P.O.V. - Thyana
Acordei com o Ian sentado na minha cama, a ler o livro que estou a ler.
-Boa tarde, Thyana!- disse ele, sem desviar o olhar do livro.
-O que fazes sentado na minha cama?
-A ler.
-Isso eu percebi. Mas estás na minha cama com a autorização de quem?
-Se o Shadow pode, porquê que eu não posso?- perguntou ele com uma carinha extremamente querida.
-O Shadow é a coisa mais fofa que já vi na vida, e pode fazer o que ele bem entender. Tu és… só tu- disse eu, para o chatear um pouco.
-Au! Essa doeu.
-Não sejas tonto!
Ele pousou o livro, e depois levantou-se.
-Pede à Margie que te arranje. Hoje quero levar-te a um sítio novo.
-Onde?
-É surpresa.
-Outra vez?
-Sim. Vais gostar, acredita.
-Bem, as tuas surpresas não me têm desiludido nada, por isso, não faço mais perguntas.
Fiquei pronta, e fui ter com o Ian aos estábulos. Encontrei-o sentado num muro.
-Porquê que não entras?- perguntei eu, aproximando-me dele.
-Espera e vais ver.
Esperamos um pouco, e a Margot saiu dos estábulos.
-Virou rotina!- sussurrou o Ian.
-Pelos vistos. Mas fico feliz por eles.
-Sim.
Ele saltou do muro e sorriu.
-Vamos? Acho que o caminho já está livre- disse ele.
-Claro!
O Ian foi buscar os cavalos, mas só trouxe o Spirit.
-Só ele?- perguntei eu surpresa.
-Não vamos longe.
-Vamos onde?
-Para a floresta.
-Ian, já conheço a floresta como a palma da minha mão.
-Na altura conhecias, depois que o teu pai aumentou os limites, deixamos de ir para lá. O sítio onde te vou levar estava fora dos teus limites.
Subimos para o Spirit, e o Ian levou-nos para a floresta, até à clareira. Depois descemos do cavalo, que foi logo à sua vida.
-A partir daqui vamos a pé, mas primeiro…- disse o Ian.
Ele mostrou-me uma fita.
-Posso?- perguntou ele.
-É mesmo necessário?
-Sim!
-Então podes.
Ele veio por trás de mim, e vendou-me, impedindo-me completamente de ver.
-Podes confiar em mim- disse ele, segurando-me a mão.
Caminhamos relativamente pouco, porém, não larguei o braço dele um único instante.
-Chegamos!- disse ele.
-Já?
-Sim.
-Mas andamos tão pouco.
O Ian tirou-me a venda, e eu notei que estávamos à frente de um lago, com uma pequena cascata.
-É magnífico, Ian.
Ele simplesmente sorriu.
-Este sítio estava assim tão perto e eu nunca dei com ele?
-Pois…
-É tão lindo, Ian.
-Gostaste?
-Era impossível não gostar.
Olhei de novo para a paisagem que era simplesmente esplêndida, e depois olhei para o Ian, que estava a tirar a roupa.
-O que vais fazer?- perguntei eu.
-Vou dar um mergulho.
-Mas Ian…
Ele ficou apenas com uma peça a cobrir-lhe as partes íntimas. Com isso, pude notar de verdade a quantidade (e qualidade) dos seus músculos.
O Ian mergulhou, voltou à superfície, e depois sorriu-me.
-Não vens?- perguntou-me ele.
-Acho que não.
-Porquê?
-Não sei se devo.
-Não li nenhuma regra que te proibisse de nadares comigo. E olha que eu li todas as regras.
-Ian…
-Se não vieres para junto de mim a bem, eu vou aí buscar-te, e olha que não vais gostar.
-Não quero! E tu não me podes obrigar a fazer nada que eu não queira.
Ele saiu do lago, e veio lentamente na minha direção. Por momentos, dei por mim a apreciar o ser incrivelmente escultural que vinha ao meu encontro. Perfeito, simplesmente perfeito. E com a água que escorria pelo seu corpo, ficava ainda mais majestoso.
-Não quero, Ian!- disse eu, afastando-me dele- Ian, pára!
Afastar-me dele não me valeu de muito, acabei encostada a uma árvore, encurralada pelo meu guarda costas extremamente delicioso. O Ian pegou-me delicadamente ao colo, e levou-me até ao lago.
Aos poucos senti a água gelada encharcar as minhas roupas, e gelar a minha pele.
