*Semanas depois*
Eu estava mais cansado que o normal por causa da quimioterapia, eu tinha poucos cabelos e não conseguia ir até a cadeira de rodas sozinho, não tinha apetite e vomitava freqüentemente, eu sou um problema...
Eu estava no meu quarto sentado na cama observando o céu pela janela, o dia estava nem muito frio e nem muito calor estava ótimo, Jimin teve que sair do quarto onde eu estava, pois ele estava brilhando... Eu realmente estou preocupado com ele...
- Jungkook já tomou seus remédios? – Pergunta Suzy, entrando no quarto.
- S-Sim. – disse com dificuldade.
- Bom garoto... Hoje iremos até o cabeleireiro. – diz e se direciona até a cadeira de rodas colocando a mesma do lado da minha maca.
- Cortar o cabelo?
- Sim... Não fique triste, ele logo cresce de novo.
Continuei a olhar para o céu e Suzy estava meio abalada... Eu sabia que eu não estava bem.
- Vem cá garoto. – diz e me pega no colo e me coloca na cadeira de rodas. – Vamos tomar um banho e cortar esse cabelo. – sorri.
- Eu posso usar uma touca?
- Pode, mas você fica fofo careca.
- Não fico não!
Ela riu e me levou até a porta.
- Você está mais pesado que o normal, seu gordo. – ri.
Já de banho tomado e pronto Suzy tagarelava e me levava até a calçada e esperávamos o táxi.
Olhei para trás e vi Jimin sendo abraçado por um garoto de cabelos verdes e outros dois que pareciam em silencio.
- Jimin...
- O táxi chegou, vamos. – diz Suzy que me retira da cadeira de rodas e me coloca no banco de passageiros e o taxista coloca a cadeira de rodas no porta malas e voltam aos seus bancos.
- Quem é Jimin, Jungkook? – pergunta Suzy me lançando um sorrisinho malicioso.
- Um amigo... Por quê?
- Mi-Cha disse que Jimin ficou desesperado quando você desmaiou.
- Desesperado?
- Sim, Mi-Cha disse que ele começou a gritar por você e te levou correndo até o carro de Mi-Cha e fez ela voar com o carro. – ri. – Ele ficou com você até SeokJin te levar a ala para fazer a quimioterapia. E depois desapareceu.
- Serio?
- Sim, que amizade. – riu.
- Hmm...
- De qualquer forma ele era bonito, aonde o conheceu?
- No Jardim...
- Ata...
♥ - ♥
- Chegamos. – diz Suzy que abre a porta do automóvel e sai do mesmo, e o taxista fez o mesmo e abriu o porta malas e tirou a cadeira de rodas. – Vamos. – sorri e me pega no colo e me coloca na cadeira de rodas.
- Esse é o salão?
- Sim. – diz e me leva atravessando a rua e parando na frente do salão.
- Só tem mulher aqui.
- O que, que tem?
- Minzy!
- Suzy, viada!
- Hoje eu trouxe Jungkook, para cortar o cabelo.
- Prazer Jungkook! – diz a mulher e se aproxima de mim.
- Prazer. – sorriu forçado.
- Posso ver seu cabelo?
Olhei para Suzy e ela me olhou e sorriu.
Assenti e tirei a touca.
- Que cabelo lindo, vamos dar um jeitinho nele e deixar ele bem bonito. – sorriu e me leva até na frente do espelho.
- Pronto! – diz Minzy. – Pode abrir os olhos.
Abri meus olhos lentamente e meu cabelo não estava tão ruim assim.
- Gostou?
- S- Sim...
- Ficou ótimo Minzy! – diz Suzy que se levanta dos bancos e vai à minha direção.
- Eu sei que faço milagres! – riu.
- Convencida. – ri Suzy. - Jungkook, o tal Jimin vai adorar seu corte novo. – ri alto.
- Cala boca Suzy. – ri.
Já de novo no hospital, olhava para o céu e fazia os tsurus sentado na cama enquanto a musica que mamãe cantou estava tocando na sala.
POV JIMIN
- Jungkook!
