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História For the love of my family - Capítulo 24


Escrita por: Believe8

Capítulo 25 - Capítulo 24


“To chocada que vocês organizaram um casamento em menos de um mês.” Comentou Bibi, no quintal dos Cavalieri.

“A Alicia vai dar à luz logo, amiga... Tínhamos que correr.” Explicou a noiva, encarando a amiga sentada. “Você tá com a barriga muito grande, Ali.”

“Quase oito meses, gente... E o Pedro está enorme. Ele já está com mais de 3kg.” Contou a grávida, amuada. “A Alice que se ferra, tadinha, tá toda pequenininha.”

“Geralmente gêmeos nascem no fim do sétimo mês, início do oitavo. Mas o Pedro está realmente grande.” Concordou Cirilo, abraçado com Majo.

“E você dois, quando vão arranjar o de vocês? Foram os primeiros a casar.” Aporrinhou Mário.

“Bom, o nosso nasce daqui oito meses.” Contou Maria Joaquina. “Nós íamos contar depois do casamento.”

“Ai, parabéns amiga!” As meninas começaram a gritar a abraçar a nova grávida, enquanto os meninos cumprimentavam Cirilo.

“Não vai rolar levantar daqui, gente, desculpa.” Avisou Alicia e Majo foi abraçá-la.

“Gente, o juiz chegou... Vamos começar o casamento?” Perguntou Alberto, se aproximando do grupo.

Como Margarida já estava de quatro meses (ela só havia descoberto quando estava entrando no terceiro), resolveram não fazer muita firula. Pediram que todos os amigos usassem roupas brancas ou claras, arrumaram o jardim da mansão de Jorge e chamara um juiz de paz.

“Eu to pegando o ranço da Alicia e do Paulo com fotógrafos.” Comentou Carmen, irritada com a quantidade de flashes disparados.

“Todos nós, amiga. Mas que as fotos ficam lindas depois, isso ficam.” Marcelina concordou, as duas rindo. “Mili, fica quieta, filha.”

“O Danielzinho não sossega também. E o interessante é que ele sempre fica agitado quando eu estou perto de você.”

“Nem deixa o Mário escutar isso, mas a Mili também. Acho que temos dois grandes amiguinhos aqui.” As duas trocaram um riso cumplice, voltando a prestar atenção na cerimônia.

Os noivos acabavam de assinar os documentos naquele momento, sendo amplamente fotografados.

“Muito bem, pelos poderes investidos a mim, eu vos declaro marido e mulher. Sr. Cavalieri, pode beijar sua esposa.” Decretou o juiz, sorrindo.

“Em um minuto.” Prometeu o loiro, se ajoelhando. “Moranguinho do papai.”

E deu um longo beijo na barriga da esposa, enquanto todos soltavam exclamações apaixonadas. O noivo se levantou, encontrando Margarida chorando.

“Minha caipirinha chorona.”

“Meu riquinho bobo.” Ela devolveu, antes de afinal darem o primeiro beijo como casados.

Após todos os amigos e familiares os cumprimentarem, deveriam servir o almoço. Porém o casal havia resolvido fazer a revelação do sexo do bebê na festa, e mais do que com fome, todos estavam curiosos.

“O bolo de casamento é o bolo da revelação?” Perguntou Valéria, enquanto iam para a mesa decorada. “Achei que vocês iam fazer outra coisa.”

“A gente pensou em fazer os balões, que nem o Paulo e a Ali, mas achamos que seria legal o bolo. Sabe, para mostrar que ele ou ela é bem parte da festa.” Explicou Jorge, animado.

“E estou torcendo para ser ela, porque ele fica chamando o bebê de moranguinho.” Riu Margarida. “Podemos cortar?”

Quando o glacê veio rosa, a gritaria foi unânime. Jorge só faltou pular um metro no lugar, abraçando a esposa e rodopiando no lugar.

“Eu falei que era moranguinho.” Ele gritou, animado.

“E qual vai ser o nome dela? Já decidiram?” Perguntou Laura.

“Bom, nós chegamos em um acordo para o nome se fosse menino, mas nenhum nome nos agradou para menina. Então chegamos a uma decisão pouco ortodoxa...” Começou Margarida. “E chegamos a Ella.”

“O que ela?” Perguntou Mário.

“Não, Mário, é Ella.”

“Sim, Jorge, nós sabemos que é ela, menina. Mas qual é o nome dela?” Paulo revirou os olhos.

“Não, gente, o nome dela é Ella. E, L, L, A. Ella Garcia Cavalieri.” Margarida riu da reação dos amigos.

“Realmente, bem diferente.” Concordou Maria Joaquina.

“Então até o presente momento nossos mascotinhos são o Pedro, a Alice, a Milena, o Danielzinho e a Ella?” Recitou Valéria.

