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História For the love of my family - Capítulo 23


Escrita por: Believe8

Notas do Autor


GENTE PRETENÇÃO AQUI!
GENTE PRETENÇÃO AQUI!
GENTE PRETENÇÃO AQUI!
GENTE PRETENÇÃO AQUI!
GENTE PRETENÇÃO AQUI!
Olha, eu sei que não respondi os reviews dos dois últimos capítulos, mas eu to com zero tempo. Ou tem fic, ou tem resposta. MAS EU JURO QUE AMANHÃ VOU RESPONDER DOS TRÊS CAPÍTULOS, OK? NÃO VOU POSTAR MAIS UM ANTES DE RESPONDER TODOS OS REVIEWS, OK?

Capítulo 24 - Capítulo 23


“Ok, isso não é nada mais do que um LEGO gigante.” Comentou Jaime, enquanto observavam as diversas caixas no dia seguinte. “Um LEGO bem complicado, cheio de fios e que pode foder com a nossa vida.”

“Quem é esse aí mesmo?” Perguntou Alice, irritada. “Ele só dá bola fora, impressionante.”

“Esse é o Jaime, mana.”

“Vocês não me conhecem no futuro? Você nunca disse isso, Pietro.” Se ofendeu o Palilo.

“Nós avisamos que não conhecíamos alguns de vocês.” Lembrou Ella. “Você, a Laura, o Adriano, o Koki, a Bibi...”

“Mas o Paulinho me conhece.” Lembrou Adriano.

“Sim, porque você e o Koki foram ajudar o tio Dan e o Davi com a máquina, então ele conheceu vocês. Mas o Pietro, a Ella, o Eric e a Mili só conheceram vocês nesse tempo.” Explicou Marcos.

“Bom, do que nós precisamos aqui, meninos?” Perguntou Valentim, encarando as coisas.

“Nós precisamos de ferramentas, para início de conversa. Elas estavam dentro daquela caixa, mas foi onde o Nicholas se escondeu. E eu acho que, na hora, ele tirou as ferramentas para entrar.” Explicou o Ayala. “Alguém conhece algum mecânico?”

“Epa, nisso eu posso ajudar.” Jaime se manifestou de novo, e Alice revirou os olhos.

“Você é mecânico também?”

“Eu não, mocinha, mas meu pai é. Ô Paulo, Alicia, eduquem a filha de vocês direito, para respeitar os mais velhos.”

“Você dobra a língua para falar da minha filha, gorducho. Perdeu a noção do perigo?” Paulo abraçou Alice, irritado. “Ela é muito educada, só não fica dando confiança para moleque lesado.”

“E eu ainda consigo me surpreender com a capacidade dele de ser ciumento.” Suspirou Alicia, cansada.

“Então vamos fazer assim: o Marcos vai com o Jaime, o Mário, o Paulo, o Daniel e o meu pai até a oficina, e traz todas as ferramentas que podemos precisar. E enquanto isso a Alice vai nos instruindo aqui a respeito do brinquedo pedagógico gigante.” Mandou Ella, estressada.

“Irônica e estressada... Minha gata está na TPM.” Suspirou Pietro.

“Sua é uma ova, moleque.” Jorge rosnou.

“E temos mais um ciumento.” Margarida suspirou para Alicia.

“Aliás, falando nisso... Eric, acho que nós precisamos conversar.” Mário se manifestou.

“É, precisamos.” Marcos concordou com o pai.

“Não está dando para salvar um.” Marcelina revirou os olhos.

“Eu acho que devia todo mundo ir fazer o que precisa, e cuidar da própria vida. E isso inclui, principalmente vocês dois, longe do meu namorado. Então sossega e vazem daqui.” Milena mandou, irritada.

“Ah, o doce sangue Guerra.” Riu Maria Joaquina.

“Vamos logo, gente.” Jaime saiu puxando os que iriam acompanhá-lo, sem conseguir parar de rir.

~*~

“Alicia, Marga, onde estão o Paulinho e o Nicholas?” Perguntou Laura, depois de um tempo.

“Ficaram com a Lilian e a minha mãe. Achamos que eles só dariam trabalho se viessem.” Explicou Margarida.

“E o Nic passou bem a noite?” Alice virou para Ella, preocupada.

“Fez xixi na cama e chorou bastante, porque a Margarida estava dormindo no quarto ao lado com o Jorge.” Suspirou a garota, chateada. “Ele estava com medo de que ele fosse machucar ela.”

“Mas ele não é meio velho para fazer xixi na cama?” Zombou Kokimoto.

“Se você falar isso mais uma vez, eu te quebro no meio.” Avisou Margarida, possessa.

“Koki, você está mexendo com a cria das leoas, lembre-se disso.” Davi disse para o amigo, que engoliu em seco.

“O Nic é um menino normal de 13 anos. Mas quando ele está em situações que o deixam abalado, ele age de forma infantilizada. Ontem ele teve medo que o Jorge fizesse com a Margarida o mesmo que ele via o Celso fazer, e aconteceu isso.” Explicou Alice, séria. “E eu sugiro, realmente, que ninguém faça nenhuma piada com o comportamento do Paulinho, ou nossa conversa vai ser outra.”