Ele desmaiou e Mi-Cha ficou assustada, não pensei duas vezes em pegar o Jungkook no colo mesmo que aquilo doesse muito e corri o mais rápido que pude para o carro de Mi-Cha.
Mi-Cha me acompanhou e fiz ela usar a velocidade máxima do carro.
Eu podia sentir a dor imensa e a pouca quantidade de brilho que saia dos meus braços, ignorei completamente aquele detalhe e adentrei o hospital o mais rápido que pude e levei Jungkook até o corredor em que por um milagre o medico de Jungkook estava passando pelo corredor.
Ele viu Jungkook nos meus braços e correu até a mim e pegou Jungkook no colo e levou até o quarto dele.
- Jungkook... – senti algumas lagrimas pelo meu rosto as mesmas brilhavam, às vezes eu odeio ter morrido.
Tinha se passado horas e não agüentava mais esperar. Mi-Cha estava na recepção preocupada com Jungkook.
Desisti de esperar e usei umas das minhas habilidades para atravessar a parede do quarto dele e ele não estava lá, adentrei todas as salas no corredor até que Jungkook estava na ultima o barulho dos aparelhos era o único som no quarto, Jungkook estava pálido e a agulha em sua veia e o remédio caindo lentamente no tubo.
- Jungkook. – sorri. – Você me assustou...
*Dois dias depois*
Meu brilho iluminava o quarto, eu estava violando uma das regras de não ficar perto dos humanos e isso me resultava esse brilho.
Eu já estava fraco até que vi Jungkook se mexer, continuei quieto ali sem me mover e Jungkook.
Era de noite e Jungkook ainda estava acordado ele olhou ao redor do quarto e me achou.
- Então você acordou. – digo sorrindo.
- Como você entrou aqui?
- Eu não sou humano Jungkook.
- Ahh...
- Você está bem?
- Não sei...
- Entendo.
- Jungkook... Por que você chorou no shopping? – pergunto.
- Ahh... Eu...
- Se você não quiser não precisa contar. – sorri fraco.
- Tudo bem eu conto...
Jungkook me contou cada momento de sua vida, Jungkook sofreu tanto...
- Jungkookie...
- Tudo bem eu já me acostumei...
- Eu sinto muito...
- Está tudo bem...
Aproximo-me de Jungkook e o abraço e a dor no meu peitoral e nos meus braços apareceram e meu brilho logo em seguida.
- Tudo ficará bem Jungkook, você é a pessoa mais forte que eu conheci, obrigado por ser assim... Obrigado por existir. – Sussurro.
Esperei Jungkook dormir e dei um selar em sua testa e sai do quarto.
A dor estava insuportável e o brilho poderia acordar Jungkook e também não iria agüentar tanto tempo ali se ficasse mais um pouco.
Sai do hospital e fui direto para dentro dos arbustos e Yoongi me esperava ali.
- JIMIN!
Ele me olha e nota as queimaduras e o brilho que saia do meu corpo.
- Jimin o que foi que aconteceu? JIMIN?
Depois de alguns segundos eu não estava mais inconsciente e desmaiei.
- Será que ele esta bem? – diz Hoseok.
- Ele deve estar bem amor. – diz Tae.
Abro meus olhos lentamente e vários fantasmas de todas as formas estavam ao meu redor incluindo Yoongi, Taehyung e Hoseok.
- Jimin seu louco o que você fez? – pergunta Yoongi.
- Onde eu estou? – pergunto e me sento.
- Você está passando muito tempo com aquele humano, você sabe que não podemos ficar tão perto deles.
- Eu sei Hyung, mas ele não é igual os outros humanos...
- Temos um apaixonado aqui? – diz Tae.
- De qualquer forma, Jimin você sabe que pode desaparecer se você ficar perto dele.
- Eu sei...
- Quantas vezes? – pergunta Yoongi.
- Quantas vezes o que?
- Quantas vezes você o tocou?
- Eu não sei...
- Você ta pedindo para morrer né, quer dizer ta pedindo para desaparecer.
- Tudo bem...
- Ein? – Os três elevam as vozes surpresos.