“Na verdade, é Eric.” Avisou Daniel, surpreendendo a todos, inclusive a esposa. “Você queria tanto dar o nome da Pequena Sereia, que eu resolvi manter o filme e dar o nome do príncipe dela para o nosso filho. Além do que, Danielzinho é muito longo.”

“Gosto mais de Eric do que de Danielzinho.” Comentou Marcelina.

“Obrigada, lindo.” Carmen deu um beijo no marido, animada.

“Vai, gente, junta todo mundo. Vamos tirar uma foto!” Pediu Margarida. “E depois só as grávidas.”

“Ah não, só vou participar da foto quando eu tiver barriga.” Maria Joaquina bateu o pé, fazendo as amigas revirarem os olhos.

~*~

“Grandão, o quarto da Mili está ficando lindo.” Suspirou Marcelina, escorada na porta do cômodo. “Todo cheio de cachorrinhos.”

“É, o Apolo gostou bastante, né cara?” Mário pergunto para o cachorro deitado no chão. O animal apenas abriu os olhos, bocejando e voltando ao seu cochilo. “Grande cão de guarda.”

“Olha para a câmera, amor.” A baixinha chamou, fazendo-o sorrir. “Nossa princesinha vai adorar ver que o papai dela que pintou e decorou todas as paredes do quarto.”

“Vem aqui.” Mário pegou a câmera da mão dela e a abraçou por trás, começando a filmar os dois. “Oi, princesinha do papai.”

“Como é meloso, meu Deus.” Riu Marcelina, e ele esfregou o rosto no dela. “Mário, não acredito que você sujou meu rosto de tinta.”

“Então, eu estou aqui terminando o seu quarto, enquanto sua mãe reclama sem parar. E você está aqui dentro, bem pequenininha e quentinha, toda coberta de amor. E nós estamos enchendo esse lugar de amor, para você continuar coberta por ele mesmo após nascer.” Ele ia movendo a câmera enquanto falava, focando a barriga da esposa, que estava aparecendo pelo top que usava, e depois rodando pelo quarto.

“E o Apolo está adorando seu quarto, então você vai ter um colega logo que nascer.” A grávida indicou o cachorro, que havia levantado e cabeça e agora resfolegava. “Não é, Apolo? Fala para a Mili que você está ansioso para ela nascer.”

Em resposta o cachorro levantou e correu até os donos. Porém, no caminho, pisou na bandeja de tinta, encardindo o chão e suas patas.

“Ah, não, Apolo.” Mário gritou quando o cachorro pulou sobre o casal, os melecando de tinta. “Que coisa feia.”

“Ele já quis fazer um toca-aqui com a Mili, deixou até a pata dele tatuada.” Marcelina indicou a marca perfeita da pata do cachorro no meio da sua barriga. “Com certeza vão ser melhores amigos.”

“Então deixa eu parar esse vídeo e fazer uma foto.” Ele parou a gravação e voltou para a foto.

“Vem aqui, Apolo.” Marcelina deitou a cabeça do cachorro sobre sua barriga, deixando a marca da pata aparecer, e sorriram para a foto.

~*~

“Puta que pariu, Paulo, diz que a foto ficou boa.” Gritou Alicia, angustiada.

“Eu avisei para tirarmos ela de manhã, mas você estava reclamando.” Ele avisou, salvando a foto que tinham tirado em frente ao espelho naquele momento, os dois de perfil, ele a abraçando por trás. “Nós fizemos uma foto por mês, não podíamos deixar essa de lado.”

“Quem liga para a foto, criatura? Eu to em trabalho de parto, pelo amor de Deus. Seus filhos estão me quebrando no meio.” A mulher caiu sentada na cama, chorando. “Paulo do céu, isso dói muito.”

“Calma, linda, nós já vamos chegar no hospital e vão te dar a anestesia, e vai melhorar.” Prometeu o Guerra, sorrindo para ela. “Vem, eu te ajudo a ir para o carro.”

“As malas? As cadeirinhas?” Ela perguntou, enquanto ele ia a ajudando a andar.

“Já coloquei tudo no carro durante o dia. Eu sabia que não ia passar dessa noite.” Paulo riu, trancando o apartamento e indo para o elevador.

~*~

“Mário Ayala, se você não parar de tirar fotos agora, eu vou fazer com que a Mili seja sua única filha.” Gritou Alicia, transfigurada.

“Gente, eu to com medo do que vai acontecer em algumas semanas.” Disse Marcelina, abraçando a barriga.

“Somos duas, amiga.” Carmen estava tensa também.

“Eu ainda tenho quatro meses, estou de boa.” Margarida não parecia tão certa do que dizia.

“Acho que é por isso que gestação de gêmeos não deve chegar ao fim. Os dois estão grandes demais.” Palpitou Jorge.

