1. Spirit Fanfics >
  2. For the love of my family >
  3. Capítulo 34

História For the love of my family - Capítulo 34


Escrita por: Believe8

Notas do Autor


Oi, gente, estou viva!
Só isso mesmo, nos vemos no final! HAHAHAHAH

Capítulo 35 - Capítulo 34


“Nicholas, posso conversar com você?” Perguntou Paulo para o garotinho, que chutava bola nos fundos da casa abandonada.

“Claro, tio Paulo. Alguma coisa errada?” O menino segurou a bola no pé, curioso.

“Nic, o que você e o Paulinho faziam na oficina, no dia em que a Alice e o Marcos voltaram no tempo?” Ele disse na lata, vendo o garoto se retesar. “Me fala a verdade, Nicholas. Eu prometo que não vou contar para ninguém.”

“Nós só seguimos eles sem querer, tio.”

“Eu sei que é mentira, Nicholas. Eu achei isso aqui nas coisas do Paulinho outro dia. Uma carta minha, endereçada para mim.” Ele indicou os papéis e o garoto suspirou aliviado. “Me conta a verdade.”

“Eu descobri que eles iam voltar, e pedi a sua ajuda no futuro, porque queria vir ver a minha irmã e a Alice não ia concordar nunca. Você não concordou e me explicou o porquê não era uma boa ideia. Mas disse que eu podia mandar uma carta para ela, assim como você ia fazer. Você disse que estava pensando em um jeito de colocar esse envelope entre as coisas e eu me ofereci para fazer isso.”

“E você se escondeu.”

“É. Mas o Paulinho me seguiu. Acabou que eu não consegui fazer ele ir embora, porque todo mundo chegou nessa hora, e ele se escondeu junto comigo. Quando a máquina ligou, nós dois quisemos sair, mas não teve jeito. Eu pedi para ele te entregar as coisas, mas acho que ele não entendeu.” Finalizou o garoto. “O que tem aí?”

“Meus exames e da Marcelina no futuro.” Paulo suspirou. “E o nome do médico que devemos procurar.”

“Você pode manter segredo, tio? Sabe, do que eu fiz?” Pediu Nicholas, preocupado.

“Se você mantiver segredo sobre isso também.” Paulo indicou os papéis. O garoto assentiu e o mais velho bagunçou seu cabelo. “Então temos um acordo, pirralho.”

~*~

Na praça ali perto, Jaime e Alice estavam escondidos no brinquedão do parquinho. Por ser final da tarde não havia nenhuma criança por ali, e eles usavam o lugar escondido para namorarem em paz.

“Nós devíamos estar trabalhando na máquina.” Ela comentou entre um beijo e outro, abraçada com ele.

“Com pressa de ir embora?” Perguntou o rapaz, magoado.

“Você sabe que nós não podemos ficar aqui muito tempo, Jaime.” Alice suspirou. “Agora não mais só pela gente, mas também pelo meu sobrinho.”

“Que grande cagada seu irmão fez, hein?”

“Nem me fale.” Suspirou a garota, abraçando os joelhos. “Ele e a Ella estão desesperados. Com esse negócio de viagem no tempo, eles nem realizaram que vão ser pais ainda moleques. Como se desgraça pouca fosse bobagem.”

“O que você acha que é pior? A Ella estar grávida aos 16 anos, ou ela estar grávida no tempo errado?”

“Jaime, nós ainda não somos nem espermatozoides no saco dos nossos pais, nem óvulos formados direito no ovário das nossas mães.” Alice riu. “É bem pior ela estar grávida no passado. Isso é errado de tantas formas.”

“Agora eu imaginei um monte de espermatozoides no saco do Paulo. Isso é perturbador, sabia?” O rapaz fez uma careta de nojo.

“Eca, Jaime, que merda de imagem é essa?” Gargalhou a garota.

“Não, sério. Eu imaginei um monte de espermatozoides juntos, animados. E dois tem a sua cara e do Pietro.” Ele recitou, vendo-a rir sem parar. “Que sorte a de vocês, hã? Bem na vez que vocês entram na corrida, tem duas linhas de chegada.”

“Calado você é um poeta, sabia?” Perguntou Alice, secando as lágrimas de riso dos olhos.

“Hum, então vem me calar, Guerra.”

“Com prazer, Palilo.” Ela sorriu, se inclinando e o beijando.

~*~

“Como você está se sentindo, filha?” Perguntou Jorge, acariciando o cabelo de Ella.

“Enjoada, pai. Por que os sintomas tinham que aparecer? Estava tão feliz que não tava sentindo nada.” Reclamou a menina, deitada e de olhos bem fechados.

“Na hora de fazer não reclamou, Ella, agora aguente sem reclamar também.” Avisou Margarida, séria.

“Alguém grava isso para quando ela reclamar de enjoo? Sabe, quando estiver grávida de mim e do Nicholas?” Reclamou a menina.