- Deixa para lá...
- Coma essa frutinha, os deuses dão isso para nos quando ficamos doentes. – diz Yoongi.
*Semanas depois*
Eu estava olhando para o céu e repensando nas coisas que Jungkook tinha me contado. Foxy... Por que tenho a impressão que sei quem é essa pessoa?
- Estás bem pensativo ultimamente senhor Jimin. – diz Hoseok.
- É eu sei...
- Posso te perguntar algo?
- Sim...
- Por que fica com esse humano mesmo sabendo dos riscos que pode ocorrer?
- Eu não sei... Jungkook me atraiu, de alguma forma eu acho que irei conseguir lembrar-se da minha vida passada ao lado dele...
- Entendo... Não se esforce muito, não quero perder uns dos meus amigos ainda...
- Ok Hobi, eu vou ficar aqui por um longo tempo...
- Que bom, fico feliz por isso. – sorriu.
Dormi um pouco e tive um sonho estranho, eu via Jungkook chorar encolhido em um canto de um parque e nos estávamos em um cemitério.
Depois da conversa tinha uma garota que me abraçava e me consolava.
- Tudo ficará bem Foxy. – sorriu.
A garota tinha cabelos castanhos longos era magra e bonita, sua pele era branquinha e ela estava vestindo um vestido preto.
Senti lagrimas nos meus olhos.
- Jimin? Por que está chorando? – pergunta Yoongi.
- Jimin? – Tae e Hobi falam em sincronia.
- Eu... Eu não sei...
Yoongi me abraçou e deixei-me chorar, quem era aquela garota,afinal, e eu era o Foxy?
À noite
Eu estava meio entediado, alguns vaga-lumes voam em minha volta, o céu estava estrelado.
- Será que Jungkook está bem...
Levantei-me do amontoado de folhas de outono e fui até o hospital.
Atravessei todos os corredores e já estava na porta do quarto de Jungkook, ouvi a musica soar baixinho pelo quarto e abri a porta.
Ele estava tão bonito, com uma touca em sua cabeça e aquelas vestimentas do hospital seu rosto estava pálido e seus olhos estavam fundos.
- Jimin! – sorri.
- Como está você?
- Bem, mal. – riu.
- Engraçadinho... Jungkook... – me sento na poltrona perto da janela.
- Hm?
- Quer ver o céu comigo?
- Sim! – sorri animado.
- Então vamos. – me aproximo de Jungkook e o pego no colo e coloco-o na cadeira de rodas.
- Como a gente vai passar pela recepção?
- Eu tenho meus truques.
- Truques?
- Sim, me da sua mão e feche os olhos, só os abra quando eu disser. – Meu brilho apareceu e fechei meus olhos e me concentrei
- Okay.
- Um... Dois... Três. – aperto sua mão e sinto o vento bater em meu rosto. – Pode abrir os olhos agora. – sorri.
- Como a gente chegou aqui? – pergunta animado.
- Eu tenho meus truques. – rio.
O levo até o mesmo lago que nós se encontramos pela primeira vez e pego ele no colo e o sento na manta que estava ali e me sentei logo após.
- Aqui é lindo a noite Jiminnie. –sorri.
- Sim. – retribuo o sorriso. – Vou te mostrar uma coisa. – Levanto-me e me concentro e consigo sentir os vaga-lumes sendo atraídos pelo meu brilho.
- Vaga-lumes. – Jungkook diz surpreso.
- Sim vaga-lumes. – sorri e me sento novamente perto de Jungkook.
- Jimin... Desculpa por fazer você se preocupar comigo e ficar sentindo dor por causa de mim... – diz Jungkook e me olha com uma expressão triste.
- Eu não me importo Jungkook, não me importo se doer ou se eu desaparecer por “causa de você”. – Faço aspas com os dedos. – Pelo menos foi por você.
- Jimin...
- Estou aqui com você e os vaga-lumes também. – sorri.
Jungkook estava com os olhos marejados e os vaga-lumes estavam em sua volta.
O abracei e ele permitiu-se chorar.
- Está tudo bem, estou aqui.
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