P.O.V.- Thyana
Enquanto o meu pai está lá fora a comandar o exército na luta contra invasores do Reino vizinho, eu estou no meu quarto, com a minha mãe, algumas aias, e seis guardas, cada um numa das possíveis entradas do quarto: portas, varanda e janelas.
Chamo-me Thyana, 18 anos, cabelo louro comprido com uma única madeixa preta natural, olhos azuis, pele branca, altura média, magra, mas não muito, filha do Rei Richard, e da rainha Elizabeth, filha única, logo, princesa herdeira de Nevery.
-Não se quer ir deitar, princesa? Começa a ficar tarde- disse-me uma das aias, a que cuida de mim desde que nasci.
Ela chama-se Margie, tem 44 anos, tem os cabelos já quase todos brancos, olhos castanhos, e é um pouco baixa, pelo menos é mais baixa que eu.
-Não me vou deitar até ter a certeza de que o meu pai está bem! - disse eu decidida.
-Se me permite, vossa alteza- disse um dos guardas ao aproximar-se, fazendo logo em seguida uma vénia- O nosso Rei é um ótimo guerreiro, não tem porque se preocupar, pode ir descansar. Qualquer coisa que aconteça nós avisá-la-emos.
Olhei para a minha mãe, que estava a tentar ver o que se está a passar lá fora, pela janela do meu quarto. Aproximei-me dela e observei também o combate que está a decorrer. Pode-se notar que os inimigos estão a recuar, mas também se nota que alguns dos nossos cavaleiros estão feridos.
-Só espero que ele esteja bem! - ouvi a minha mãe murmurar.
-Mãe! - chamei eu, ela olhou para mim- Acho que deveria ir descansar, para além desta invasão, teve a reunião com os Reis dos outros Reinos ainda esta manhã. Deve estar exausta. Eu aviso quando o pai chegar.
-Thyana, eu…
-Por favor, mãe.
-Mas assim ficas tu acordada.
-Eu aguento, e além disso, hoje não acordei tão cedo como a mãe.
-Está bem meu tesouro, eu vou. Tem uma boa noite.
Ela beijou-me a testa, e saiu do quarto, sendo seguida por duas aias e um dos guardas.
Passaram-se duas horas sem que eu tirasse os olhos da janela, só quando vi que o meu pai e o resto dos nossos cavaleiros estavam a voltar é que saí do lugar onde estava.
Dirigi-me à porta do quarto, o guarda que estava próximo a ela abriu-a, eu passei, sendo depois acompanhada por ele, por mais dois guardas, a Margie, e outra aia.
-Onde vai, princesa? -perguntou a Margie.
-Eles voltaram- foram as únicas palavras que eu proferi.
Parei quando cheguei ao portão principal.
-Vai chamar a minha mãe! - ordenei eu à outra aia.
Ela saiu imediatamente, enquanto eu via as enormes portas serem abertas.
O meu pai chegou, montado no Lance, o seu cavalo. O Lance parou perto de mim, e eu passei a mão pelo seu focinho, afagando-o. Ele desceu do cavalo, e foi imediatamente abraçado pela minha mãe, que, entretanto, já tinha chegado.
-Como correu? - perguntei eu.
-Não vencemos, alguém os ordenou para recuar, acho que estavam apenas a testar as nossas capacidades de batalha. Mas ainda não acabou, eles vão voltar, tenho a certeza- disse ele um pouco frustrado.
-Alguma perda? - perguntei eu.
-Não! Só feridos. Mas vamos subir, para falarmos melhor.
Continua…
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