1. Spirit Fanfics >
  2. For You >
  3. Capítulo 7

História For You - Capítulo 7


Escrita por: BatWondy

Capítulo 7 - Capítulo 7


Fanfic / Fanfiction For You - Capítulo 7

P.O.V.- Thyana

Já se passaram alguns meses desde que o Ian chegou. Eu e ele aproximamo-nos imenso nestas últimas semanas. As invasões ao meu Reino acabaram, o que fez com que o meu pai me desse mais liberdade. Os “limites” que ele me impôs, de onde eu posso ir, abrangem agora uma área muito maior. E isto só dá mais trabalho ao Ian, pois eu quero ir “explorar”, e ele tem obrigatoriamente de vir comigo.

-Thyana! Espera por mim!- gritou o Ian- O Spirit não anda tão depressa a longas distâncias. Pára um segundo!

Fiz o que ele pediu, parei, e esperei que ele me alcançasse.

-Tu és doida!- disse ele sorrindo.

-Nem sempre.

-Só quando foges dessa maneira.

Nós agora vamos tão longe, que o Shadow já não nos consegue acompanhar. Sempre que repara que vamos para muito longe, dá meia volta, e regressa ao castelo.

-Vamos descansar um pouco- disse ele.

-És tão fraquinho!

-Não sou eu, é o Spirit.

-Está bem! Vou fingir que acredito.

O Ian dirigiu-se a uma sombra, desceu do cavalo, e sentou-se, fiz também o mesmo que ele, sentando-me ao seu lado.

-Até que gosto de dar estas voltas contigo…- disse ele.

-Claro que gostas, sou uma companhia fantástica.

-Não duvido. Continuando, só acho que desta vez viemos para muito longe, quase não vejo o castelo.

-Não me vai acontecer nada enquanto estiveres aqui comigo.

-Acreditas em mim?

-Com todas as forças do meu ser… colocava a minha vida nas tuas mãos sem pensar duas vezes.

-Isso é…obrigado!

-De nada!- disse eu, dando-lhe, depois, um beijo na bochecha, ele sorriu e ficou um pouco corado.

-Queres ficar aqui um pouco?- perguntei eu.

-Sim! Trouxe alguma comida, por isso podemos ficar por cá mais tempo.

Pousei a cabeça no ombro dele, para descansar um pouco. Alguns minutos depois, levantei-me.

-Vamos?- perguntei eu.

-Já?

-Não é para o castelo, vamos continuar.

-Continuar!? Tu queres ir ainda mais longe?

-Não sejas chato, Ian! Fazes o que eu quiser que faças.

-Pois…vamos, então…

Ele levantou-se, ajudou-me a subir para a Fénix, e ele subiu para o Spirit.

-Queres ir onde?- perguntou-me ele.

-O mais longe possível!

-De certeza?

-Absoluta!

-Então vamos!

Nós continuamos o nosso caminho até uma aldeia, depois voltamos para o castelo.

-Isto foi cansativo!- disse ele, sentando-se no meu sofá.

-Eu não acho que tenha sido.

-Pois claro! Posso descansar um bocado?

-Está à vontade!

-Não vais fugir?

-Só fazia isso ao início!

Ele deitou-se no sofá, e fechou os olhos.

-E porquê que o fazias?

-Agora gosto da tua companhia, e não me importo que estejas ao meu lado constantemente.

-Antes não gostavas?

-Não era não gostar, era mais…precisava de ter a certeza que podia confiar em ti.

Ele sorriu, e depois deixei-o dormir. Descalcei-me, peguei no meu livro favorito, e continuei a ler.

************************

Passaram-se mais algumas semanas, e sem invasões, o meu pai começou a suspeitar que alguma coisa não estava bem, mas ignorou essa sensação, pois achou que, se eles quisessem alguma coisa com o Reino não esperavam mais de dois meses.

Para além disto, acho que começo a nutrir sentimentos pelo Ian, acho que gosto dele, quer dizer, nunca gostei realmente de ninguém, mas ele tem qualquer coisa que me atrai, e que me deixa desnorteada. Faz-me sentir especial, é super querido para mim, protetor (bastante), aquele corpinho é perfeito, o cabelo fica-lhe espantosamente divino quando está meio despenteado, aqueles olhos verdes deixam-me completamente hipnotizada, quando estou muito perto dele sinto-me extremamente bem, e ele tem aquele seu charme encantador que me deixa ainda mais apaixonada.

-Princesa!- ouvi alguém chamar, enquanto estou no quentinho dos meus cobertores- Princesa!- é o Ian que me está a chamar- Princesa, estás acordada? Thyana!

-Que foi, Ian! Estás a acordar-me tão cedo porquê?

-Quero que vejas uma coisa, que de certeza nunca viste.

-Diz logo de uma vez, ainda nem se quer nasceu o sol, quero voltar a dormir.

-Anda! Levanta-te! Não sejas preguiçosa. Vais gostar!- disse ele, tirando os cobertores de cima de mim.

-Ian! Está frio, volta-me a cobrir.

-Anda!

Eu levantei-me, a custo e sem vontade nenhuma. O Ian pegou num dos cobertores, dobrou-o, e depois dirigiu-se à porta.

-Vamos, segue-me.

Eu segui-o pelos corredores do castelo, pela escadaria que leva aos andares de cima, até chegarmos ao último andar do castelo.

-Onde vamos?

-Já vais ver, sê paciente. É uma virtude que qualquer princesa deveria ter.

-Paciente é algo que não sou, nem nunca fui.

-Também é algo que se aprende a ser.

Ele segurou-me a mão e ajudou-me a subir para o terraço.

-O que estamos aqui a fazer, de madrugada?

-Já vais ver.