-Está muito fria, Ian!
-Com o tempo habituaste.
Ele pousou-me, e os meus pés tocaram o chão, olhei para ele, que estava a sorrir.
-Gostei de ser carregada! Disseste que não ia gostar do que ias fazer.
-Também gostei muito de te carregar nos meus braços. Não pesas quase nada.
-Pudera, com esses músculos não esperava que fosse difícil.
-Reparaste nos meus músculos?
-Seria impossível não reparar.
Eu aproximei-me um pouco dele, levei as mãos ao seu peito nu, e passeei-as pelo local, senti-o estremecer ao meu toque.
-São tão… definidos!
-Ainda bem que gostas.
Ele foi-se aproximando lentamente de mim.
-Porquê?- perguntei eu, hipnotizada pelos seus olhos verdes tão perto de mim.
-Não é importante.
-Eu gostava muito de saber.
Aproximei-me também dele, e desviei as mãos para os seus ombros.
-Acho-te bastante atraente, se queres saber! - disse eu.
-Posso?
-O quê?
O Ian colocou lentamente as mãos na minha cintura, aproximando os nossos corpos. Sinto-me incrivelmente bem nos braços dele. Sinto-me, acima de tudo segura, e extremamente feliz.
Os nossos lábios também se foram aproximando, e, quando estavam prestes a se tocar, virei o rosto para o lado, e apoiei a cabeça no ombro do Ian.
-Isto não está certo, Ian! - murmurei eu.
-Porquê? - perguntou ele, abraçando-me.
-Para começar, devias ser apenas o meu guarda costas, e não a pessoa por quem fiquei perdidamente apaixonada- disse eu, olhando-o nos olhos, quando ouviu as minhas palavras, dirigiu-me um pequeno sorriso- E depois, eu vou ter de casar, e não… não te quero deixar.
-Não me importo- disse ele, passando uma das mãos pelo meu rosto.
-Como não te importas?
-Prefiro ser a tua segunda opção, a não te ter de todo.
-Mas, Ian…
Voltei a deitar a cabeça no seu ombro, sentindo o calor que o seu corpo transbordava.
-Podes… podes apenas deixar acontecer? Ainda temos dois anos pela frente sem que te cases.
-Eu…
-Por favor…
Voltei a ficar cara a cara com ele, e o mesmo sorriu. Olhei para os seus lábios, a meu ver, estão a implorar-me por um beijo. E foi exatamente isso que fiz. Assim que os nossos lábios se tocaram, uma sensação demasiado boa invadiu todo o meu corpo. Não sei, é como se… estivesse finalmente completa. Separamo-nos vagarosamente, ambos trasbordávamos felicidade em cada pedacinho dos nossos corpos.
-Foi bom! - murmurou ele.
-Muito bom- disse eu, no mesmo tom.
-Estava à espera deste momento há muito.
-E como foi?
-Melhor do que imaginava. Os teus lábios não tão… macios.
Ele beijou-me outra vez, abraçou-me mais contra o seu corpo, e invadiu a minha boca, com a sua língua. O beijo ficou cada vez mais intenso, cada um, em busca de mais contacto. Separamo-nos, quando ficamos sem fôlego.
-Eu amo-te! - disse ele, ainda ofegante- Diz-me por favor, aceitas ser a minha princesa?
-Tua?
-Minha! Minha! Só minha! - disse ele, erguendo-me, e selando, logo em seguida, os nossos lábios- Pelo menos…. durante estes dois anos.
-Não teria coragem para dizer que não a um homem extremamente amoroso, como tu.
Beijei-o.
-Então, serei o teu, e só teu, guarda costas. E proteger-te-ei, e amar-te-ei com todas as forças do meu ser. Eu prometo!
Eu sorri, e voltamo-nos a beijar.
-Também te amo Ian. Amo-te muito! Acredita.
Ficamo-nos naquele esplêndido lugar o resto dia. A nadar, mergulhar, e a namorar, principalmente a namorar. A namorar muito!
Um pouco antes do pôr do sol, voltamos para o castelo, e fomos logo para o meu quarto.
-Tens as roupas todas molhadas- disse o Ian, enquanto me abraçava.
-Algum rapaz, muito bonito, decidiu que era boa ideia eu ir nadar com ele de roupa.
-Na altura parecia-me uma ótima ideia… e foi uma ótima ideia…mas agora… não quero que fiques doente, minha princesa.
