“Mãe, você percebeu de quantas formas conseguiu nos constranger em menos de cinco minutos?” Perguntou a jovem Guerra, abismada.

“Ora, Marcelina, não é como se eu não soubesse o que vocês fizeram e vão fazer. Se você esqueceu, eu e seu pai já tivemos sua idade.” Lilian sorriu para os dois. “Boa noite.”

“Minha mãe me broxou. Isso é possível?” A garota perguntou para o namorado, que riu.

“Você sabe que não foi concepção imaculada, né?” Ele sentou ao lado dela na cama, a puxando para seu colo. “Mas, por mais que eu queira realmente passar a noite usando e abusando de você, eu quero que a gente passe um tempo juntos, de boa.”

“Alguma ideia?”

“Assistir um filme, ficar agarradinho na sua cama, dar uns beijos... Se mais tarde rolar segundo round do chuveiro, é lucro.” Ele propôs, com seu melhor inocente.

“Gosto de como pensa, Ayala.” Marcelina riu, beijando os lábios dele. “Mas eu escolho o filme.”

“Tudo bem, pequena... Sinto que não vou prestar muita atenção nele mesmo.” Comentou, vendo o tamanho do short que ela usava.

~*~

Jorge e Margarida estavam na cama dele, as coisas esquentando depressa. Ele se preparava para tirar a blusa dela, quando ela se afastou.

“Será que a Ella está bem?” Perguntou, preocupada.

“Margarida, pelo amor de Deus, a Ella não é uma criança.”

“Mas é a primeira vez, desde que ela foi para casa, que vamos passar a noite separadas. E se ela tiver falta de ar?”

“Linda, você está de TPM?” Perguntou o rapaz, se largando na cama. “Está toda emotiva e tal.”

“To, vai descer por esses dias. Mas isso não tem nada a ver... Ou tem?” Ela perguntou insegura.

“Você está surtando por uma menina de quase dezessete anos estar dormindo com o namorado e os dois melhores amigos, que a conhecem desde sempre e sabem cuidar dela melhor do que a gente.” Ele riu. “E eu que sou o pai dela não estou surtando por ela e o Pietro estarem juntos.”

“Eu não tinha pensado nisso. Nós deixamos dois casais irem passar a noite sozinhos.” Ela colocou as mãos na boca.

“Marga, nós dois somos um casal, e eu estou tentando passar a noite com você.” Suspirou o loiro, frustrado. “Mas você está jogando um balde de água fria e tanto, sabe?”

“Ai, desculpa, meu amor. Que idiota da minha parte.” Ela o abraçou, chorosa.

“Você fica muito engraçada na TPM, sério.” Ele a abraçou, beijando a testa dela. “A Ella está bem, gatinha, fica tranquila. Meu celular está no volume máximo para qualquer emergência, ok?”

“Você é o melhor pai do mundo.” Ela prometeu, fazendo Jorge rir.

“Tirando o fato de nós não termos tido uma filha para valer, eu vou agradecer o elogio.” Os dois riram. “Dessa vez nós vamos nos casar antes de você engravidar, ok?”

“Eu só não quero que a Ella sofra de novo.” Suspirou a morena, o encarando. “Você acha que se nós mudarmos isso, sabe, do casamento, a Ella ainda vai ser a Ella?”

“Pelo que eles nos falam, nós já mudamos muita coisa do futuro, Marga. E a eles ainda estão aqui, não estão? Acho que se tivéssemos mudado tanta coisa assim, eles teriam desaparecido, que nem acontece nos filmes e seriados.”

“Sorte a minha que meu namorado é tão inteligente.” Margarida riu, lhe dando um beijo. “E gostoso.”

“Se você já é bipolar assim na TPM, tenho medo de quando ficar grávida.” Jorge riu, enquanto ela pulava por cima dele e tirava a própria blusa.

~*~

Mas ao contrário do que seus pais pensavam, os quatro jovens não estavam nem perto de pensar em namorar. A mentira da festa do pijama se dava pela preocupação deles e a necessidade de conversarem em particular.