“Ninguém é nem louco, fique tranquila.” Avisou Adriano.

“Mas vocês não devem fazer isso por medo.” Pietro disse, também sério. “O Paulinho é uma pessoa como todas as outras, mas com uma forma diferente de sentir e encarar o mundo, assim como o Eric. E merece tanto respeito quanto ele, e paciência para entender e compreender suas limitações.”

“Vocês parecem já ter feito esse discurso outras vezes.” Observou Valéria.

“Quando o Paulinho entrou no primeiro ano do Ensino Fundamental, as crianças começaram a ser muito maldosas com ele. Ficavam empurrando, fazendo barulho alto, perturbando ele até o limite.” Contou Mili. “Não só os da sala dele, mas todos, incluindo nossos colegas de sala. Então o Pietro e a Alice fizeram a diretora convocar uma assembleia e falaram por horas sobre o que é o autismo, como é conviver com uma pessoa autista, e sobre como os autistas merecem respeito, assim como qualquer pessoa.”

“Depois disso, todo mundo mudou radicalmente de atitude. E a cada novo aluno que entrava e tentava fazer alguma coisa, os outros resolviam sem que nenhum de nós precisasse se envolver.” Completou Eric.

“Que irmãos mais velhos exemplares!” Se admirou Maria Joaquina.

“Eu acho que vou chorar.” Alicia puxou os dois pelo pescoço, os abraçando.

“Mãe, você está invadindo totalmente o meu espaço pessoal, privado e íntimo. E o meu pulmão, provavelmente.” Resmungou Alice.

“Você vai sair do meu espaço mais pessoal, privado e íntimo, Alice Gusman Guerra. Eu faço o que bem quiser com vocês.” Rebateu a morena.

“E eu acho que vou vomitar depois de ouvir isso.” Pietro fez careta e todos caíram na risada.

“Ai que horror, agora eu pensei nisso. Meu Deus, vocês vão ter que sair da gente.” Marcelina arregalou os olhos.

“Eu não acredito que nós estamos tendo essa conversa.” Gargalhou Bibi.

“Mano, vocês são dois, de uma vez.” Alicia observou. “Puta que pariu, eu devo ter ficado quebrada.”

“O Pietro nasceu com 4,5kg, tia. Boa sorte.” Ella zoou o namorado, que mandou uma careta.

“É o quê? Nem fodendo te boto para fora pelo meio das pernas, vai ser corte na barriga e acabou.” Gritou a Gusman.

“Só agora eu reparei como você é cabeçudo, Eric. Meu Deus, que situação...” Carmen comentou, abismada.

“Mãe, eu tinha 3,2kg e 45cm, era pequenininha.” Mili tranquilizou Marcelina. “Mas o Marcos nasceu grande, que nem o papai.”

“Eu to ferrada de tantas maneiras, meu Deus.” Murmurou Marcelina.

“Caralho, e depois teve o Paulinho também. Eu ainda ando no futuro?” Se horrorizou Alicia.

“O que você está pensando, Margarida?” Perguntou Valéria, vendo que a amiga estava em silêncio.

“Uma vez eu vi de um bebê que enroscou a orelha para sair. E, desculpa Ella, mas você e o Nicholas são orelhudos.” Observou a Garcia. “Eu to com medo pelas minhas partes baixas.”

“Gente, de todas as coisas que eu já pensei em discutir com a minha mãe, na minha vida inteira, não estava a ideia de como será a minha passagem pela vagina dela. Francamente.” Ella afundou a cabeça no colo, desgostosa.

“É preocupante ouvir minha filha falando de vagina, considerando como ela e o Pietro são tarados.” Os meninos voltavam naquele momento, cheios de ferramentas.

“Qual é o tema de debate da vez?” Perguntou Daniel.

“Os filhos de vocês saindo da nossa vagina.” Disse Marcelina, e as ferramentas foram todas para o chão.

“Vamos colaborar com a saúde do coração dos digníssimos aqui? Obrigado.” Pediu Jorge, com uma careta.

“Paulo Guerra, o seu filho é um mamute que nasceu com 4,5kg. Nem pagando eu vou botar ele para fora pelo meio das minhas pernas.” Avisou Alicia, ainda revoltada.

“Porra, moleque, nasceu criado já? Mais pesado que um peru de Natal gigante.” Paulo encarou o filho, em choque. “E ainda veio a Alice junto... Nossa, amor, desculpa.”

“Já avisei que eles só saem daqui por corte na barriga. Pretendo que a amiguinha aqui de baixo continue inteira, por favor.”

“E considerando como eu gosto dela assim, inteira, eu concordo plenamente.” O Guerra se manifestou, fazendo os filhos quase vomitarem.

“Mário Ayala, seu filho nasceu uma girafa que nem você, sabia?” Marcelina contou.

“Eu nasci com 55cm, o médico ficou assustado.” Riu o garoto. “10cm maior que a Mili.”

“Ótimo, ela eu coloco para fora de forma normal. Você só sai daqui por corte, que fique bem claro.” A baixinha resmungou. “Mário, o que você está fazendo?”