“Não, o Pedro está grande demais. A Alice é pequena e delicada.” Paulo riu. “Nosso moleque é meio mamute.”

“Vai falar que é pintudo também?” Mário revirou os olhos.

“Ele é um Guerra, meu filho, é parte do pacote.”

“Se você continuar falando assim, perde seu próprio pinto, Paulo. Ou melhor, eu vou arrancar ele na unha, para ter certeza que você nunca mais vai me fazer passar por isso.” Rosnou Alicia, pegando o marido pelo pescoço. “Seu filho está me rasgando.”

“Mário, para de tirar foto.” Daniel pediu ao amigo, que passava mal de rir.

“Cara, vocês vão me agradecer por isso no futuro, sério.” Garantiu o veterinário, fotografando sem parar.

“Alicia, estamos prontos.” Avisou a médica. “As contrações estão no tempo certo, e o Pedro já está começando a sair. Está pronta?”

“Eu estou é arrependida por não ter escolhido fazer uma cesárea, meu Deus. Como dói.” Ela choramingou, e Paulo a abraçou.

“Você vai conseguir, linda. É a pessoa mais fodasticamente forte que eu conheço. E prometo que a primeira coisa que o Pedro vai ouvir vai ser um merda bem bonito e emocionado, ok?” A mulher teve que rir ao ouvir isso. “Pronta?”

“Vamos lá.”

Mário fotografou momento por momento do parto. Marcelina, Carmen e Margarida venceram o medo e se aproximaram, apoiando a amiga naquele momento. Daniel e Jorge preferiram se manter distantes após um rápido vislumbre do que seria a saída da criança.

“Eu não vou ver a Ella saindo. Acho que eu nunca mais consigo transar se ver uma criança saindo da periquita da Margarida.” Jorge sussurrou para o amigo, que concordou.

“É um lugar um tanto sagrado para mim, sabe? Prefiro manter ele assim na minha memória.”

“Muito bem, Alicia, eu to vendo a cabeça dele.” Avisou a médica e Paulo sorriu.

“Posso ver?”

“Cara, conselho de amigo... Guarda a imagem imaculada desse lugar na sua mente.” Avisou Jorge.

“Jorge Cavalieri e Daniel Zapata, por que merdas vocês estão vendo a minha vagina?” Gritou Alicia.

“Não estamos vendo, fique tranquila. Já tivemos esse vislumbre por acidente e sinto que nunca mais vou esquecer essa cena. Vou broxar por uns três anos depois disso.” Garantiu o Zapata, e Mário gargalhava.

“Mário, toma muito cuidado com o que você fotografa aí, entendido?” Mandou Paulo, irritado.

“Último empurrão, Alicia. Faz força que ele sai.” Pediu a médica e assim a mulher o fez. “Nasceu.”

Todos choraram ao ouvir o grito alto e forte de Pedro. Alicia caiu deitada, exausta, e Paulo a abraçou, os dois sem conter as lágrimas. As amigas se afastaram enquanto a médica colocava o menino sobre a mãe.

“Caraca, moleque, não é que você é grande mesmo?” Paulo riu, admirando o filho. “A coisinha mais linda do mundo.”

“Nosso coraçãozinho.” Alicia beijou o bebê, emocionada. “Meu anjinho... A mamãe te ama tanto.”

“Ai, Mário, eu quero chorar.” Marcelina abraçou o marido, que a envolveu com um braço, seguindo fotografando com o outro.

Depois de alguns minutos e várias fotos de Mário, o pediatra levou Pedro para ser examinado. A médica examinou e disse que Alice estava descendo, e precisavam recomeçar o trabalho.

Foi mais rápido, fácil e indolor. Alice era razoavelmente menor que o irmão gêmeo e nasceu quietinha, apenas resmungando. Encarou os pais com olhos curiosos, sem entender porque choravam tanto.

“Parece uma bonequinha.” Elogiou Marcelina, admirando a sobrinha. “Olha, Mili, sua priminha é toda fofinha.”

“Vamos levar ela para ser examinada, já trazemos ela de volta com o Pedro.” Avisou a enfermeira, pegando Alice.

“Como está se sentindo, amiga?” Perguntou Carmen.

“Quebrada, dolorida, sem sentir o meio das minhas pernas, mas feliz demais.” Suspirou Alicia, largada na maca. “Agradeçam que de vocês é só um.”

“A Alice foi tranquila, nem vem.” Riu Daniel.

“Ela tem 3,45kg, realmente foi mais de boa.” A pediatra voltou com a menina enrolada em uma manta rosa. “O Pedro deu trabalho porque pesa 4,5kg.”

“Merda.” Gritou Paulo, assustando a todos. “O quê? Eu esqueci de falar isso quando ele nasceu. E achei uma hora apropriada, considerando o peso desse moleque.”

“Olha como fala do meu filho, Guerra.” Mandou Alicia, pegando os dois no colo. “Oi, coraçõezinhos.”

