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História For the love of my family - Capítulo 50 - FINAL


Escrita por: Believe8

Notas do Autor


E então, chegamos ao fim. Eu estou chorando mais do que julgo ser possível. Espero que esteja a altura do que vocês esperavam... Nos vemos nas notas finais!

Capítulo 52 - Capítulo 50 - FINAL


Quando Pietro abriu os olhos, a primeira coisa que viu foi um teto branco. Piscou algumas vezes, confuso, até sentir algo se movendo ao seu lado. Virou o rosto, prendendo a respiração por alguns segundos.

“Ella?” Perguntou baixinho, vendo a namorar abrir os olhos e se surpreender também.

“Pietro, é você?” Ela sussurrou, estendendo a mão e tocando o rosto dele. “Você está diferente.”

“Você também...” Ele garantiu, ouvindo gemidos ao redor.

Sentou com cuidado, se deparando com um quarto que não conhecia. Ao seu redor, outras pessoas estavam despertando, e ele foi ficando mais surpreso ao ver cada uma delas.

“O que aconteceu?” Perguntou, chocado. “Nós... Envelhecemos?”

“Acho que sim.” Mili encarava todos, um pouco assustada.

“Jaime?” Alice chamou o namorado, que estava desorientado. Ele a encarou e sorriu. “Ai, meu Deus, você conseguiu. Você veio para o futuro.”

“Vim, meu amor.” Ele a recebeu em seus braços, a apertando com força.

“Nós voltamos.” Marcos sorriu para os amigos, encarando a própria imagem no espelho. “Só que voltamos para quando?”

“Eu não sei qual é esse lugar.” Comentou Paulinho, olhando ao redor.

“Paulinho... O que você disse?” Alice perguntou para o irmão, surpreso.

“Eu... Eu...” Ele estava um pouco assustado e confuso. “Eu sei falar.”

“O que está acontecendo? Nós estamos mais velhos, o Paulinho está conseguindo se expressar e... Eric, o que foi?” Mili começou a falar, até ver que o namorado estava com o olhar fixo nela. “Eric, as suas cicatrizes...”

“Eu lembrava que você era linda quando criança, Mili, mas não conseguia nem imaginar o quão linda você tinha ficado com o passar do tempo.” Disse o rapaz, algumas lágrimas no canto dos olhos.

“Você está vendo, Eric! Você está me enxergando.” A Ayala soluçou, se atirando no namorado e o abraçando.

“Se o Eric consegue ver, e o Paulinho está conseguindo falar...” Nicholas começou.

“Nós mudamos o futuro.” Pietro completou o loiro, encarando Ella ao seu lado. A moça encarava a barriga lisa, com lágrimas nos olhos. “Ella...”

Mas ele não conseguiu terminar o que dizia, pois a porta se abriu. Suas respirações suspenderam ao ver Carmen ali, bem mais velha e com um sorriso enorme no rosto.

“Ah, já acordaram. Estávamos achando que tinham morrido aqui em cima.” A mulher sorriu para o grupo, alheia ao choque deles.

“Droga, eu queria jogar um balde de água neles.” Uma moça mais nova, porém bem parecida com Carmen, apareceu e a abraçou. “Você brigava comigo, mas eu não bebia desse jeito, viu mãe?”

“Mãe?” Eric sussurrou, confuso e chocado.

“Não pense que eu e seu pai não sabemos o que você aprontava, Catarina. Nós conhecemos muito bem os filhos que temos.” Carmen encarou a menina com seriedade, vendo-a dar um sorriso amarelo. “Graças a Deus que o Thomas não puxou para vocês dois.”

“Eles acordaram afinal?” Pietro, Alice e Paulinho travaram ao ouvir a voz do pai. A última lembrança que tinham era de um homem à beira da morte, mas não foi isso o que surgiu na porta. “Já passou da hora, não é? Você não acha que seus pais já dormiram demais, Theo?”

 O homem que viam era mais velho, mas completamente sadio e cheio de vida. Os cabelos começavam a ficar grisalhos de um jeito charmoso, o corpo ainda era bem definido, o rosto corado e com algumas rugas no canto dos olhos, do tipo que aparecem em quem sorri demais.

E nos seus braços, pulando animado, um garotinho de quase cinco anos.

“Até parece que você não adora ficar paparicando ele, Paulo.” Carmen revirou os olhos para o amigo.

“Claro que eu adoro ficar paparicando ele, Carmen, mas ele tem pai e mãe também.” Paulo devolveu, colocando o neto no chão. “E você só ficar resmungando porque quer um neto também.”

“Ok, eu vou sair daqui antes que isso sobre para mim.” Catarina soltou a mãe, saindo para o corredor.