“Ella, o que nós menos temos agora é moral para discutir com eles.” Lembrou Pietro, sentado no chão. “Melhor ficarmos quietos.”

“É a primeira coisa inteligente que o seu namorado fala, você deveria dar ouvidos para ele.” Jorge não perdeu a oportunidade de desdenhar o genro, que revirou os olhos.

“Gente, temos uma novidade.” Carmen e Daniel aparecem correndo com Eric, os três sorrindo.

“Ah não, pelo amor de Deus. Mais uma grávida não!” Gritou Alicia, desesperada.

“Deus me livre, criatura, bate nessa boca e na madeira.” Se horrorizou Carmen. “Por enquanto aqui só entra coisa, sair é só daqui alguns anos.”

“Eu acho que eu nunca senti tanto nojo na minha vida. Minto, eu já senti vocês transando, isso é pior.” Comentou um enojado Eric. “Prossigam.”

“Enfim, deixando de lado as conversas nojentas e traumatizantes que parecem ser recorrentes do nosso dia-a-dia, nós temos uma novidade muito legal.” Daniel sorriu para os amigos. “Vamos nos mudar.”

“E onde isso é legal? Como assim vocês vão se mudar, a essa altura do campeonato? Com a máquina em andamento e tudo?” Perguntou Mário, exasperado.

“Nós não vamos sair da cidade, tio. Nós vamos nos mudar para o apartamento que o meu avô deu para os meus pais.” Explicou Eric, surpreendendo a todos.

“Como assim?”

“Meu pai recebeu um apartamento como pagamento de dívida, um apartamento ótimo.” Contou Daniel. “Ele planejava alugar o imóvel, até eu resolver pedir a Carmen em casamento e acontecer toda essa loucura que está a nossa vida. Ele então passou o apartamento para o meu nome, como um presente de casamento antecipado, nas palavras dele. Ele me contou sexta passada, e eu levei a Carmen lá no sábado, que foi onde ficamos o final de semana todo.”

“Hum, então já estrearam o lugar com estilo, hein?” Davi sorriu malicioso para os amigos.

“Bando de tarados.” Resmungou Mili, aos risos.

“Tem quase uma semana isso, filho da mãe. Por que não contou antes?” Perguntou Paulo.

“Nós estávamos atrás dos últimos detalhes que precisávamos. E nós quisemos contar para o Eric primeiro, levar ele lá.” Explicou Carmen. “Nos mudamos domingo.”

“E seus pais concordaram? De boa?” Perguntou Maria Joaquina.

“Digamos que tá tudo do avesso nossa vida, né? O Paulo está morando com a Ali há quase um mês já.” Lembrou Daniel, e os amigos concordaram. “Nós na verdade só precisávamos acertar tudo com os meus sogros, mas eles fizeram a mesma proposta do meu pai.”

“E qual seria?”

“Eles vão nos manter na escola e dar uma mesada para nos mantermos no apartamento, com o Eric. Em janeiro, eu e o Dan vamos começar a trabalhar na empresa do pai dele, e nos manter. Mas nossos pais concordaram em bancar a faculdade.” Contou Carmen, animada.

“Cara, se não estivéssemos nessa situação maluca, nem em um milhão de anos eles concordariam com algo assim.” Garantiu Margarida.

“Nós sabemos, amiga. E não sabemos se ficamos felizes ou tristes por isso.”

“Mas, Dan, se você for trabalhar na empresa do seu pai, você vai fazer faculdade do que?” Perguntou Cirilo.

“Administração.”

“Mas você não ia fazer ciências sociais, por causa da ONG?” Lembrou Adriano.

“Hã, eu mudei de ideia.” O rapaz encarou a namorada e o filho, que sorriam para ele. “Coloquei algumas coisas na balança e vi o que era mais importante. Se for para a ONG acontecer, ela vai acontecer naturalmente.”

Os amigos não entenderam muito bem o que ele queria dizer, mas sentiram que tinha algo a ver com o acidente do futuro e apenas assentiram. Daniel sempre foi o mais ajuizado do grupo, e se ele tomou essa decisão, seus motivos não eram impensados.

“E você, Carmen? Mudou de curso também?” Perguntou Valéria.

“Não, amiga, ainda vou para a pedagogia. Vou ficar na empresa do meu sogro até conseguir um estágio na minha área.” Contou a garota, animada.

“Vocês já se inscreveram nos vestibulares?” Perguntou Pietro. “Eu não ouvi vocês falando nada sobre isso.”

“Bom, eu e a Marga resolvemos passar um ano fora antes de entrar na faculdade.” Contou Jorge, surpreendendo todos, incluindo a filha.

“Sério?”

“Sim, nós vamos passar um ano na Inglaterra, aprimorando o inglês e fazendo cursos do que nos der vontade.” Contou a Garcia. “Relaxa, Ella, vamos voltar para o Brasil a tempo de fazer você.”

“Valeu pelo excesso de informações, mãe.” Reclamou a menina, causando risos.