“Tentando medir 55cm... Caraca, Marcos, você era grande para burro.” Mário arregalou os olhos. “Como você coube dentro da Marcelina?”

“Gente, vocês falam da gente como se nós não estivéssemos aqui, perceberam?” Resmungou Mili, enojada com a conversa.

“Jorge, por que você tinha que ser orelhudo? Seus filhos ficaram orelhudos.” Reclamou Margarida.

“E o que a orelha tem a ver com isso?” O loiro perguntou.

“Ela leu uma notícia que um bebê enroscou a orelha na hora do parto. Mas a criança devia ser o Dumbo, pelo amor de Deus. Minha orelha não é tão grande assim, nem a do Nicholas!” Gritou Ella.

“Agora a cabeça do Eric não. Daniel, você já viu o tamanho da jaca do seu filho?” Perguntou Carmen.

“Nunca tinha parado para reparar. É uma bela caixa craniana, né filho?” Daniel abaixou ao lado dele.

“Me sinto o próprio ET de Varginha.” Eric acabou rindo, porque era no mínimo surreal.

Enquanto isso, os amigos deles passavam mal de tanto rir no canto da sala. Os meninos já estavam caídos no chão, agarrados com a barriga.

“Legal é que ontem todo mundo estava chorando os baldes, desesperado com o futuro, e agora estão discutindo sobre o estado que vão ficar as vaginas delas. Deus, obrigada por me deixar ver esse momento, vou guardar no coração para sempre.” Valéria gritou aos céus, rindo horrores.

“Fico muito feliz de saber que te divertimos, Ferreira, de verdade.” Resmungou Paulo.

“Pai, vocês estão bebendo?” Perguntou Carmen, vendo os adultos vindo da cozinha.

“Com todo o respeito, não é fácil para um pai ouvir esse tipo de conversa. Mesmo que a gente saiba que nossos netos não saíram do além.” Explicou Frederico, caindo sentado na poltrona.

“Me ocorreu uma coisa agora.” Comentou Ella. “Eric, você realmente é bem cabeçudo, cara. Mas a Mili também tem uma senhora jaca como cabeça. Imagina o que o filho de vocês vai fazer com a periquita dela?”

“PODE IR PARANDO AÍ!” Gritaram Mário, Marcos, Pietro, Paulo e Roberto de uma vez.

“Periquita da Milena é sagrada, tá entendido?” Avisou Marcos.

“Exato, vai ser virgem até o casamento.” Concordou Mário.

“Santa hipocrisia, né meu filho?” Paulo fuzilou o melhor amigo.

“Gente, eu to com medo de ser assassinado, sério mesmo. Amor, controle seu pai, seu irmão, seu tio, seu primo e seu avô, por favor.” Eric disse baixinho.

“Acho que cagou nas calças agora.” Riu Davi.

“Agora eu to imaginando como vocês quatro ficaram grávidas.” Comentou Maria Joaquina.

“Eu não estou pronto para ver isso.” Avisou Roberto, virando outro gole.

“O Pietro tem fotos no projetor holográfico dele.” Lembrou Alice. “Ele tem algumas milhares de fotos lá."

“Você estava mentindo quando disse que só tinha algumas, não é?” Perguntou Alicia.

“Qual é, eu não podia mostrar que você era minha mãe, e nem mostrar a cara da Alice e do Paulinho, né?” Ele deu de ombros, pegando o projetor no bolso. “Tem certeza que vocês querem ver isso?”

“Pietro, o que é um peido para quem está cagado?” Perguntou Margarida.

“Se é assim, mostra logo as fotos do casamento deles também.” Implorou Valéria. “Quero o meu forninho chegando no Japão hoje.”

“Justo, válido. Bom, então vamos lá.” Ele ligou o aparelho, projetando imagens no ar.

~*~

“Puta que o pariu, eu vou me casar hoje.” Gritou Alicia, em frente ao espelho, logo após o fotógrafo fazer uma bonita foto dela se admirando com seu vestido branco.

“Como ela consegue ser uma flor delicada em um minuto, e no seguinte ser uma cavala?” Riu Maria Joaquina, arrumando seu vestido de madrinha.

“Vocês estão entendendo que eu vou me casar? Casar?”

“A gente entendeu, você é que parece não estar assimilando a ideia.” Marcelina se aproximou da cunhada sorrindo. “Relaxa, Ali... Você é a noiva mais linda que eu já vi, tenho certeza que meu irmão vai ficar babando quando te ver entrando na igreja.”

“Caralho, eu vou me casar com o seu irmão.” A noiva gritou de novo, os olhos arregalados.

“Vocês já viram alguma noiva morrer de choque no dia do casamento?” Perguntou Carmen, preocupada.

“Acho que ela precisa de um calmante.” Sugeriu Bibi.

“Deem logo uma dose de vodca.” Mandou Valéria, puxando uma garrafinha da bolsa. “Fotógrafo... Registra isso também, por favor.”

~*~

“Esse cara não vai parar de enfiar esse flash na minha cara? Desse jeito eu vou ficar cego até a Alicia entrar.” Paulo puxava o colarinho da camisa, angustiado.