“Oi, amores da minha vida.” Paulo beijou os dois, que bocejavam preguiçosamente. “Tão lindos.”

“Mário, você está fotografando tudo isso, por favor?” Pediu Margarida, chorosa.

“Já tem umas mil fotos, Marga, fique tranquila.”

~*~

“Ah, querida... Eles são tão lindos.” Lilian suspirou ao admirar a neta em seu colo. A nora sorriu da cama, enquanto terminava de amamentar Pedro. “Você fez um ótimo trabalho.”

“Eu to morta, Lilian. Esse rapazinho aqui rasgou tudo na saída, literalmente.” Riu a mãe, encarando o filho. “Né, meu amor? Você quis chegar chegando.”

“Amor?” Paulo entrou no quarto, um sorriso de orelha a orelha. “Acabei de registrar as crianças no cartório.”

“E por que você está com cara de quem aprontou alguma coisa, Paulo Guerra?” A morena franziu o cenho. “Eu avisei você que o segundo nome deles não seria Josivaldo e Marieta.”

“Josivaldo e Marieta? Paulo, você bateu a cabeça?” Perguntou Lilian, surpresa.

“Fica tranquila, minha morena, eles só têm o nome e os nossos sobrenomes.” Prometeu Paulo, pegando o celular e preparando a câmera. “Pode conferir a certidão, olha.”

“Paulo Guerra.” Alicia repreendeu séria, pegando os dois papéis. “Alice Gusman Guerra. Ué, está certo.”

“Eu falei que estava.” Ele sorriu, com a câmera posicionada. “Olha o dele.”

“Pedro Gusm... Espera, está escrito Pietro aqui. Paulo, por que está escrito Pietro na certidão de nascimento do nosso filho?”  A mulher tentava controlar a voz, já que o filho ainda estava mamando.

“Porque foi assim que eu registrei ele, linda. Alice é a versão certa e normal do seu nome, o meu nome é normal, e Pedro é normal também. Só Alicia que é nome afrescalhado. Então eu achei que o nome dele devia combinar com o seu, e Pietro é a versão afrescalhada de Pedro.” Explicou o Guerra, com a maior naturalidade do mundo.

“Assim que eu conseguir andar sem apoio, eu vou te matar, Paulo. Eu vou te socar tanto, mas tanto, que você vai ficar perdidinho. Como você muda o nome do meu filho sem autorização e...” Ela continuou rosnando, irritada, enquanto Paulo fotografava.

~*~

“Amor, nós errámos no cálculo.” Comentou Carmen, deitada na cama. “Nosso plano era que o Eric nascesse no final de agosto, mas pela conta do médico, eu completo 40 semanas no dia 7 de setembro.”

“Nascer no feriado seria até que bom, não interferiria nos dias de trabalho.” Daniel deitou ao lado dela, colocando a mão na barriga.

“Mas aí os amiguinhos dele vão estar sempre viajando no aniversário dele.” Ela fez um biquinho chateado.

“Tem razão, amor. Bom, nós podemos conversar com o médico, ver se tem formas de induzirmos o parto antes.” Ele propôs, enchendo a barriga dela de beijos. “Que tal, Eric? Assim você pode ir para a escola no seu aniversário e ver seus amiguinhos.”

“Ele gostou, está todo animado aqui dentro.” A mãe garantiu, sorrindo.

“Eu amo tanto o seu sorriso, sabia? Espero mesmo que ele herde ele de você.” Daniel se esticou para dar um selinho nela, deitando ao seu lado. “Eu espero que ele puxe tudo de você, na verdade.”

“Hey, você também tem a sua parte aqui, não vamos desmerecê-la.” Carmen estava bastante emotiva durante a gravidez, e o marido achava isso uma graça. “Vamos tirar uma foto? Eu não quero esquecer desses momentos nunca.”

“Vai.” Ele concordou, vendo-a esticar a câmera. Voltou a se abaixar ao lado da barriga dela, beijando o local e encarando a câmera, enquanto ela fazia o mesmo, sorrindo.

~*~

“Olha, amor, como minha barriga tá redondinha.” Margarida estava se admirando em frente ao espelho, erguendo a bata que usava. “Tá muito perfeitinha.”

“Sorri para mim.” Ele pediu, tirando uma foto. “Claro que tá perfeitinha, tem a coisa mais perfeita do mundo dentro dela.”

“Todo babão você, não é?” A grávida caminhou até ele, sentando no seu colo. Os dois colocaram a mão na barriga dela, acariciando o local. “Daqui dois meses ela chega, você acredita nisso?”

“Não, para falar a verdade não. Parecia algo tão distante da nossa realidade, que ainda é meio estranho às vezes.” Ele admitiu, mas sorria. “Mas eu não trocaria nossa Ella por nada no mundo, sabe?”