-Posso chamar a Margie para…
Fui interrompida por um beijo.
-Posso tratar disso. Escusamos de a incomodar, ela já deve ter inúmeras coisas para fazer, e consigo perfeitamente despir uma linda princesa molhada.
-Ian…
Ele colocou-se atrás de mim, e foi despindo, lentamente, o meu vestido. Depositando beijos nas partes que iam ficando à mostra. Veio novamente para a minha frente, e beijou-me. Sem interromper o nosso beijo, e o dançar das nossas línguas, o Ian pegou-me ao colo, e deitou-me na cama com extrema delicadeza. Ficando depois, por cima de mim, segurando todo o seu peso, com os braços. Parou o nosso beijo, e começou uma trilha de beijos por todo o meu corpo que se encontrava exposto (que não era assim tanto por causa do corpete), começando pelo meu pescoço, fazendo-me soltar um gemido de vez em quando, com o bom trabalho que estava a fazer.
-És linda! - disse ele, descalçando-me, e beijando-me os pés.
Subiu, continuando a trilha de beijos pelas minhas pernas. Parou, depois de chegar às virilhas.
-Estás a gostar? - perguntou ele, roçando o nariz na minha zona mais sensível.
Gemi com o toque nele.
-Suponho que isso seja um sim.
Ele veio beijar-me, e ficou um pouco a olhar para mim. Coloquei as minhas mãos no seu pescoço, e acariciei-lhe a nuca.
-Posso? - perguntei eu, enquanto colava os meus lábios aos dele.
-O quê?
-Eu…
Coloquei-lhe uma mão no ombro, e tirei-o gentilmente de cima de mim, deitando-o na minha cama. Coloquei-me de joelhos, cada um de cada lado do tronco do Ian. Inclinei-me para o beijar. Passei dos lábios, para o pescoço dele, e mordi-lhe levemente o lóbulo da orelha.
-O que… o que… o que vais fazer… Thyana?
-Talvez… tentar fazer-te sentir tão bem, como me fizeste sentir há pouco.
Ele soltou um gemido rouco quando encostei a minha intimidade contra a sua. Está duro. Muito duro. Deliciosamente duro. O Ian colocou as mãos na minha cintura e pressionou-me exatamente contra essa zona.
-Está à vontade… princesa!
Tirei-lhe a parte de cima da roupa, e passei as mãos pela sua gama avantajada de abdominais.
-Tens um corpo incrível, Ian!
-Posso perfeitamente dizer o mesmo de ti, meu amor.
Gatinhei, para trás, ficando frente a frente com aquele volume incrível nas calças do meu guarda costas. Passei a minha língua desde o seu baixo frente, até estar novamente cara a cara com o Ian.
-Tu és safada! - murmurou ele, quando lhe dei um chupão bem na zona da clavícula, de certeza que vai ficar a marca durante um bom tempo- Estás a deixar-me louco!
Beijei-o, enquanto passeava as mãos pelo seu cabelo e nuca, e as nossas línguas dançavam. Senti a porta ser aberta, mesmo quando o beijo começou a ficar ainda mais intenso.
-Thyana! - consegui distinguir o grito da Margie.
Separei os nossos lábios, e saí de cima do Ian, que se levantou logo. Ele estava super corado, e tentava cobrir a sua ereção que estava bem saliente por debaixo das calças, o que, a meu ver, deixava-o super querido.
A Margie olhou para nós, e parecia-me completamente escandalizada, provavelmente por eu estar sem vestido, e o Ian sem camisola, para além de que eu estava em cima dele, na minha cama.
-O que vocês estavam a fazer naquela cama?- perguntou ela, olhando para nós, ainda surpresa.
-Posso explicar? – perguntei eu, sentada na minha cama.
-Tu não, quero respostas desse rapaz.
-Certo!- disse o Ian, ainda muito vermelho- Fomos para um lago, decidimos nadar um pouco, e a princesa não tirou as roupas, o que fez com que ficassem todas encharcadas. Eu só estava a ajudá-la a tirar a roupa molhada, para ela não ficar doente.
Ela olhou para nós, desconfiada.
-Então posso saber porquê que a princesa estava em cima de ti? O motivo desse chupão no teu pescoço, rapaz? Ou o motivo dessa ereção?
-Bem, nós…
-Não quero saber de mais nada, saí daqui!
-Está bem! Desculpe.
Continua…
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.