“Calma, estressado, ela já está entrando.” Riu Marcelina, ouvindo os primeiros acordes da música. “Cadê a marcha nupcial?”

“Isso é um instrumental de Numb no violino.” Mário explicou para a noiva. “Bem mais a cara dos dois.”

“Eu acho que eu to vendo um anjo.” Paulo disse baixinho, enquanto o fotógrafo registrava o primeiro olhar emocionado que ele dirigia para sua noiva, caminhando até ele no altar.

Os pais da Gusman haviam chegado naquele dia para o casamento, e iriam embora logo após a festa, ocupados em mais uma viagem de trabalho. Paulo apertou a mão do sogro e ele beijou a testa de Alicia, mas pareciam dois estranhos, o que quase eram devido ao pouco tempo que passavam juntos.

“Você... Você está linda, Gusman.” Suspirou Paulo, sorrindo para a morena.

“Eu to quase chorando, Guerra, nem ouse começar você também.” Ela mandou rindo, enquanto ele beijava a testa dela e mais um flash estourava.

~*~

“Gente, eu vou jogar o buquê!” Avisou Alicia, quando todos já estavam descabelados e desmantelados, quase no final da festa. “Marcelina, Carmen, vocês duas já estão com o casamento marcado para esse ano, deixem as encalhadas tentarem uma chance.”

“Só porque foi a segunda a casar tá se achando, né?” Gritou Valéria, bêbada. “A Majo não foi tão mala no casamento dela.”

“Porque a Majo teve um casamento de princesa da Disney fresca, e o nosso casamento é de gente normal, que fica bêbada.” Paulo abraçou a esposa, molenga. “Joga esse buquê logo, amor, para a gente pegar nosso rumo.”

“Ô moço, dá para parar com esse flash na minha cara, pelo amor de Deus.” Pediu Alicia, estressada. “Nem jogar o buquê eu consigo.”

“Joga logo, Alicia. Não é só você que quer aproveitar a noite.” Gritou Margarida, pendurada no pescoço de Jorge.

“Muito bem, vamos lá solteironas encalhadas.” Gritou a noiva, animada. “E eu posso falar isso porque agora eu sou casada.”

Ela atirou o buquê, que caiu na mão de Margarida. A bagunça começou e todos se reuniram, incluindo os noivos, gritando e comemorando.

“Cara, já que você tá gostando tanto de disparar esse flash, tira uma foto de nós todos juntos, fazendo o favor.” Gritou Daniel, caindo sentado com Carmen em seu colo.

~*~

Daniel sorriu para o fotógrafo, em uma foto posada. Ele e Carmen já tinham combinado com o fotógrafo exatamente as fotos que queriam, como deveriam ser feitas e tudo o mais. Eles realmente planejavam tudo, passo por passo.

A marcha nupcial foi cronometrada, marcando o tempo da entrada de Dudu, o rito de passagem da noiva do pai para o noivo, o cumprimento dos dois e a chegada ao altar. Dessa forma, o fotógrafo conseguia captar todas as imagens solicitadas.

“Eu nunca vi um casamento tão robótico.” Paulo sussurrou para Alicia, os dois como padrinhos de Carmen.

“Preferi o nosso, foi mais animado.” Riu a mulher, recebendo um beijo no ombro enquanto um flash estourava. “Esses flashes malditos gostam da gente, hein?”

~*~

A festa foi tão robótica e cronometrada quanto a cerimônia, e os noivos ocuparam mais a si (e aos padrinhos) com fotos e mais fotos. Bolo, brinde, valsa toda feita e posada, nada de espontâneo ou divertido.

“Gente, está na hora de jogar o buquê!” Avisou Carmen.

“Não vai ser programado isso também?” Perguntou Marcelina.

“Sei lá.” Riu Alicia. “Eu to salva dessa, gente.”

“Eu caso em dois meses, to de boa também.” Lembrou a baixinha.

“Se cair na mão da Margarida de novo, vou considerar um sinal.” Brincou Valéria, enquanto a amigava mandava a língua.

“Vamos logo, quem sabe nos divertimos um pouco nessa festa seca.” Chamou Laura.

E quem pegou o buquê, realmente, foi Margarida. Mas diferente da vez anterior, as fotos que se seguiram foram todas orquestradas e muito bem ensaiadas antes de serem tiradas.

~*~

“Gente, é muito casamento para um período tão curto de tempo, eu não sei lidar.” Choramingou Valéria, secando os olhos. “Até porque, sempre shippei você e o Mário.”

“Mentira, Valéria. A primeira vez que falei sobre eu e o Mário, quando tínhamos nove anos, você disse que nós dois não tínhamos nada a ver um com o outro.” Dedurou a baixinha emocionada. “Eu to me sentindo uma princesa.”

“Está parecendo uma, Marce. Está linda.” Elogiou Alicia, sorrindo. “Só falta o véu, né?”

“Bom, eu queria que você me ajudasse a colocar, Ali. Uma vez eu li que se deve pedir para a melhor amiga fazer isso, então.”

“Ah, baixinha, me fazer chorar é sacanagem.” A outra Guerra se aproximou sorrindo com lágrimas nos olhos. Pegou o véu e, guiada pelo cabelereiro, prendeu no cabelo da amiga, a abraçando pelos ombros. “Te amo.”