“É, nem eu.” Marga beijou a ponta do nariz dele. “Eu posso ver o quarto dela, amor? Eu to muito curiosa.”

“Hum... Pode. O decorador terminou tudo hoje, já podemos entrar.” Jorge avisou, se levantando com ela no colo. “Caramba, você está pesada.”

“Eu estou grávida, seu lesado.” Margarida riu, enquanto ele caminhava com ela pelo corredor da casa nova dos dois. “Mas eu queria ter opinado sobre o quarto dela, sabia?”

“Você opinou. Eu peguei tudo o que você comentou, viu em revistas e me contou, e passei para o decorador. Tenho certeza que vai estar do jeitinho que você querida.” Ele prometeu, a colocando no chão diante da porta. “Espero que goste.”

Ele abriu, revelando o ambiente todo branco e rosa bebê. Margarida entrou em lágrimas e ele começou a filmar a reação dela.

“Ah, amor... É lindo. Parece o quarto de uma princesa mesmo.”

“Mas é um quarto de princesa, linda... Da nossa princesinha. Tem tudo o que ela merece.” Ele comentou sorrindo, encantado com a emoção dela.

“O papel de parede tem moranguinhos em marca d’água, que amor.” Ela suspirou. “E esse bercinho com voal? Parece aqueles de filme. E ele é oval também.”

“Você me disse que não queria aqueles berços grandes e retangulares, mas sim um mais delicado. Deu trabalho, mas eu achei.”

“Ficou perfeito, Jorge. Melhor do que eu tinha imaginado.” Ela virou para ele, secando os olhos. “E a Ella adorou também, né filha? Fala para o papai que você adorou seu quarto.”

“Deixa eu ver.” Ele virou a câmera, indo até ela e a abraçando, colocando a mão sobre a barriga. “Gostou do seu quarto, princesa?”

Recebeu um chutinho como resposta, e os dois sorriram.

~*~

Não era fácil ter dois bebês de um mês e meio em casa, mas em momentos como aquele, Alicia esquecia todo o cansaço e dor que sentia pelo corpo todo. Esquecia que não dormia mais do que duas horas seguidas, que os seios estavam machucados de amamentar, que seu rosto estava uma olheira ambulante, que estava cheirando azedo.

Gostava de fotografar e registrar tais momentos, para que nunca os esquecesse ou ainda para que os admirasse nos momentos em que estivesse a ponto de explodir.

Acordou naquela manhã estranhando o silêncio, e sentindo que passava da hora de dar de mamar para os gêmeos. Tateou a cama e não encontrou Paulo, o que era estranho. O marido havia conseguido uma licença especial no trabalho, para trabalhar de casa de forma flexível e poder ajudá-la com os bebês nos primeiros seis meses.

Saiu do quarto à procura dele, mas não o encontrou nem no quarto de Pietro e Alice. Foi então para a sala, e ficou admirada com a cena. Ele havia puxado a extensão do sofá e estava deitado ali com os bebês.

Pietro e Alice costumavam dormir de mãos dadas, era a única forma de ficarem calmos. Paulo estava deitado ao lado deles, um braço por cima de seus corpinhos, os envolvendo protetoramente.

Ela então fotografou a cena, sentando ao lado e acariciando a cabeça do marido distraidamente, feliz. Era essa a tal alegria incondicional que falavam que vinha com os filhos.

Por enquanto ainda era rápida, momentânea, mas era um vislumbre do arco-íris que viria depois de toda aquela loucura e tempestade de choro, fraldas sujas e noites sem dormir.

~*~

“Amor... Eu não consigo enxergar meus pés.” Reclamou Marcelina. “Eu pareço uma tartaruga, não é? Essa barriga está enorme.”

“É que você é pequenina, meu amor. Então mesmo que sua barriga fique minúscula, ela vai ser enorme para você.” Mário sorriu, enchendo o local de beijos. “Já falei que eu amo beijar a sua barriga?”

“Considerando que é o que você mais tem feito nos últimos meses, eu acredito.” Ela comentou, apoiando a câmera no peito e tirando uma foto. “Parece que sua cabeça está surgindo por trás de uma montanha, com o sol nascendo.”

“Você está me chamando de cabeçudo?” Se indignou o homem.

“Foi você quem disse, meu amor.” Marcelina acariciou o cabelo dele, sorrindo. “Eu imagino ela tão parecida com você.”

“E eu imagino que ela vai ser igualzinha a você. Os mesmos olhos, o mesmo sorriso, o mesmo jeito fofo de corar quando recebe um elogio...” Ele desenhava pela barriga dela com o indicador. “Meu amendoinzinho.”

“Vai continuar chamando ela assim? Ela já está do tamanho uma jaca, ou algo assim.” Riu a grávida, sentindo cócegas.