“Já desisti de você, Catarina, francamente. Na sua idade, eu já tinha três filhos, e você e o Caio não querem nem casar.” A Zapata bufou, frustrada.

“Se tem algo que eu sempre ouvi você e o papai dizendo, mãe, é que filhos atrapalham para fazer algumas coisinhas divertidas. E eu e o Caio gostamos demais disso para abrir mão.” Catarina reapareceu na porta do quarto, dando uma piscadela para a mãe. “Deixo para o Eric e a Mili te encherem de netos.”

Enquanto a discussão ocorria, Theo correu diretamente para cima de Ella e Pietro, os abraçando e rindo. Os dois ficaram em choque por alguns segundos, antes de corresponder o abraço e encarar a criança.

Ele tinha os olhos azuis dos Cavalieri, mas de resto, era como uma cópia de Paulo e Pietro naquela idade. Deu um sorriso que revelou uma covinha fofa, segurando um headphone em seu pescoço.

“Olha o que o vovô me deu. Igual ao que era dele.” Contou o menino, a voz parecendo uma melodia de anjos para os dois.

“Lindo. É... É lindo.” Concordou Ella, antes de puxá-lo de novo para seu colo e o abraçar. “Você é lindo demais, meu amor.”

“A mamãe tá bem, papai?” Perguntou o menino, encarando o pai.

“Tá sim, Theo... Nós só estamos... Aliviados.” Garantiu Pietro, acariciando sua cabeça e sorrindo.

“Eles já acordaram ou não?” Ouviram vozes no corredor e Catarina saiu naquela direção.

“A ressaca está pesada ali dentro. Estão perdidinhos, parece que vieram de outro mundo.” Ouviram a moça contar e passos se aproximando.

Assim que Margarida e Marcelina apareceram na porta, um sorriso iluminou o rosto de Marcos e Nicholas.

“A bebedeira foi pesada?” Perguntou a Cavalieri.

“Parece que sim... Eles estão bem estranhos.” Paulo abraçou a irmã, encarando os jovens no chão. “E eu achando que tínhamos extrapolado na minha despedida de solteiro.”

“Que bom que o Thomas só chega da faculdade hoje, e que a Catarina não está podendo beber pelos antibióticos.” Carmen agradeceu aos céus. “Ter que lidar com os três de ressaca seria dose.”

“Eles estão muito estranhos.” Observou Marcelina. “Eu diria que letárgicos... Milena, Marcos, vocês não fumaram maconha, não é?”

“O quê? Não, claro que não. Por que você acha isso, mãe?” Perguntou a filha, espantada.

“Porque você se casa hoje à noite, e não está surtada. Nem você, e nem o Eric. Já era para você e as meninas estarem no salão, e ele estar indo cortar esse ninho de rato que ele chama de cabelo.” Lembrou a mais velha, vendo alguns queixos irem para o chão. “Será que batizaram a bebida deles?”

“Ah não, mais netos não. Eu só tenho 50 anos, pelo amor de Deus.” Guinchou Paulo. “Alice, não seja como eu e sua mãe. Espere vocês fazerem uns dez anos de casados antes de ter filhos, ok?”

“Dez anos de casados?” A Guerra encarou a mão esquerda, vendo a aliança. “Puta que...”

“Ok, eu estou realmente preocupada.” Avisou Margarida. “Eles não estão normais.”

“O Mário tem alguns kits de exame aí. É de animal, mas eles podem fazer xixi e nós mandamos para o laboratório, para ver se ninguém tentou dopar eles.” Sugeriu Marcelina, e os amigos concordaram. “Bom, meninos, prestem atenção: vai ficar tudo bem, ok? Vocês vão ficar bem.”

“Nós vamos pegar os kits lá embaixo, e vocês nos encontram lá. Depois que fizerem os exames, nós vamos levar as meninas para o salão, e os meninos vão descansar, tranquilos.” Prometeu Margarida. “Theo, meu amor, acho melhor você ficar lá embaixo, com a vovó. Seus pais estão meio aéreos hoje.”

“Tá bom, vovó.” O garotinho pulou do colo dos pais, correndo e se jogando nos braços da morena.

“Hey, o Theo vai ficar comigo.” Paulo reclamou.

“Ele já dormiu na sua casa, Guerra, me deixa com o meu neto um pouco.” Margarida mandou a língua para o amigo, saindo do quarto.

“Nós vamos brigar assim quando eles tiverem filhos?” Marcelina perguntou para Carmen, que riu e negou.

“O Mário e o Daniel talvez, mas nós sempre nos entendemos.” As duas piscaram entre si e encararam os jovens. “Se vocês não descerem em dez minutos, nós voltamos, ok?”

