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História For You - I'm in 1983?


Escrita por: junkiemj

Notas do Autor


Como já tinha alguns capítulos prontos, reescrevi o mais rápido possível para poder postar. Espero que gostem!

Capítulo 2 - I'm in 1983?


Fanfic / Fanfiction For You - I'm in 1983?

Annie Saint Clair Point Of View
Los Angeles, 1983

 

Por mais que eu já estivesse acordada, ainda não havia tido coragem de abrir meus olhos por conta da imensa dor em minhas pálpebras, mas eu sabia exatamente onde eu estava. O som dos batimentos cardíacos conectados à máquina era inconfundível. 

Depois de muito esforço, meus olhos lentamente se abriam. De início, tudo que consigo ver é um borrão branco e aos poucos minha visão se normaliza, podendo finalmente ver claramente o quarto de hospital em que eu me encontrava. A princípio, semicerrei meus olhos, estranhando o fato do quarto ser totalmente antigo, sem nenhuma tecnologia avançada como os demais hospitais do mundo. Como esse hospital tem alvará de funcionamento estando nessas condições? Isso deveria ser considerado um crime contra a saúde pública. 

 

— Oh, você já está acordada! — uma voz feminina e suave ecoou no quarto, assustando-me. A garota, que antes estava sentada na cadeira próxima da cama, agora estava em pé. Não pude deixar de reparar em sua beleza natural, suas sobrancelhas grossas, bem marcadas e retas, seus lábios carnudos e em seus olhos castanhos escuros. — Vou chamar o médico. — ela, de no máximo 18 anos, saiu do quarto para chamar o médico, deixando-me sozinha naquele quarto hospitalar cafona.

 

Minha vontade era de sair correndo e ir para casa, porém eu não fazia a mínima ideia de onde eu estava, e para ser sincera, ficar nesse quarto está me dando calafrios. Nem mesmo a televisão é digital.  

A garota estava a demorar um pouco, talvez com dificuldades de achar um médico que aceitasse trabalhar em um hospital tão desatualizado, e o tédio já estava consumindo-me por completo. A pequena televisão no canto do quarto era a única coisa que servia para passar o tempo enquanto o médico não chegava, e como o controle remoto estava perto de mim, decidi ligá-la. A âncora do jornal estava a dar as notícias ao vivo.  

 

— Hoje, dia 21 de novembro de 1983, o 40º presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan fez um anúncio... — incrédula, desliguei a televisão. 1983? Algo estava errado, não é possível estarmos em 1983. Como essa transmissão pode ser ao vivo? Eu nem sei quem é esse Ronald, o presidente, infelizmente, é o Donald Trump. 

 

Depois de alguns minutos tentando processar e entender como isso é possível, flashbacks da noite do meu aniversário começam a voltar em minha mente. Lembro perfeitamente de colocar o cordão, e o mesmo se acender após dizer que eu seria capaz de tudo para salvar o Michael Jackson, e logo depois disso, tudo ao meu redor começou a mover-se, como se estivessem voltando. Meu Deus... Eu... Voltei no tempo por causa do meu desejo, e tudo é culpa do cordão. Será que é enfeitiçado? Deve haver um propósito nisso, e eu preciso descobrir qual é.  

De repente, a porta do quarto se abriu, revelando o médico e a mesma garota que estava aqui quando acordei.  

 

— Olá! — disse o médico, sua voz grossa arrepiou-me. — Eu vou precisar fazer uma série de perguntas, tudo bem para você? — apenas assenti. — Certo... Qual é o seu nome? 

 

— Annie. 

 

— Annie, tens sobrenome? — não o respondi. Talvez eu devesse fingir que perdi a memória, afinal, se eu falasse quem eu sou, eles procurariam por minha família, e bom... Eu nem era nascida ainda.  

 

— Não consigo me lembrar direito. — menti. 

 

— Entendo. Bom, sua memória está bagunçada mesmo. Fizemos uma série de exames, e devido a sua queda, sua cabeça bateu forte no chão, mas aparentemente não foi nada muito grave e em questão de algumas semanas tudo voltará ao normal. — explicou o médico. Pelo menos a queda serviu de alguma coisa para o meu álibi. — O único problema é que não podemos te manter aqui por muito tempo, se não se lembrar onde mora, podemos te enviar para um abrigo.  

 

Não vou negar, eu me encontro muito assustada. Não posso dizer quem sou e de onde vim, e mesmo se dissesse, ninguém acreditaria. Não os julgo, pois ninguém em sã consciência acreditaria que vim do futuro, nem eu mesma consigo acreditar que isso aconteceu comigo. Certamente eu não queria morar em um abrigo e esperar magicamente o colar acender de novo e me levar de volta, mas que outra opção tenho?  

 

— Isso não será necessário. — a garota interviu. — Ela pode ficar em minha casa até se estabilizar, isso não será problema algum. 

 

— Sério? — indago perplexa, pois admito que eu não esperava isso vindo de uma completa estranha, as pessoas da minha época nunca colocariam um estranho em suas casas. A garota assentiu com um sorriso generoso. — Muito obrigada. 

 

Depois de receber alta, a garota na qual ainda não sei nem o nome, me levou para a sua casa, e ao chegar, percebi que é a minha casa. Ao olhar para a garota ao meu lado, percebo a tamanha semelhança que ela tem com minha prima distante Julie, que no ano de 2020, tem cinquenta anos, porém agora, ela teria dezoito. Não sei exatamente muito sobre ela, já que sua mãe, que é minha tia por parte de pai, morreu quando eu era uma criança, e desde então, Julie foi morar com seu pai na Inglaterra segundo as histórias do meu pai.  

 

— Qual é o seu nome? — perguntei curiosa para confirmar minha teoria.  

 

— Julie. — bingo. — Venha! — exclamou ela, entrando na casa e subindo as escadas. Julie entrou em seu quarto, e eu não pude conter o meu sorriso ao ver várias fotos do Michael Jackson coladas em sua parede.  

 

Ao ver aquelas fotos, a minha ficha caiu. Eu estava aqui para salvá-lo. O colar acendeu-se e voltou no tempo justamente no exato momento em que eu disse que eu seria capaz de tudo para que Michael Jackson ainda estivesse vivo e para ser sincera, eu não me importo em voltar para casa agora, tudo que eu preciso é me certificar que Michael não sofrerá. Eu vou salvá-lo. 

 

— Você também gosta dele? — Julie perguntou com brilhos nos olhos após perceber que eu encarava os posters do Michael. 

 

— Você nem imagina o quanto. — respondi emocionada.

 

Eu nunca serei capaz de descrever o quão grata estou por ter a oportunidade de conhecer e salvar o meu ídolo. 

 



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