“Vai ser para sempre o meu amendoim.” Ele beijou a barriga dela de novo, se erguendo para beijar seus lábios. “Eu já falei que te amo hoje? Eu falo para a Mili o tempo todo, mas tenho medo de estar falando pouco para você.”

“Você me mostra a cada dia, todo o tempo. Seu amor por ela é uma extensão do seu amor por mim, Mário. Eu não preciso que você me diga para saber o que você sente por mim.” A baixinha sorriu, lhe dando outro selinho.

“Eu quero registrar nós três, desse jeito, o quanto eu puder.” Ele disse apanhando a câmera da mão dela. Deitou ao seu lado, colocando o aparelho no nível da cama, acima de suas cabeças. “Sorria para o monte surgindo por trás das nossas cabeças.”

“Seu engraçadinho.” Ela resmungou rindo, juntando sua cabeça com a dele.

~*~

“Francamente, o Eric não está colaborando. Uma semana tentando fazer ele nascer, e ele resolve bem no dia da nossa reunião mais importante.” Daniel estava impaciente, ajudando a esposa a descer do carro. “Filho, as coisas não são assim, ao acaso.”

“Daniel, pelo amor de Deus, nós estamos falando de um bebê que está dentro da minha barriga, tentando sair dela. Controle-se.” Implorou Carmen, arfando de dor. “Tá muito forte.”

“Caramba.” Ele pegou ela no colo, correndo a distância até a sala de emergência. “Ela está em trabalho de parto.”

“Eu preciso empurrar.” Avisou a grávida.

“Coloca ela aqui na maca.” Pediu o enfermeiro, e assim Daniel o fez. “Quanto tempo que a bolsa rompeu?”

“Hã, uns quarenta minutos, acho. Mas ela está sentindo desconforto desde a manhã.” Explicou o futuro pai, já que a mulher não estava em condições de processar.

“Eu to sentindo a cabeça dele.” Carmen gritou, desesperada.

O enfermeiro e Daniel arregalaram os olhos, puxando o vestido que ela usava. O homem retirou a calcinha dela, constatando que a cabeça, realmente, estava apontando.

“O bebê já está coroando.” Ele gritou, atraindo a atenção dos demais. “Tragam os instrumentos.”

“Calma, amor, calma.” Daniel sentou ao lado da esposa, a apoiando. “Respira fundo, e faz força quando sentir vontade. Vai dar tudo certo, ok?”

“Não era assim que eu tinha planejado esse momento, Dan.” Ela choramingou, assustada.

“Eu sei, linda... Assim que o Eric começar a entender as coisas, vamos conversar com ele sobre como é importante planejarmos as coisas.” Os dois riram da afirmação dele. “Agora, respira e... Força!”

Ela só precisou de dois empurrões. No primeiro a cabeça acabou de sair, no segundo deslizou os ombros e o resto do corpo, acompanhados de um grito alto dela. O choro veio logo depois, acompanhado das lágrimas dos pais.

“Aqui está ele... O garotinho de vocês.” O enfermeiro passou o bebê para os braços da mãe, que o apanhou trêmula.

“Oi, meu principezinho, meu pequeno Eric.” Carmen sorriu para o bebê, que ainda ranhetava.

“Hey, não precisa chorar. Calma... A mamãe e o papai estão aqui com você, tudo bem. Calma, garotão.” Daniel cobriu a cabeça dele com a mão, acariciando os poucos fios sujos do cabelo dele.

“Com licença.” Uma enfermeira se aproximou deles. “Qual é o seu celular?”

“Meu... Meu celular?” Perguntou Daniel, confuso.

“Para eu te mandar as fotos. Eu tenho uma promessa há anos, de sempre fotografar os partos de emergência que entram. São sempre repletos de emoção e intensidade, e são lindos de se registrar. Então eu o fiz agora, e quero enviar as fotos para você.” A mulher sorriu.

“Claro, claro... Mas você se importaria de tirar uma última, de nós três?” Pediu o homem, sorrindo.

Ela ergueu o celular, enquanto Daniel colava o nariz contra o cabelo de Carmen, que apertou Eric mais junto do peito, fechou os olhos e sorriu.

~*~

“Uma fotinho enquanto estamos indo para a maternidade.” Pediu Mário, sendo fuzilado por Marcelina.

“Você e o Paulo precisam aprender que existe hora certa para a foto, sabia?” Ela reclamou, estralando as costas. “E definitivamente não é enquanto sua mulher está entrando em trabalho de parto.”

“Eu quero registrar passo a passo da chegada da nossa pequena.” Ele garantiu, se aproximando e dando um selinho nela.

“E que tal pegar minhas malas e as dela, colocar a cadeirinha no carro?” Pediu a mulher, vendo-o arregalar os olhos. “Minha vez de documentar, amor.”