“Eu vou fazer administração, para cuidar do consultório do meu futuro maridinho, que vai ser um grande veterinário.” Marcelina deu um selinho em Mário, que sorriu para ela.

“Você já decidiu qual faculdade vai tentar veterinária, Mário?” Perguntou Bibi.

“Eu ia tentar em Jaboticabal, mas eu decidi que não vou sair de São Paulo. Não tinha nem condições de tentar uma particular aqui em Sampa por causa de grana, mas como eu recebi aquele fundo que a minha mãe deixou quando morreu, dá pra fazer financiamento estudantil.” Explicou o rapaz. “Eu vou escolher uma que tenha aulas a noite ou só pela manhã, para trabalhar meio período, e meu pai também vai me ajudar.”

“E vocês, mãe, pai?” Perguntou Pietro.

“Já fiz minha opção por direito.” A Gusman piscou para o filho, que sorriu. Sabia que a mãe seria uma ótima advogada.

“Me inscrevi para psicologia.” Disse Paulo, surpreendo a todos.

“Hã, buguei.” Marcos se manifestou. “Na nossa realidade, você é analista de sistemas, tio.”

“Mas o Dan também mudou a opção dele, nada impede o Paulo de fazer o mesmo. Só não entendi o porquê de psicologia.” Comentou Marcelina.

“Nem eu entendi, maninha... Só pareceu certo na hora, sabe? Quando eu e a Alicia estávamos fazendo as aplicações do vestibular, eu ia colocar análise de sistema, mas na hora H eu mudei de ideia.” Ele deu de ombros. “Vamos ver.”

“Isso só prova a teoria de que o nosso destino é a gente quem faz.” Suspirou Jorge, encarando a filha em seu colo.

“Caramba, é reunião?” Alice entrou na casa correndo, um pouco corada.

“Alice Gusman Guerra, onde você estava?” Paulo entrou no modo protetor e franziu o cenho.

“Em casa, papai. Fui ver se a Kira estava bem.” Ela mentiu depressa, sorrindo. “Eu achei ela meio amuada hoje de manhã.”

“E está tudo bem?”

“Com quem, mãe?”

“Com a Kira, Alice.”

“Ah, está sim. Sabe, a mesma pestinha de sempre.” A Guerra sorriu, correndo para a cozinha.

“Nessas horas ela realmente parece filha de vocês dois, sabe.” Observou Valéria.

“Cuidado com as palavras, Ferreira.” Avisou Paulo, irritado.

Na mesma hora, Jaime entrou na casa, afobado. Todos o encararam, confusos, e ele corou até o último fio de cabelo, especialmente quando Alice apareceu na porta da cozinha.

“Nossa, vocês todos ainda estão aqui? Achei que já tinham ido embora.” Comentou o Palilo, sem graça.

“Alguém tinha que trabalhar na máquina, gorducho, já que o mecânico chefe sumiu.” Lembrou Koki.

“Aliás, onde você se enfiou a tarde inteira, cara?” Perguntou Mário. “Largou a gente na mão bonito.”

“Ah, eu estava com a minha mãe.” Ele mentiu. “Sabe, ajudando com algumas encomendas.”

“Você está estranho.” Observou Valéria, séria. “Vocês dois estão, na verdade.”

“Quem?” Perguntaram Jaime e Alice.

“Meu radar está apitando.” Resmungou a garota.

“Não surta, Val. As chances de esses dois terem alguma coisa são praticamente nulas.” Gargalhou Margarida.

“Eu e o gorducho? Tá maluca? Além de ele ser uns vinte e cinco anos mais velho do que eu, ele é uma pedra sem sentimentos. Quer dizer, sem sentimentos para nada que não seja a comida, né!” Desdenhou Alice, revirando os olhos.

“Falou a especialista em amor, né, Guerra?” O rapaz fez o mesmo, sentando junto dos amigos.

“Isso não está me cheirando bem.” Alicia disse baixinho, recebendo um aceno afirmativo da cunhada.

“Cuidado para não ficar viúva antes de casar para valer, amiga.” Riu Marcelina, enquanto voltavam as conversas de antes. 


Notas Finais


Gostaram do capítulo? Senti saudades de escrever a fic, admito, mas minha vida está uma loucura!

Eu to com o braço meio que machucado, por conta do trabalho, e com isso eu tive que reduzir MUITO meu tempo de escrita! E como alguns sabem, eu encasquetei com uma shortfic essa semana, e acabei me dedicando a Ella, literalmente.

A fic se chama Ella, é sobre Jorgerida e a dita Ella, mas não a Ella dessa fic aqui! Vão lá ler, garanto que está maravilhosa! É uma shortfic em três capítulos, logo postarei o último! https://spiritfanfics.com/historia/ella-6841815

E mandem perguntas no ask! Está sendo muito legal conversar com vocês por lá! HAHAHAHA http://ask.fm/WPKiria

E no próximo capítulo: chegou o aniversário da Ella e a máquina está pronta. Segurem seus forninhos, ok?

Beeeijos ;*


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...