“Também te amo muito, cunhadinha.” As duas sorriram, até que um flash brilhou no espelho.

“Sério, qual o problema desses caras comigo?” Bufou Alicia, fazendo as amigas rirem.

~*~

Mário tinha que concordar com Paulo, os flashes eram um incômodo para os olhos, mas ele não ligava. Sua única atenção era na princesa baixinha que caminhava em sua direção sorrindo, de braços dados com o pai.

Apertou a mão do sogro e parou em frente a Marcelina, erguendo o véu e beijando a testa dela,

“Você está tão linda, pequena.” Ele suspirou.

“Você também, grandão. Parece um príncipe.”

Os dois caminharam até o padre, que deu início a cerimônia.

“Aposto R$10 que a Margarida vai pegar o buquê de novo.” Paulo sussurrou.

“Não vou nem entrar na aposta, porque tenho certeza que vou perder.” Maria Joaquina riu, enquanto Cirilo e Alicia mandavam os dois calarem a boca.

“Eu vos declaro marido e mulher. Pode beijar sua esposa, sr. Ayala.” Sorriu o bondoso padre.

“E vai ser com estilo.” O veterinário a puxou e pendurou seu corpo, em uma pose hollywoodiana que fez todos rirem. “Sra. Ayala.”

“Me beija logo, Mário.” Pediu Marcelina aos risos, fechando os olhos para os flashes.

~*~

Alicia encarou o relógio na parede, ansiosa. Paulo havia avisado que iria atrasar para chegar do trabalho, graças a um problema no site de um cliente. Logo naquele dia, francamente

Tinham completado um ano de casados três meses antes e tomado uma decisão muito importante: aumentar sua família, até aquele momento composta por duas pessoas. Estavam bem no trabalho, com o apartamento quitado, Alicia tinha acabado de completar 25 anos, estavam juntos há quase dez anos.

Calculavam que demoraria vários meses para ela conseguir engravidar, mas não foi bem assim.

“Morena, cheguei.” Gritou Paulo, entrando no apartamento e começando a abrir a camisa. “Eu vou enfiar um extintor de incêndio na bunda daquele imbecil da empresa, o Samuel. Ele fodeu o sistema do cliente, e sobrou para mim resolver a merda.”

“Paulo, dá para você não falar tanto palavrão nesse momento, por favor?” Ela apareceu na sala, tremendo.

“Você me pedir para não falar palavrão é meio sem sentido, não acha?” Perguntou o homem, confuso.

“É que agora a gente vai ter que segurar bastante a boca, amor, para ser um bom exemplo.” Alicia quase chorava, as mãos inquietas nas costas.

“Ali, você tá bem?” Paulo se aproximou preocupado, no momento em que ela trouxe as mãos para a frente do rosto e mostrou algo para ele. “O que é isso?”

“Os filhos repetem o que os pais falam, Paulo, e se nós ficarmos falando esse monte de besteira, nosso filho já vai nascer falando merda.” Ela explicou, caindo no choro.

“Só você para me contar que está grávida usando a palavra merda.” Ele riu em meio as lágrimas que começavam a cair, puxando ela pela cintura e lhe dando um beijo. “É sério mesmo?”

“Eu fiz xixi em tantos palitinhos que minha bexiga está até doendo.” Alicia riu. “E a gente achando que ir demorar um ano mais ou menos.”

“Eu sou o cara, gata. Meus meninos são poderosos.” O Guerra riu. Ele a soltou, se ajoelhando no chão e parando com o rosto em frente a barriga dela. “Hey, coraçãozinho que está batendo aí dentro. É o seu papai aqui.”

“Guerra, não me mata assim, eu vou chorar daqui a pouco.” Avisou Alicia, com a voz já embargada.

“Tira uma foto. Para nós mostrarmos para ele daqui alguns anos.” Pediu Paulo, abraçado com a barriga dela.

“E vem a selfie.” A mulher pegou o celular e colocou no alto, segurando o teste positivo, enquanto ele beijava sua barriga e o flash piscava.

~*~

“É o primeiro bebê do grupo, Alicia, claro que é um grande acontecimento.” Jorge revirou os olhos diante da reclamação da amiga, que alegava achar desnecessário saírem jantar para comemorar.

“Você fala isso porque não é você que está a ponto de vomitar sua alma.” Ela resmungou, de olhos fechados. “Amor, eu to muito enjoada.”

“Acho que o jantar vai miar.” Riu Marcelina.

“Então vamos tirar uma foto antes, por favor.” Pediu Valéria. “É um acontecimento marcante, precisamos registrar.”

“É só pegar qualquer foto nossa juntos e postar.”

“Larga a mão de ser reclamona, Alicia.” Os amigos se juntaram, enquanto Adriano dava o celular para um garçom. “Todas as meninas colocando a mão na barriga da gravidinha.”

“Gente, minha barriga ainda não tá grande o bastante para isso.” Riu a morena, mas as amigas começaram a se amontoar para tocar na barriga dela. “Se é assim todos os meninos colocam a mão no saco do Paulo.”