Chegaram no hospital no início da noite do dia 07 de setembro, e encontraram Carmen e Daniel saindo com Eric.

“Não me diga que essa mocinha está chegando?” Perguntou Carmen, abraçando a amiga.

“Pois é.” Marcelina sorriu, acariciando o rosto de Eric. “Viu, carinha? Sua amiguinha está chegando. Vocês vão fazer aniversário juntos.”

“Pausa para a foto.” Pediu Mário, pegando a câmera. As duas viraram para ele e sorrindo, Carmen colocando Eric bem perto da barriga da amiga. “É legal que eles vão ser amigos e fazer aniversário perto, né?”

“Amigos.” Daniel riu. “É isso aí, Mário. Boa sorte lá dentro.”

“Valeu, cara... Vamos precisar.”

~*~

O plano de Mário, realmente, era documentar passo a passo, momento a momento. Mas quando viu a primeira toalha de sangue sendo retirada do meio das pernas da esposa, ele apagou completamente.

Quando retomou a consciência, Marcelina segurava Milena, toda suja ainda e chorando desesperada. Ele pulou do chão, cambaleando até elas, e uma das enfermeiras apanhou a câmera que ele havia deixado para trás, se ocupando em fotografá-los.

“Olha quem acordou para te conhecer, princesa... Fala oi para o papai.” Pediu Marcelina baixinho, acariciando o rosto da filha com o indicador.

“O-oi meu amor. Minha pequena.” Mário estava tremendo e sorrindo, lágrimas escorrendo de seus olhos. “Princesinha do papai.”

“Quer pegar ela?”

“Posso?”

“Você é o pai dela, Mário, é claro que pode.” A baixinha riu, passando a filha com cuidado para ele. “Segura a cabecinha dela.”

“Ela é tão pequenininha, Marce, tão delicadinha.” Ele disse baixinho, temendo que sua voz a assustasse. “Parece uma bonequinha, ou um anjinho, não sei direito.”

“É a nossa coisinha perfeita, Mário. Ela vai parecer tudo que esse mundo tiver de melhor.” A esposa sorriu para ele, que não conseguia desgrudar os olhos da filha.

~*~

“Maninha?” Paulo abriu a porta do quarto, segurando um urso de pelúcia gigante. “Posso entrar?”

“Claro que sim.” Marcelina sorriu para ele, segurando Mili em seu ombro. “Ela acabou de arrotar.”

“Ah, deixa eu ver essa bonequinha.” Ele deixou o presente na poltrona, se aproximando da cama. “É a sua cara, Marce.”

“Todo mundo disse isso.” A baixinha riu. “E a Ali?”

“Aprenda uma coisa, pirralha: acabou essa história de sair os dois a qualquer hora. Para nós e para vocês.” Ela riu. “O Pietro e a Alice não podem entrar no hospital, né? Então nós vamos esperar uns dias e vamos com eles na sua casa, porque é uma verdadeira operação de guerra sair com eles.”

“Ok, ela está perdoada.” Marcelina encarou o irmão, ansiosa. “Quer segurar ela?”

“Claro que eu quero.” Paulo riu, pegando a sobrinha dos braços da irmã. “Oi Mili. A tia Ali, o Pietro e a Lice te mandaram um beijão, logo eles vão te ver, tá? E o titio te trouxe um urso enorme, bem grande mesmo, para o seu pai se ferrar carregando ele.”

“Guerra, sem palavrões na frente da minha princesinha.” Mário entrou no quarto, resmungando. “Isso é um urso ou é a versão adulta do Pietro?”

“Vai sacanear meu filho mesmo, cara?” Paulo riu. “Parabéns pela filha, mano... Ela é linda.”

“Valeu, a gente caprichou.”

“Menos, Mário, ela ainda é minha irmã mais nova.”

“A Mili não veio do além, maninho.” Marcelina riu, segurando o braço dele. “Mário, já que você gosta tanto de tirar foto de tudo, faz algumas do Paulo com a Mili. E comigo também, obviamente.”

~*~

“Jorge, você pode andar logo?” Pediu Margarida, impaciente.

“Eu to terminando de arrumar meu cabelo, linda, só um minuto.”

“Jorge Cavalieri, sua filha está destruindo minhas partes baixas e você está preocupado com o seu cabelo? Francamente.” Gritou a grávida, perdendo a paciência. “Eu to indo parir, não a um baile do embaixador.”

“Adoro seu bom humor, gata, de verdade.” Ele saiu do banheiro impecável e ela bufou. “O que foi? Quero sair bem nas fotos.”

“Seu cu que você vai sair bem.” Ela se levantou e bagunçou todo o cabelo dele, além de amassar toda a camiseta que ele usava.

“Tá maluca, Marga?”

“Jorge, eu vou estar mais cagada que a fralda do Pietro, você vai estar cagado tanto quanto eu.” Ela avisou, séria.