E se viraram para sair, quando Eric pulou de onde estava e correu. Ele segurou o ombro da mãe, que o encarou. Os olhos dele se encheram de lágrimas enquanto admirava o rosto dela, tão diferente do que ele lembrava, mas tão lindo quanto.

“Eric, filho... Está tudo bem?” Perguntou ela, preocupada.

“Só... Memorizando o seu rosto. Para nunca esquecer.” Ele explicou, antes de puxá-la e abraçar com força. “Eu te amo, mãe.”

“Ah... Eu também te amo, meu tesouro.” Carmen retribuiu o abraço, plantando um beijo no rosto dele. “Estaremos lá embaixo, ok?”

“Ok...” Ele a soltou, vendo ela e Marcelina saírem. Ele então se virou para os amigos, vendo que todos estavam chorando. “Nós conseguimos.”

“Conseguimos.” Pietro pulou e correu, o abraçando com força. Logo Ella e Mili estavam com eles, e os demais as seguiram.

“O papai tá sem doença, a mãe do Eric não morreu.” Paulinho estava agitado, sendo abraçado pelos irmãos.

“O tio Dan e a tia Carmen tiveram mais filhos, o Jaime de alguma forma está aqui, o Pietro e a Ella tiveram o Theo.” Marcos continuou, animado.

“Mas eles não sabem nada da viagem...” Observou Alice, mais séria.

“Claro, a memória deles foi apagada. Nós voltamos para o futuro, mas nossos pais não.” Concordou Marcos. “O que será que aconteceu?”

“Eu não sei, cara. E, honestamente, não quero saber.” Garantiu Pietro, abraçando Ella.

“Mas nós precisamos descobrir como é a nossa vida, Pietro.” Lembrou Mili. “Porque nós não sabemos nada sobre ela, e nossos pais acham que nós estamos drogados.”

“E é para isso que existem redes sociais.” Jaime viu um computador no canto do quarto.

“Uou.” Foi só o que conseguiram dizer, quando sua vida começou a se mostrar para eles e as lembranças de uma vida que eles tinham, mas ao mesmo tempo não tinham vivido, iam preenchendo suas mentes.

Pietro, Alice, Eric, Mili e Ella tinham 25 anos, e Jaime tinha 26. Marcos tinha 21, Paulinho estava com 20 e Nicholas com 19.

Marcos namorava a mesma menina desde os 13 anos, seu nome era Ana Clara Pinheiro.

A namorada de Nicholas se chamava Camila Alvim, mas eles estavam juntos há pouco tempo.

Paulinho namorava uma menina do seu grupo de fonoaudiologia, chamada Fernanda Gayo.

Pietro e Ella tinham se casado aos vinte anos, quando ela engravidou de Theo, que tinha quatro anos e meio.

Alice e Jaime tinham se casado há dois anos, logo após ela se formar em física e ele em engenharia mecânica.

Pietro era advogado e trabalhava com a mãe e Jorge, enquanto Ella estava se formando em marketing. Mili trabalhava com o pai, como veterinária, e Eric tinha se tornado oftalmologista.

Marcos estava terminando a faculdade de engenharia mecatrônica, Paulinho estudava música e Nicholas tinha acabado de entrar em psicologia, como a mãe.

E mais importante de tudo: Eric e Mili se casariam naquele dia, no começo da noite. E já era quase hora do almoço, o que significava que não podiam mais perder tempo.

Saíram do quarto, que perceberam que era o antigo de Mili, já sem as coisas da menina (que na certa estavam na casa onde ela moraria com o marido) e se encaminharam para as escadas.

Conforme desciam os degraus, puderam ver seus pais sentados na sala. Alicia e Marcelina estavam sentadas lado a lado no menor sofá, com Paulo e Mário ao seu lado, nos braços do móvel. No maior sofá, Daniel, Carmen, Margarida e Jorge apoiado no braço, segurando a mão da esposa. Theo estava no chão, desenhando distraído, enquanto os adultos conversavam com uma expressão séria.

“Hey.” Alice chamou a atenção dos mais velhos, que os encararam.

A verdade é que nenhum dos jovens conseguiu disfarçar o sorriso ao ver aquela cena, ver seus pais juntos e felizes, afinal, e saber que eles tinham conseguido fazer isso se concretizar. Mesmo que seus pais nunca fossem saber sobre isso.

“Como vocês estão?” Perguntou Jorge, sorrindo para os filhos.

“Hã, melhores. Um pouco pilhados, porque estamos atrasados, não é?” Quem respondeu foi Nicholas, um pouco mais tranquilo por não estar perdido em uma vida que não era totalmente dele.