O Ian ajudou-me a sentar no muro, sentou-se ao meu lado, e depois cobriu-nos com o cobertor. Os nossos braços tocaram-se, o que me fez sentir uma leve descarga eléctrica.

-A sério Ian, conta-me!

-Espera!

-Tu é que sabes.

Encostei a cabeça no ombro dele, e esperei. Passaram-se alguns minutos, até eu ver o sol nascer no meio das montanhas.

-É lindo!- disse eu, olhando para o Ian.

-Demorei algum tempo para descobrir como vir aqui para cima, se não, tinha-te trazido para ver isto mais cedo.

-É realmente magnífico!

-Ainda bem que gostaste!

-Tinhas razão, nunca tinha visto algo deste género.

-Claro que não, acordas sempre muito tarde para ver o que quer que seja.

-Vou começar a acordar mais cedo, ou pelo menos, tentar.

-Espero bem que sim!

-Este sítio também deve ser bom para ver o pôr-do-sol, não achas?

-Claro! Vemos isso logo à tarde!

************************

Depois do almoço, o Ian levou-me até ao jardim do castelo. Connosco vinha o Shadow, e o Ian trazia uma viola.

Ele sentou-se num banco, que fica mesmo junto às roseiras, e de baixo das cerejeiras, e, nesta época do ano, está tudo florido, o que torna a paisagem muito bonita, e torna tudo ainda mais romântico.

O Ian pegou na viola, e eu sentei-me junto dele, com o Shadow deitado aos meus pés. Ele começou a tocar, e eu fiquei a observá-lo, encantada. O Ian é tudo de bom, e a cada momento que passo com ele, sinto-me cada vez mais atraída. Algum tempo depois, ele começou a cantar uns versos. Será possível que este homem se mostre ainda mais perfeito? Como é que o meu pai pretende que eu case com outro homem, quando me põe um guarda-costas como este ao meu lado, a proteger-me? Sendo o Ian como é, como é que o meu pai pretendia que eu não me apaixonasse por ele? Acho que vou fugir com ele, para bem longe. Não ia aguentar permanecer com o Ian como guarda-costas, e ter um marido que não fosse ele ao meu lado.

Passado um tempo, o Ian parou, olhou para mim, e sorriu.

-Uau!- disse eu.

-Gostaste?

-Muito! Não imaginava que tocavas, nem que tinhas uma voz tão harmoniosa.

-Não é para tanto, princesa!

-Gostei mesmo muito!- disse eu, beijando-lhe a bochecha, ele corou um pouco, e depois sorriu- Porquê que não me mostraste os teus dotes musicais mais cedo?

-É na primavera que fico inspirado. Queres aprender a tocar?

-Não é preciso.

-Eu gostava de te ensinar.

-Se insistires muito, pode ser que aceite.

O Ian levantou-se, veio por trás, sentou-se na parte de cima do banco, e colocou a viola nas minhas pernas. Depois, pegou nas minhas mãos, e colocou-as no sítio certo. E disse que me ia ensinar o básico.

Passado um tempo, já não ligava ao que ele dizia, estou tão perto dele, que consigo sentir o delicioso odor que ele emana. É um aroma bastante agradável, que me está a deixar completamente embriagada, o que não me permite prestar atenção a nada do que se passa ao meu redor. Apenas me preocupo em sentir os músculos dele nas minhas costas, pois, ele, entretanto, desceu e eu fiquei sentada no meio das suas pernas. As mãos dele guiam as minhas, e a cabeça dele está apoiada no meu ombro. Enquanto ele falava, palavras que simplesmente não consigo ouvir, por estar completamente encantada pelo ser magnífico que está com o corpo colado ao meu, sentia a sua respiração no meu pescoço, o que me fez sentir uma sensação extremamente prazerosa invadir todo o meu corpo. Será possível que alguém se consiga concentrar com um homem destes por perto?

-Acho que por hoje chega!-disse ele, saindo de trás de mim.

Deixar de ter o corpo dele junto ao meu, fez-me soltar um som, quase inaudível de frustração.

-Já!

-Como já!? Está quase a ficar noite. Não queres ver o pôr-do-sol lá de cima?

Ele levantou-se, pegou na viola, e estendeu-me a mão, ajudando-me a levantar.

-Vamos, então!- disse ele.

Eu fui na frente dele, chegamos ao terraço, e ele ajudou-me, de novo, a sentar-me no muro. O Ian sentou-se ao meu lado, pousando a viola ao seu lado, e esperamos o pôr-do-sol.

Aos poucos, o céu ficou com tons de rosa e laranja.

-É lindo!- disse eu.

-Aqui de cima, é mesmo magnífico- disse o Ian- Não tanto como tu, mas…- disse ele, muito baixinho.

Fingi que não tinha ouvido, apesar de, cá dentro, estar super feliz. Quer dizer, o homem que eu acho que amo, acabou de dizer que sou mais linda do que este pôr-do-sol fantástico, tenho razões para estar feliz.

-Thyana!

-Sim?

-É para ti!- disse ele, mostrando-me uma rosa vermelha.

-O-o-obrigada! – disse eu, pegando na rosa com uma das mãos- És muito querido! - dei-lhe um beijo na bochecha.

O Ian sentou-se virado para mim, a sua mão foi lentamente até uma das minhas faces, e acariciou a mesma com o polegar. Os olhos dele estavam brilhantes, e focados na minha boca. Ele aproximou os seus lábios dos meus, até estar a milímetros de me beijar. Senti a sua respiração nos meus lábios, o que me deu ainda mais vontade de colar as nossas bocas, num beijo que tem-se tornado desejado por mim, há já algum tempo.

Depois, do nada, os seus lábios afastaram-se dos meus, e recebi um beijo na testa.

-Vou-te proteger sempre, prometo!

Continua…



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...