“Mas...”

“Mas nada, Jorge, está me ouvindo? Sua filha vai estar melecada do sangue que saiu da minha vagina, eu vou estar parecendo uma criatura passando por uma sessão de exorcismo e você vai estar todo cagado e desmantelado, combinando com a sua família.” Ela disse séria, sorrindo logo depois. “Agora podemos ir? Está começando a doer.”

O trabalho de parto de Margarida foi bastante tranquilo, mais do que ela esperava. Tomou a anestesia e se sentiu bem melhor, e no início da madrugada estava com dilatação e contrações perfeitas.

Não precisou empurrar muito tempo, Ella deslizou quase como Eric para fora. Era pequena, pálida, chorona e de cabelos bem escuros. Não se acalmou nos braços da mãe, e nem quando o pai falou com ela. Foi só quando Jorge a tomou nos braços que ela se aquietou.

“Ela já me trocou por você.” Margarida fez bico.

“Nossa filha só está me compensando por você ter detonado meu cabelo.” Ele brincou, fazendo a esposa rir. Colocou a filha de volta nos braços dela, e a menina se aconchegou no calor da mãe. “Viu, ela só estava fazendo birra.”

“Ella, você é muito novinha para fazer birra.” Repreendeu a mãe, rindo. “Ela parece a Branca de Neve, pálida e de cabelos escuros.”

“Menos os olhos. São azuis, como os meus.”

“Ela tirou a sorte na genética.” Margarida encarou o marido, sorrindo. “Ela é linda.”

“Perfeita.” Ele concordou, selando seus lábios com os dela. “Obrigada por essa surpresa inesperada, amor.”

“Eu não fiz ela sozinha, sabe disso.” Os dois riram, encarando a bebê. “Cadê o Mário nessas horas, para ir registrando tudo?”

“To aqui faz meia hora, só vocês que não perceberam.”

Só naquele momento eles se deram conta que um dos enfermeiros era o amigo, com uma câmera.

“De onde você surgiu, criatura?” Perguntou Jorge aos risos.

“Ah, eu tive que ajudar a Marce a colocar a Mili para dormir. Aí quando eu cheguei me avisaram que vocês tinham vindo para a sala de parto. E como eu já to amigo das enfermeiras, elas me deixaram vir para fotografar. Acho que vou largar a veterinária e virar fotógrafo de parto.” Cogitou o rapaz, fazendo os amigos rirem.

“Fala menos e fotografa mais, Mário. Quero imagens bem bonitas da chegada da nossa pequena.” Pediu Margarida, e ela e Jorge beijaram juntos a cabeça da bebê, enquanto Mário registrava.

~*~

“Eu estou tendo uma explosão de fofura.” Suspirou Marcelina, admirando os cinco bebês deitados sobre o edredom na sala de Paulo e Alicia.

“Os amiguinhos.” Comemorou Carmen, tão babona quanto.

“Mário, para de disparar esse flash na cara dos meus filhos, pelo amor de Deus.” Brigou Alicia, irritada.

“Qual o problema de vocês com flash, Senhor Jesus?” Riu Jorge, sentado ao lado dos bebês, velando a filha. “Pietro, para de ficar agarrando o braço da Ella.”

“São dois bebês, Jorge, pelo amor de Deus.” Bufou Margarida.

“Vamos fazer um registro caprichado.” Paulo ligou a câmera em vídeo. “Muito bem, nesse atual momento o Pietro e a Alice tem cinco meses, o Eric e a Mili tem três, e a Ella, que é nosso chaveirinho, acabou de completar seu primeiro mês de vida.”

“E eles cinco juntos são a coisa mais fofa desse mundo.” Marcelina puxou a câmera, fazendo-a focar nos bebês. “Olha isso, que amor.”

“Agora vocês já devem ter uns quinze anos e estão pensando que seus pais são uns idiotas que fazem vocês pagarem mico. Especialmente se estiverem namorando.” Riu Daniel.

“Nem ouse, Alice.” Avisou Paulo, sério.

“O mesmo para você, Milena.”

“Idem, Ella. E que saco, o Pietro não larga dela.”

“Ai ai... Vai ser uma vida bem divertida.” Alicia sentou no colo do marido, rindo.


Notas Finais


Consegui terminar esse capítulo agora, quase duas da manhã.
Eu tinha planejado visitar a vida toda deles, até a Margarida ir embora, mas já tava dando 17 páginas de lembrança no total, PELA MOR DE JESUS! E como no final da fic vamos passear pela vida toda deles para ver o que mudou, deixei para lá!
Eu amei tanto escrever esse capítulo, MEU DEUS!
Capítulo que vem teremos Paulicia se mudando com os filhos para a casa da Ali, e o aniversário da Mili com a família.
Aguardem!
Um grande beijo ;*


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