“Tem algo que vocês queiram nos contar?” Perguntou Mário.

“Pai, nós já falamos que não fumamos maconha, podem ficar tranquilos.” Marcos revirou os olhos.

“Não sobre isso, meninos. Talvez algo grande, algo que aconteceu e fez vocês enxergarem as coisas de outro jeito.” Sugeriu Daniel. “Algo que mudou vidas.”

Paulo pegou algo da mesa e arremessou na direção deles. Pietro pegou o envelope de papel pardo e os amigos se juntaram ao seu redor, lendo o que estava escrito ali.

Paulo, Alicia, Marcelina, Mário, Daniel, Carmen, Jorge e Margarida...

 Há anos guardo isso comigo, imaginando se algum dia iria lhes entregar. Hoje, 17 de julho de 2045, é o dia em que a história começa; pelo menos, foi quando começou. Esse dia na verdade está ainda distante do momento em que escrevo essa carta, mas sei que tudo já está diferente. Eles conseguiram, vocês conseguiram! Sei que as coisas deveriam ser como foram, e entendo que isso foi para o melhor. Porém, dentro de mim, sempre acreditei que vocês mereciam saber a verdade... E aqui está ela. Sejam felizes!

Um carinhoso abraço, Angelo.

E dentro do envelope, preservada do tempo e de qualquer tentativa de apagar o passado, a foto do casamento coletivo no jardim dos Cavalieri, com Jaime vestido de padre, os meninos de camisa e gravata borboleta, as meninas com vestido de festa, os filhos abraçados aos jovens pais sorrindo. Uma foto que tinha sido esquecida por Paulo e Marcelina em uma das consultas, e que Angelo escondeu e preservou, para que na hora certa voltasse para seus verdadeiros donos.

Os jovens ergueram os olhos marejados, encarando os pais nos sofás e vendo ali um sorriso de reconhecimento e reencontro, com olhos marcados por lágrimas. Quem quebrou o silêncio foi Jaime, e Alicia quem respondeu.

“Se nós contarmos, vocês não vão acreditar.”

“Experimentem tentar.”


Notas Finais


E então... É isso! Acabou-se. Foi um prazer escrever essa fic, um prazer imenso e que não é possível mensurar. Essa foi a maior fanfic que já escrevi até hoje (em palavras e páginas), e me trouxe novas perspectivas de muitas coisas.
Primeiramente eu gostaria de deixar aqui um grande beijo para o Prud Rey e para a Luiza (e sua querida tia Rafa, que lia a fanfic para ela), dois leitores com deficiência visual e que me trouxeram muita luz, carinho e sentimentos bons com essa fic, com sua ligação com o Eric e com o prazer de poder ter escrito para eles. Muito, muito, muito obrigada a vocês, de coração.
E agradecer tantos outros leitores. Vocês, todos os 199 que favoritaram e acompanharam essa história, mas é impossível deixar de citar alguns, que estiveram sempre comentando e me fazendo mais e mais feliz! A Nanda Gayo (que no momento está no chat do face, me torrando para postar), a Clara, o Yan, a surtada da Ju, a Rowen (aka Ana Clara), o Victor, o Caio, a Teffy, o Henrique, Meganzz, Lufer_e_Leother, Apenasilusoes, Bells13, EmiNunes, PandaCornLover, ~romione_shipps, _CarolMcCall_, LenaCalcagno, JuSantos_Cherry, juju566, DudaShipper, LahSouza015, cacauM, Just4imagine, Mah_Kopelioff, CarolASilva, ClaraOliveira21, lokonaylpl, PequeninaRiri e tantas outras! Se eu for citar todos que me fizeram felizes, eu vou acabar citando mais de 100 nomes! Mas quero que saiba que cada um de vocês foi importante ao longo de todo esse tempo, cada comentário fez meu coração mais feliz e trouxe algo para a história, nem que seja carinho!
Foi um prazer estar com vocês ao longo desses quase sete meses, em que eu cresci muito e fico feliz de ver o quanto vários de vocês também cresceram!
Espero que continuemos sempre perto, sempre juntos! Vocês sabem, meu twitter é @WPKiria, e quem quiser, estou voltando para o youtube! Meu canal é https://www.youtube.com/channel/UC7iZUJWyhDNgD8LusGe5XfA e vai ter vídeo novo amanhã, e quarta! Então fiquem de olho.
Nos vemos em 20 anos, A Jornada e Last Friday Night.
E fiquem de olho... Nunca se sabe quando surpresas novas podem aparecer!
Um grande beijo e, novamente, muito obrigada por essa jornada, meus queridos! Foi uma honra!
<3


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