“É ruim, gata. Só você pode colocar a mão lá.” Garantiu o Guerra.

“Então vamos pegar ele como bebezão.” Sugeriu Davi.

E assim foi feito. Os meninos pegaram Paulo no colo e as meninas se amontoaram contra a barriga de Alicia. Assim que o flash disparou, a grávida vomitou e acabou com a comemoração.

~*~

“Ansiosos para ver o bebê pela primeira vez?” Perguntou a médica.

“O Paulo comeu todas as unhas dele. E tentou comer as minhas, só para você ter noção.” Contou Alicia, deitada na maca com a barriguinha de fora.

“A barriga dela está grandinha, você viu doutora? Toda bonitinha.” Ele suspirou, apoiado ao lado dela.

“Temos um pai bem coruja, hein?” A mulher riu, começando o exame.

“Ok, o que nós deveríamos estar vendo?” Perguntou Paulo, ansioso.

“Muito mais do que estávamos esperando.” A médica sorriu animada. “Conseguem ver isso aqui?”

“Ai, caramba... O bebê tem duas cabeças?” Gritou Paulo.

“Tá maluco, criatura?” Alicia se assustou.

“Não, sr. Guerra... Isso não são cabeças, são dois sacos gestacionais.” A boca do casal foi para o chão. “Parabéns, papais... São gêmeos.”

“É o quê?” Alicia guinchou. “São tipo, dois?”

“Bom, pelo que eu vejo são só dois. Podiam ser três ou quatro.”

“Calma aí, doutora, respira. Nós só estávamos esperando um e já veio dois, não damos conta de três ou quatro.” Paulo arfou.

“Bom, vocês pediram para eu registrar a emoção de vocês ao ouvir o coração do bebê... Querem ouvir o coração deles?” Ela nem esperou a resposta e ligou o som do monitor, fazendo os olhos do casal se encherem de lágrimas. “Olha o passarinho.”

~*~

“Eu não acredito que nós vamos ter dois bebês, amor.” Alicia estava deitada no sofá, encarando a barriguinha. “Tem duas pessoinhas aqui dentro.”

“Nossos dois coraçõezinhos.” Ele riu, se abaixando ao lado dela e enchendo a barriga de beijos. “Hum... Tive uma ideia bem melosinha para contar a novidade para todo mundo.”

“Você está bem melosinho ultimamente, Guerra.”

“Culpa dos nossos coraçõezinhos.” Ele avisou, se levantando e correndo para o quarto. Voltou com quatro corações de plástico, que haviam ganhado como lembrancinha no casamento de Marcelina.

“No que você está pensando, seu maluco?” A morena perguntou, enquanto ele a puxava para a parede branca.

“Fica aqui enquanto eu posiciono a câmera.” Ele pediu. Correu, posicionou o celular e acionou o disparo remoto por palmas. “Bom, nós erámos dois corações, agora somos quatro.”

“E o que você quer fazer com esses quatro?”

Ele colocou um em cada mão da esposa. Uma das mãos ele levou ao peito dela, e a outra posicionou na barriga.

“Você é maluco, menino.” Ela riu, enquanto ele parava ao lado dela e colocava um dos corações sobre o próprio peito e o outro na barriga dela, ao lado do outro.

“Sou, e você me ama.” Ele sorriu, fazendo o barulho de palmas com a boca. “Começou a contagem, sorri para a câmera.”

“Tenho uma ideia melhor.” Ela selou seus lábios no momento em que o flash disparava.

~*~

“Dan, precisamos conversar.” Carmen se aproximou do marido na ONG, enquanto ele estava envolvido em alguns papéis.

“O que foi, amor?”

“Minha menstruação está atrasada.” Contou a morena, e ele a encarou animado. “Duas semanas.”

“Não é surpresa, não é? O médico disse que estávamos com tudo certo nos exames, não é? Tenho certeza que nossa bonequinha está a caminho.”

“Eu também, mas queria fazer um teste. E queria que você fosse comigo.” Ela pediu.

“Pode ser daqui algumas horas?”

“Amor, podemos burlar nossos planos dessa vez? É uma coisa importante.” Carmen puxou o rosto do marido, ansiosa.

“Tudo bem. Uma vez só não vai fazer mal.” Ele fechou o que fazia, pegando as chaves do carro. “Vai ser de farmácia, né? De sangue leva alguns dias.”

Passaram na farmácia e compraram o teste mais confiável que encontraram. Já em casa, seguiram o passo a passo e sentaram esperando. Estavam bastante ansiosos, causado pela insegurança de não saber o resultado daquela vez.

“Deu o tempo.” Avisou Daniel, encarando o relógio de pulso.

Carmen levantou e caminhou até o teste, tremendo. Ela pegou e conferiu o resultado, virando para o marido com o maior sorrido do mundo.

“Deu positivo. Dan, eu to grávida.” Ela começou a chorar descontroladamente, enquanto ele pulava do sofá e corria a abraçar. “Nós vamos ter um filho, amor.”

“Nossa garotinha.” Ele sorriu, a aninhando contra seu peito. “Vamos dar uma de Paulicia e fazer uma foto?”