“Que história é essa dos seus pais ficarem noivos, pelo amor de tudo o que há de mais sagrado?” Pietro praticamente gritou, andando pela sala como se fosse arrancar os cabelos.

“E eu que sei, irmão? Meu pai simplesmente chegou com um par de alianças e pediu minha mãe em casamento, eu não sabia de nada.” Garantiu Eric, irritado.

“Gente, nós estamos alterando coisas demais no futuro.” Se preocupou Mili. “Daqui a pouco a gente altera nosso nascimento.”

“Pelo amor de Deus, quero estar fora daqui antes de ter que ver minha mãe embuchar de mim.” Ella fez o sinal-da-cruz, se arrepiando. “Bom, se nós não sumimos ainda, é porque não mudamos nada demais.”

“Nada demais? O Daniel e a Carmen estão noivos, antes de se formarem!” Gritou Pietro.

“Cara, você precisa transar, tá muito tenso.” Comentou a namorada, negando com a cabeça.

“Nos poupem, por favor.”

“Quanto ao sumiço, eu tenho duas teorias, Ella.” Eric chamou a atenção dos amigos. “Nós podemos estar criando uma linha do tempo alternativa, vamos chamar assim. Ou seja, tudo o que estamos fazendo aqui não vai repercutir na gente, mas sim na vida dos nossos pais dessa realidade. A nossa permanece inalterada, e quando voltarmos ela será a mesma.”

“Ok, parece justo. E a outra?” Perguntou Mili.

“Nada vai se alterar na nossa vida enquanto estivermos aqui, e nem na vida da nossa família no futuro. A partir do momento em que voltarmos, vai ser como se passássemos por uma recalculagem de nossas vidas e acordaremos em uma realidade diferente, com as alterações que fizemos.” Ele completou, sério.

“Isso se acordarmos.” Pietro suspirou, caindo sentado no sofá. “Às vezes eu queria dizer para a minha mãe pular fora desse rolo com o meu pai, achar alguém melhor. Não ligaria de não nascer, desde que ela fosse feliz.”

“Cala a boca, Pietro.” Ella o repreendeu, irritada. “Você mesmo me deu a maior bronca por pensar isso.”

“Faz um mês que eu to morando com ele, Ella, e deu pra ver que ele é um grande babaca. Ele e a Marcelina. Os dois nos tratam mal, estão sempre emburrados...” Contou Pietro, e a prima concordou.

“Minha mãe me fuzila o tempo todo.”

“Eles estão irritados por causa da Alicia e do Mário. Gente, tentem pensar pelo lado deles: você está namorando com a pessoa que mais ama no mundo, e de repente aparece seu filho do futuro e se recusa a dizer se essa pessoa é o pai ou mãe dele. E você tem que conviver com a incerteza, porque uma hora você tem certeza, na outra não.” Eric explicou gentilmente.

“É, a minha mãe disse ontem que ela tem certeza que no futuro é minha madrasta.” Pietro afundou o rosto nas mãos. “A gente vai precisar contar a verdade para eles, Mili.”

“Não gosto disso, mas sei que vamos, Pietro.” A garota suspirou. “Eu vou me sentir péssima se meus pais continuarem brigando por minha causa.”

“Digo o mesmo. Eu acho que podemos contar amanhã à noite, depois que eles tiverem se curtido bastante. O que a julgar pela minha falta de ar, já está acontecendo.” Pietro reclamou, massageando a cabeça.

“Estamos juntos nessa, cara.” Eric se afundou no sofá.

“Já tive a minha, obrigada. Não, espera...” Mili reclamou, arfando. “Gente, eles não cansam?”

“To bem de boa, viu?” Ella gargalhou, se acomodando no sofá. Até que começou a tossir. “Ah, fala sério.”


Notas Finais


Eu to com muito sono e bem chateada com a falta de reviews no capítulo anterior. Mas tem muitas leitoras fieis que merecem muuuito esse capítulo e o próximo. Logo menos vem o capítulo 19, e aí a treta vai COMEÇAAAAAAAAAR!
Respondo os reviews amanhã, porque to falecida de sono.
Beijos, flores ;*


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