“Por favor.” Carmen sorriu.

Dan pegou o celular e colocou a câmera de selfie. Ainda aninhada contra o peito dele, colocou o teste em frente ao rosto. Os dois sorriram e tiraram a foto.

~*~

“Marce, olha isso.” Mário virou o celular para a esposa, que cozinhava o jantar. “A Carmen tá grávida.”

“Ela o quê?” A baixinha enfiou a faca contra a bandeja com tanta força que assustou o marido. “Como assim ela está grávida?”

“Olha, eu acho que você sabe como se faz um filho. E se não sabe, eu te mostro hoje.” Riu o homem. Porém ele não entendeu quando a esposa saiu marchando e chorando. “O que tá pegando?”

Ele a seguiu até o quarto, chamando seu nome. Ela o ignorou, entrando no banheiro e fechando a porta.

“Pequena? Pequena, abre a porta.” Ele pediu, ouvindo o choro dela. “O que tem de errado com a Carmen estar grávida?”

“Ela estragou tudo, Mário.” A mulher abriu a porta, em prantos.

“Tudo o que, Marce?”

“Isso.” Ela jogou uma caixinha para ele. O homem abriu a mesma, encontrando um sapatinho branco. “Eu ia te dar depois do nosso jantar especial de um ano de casados.”

“E por que ela estar grávida estragou isso? Marce, essa é a melhor notícia do mundo.” Gritou Mário, a agarrando pela cintura e girando pelo ar.

“Porque aí nós vamos roubar a atenção deles, e eles a nossa.”

“Amor, eu te dou toda a atenção do mundo, não precisa ficar carente.” O marido riu, enchendo a baixinha de beijos. “Nós vamos ter um bebê, pequena.”

“Eu não vou ser mais a menor da casa.” Ela riu, secando as lágrimas. “Você vai ser papai, Mário.”

“E você vai ser mamãe. Nós vamos ter nosso amendoinzinho.”

“Amendoinzinho?”

“É, é o tamanho que ele ou ela deve estar aí dentro, não é?”

“Não vou comer amendoim por um bom tempo agora, mas gostei.” Marcelina beijou o marido. “Tem que rolar foto, sabe?”

“Já sei. Levanta sua blusa.”

Ele pegou o par de sapatinhos e encaixou nos dedos. Se posicionou atrás dela, colocando os sapatinhos por cima da barriga descoberta dela. A baixinha colocou a mão por cima da dele, os dois encarando a câmera e sorrindo.

~*~

“Um chá de revelação triplo? Cara, isso é sensacional!” Comemorou Valéria. “Vamos descobrir afinal o que são os nossos quatro mascotinhos.”

“Dá para parar de chamar meus filhos assim? Que droga.” Alicia estava mal humorada graças aos problemas para dormir. “Essa barriga não ajuda, sério.”

“Sua barriga está tão linda, amiga.” Suspirou Margarida, enchendo-a de beijinhos. “Você já está de quase seis meses, não é?”

“Sim. E a Marce e a Carmen estão de quatro.” A morena esticou as costas, cansada. “Tem que ter tanto rosa?”

“Ali, é ilustrativo. Tudo é em rosa e azul para representar a dúvida se é menino ou menina.” Explicou Majo, animada.

“Então vamos fazer essa revelação, gente?” Perguntou Marcelina, animada. “Quero saber logo.”

“Eu tenho certeza que é uma menina. A médica não contou no ultrassom, porque nós pedimos, mas eu tenho certeza.” Carmen avisou. “A Ariel.”

“Cada um vai revelar de um jeito, não é?” Perguntou Laura.

“É, a Marce e o Mário quiseram o bolo, a Carmen e o Dan a caixa com balões, e o Paulo e a Ali os balões com papeizinhos.” Maria Joaquina foi indicando um casal por vez. “Quem começa?”

“Eu!” Gritou Marcelina. “Fui a última a anunciar, quero ser a primeira a descobrir.”

Todos se posicionaram em frente ao bolo coberto de pasta branca, com dois ursinhos em cima, um menino e uma menina. O casal pegou a espátula e sorriu um para o outro, cortando o doce. Assim que puxaram a espátula, gritaram ao vê-la toda suja de glacê rosa.

“Ai meu Deus.” Mário começou a chorar. “É menina, amor.”

“Nossa menininha.” Eles se abraçaram emocionados, enquanto os amigos aplaudiam e gritavam. “Te amo.”

“Também te amo. Amo você e a Mili.” Ele beijou a ponta do nariz dela e depois a boca, os dois rindo.

“Eu to chorando horrores aqui já.” Avisou Alicia, agarrada com o marido. “Vai você primeiro, Ca.”

O casal foi até a caixa de vime, enrolada com fitas azuis e rosas. Pararam um de cada lado, segurando a tampa.

“Três, dois, um.” Contou Daniel e ergueram a tampa juntos. Qual foi a surpresa de todos ao verem os balões azuis se levantando.

“Menino?” Carmen soltou, frustrada.

“É ótimo do mesmo jeito, amor.” Daniel foi abraçá-la, sorrindo. “Nós vamos amar o Danielzinho do mesmo jeito que amaríamos a Ariel, não é?”

“Claro que vamos, Daniel, nem venha insinuar o contrário.” Ela bronqueou séria, fazendo o marido rir. “Nosso garotinho.”

“Nosso mundinho azul.” O Zapata sorriu, beijando a esposa enquanto todos começaram a comemorar.

“Agora é a vez do Paulo e da Ali!” Margarida pulava no lugar, animada.

Cada um pegou um dos balões gigantes, ansiosos. Os balões estavam recheados por papéis picados, rosas ou azuis, dependendo do sexo.

“Como vai funcionar nesse caso?” Perguntou Davi.

“Bom, cada balão é um bebê. Se todos os papéis forem azuis, são dois meninos. O mesmo se for tudo rosa. Mas se um balão for rosa e o outro azul, aí vocês já entenderam né?” Explicou Maria Joaquina.

“Câmeras a postos?” Perguntou Paulo, pegando a agulha. “Pronta, amor?”

“Pronta.” Alicia sorriu.

“Vai!” Gritou Marcelina.

Os dois furaram os balões ao mesmo tempo. Do balão de Alicia, papéis azuis voaram; do de Paulo, papéis cor de rosa. A gritaria foi unânime, enquanto o casal se abraçava chorando.

“Um de cada tá bom, né?” Riu Paulo, depois de um longo beijo.

“Perfeito. Um marrentinho e uma marrentinha.” Ela sorriu.

“E os nomes? Como eles vão chamar?” Perguntou Cirilo.

“Bom, o acordo é que cada um ia escolher um nome, o do bebê que revelasse. Então eu escolho o do menino, e ele da menina.” Explicou a grávida.

“E eu tenho que escolher um nome com A, e ela com P.” Paulo completou.

“E quais vão ser, pelo amor de Deus!” Pediu Jorge.

O casal trocou um olhar cúmplice. Sussurraram um para o outro, rindo. Paulo pediu um batom, e ninguém entendeu porquê. Majo deu o apetrecho e ele ergueu a blusa da esposa, se ajoelhando e escrevendo sobre a barriga dela.

“Alice e Pedro?” Mário leu.

“Ai que lindo.” As meninas gritaram, animadas.

“Escreve Mili e Daniel na barriga da Marce e da Carmen!” Pediu Laura, e assim fizeram.

E muitas fotos vieram a seguir.

~*~

“Jorge?” Margarida estava na casa do namorado, os dois assistindo um filme. “Nós precisamos conversar.”

“Sobre o que, amor?” Ele perguntou, desatento.

“Eu quebrei meu contrato com a agência.” Ela disse, atraindo a atenção deles. “Não foi uma quebra intencional, então não deu problema.”

“Mas por que você quebrou o contrato, Marga?” Ele perguntou, surpreso. “Digo, você estava indo super bem, não é? Ia até fazer aquela temporada de desfiles em Nova York.”

“É que... Eu to grávida, Jorge.” A notícia pegou o loiro de surpresa. “Eu to de três meses, mas só descobri semana passada. E isso estava nos motivos de quebra de contrato.”

“Espera, você está grávida?” Ele perguntou, ainda tentando assimilar a informação. “Foda-se o contrato, to querendo saber dessa história de gravidez.”

“É, gatinho, a gente não se cuidou direito.” Ela começou a chorar, dando as costas para ele.

“E por que você está chorando, meu amor?” Ele a abraçou por trás, colocando a mão na barriga dela. “Você não quer isso?”

“Claro que eu quero, Jorge, você sabe disso.” Margarida disse baixinho. “É só que... Nós temos um relacionamento tão informal, né? Mesmo estando juntos há tanto tempo.”

“A gente oficializa, Marga.” Ele beijou o pescoço dela, fazendo-a se arrepiar. “Você já pegou tantos buquês, acho que está na hora.”

“Então você não está bravo? Ou triste?”

“Eu to muito feliz, amor, juro. Nós vamos ter um bebê, um bebezinho só nosso.” Ele ergueu o rosto, para que pudessem se encarar nos olhos. “Eu te amo, e amo ele ou ela também.”

“Nós também te amamos.” A morena disse. “Vamos fazer foto também?”

“Ué, todo mundo anuncia com foto. Nós também.” Jorge pegou o celular. “Você tira?”

Ela esticou o braço, segurando o celular na altura da cama. Margarida virou de barriga para cima e puxou a camiseta. Jorge beijou o lugar, que estava começando a ficar inchado, e tiraram a foto.

 

CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO


Notas Finais


Gente, estava dando dez páginas o capítulo. DEZ PÁGINAS! Então eu tive que dividir o capítulo em dois, pelo amor de Deus!
Um capítulo engraçado, cheio de amor e fofura. Vocês sofreram muito, então vamos dar um pouco de amor e alegria! Como eu tinha dito no começo, eu ia mostrar flashbacks. Mas acabei mudando de ideia, então eu vou mostrar para vocês como foi a vida deles NESSA LINHA DO TEMPO, até a Margarida ir embora.
Espero que tenham gostado e rido tanto quanto eu, porque eu passei mal de rir com o debate sobre o parto HAHAHAH
Um beijo, gente ;*


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